Maria Conceição Duarte da Rosa, nasceu na Serra dos Tapes (Canguçu) e reside atualmente no mesmo local em que sua avó paterna, egressa da escravidão e portadora de mesmo nome, criou seus filhos. Em razão do regime de parceria ser uma das principais formas de acesso à terra para cultivo por parte das famílias negras, perambulou com os pais por vários locais de moradia. Desde cedo trabalhou em “casas de família” das redondezas para auxiliar na sustentação dos irmãos. Com este mesmo objetivo, aos 23 anos mudou-se para Pelotas para trabalhar como doméstica, retornando aos 30 anos para a “serra” para se casar com um primo, já viúvo, com quem teve cinco filhos, todos paridos em casa, criando mais dois enteados. Com o marido e filhos(as), também perambulou por vários locais de moradia em virtude do regime de parceria. Desde 2002 envolve-se com a organização política da comunidade quilombola de Maçambique, da qual é presidente da Associação, participando também ativamente do Grupo de Mulheres Artesãs desta comunidade. No áudio, dona Maria fala sobre ser quilombola e pleito territorial.

Maria Conceição Duarte da Rosa

Marielda Barcellos Medeiros, é militante e professora com mestrado em Educação. Começou seu ativismo no final da década de 70, aos quatorze anos, participando do grupo católico Agentes de Pastorais Negros/APNs e sua docência no início da década de 80. Nesta trajetória entre militância e docência foi se construindo. Em áudio, Marielda fala sobre diferenças geracionais na luta das mulheres negras contra o racismo.

Marielda Barcellos Medeiros

Acervo Multimídia de Arqueologia e Antropologia

AMAA