Violão 1, metalofone, eletrônica e voz - Ana Luisa Barral
Violão 2 - Braulio Villares Barral

Ilustração: Sirc Heart


Doçura

Intro: G7+    F#7+ G7+    F#7+

C#m7/9              G7+
Colhe sua flor cândida
C#m7/9              G7+
Oferece com ternura
      Bb7+        B7/9
Poesia cristalina  
     Bb7+        B7/9
Entrega-se a Aventura 
C#m7/9              G7+
Após longa jornada:
C#m7/9           G7+
Carinho em som 
       Bb7+          B7/9
Um anjo me desperta 
           Bb7+           B7/9
Pelas cordas do violão
F7/9  Fdim Fm9
P é é é é é é tala, 
Ebm       D7+
  calêndula
C#m7/9              G7+
Cria inspira e toca,
C#m7/9              G7+
Abandona este mundo 
         Bb7+              B7/9
Se esgueira pelo universo 
    Bb7+          B7/9
Profundo 
C#m7/9              G7+
A voz que acalenta 
C#m7/9              G7+
Tange a candura 
    Bb7+          B7/9
A mão que afaga 
Bb7+          B7/9
Doçura
F7/9  Fdim Fm9
Pé  é  é  é  é  tala, 
Ebm       D7+
   calêndula
F7/9 Fº Abº Bº Cm9 
P é é é é é é é é tala,
   Db9       A(b5)7
Calêndula
Db9       A(b5)7
G(b5)7   F(b5)7
    F7/9  Fdim Fm9
Cane  e  e  e  e  la 
Ebm7       B4/9   F#7+
   E  Camomiiiiiiiiiila
G7+    F#7+
Doçura 

DOÇURA

Violão Aço | Rafael Dumont
Violão Nylon | Ian lasserre
Sanfona | Pedro Vieira
Baixo | Braulio Barral
Bandolins, percussões e voz | Ana Luisa Barral



Silêncio ao Redor
Cm7                    Cm6
Quem se faz ouvir?
    Cm7              Cm7+
o silêncio ao redor
Cm7              Cm6
Antes de partir
         Gsus4         G7/9b
meia volta, um nó
Ab7+              G#o
Gira o carrossel
             Cm7/9                    Cm6
sempre volve ao mesmo ponto
     Ab7+             Abm7+
Do topo da espiral
Eb                     G
Abraços espalmados
  Cm7/9         Cm6     Cm7  Cm7+
E haja desencontro
Cm7                    Cm6
Quem se faz ouvir?
    Cm7              Cm7+
o silêncio ao redor
Cm7              Cm6
Antes de partir
         Gsus4          Gm7+/11b
meia volta, um nó
Ab7+              G#o
Gira o carrossel
             Cm7/9                    Cm6
sempre volve ao mesmo ponto
     Ab7+             Abm7+
Do topo da espiral
Eb                     G
Abraços espalmados
  Cm7/9         Cm6     Cm7  Cm7+
E haja desencontro
     Cm7                  Cm6
Do laço que é desfeito
 Cm7                 Cm7+
resta um peito só
    Cm7                    Cm6
O mando cobre o leito
      Gsus4                G7/9b
Descansa amor maior
Ab7+                G#o
Conta ao coração
                   Cm7/9          Cm6
Enxerga ao longe o devir
Ab7+                 Abm7+
Canta essa canção
                 Eb
Enxuga o pranto,
                   G          Cm6
ergue tuas mãos e ri


