Somente uma cor 
Não mais o arco í­ris 
O cabelo curto
Uma imagem repetida
A pobreza da cidade.

Nenhuma cara estranha
Sorriso único e perfeito 
Mundo sem o torto
Perdido desconserto.
Era sem imaginação
Hoje ilusório padrão
Patrão modelo
De nosso comportamento
Época de conceito restrito
Bipolaridades sem efeito
Bom, ruim
Ó, Amplitude do meio

Habito um corpo
Que não se move 
Diante ao horizonte

Ao Circular

Mundo De Um Homem Só

Eis o Homem

O fardo Homem

Amarga histeria

Melancolia

Na rotina


Ele teme a deus

Teme o que dizem sobre deus

Tanto amor
Tanto terror

E tão familiar


Hoje ele se sente bem

Ai! Tão bem

Que pouco se importa

Com a cor de seus ematomas

Eis o homem em seu coma


Deus, o homem

Deus, o homem



Quando ele crescer

E envelhecer

E apodrecer

Verá como amargo é

A imortalidade


Tanta devoção

Em negar a mesma dor 

Que pulsa dentro de mim


Viu onde cheguei?

Tão pouco que sei


Sobre mim 


Sobre mim



Eis o dito cujo Deus

Sob o fardo em ser Deus

Nunca falhar

Nunca chorar

Nem negar o que é seu


Entre em cena o coração

Gorduroso coração

Que bate e bate mas sem

Sentir dor

E sem a dor

Como vai além?


Deus, o homem


Deus, o homem


Jaz sob a sombra


Ante a morte

Mulher o

Alpha e o Omega

Ajoelha       


Eis o homem, o Gênesis


Angústia De Kierkegaard

Eu vivo a construir o mundo
Pares tijolos da criação
Não tenho o absurdo das prisões
Caixa, desconhecimento, desconexão

Que a sorte do acaso distraído
Me encontrou na esquina da aflição

A propaganda moderna possuída
Me apontando sujeito de pouca fé!
Oh! Religião das desordens organizadas
Organizadas de palavras sem cabeça nem pé

O estado me deixando desconsolado
Hoje somente televisão
Sou animal engaiolado das cidades
'Pensamentos livres vem e vão

Corro atento com os olhos cansados
Minha luta... ehh tristeza sem fim
Que venham os sambas da notalgia
Os sertanejos com sorrisos de alegria
Sou um sujeito incompleto
Nao sou ser perfeito ma' nem de perto
porém num sô vazio


Epifania De Meus Dias

O que é o amor?
É uma casa grande
Que tem um pé de fruta gigante
Onde a alegria briga com a dor
mas como irmãs

E a paixão?
Um bom apartamento
Com bons amigos antenados mas desatentos 
Sussurram e espirram no pó 
do amanhã

Paixão me tira o sossego
O Amor me deixa tão inteiro
Prefiro e sinto o Amor

Paixão sapato apertado
Me leva a lugares enquadrados
Sentimento especifico, ponta de dedão

Qual sua definição de mundo? (Meu mundo)
Plenitude ou futuro?
No meu mundo 
Amor! Amor!

Paixão me deixa tão sem jeito
O Amor me deixa em devaneio
Na forma de dois contráios
Eu somo e me sinto amado
Prefiro e sinto o Amor

Amor e Paixão

Pulso a mil 
Meu par encéfalo encha
Meu refil
Porque durante a guerra
não dá tempo de rever
Nosso arsenal
Isso deveria ser
Feito antes
no últimato, cortesia de
dois amantes
Que não debatem porque 
no novo tempo, caro Ivan, 
perdura o afã
de tanto esforço pra querer mudar
e eu insisto

Não mudamos
De tão mundanos
Não mudamos
Não

Poesia
eu encontrei a dita morta
na esquina
violentada e nua, tão
exposta e a mercê
pra quem quiser ver
Mas ninguém sequer para pra olhar
é, eu insisto

que a ereção não interrompa
minha ação mas, meu irmão,
ela tá um tesão

Não mudamos
De tão mundanos
Não mudamos
Não (mudamos)

Tão mundanos
que não mudamos
Não mudamos
Não

Un papa Sudamericano y la dictadura de los hermanos
And I heard Elvis sings ´´I Was Born about Ten Thousand years ago``
L'homosexualité est une invention
Gott ist tot, und wir sind die Mörder