Silêncio ao Redor

Ah, meu bem amado!
não despreze esse verso 
que lhe faço 
Se pungente clama meu corpo
envergo o punho, e risco
no espaço o traço
a letra, o sussurro do vento
Ah, querido! 
Embora a lembrança 
traga consigo o 
largo sorriso,
não nega o regato silente
da ausência, da angustia
Dos meus versos 
construo asas, 
miro o horizonte e me
lanço ao precipício.
E com tristeza, 
Meu bem,
descubro as penas que 
segregas em pequenas caixas e 
cultiva sobre o peito imóvel.
Pena pesa!
Pena que não voa,
que não vira asa,
que não risca o céu,
Permanece pena.
Daqui do alto da 
montanha mágica
desenho meus sonhos,
eles voam leves como passarinhos,
como gargalhada de guri que 
descobre tudo no nada,
como o pé de feijão que esbanja 
alegria e gratidão ao Sol.
Procuro meu tom, encontro 
um canto e canto: 
Tudo que move é sagrado
e remove as montanhas
com todo o cuidado,  
meu amor...
Ao contrário das labaredas
brincalhonas de um fogo alhures;
da terra brota a botão que,
com todo cuidado,
se descobre flor.
O casulo pendente sob a planta
ainda encharcada pela relva,
guarda o futuro da lagarta.
Ainda que a mão amiga
um favor lhe faça:
nem rosa nem mariposa!
Onde o tempo manda,
a morte ousa
s se encontra artifício,
se enxerga brecha:
faz a prematura viagem
do botão-que-não-floriu e
da crisálida-que-não-pariu.
Ah, amado meu!
Não despreze seus sonhos,
seus caminhos e suas penas.
Respeite o tempo e o devir,
tenha cuidado ao  falar
e carinho ao ouvir
essa oração.

Bandolins e voz |
Ana Luisa Barral

10 | Oração em Ponta de Lança

[ F#m  F ]

F#m           A
Fez luzir a madrugada 
                D7M
Ébrio, cheio de encanto
   G#m7       G#m6
Fez brotar o riso frouxo                       
         F#m
Do velho pranto
                       A
Fez travesseiro dos meus braços
             D7M
Afagou meus cachos
     G#m7     G#m6
Dos lençóis amarrotados
     F#m7    F#m6
Fez maré de ternura
  G#m7
Salgou os meus lábios
  G#m6        G7M/9  F#m7  
Beijou-me com candura 
F#m                                  
Brincou com meus sonhos                
      F                                
Derramou-se em verso e prosa             
         A                             
Fez folia em minhas coxas,                
      F5#         F#m                
lambeu as minhas costas                  
A5b* F5#/7M* A5b* F5#/7M*
A5b*               A7/E*
     Fez luzir a madrugada 
               F#m6*
Ébrio, cheio de encanto
    G#m7       G#m6
Fez brotar o riso frouxo
         A5b*  
Do velho pranto
                       A7/E* 
Fez travesseiro dos meus braços
            F#m6*
Afagou meus cachos
     G#m7     G#m6
Dos lençóis amarrotados
    F#m7    F#m6
Fez maré de ternura
  G#m7
Salgou os meus lábios
  G#m6         G7M/9  F#m7  
Beijou-me com candura 
F#m                                  
Brincou com meus sonhos                
      F                                
Derramou-se em verso e prosa             
         A                             
Fez folia em minhas coxas,                
      F5#         F#m                
lambeu as minhas costas                  
[ F#m F  A  F5# F#m ]            
 
Os acordes com [*] não possuem a corda B solta, todo resto sim.
Bandolins, violão e voz | Ana Luisa Barral
Violoncelo | Caio de Azevedo
Baixo | Leo Cappi
Programações | Braulio Villares Barral

09 | Equoreo

Em7
Miro, o que aponta o dedo?
        Eb7
A parede pingada de tinta
D7/13             Dbm6  Em
Miro sua falangeta, uma piiiiiiiinta
C7/13 
Miro o risco e o rabisco eriçado

Caminho, reta, trecho traçado
                 Em      Em7+
E o teu sorriso, a curva mais linda
    Em           Em6
Que tange de lado a lado 
C7/13 
Quando a palavra não contempla, 

Transborda sobre o cavalo e                                                         
       Bm7          Bm7 Bbm7 Am7/9 Ab7+
e sobre a tela          (aquaaareeelaaa- laiááá)
       Am7/9
     |Retalhos de vidas passadas
   2x|          Ab7+
     |Retratos de titãs

G7/13   Gbm6   Am9 


Voz e violão |
Ana Luisa Barral
Vibrafone |
Antenor Cardoso

08 | Lado a Lado

Pinto um pântano
todo guache
Juncos e avencas
verde oliva
Árvores anciãs e
Cheiro de barro fecundo
Pinto poemas no lodo
Uma orquídea selvagem
devora a libélula em voo 
Da manga ao mangue
da lama à lâmina
Invento um avental
de nuvens
Viro o verso
do avesso
Viro rima escorrendo
do teto
Viro passarinho
voando alto
Lá fora: asfalto
Homens tecendo finos 
fios de cimento 
sob o planalto;
sob o córrego morto;
sob o pomar de carros silvestres;
sob as artérias entupidas de concreto;
sob a urina borrifada por bêbados imberbes;
e sob papiros, hieróglifos, memória de pinturas rupestres;
viro o avesso 
do verso
e esqueço
Eu, que de 
lonjuras padeço
desvaneço
viro suspiro preso
no peito do 
moço aflito
viro lágrima ligeira
correndo pelos
lábios
Finjo que esqueço 
teus conselhos 
sábios


 voz e violão | 
Ana Luisa Barral

07 | Crônica Sobre a Sombra

Parceria especial 
Ana Luisa Barral
+
Antonio Cláudio Neto

A9add  Bm7  C#m7  D6
    A9add  
Pra abrigar seu canto                                   Bm7  
  Frequentar sua intenção                    C#m7 
  sem fazer bagunça                        D6
  sem pisar em nada
     Em6
 Que sou a parte 
         F#7
que vai embora
     D7+
insatisfeito
    Em6
Que sou a parte
        F#7
que vai embora
             D7+
com um nó no peito
       E7/9
E a ponta do nariz
       Eb7/9     
no seu pescoço 
D7/9    D7+  
até criar raiz 




            E7/9
Minha ponta do nariz
       Eb7/9     D7/9
no seu pescoço até
A9dd
  Final feliz
            Bm7
  O tempo todo     
           C#m7
  pra ser a parte
D6          Em6   
   que quer voltar
          Bm7
pra ser a parte           
           C#m7
que quer o todo
          D7+
pra ser a parte
     Dº        A9add 
que quer de novo
A9add   Bm7   C#m7   D6
quer voltar
              A9add
Pra abrigar seu canto.


Voz e violão | Ana Luisa Barral

06 | Astronauta

(C7+/9  G#º G6 C7+/9) 2x  
C7+/9         G#º         G6       C7+/9
Que mistérios guardam seus olhos castanhos?
C7+/9         G#º         G6            C7+/9
Quão profundos são seus segredos? Que estranho!
C7+/9  G#º         G6      C7+/9
Quem dirá que não olha pra mim?
C7+/9    G#º        G6      C7+/9
Por que será que me fitas assim?
(C7+/9  G#º G6 C7+/9) 2x  C7+ C7
         F6      F#º6              G6
Parece mentira, mas tudo está de fato revelado
                 G#º6             Am4add
guardo aqui o meu relato bobo, tímido, rimado
           F7+      Bb7+
em verso e prosa condenado
    F#º/A           F7+/#11
Em música? A duras penas
    D#º             E7 
Não tema! Carrego apenas...
C7+/9        G#º     G6        C7+/9
Dois sedentos grandes olhos castanhos
C7+/9       G#    G6         C7+/9
no meu mundo não existe desengano
C7+/9  G#º        G6       C7+/9
Quem dirá que não olho pra ti?
C7+/9 G#º     G6        C7+/9
Entristeço ao te ver partir
(C7+/9  G#º G6 C7+/9) 2x  C7+ C7
          F6        F#º6                  G6
Parece mentira, mas tudo está de fato revelado
                     G#º6               Am4add
guardo aqui o meu relato bobo, tímido, rimado
           F7+        Bb7+
em verso e prosa condenado
   F#º/A           F7+/#11
Em música? A duras penas
    D#º            E7 
Não tema! Carrego apenas...
C7+/9        G#º     G6        C7+/9
Dois sedentos grandes olhos castanhos
C7+/9       G#    G6         C7+/9
no meu mundo não existe desengano
C7+/9  G#º        G6       C7+/9
Quem dirá que não olho pra ti?
C7+/9 G#º     G6        C7+/9
Entristeço ao te ver partir
C7+/9 G#º     G6        C7+/9
Com receio ofereço a canção
C7+/9   G#º     G6          Ab7+   Bb7+
 já não posso calar meu coração