Que a ascensão de
sagitário não me  
Deixe na mão

Não mudamos
De tão mundanos
Não mudamos
Não

Tão mundanos
que não mudamos
Não mudamos
Não

De Tão Mundanos

Eu tenho uma casinha branca 
Para acolher a esperança
De um mundo melhor

Subo em seu telhado
E vejo o que era cinza
mudar de cor

O tempo que nos leva
Leve o tempo, se deseja

Não quero um amor depressa

Quero continuar a ver o divino pela janela
Eu quero a paz cheio de incertezas

Tenho bons amigos
Tenho eu
Tenho você



Leve Vida

Em meu caderno de notas 
Eu anoto a solidão
E da minha notável tristeza
Vejo um ônibus alegre
Em outra direção

Procurar a muito pela métrica
O belo das sensações
Uma ternura de palavras
De cidades poluídas
Imensos palavrões 

A caminho do mato, minha natureza e longe de mim
Um amor que eu ainda não vivi
E no infinito dos olhos azuis da menina
Um tanto de coisas que ainda não compreendi

Pinto os olhos
Desenho o caderno
Olho pra mim
Atravesso o infinito 
Vivo o conflito
Eu vivo, eu vivo

Diário De Bordo

É tão difícil esperar
O evento crepuscular se resolver
Meu registro ocular não dá conta de falar o que fazer

Sem sombra de razão
Me ponho a lhe desdobrar
E em ver o quão consigo lhe prever
Mas certo como a morte é como eu erro afinal
Meu coração
Meu ser animal

Eu não sei você
Nem sei se eu sei
Que o que valeu, não vale mais
Eu não sou você, nem sei se serei como lhe fui a dias atrás

Mesmo estando errado, certo ninguém está
Te digo que te amo, pra sair vivo e em paz

Qual a moda do seu momento
Seu filme, seu desejo, sua cor?
Sua mão menor que a minha
O que eu sei da astrologia?
O calor

Eu lhe levo pra cantar um bordão a lá buarque
Se a fixa não cair, tem o outro lado da cidade
A luz da porta acende, meu tempo acabou
E o que eu quis não se configurou

Eu não sei você
Nem sei se eu sei
Que o que valeu, não vale mais
Eu não sou você, nem sei se serei como lhe fui a anos atrás

Sem você é mais fácil lhe amar
Mas sem nosso caos, como é que eu faço pra melhorar?

Se meu ouro acabar
Se eu não puder partir
Se sendo homem falhar
Se minha alma cair

O tempo é uma reta, logo não é razão
Eu sou assim, meu único não

Eu não sei você
Nem sei se eu sei
Que o que valeu, não vale mais
Eu não sou você, nem sei se serei como lhe fui a anos atrás

Certo como a morte, é como eu erro afinal
Meu coração, meu ser animal

Do que sou sobre você
Do que sei sobre você
Do que sou sobre você
Do que sei sobre você

Do Que Sou Sobre Você

Acorde o dia se puder
Me acorde meu amor
Porque em meu ninho um passarinho hoje não me visitou

Me ame se quiser
Me ame por favor
Me encante meu bem pois meu canto já silenciou

Me tire sem permissão
De uma tristeza controversa, 
que outrora se confundia com a vida plena de um irmão

Tudo bem se eu não sei
Não sei das tristezas que me tem porém eu conheço
O infinito medo, desdenho
Não fez questão de apelidar

Menino meu amigo
Amigo menino meu
Porque me tenho com alívio porque és amigo meu

Provocação de dor
Soneto tão bonito
O íntimo, o apático o estranhamento conhecido, desconhecido, estranhamente

Perdidas lágrimas
Meus olhos velhos alagados como amora docemente amargurada e apagada pelo sol

Que mais posso dizer a não ser tu és
Inexplicavelmente  meu avesso, meu desejo de viver
De lhe acompanhar, de te ter
Uma pedra num lar só seu
Como eu me lembro de meu pai

Amigo Alívio Meu

O AO CIRCULAR empreende novas ondas ao que há de essencial em nós e ao que é basilar (o que nos faz) ao concreto de nossa imaginação.
ELE/ELA é o olhar singelo musical de ZÉ ALVES E DOUGLAS GERONNY para os contornos da vida.

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Ao Circular

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