( C  C#5  C6  C#5 ) 2x


Voz e Violão | Ana Luisa Barral
Sanfona | Daniel Gomes Neto
Programação | Braulio Villares Barral
Percussão | Ana Luisa Barral

05 | Relato

Amor
com paixão
invade

Paixão
com amor:
candura

Se
Amordaça,
talha o fim

Se
Doa,
amor dura!

03 | Sobre O Que Aprendi

Voz | Maria do Sol 
Violino e Voz | Laila Rosa
Violão, voz e programação|
Ana Luisa Barral

04 | Graciosa

C#m7/9              G7+
Colhe sua flor cândida
C#m7/9              G7+
Oferece com ternura
      Bb7+        B7/9
Poesia cristalina  
     Bb7+        B7/9
Entrega-se a Aventura 
C#m7/9              G7+
Após longa jornada:
C#m7/9           G7+
Carinho em som 
      Bb7+       B7/9
Um anjo me desperta 
       Bb7      B7/9
Pelas cordas do violão

F7/9  Fdim Fm9
P é é é é é é tala, 
Ebm       D7+
calêndula
C#m7/9              G7+
Cria inspira e toca,
C#m7/9              G7+
Abandona este mundo                 Bb7+        B7/9
Se esgueira pelo universo
      Bb7+          B7/9
Profundo
 C#m7/9              G7+
A voz que acalenta 
C#m7/9              G7+
Tange a candura 
     Bb7+       B7/9
A mão que afaga 
Bb7+      
Doçura
F7/9  Fdim Fm9
Pé  é  é  é  é  tala, 
Ebm       D7+
calêndula
F7/9 Fº Abº Bº Cm9 
P é é é é é é é é tala,
Db9       A(b5)7
Calêndula
Db9       A(b5)7
G(b5)7   F(b5)7
F7/9  Fdim Fm9
Cane  e  e  e  e  la 
Ebm7      B4/9 F#7+
E  Camomiiiiiiiiiila
G7+    F#7+
Doçura

Voz, violão 1 e programação |  Ana Luisa Barral
violão 2 | Braulio Villares Barral

01 | Doçura

[A7+  A#7+]
Alto dia,
de pétalas abertas
a flor se entrega ao Sol
E7
  desbotada                 A7+           E  
Flor quase sem vida
A7+           E      
Flor quase sem cor     
E7/9   E7/9b  E7
Quisera  fosse  flor
A7+ D7/9 G7/13 C7/9b A7+
  A mais bonita,   mais garbosa
E7/9   E7/9b E7
Quisera fosse Maria
A7+ D7/9 G7/13 C7/9b A7+
e entre todas a   mais poderosa
E7/9  E7/9b       E7
Quisera fosse, minha rosa
A7+ D7/9 G7/13 C7/9b
          A7+     A#7+             menos venenosa   (a flor)
[A7+  A#7+]
Eis o dia,
tendo lançado mão
de toda ambição de perfeição
E               [A7+ A#7+]
  descobrira em si mesma
a dona da história (da flor)

A7+ D7/9 G7/13 C7/9b A7+
Pedúnculos, pernas, pétalas e punhos 
A7+  D7/9 G7/13  C7/9b
Seus seios, suas sépalas, sorrisos
     A7+ 
e solidão

[A7+  A#7+] 
Maria flor

[Dm7 G7 C7+]
Maria flor

Esus E7
[A7+  A#7+] 




Voz e Violão Aço | Ana Luisa Barral
Violão Solo e Nylon | Braulio Villares Barral
Baixo | Leo Cappi
Violino | Marcelo Fonseca
Percussão | Marcel Moron e Anderson Petti

02 | Maria Flor

Mineira de batismo e baiana de coração. 
Compositora, educadora, poetisa e multi-instrumentista.

Ana Luisa Barral

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