Até noite passada
Eu te via comigo
Mas na noite passada 
Eu não vi

Até noite passada
Você dormia comigo
Mas na noite passada
Eu sei, não dormiu

Eu não sei mais
O que fazer com essa dor

Eu não sei mais
O que fazer...

Não sei Mais

Ah, se eu pudesse 
Por um segundo tocar teu corpo
Meu abraço feito laço
Te apertaria tão forte em meus braços
Que fosse linha dava nó

Ah, se conseguisse por um instante 
Notar teu cheiro no ar
Meus sentidos feito frasco
Aprisionaria em meu olfato
Tua essência viva em mim
Feito perfume em poros

Sem você me encontro em ânsia
Anseio um segundo, um minto, uma hora
Ou quem sabe uma vida inteira ao teu lado

Sem você meu desejo é afônico
Música sem apetite, greve de fome
Pronto pra tecer uma nota, um arranjo
Uma orquestra inteira que fale do meu amor por você

Desejo Afônico

Não deixe o medo 
Que te prende ao chão
Te rastejar

E nem o medo 
Que te treme as mãos
Te enganar

Não deixe o medo que te nega o sonho
Não deixe o nego que te nega o sono
Te impedir de sonhar

Não Deixe o Medo (Boulala Session)

Cover da musica Bring Me My Shotgun - Lightnin' Hopkins por Filipe Castro.
Violão e voz.
Gravação por celular...

Bring Me My Shotgun - Lightnin' Hopkins (Cover)

Musica por Filipe Castro
Guitarra
Baixo
Balde Bateria

Gravação com celular...

Feeling

Eu, que às vezes me perco
Nem sempre me esqueço
Do que aprendi com você

Eu, que às vezes me lembro
Nem sempre me quebro
Me espelhando em você
Ou te espelhando em mim

É que ao fim da vida
Algo ainda fica
Da carne, da língua
Eu só não sabia o quanto doía ao fim

E eu sempre senti a palavra contida
Conversa engolida não cabe a causa enfim

Não cabem a causa, o calo e o colo
Não cabem a casa, o galo e o gólo

Não cabem:
Calo, colo;
Galo, gólo;
Casa, colo;
Calo.

Palavras Contidas

Eu não vi
quando você largou as mãos
Eu estava aqui 
quando você mudou o curso
Eu sabia
de todos os seus enganos
Mas mesmo assim
eu decidi pagar pra ver, por quê?

Paixão Cega

Eu não vi
quando o calor se apagou
Eu estava aqui
depois que as cinzas te levaram
Eu sabia 
de todos os seus desencontros
Mas mesmo assim
eu decidi pagar pra ver, por quê?

Paixão Cega

Paixão Cega

Você seguiu, logo cedo, meu destino
Caminhou longe demais sobre os espinhos
E se perdeu no caminho

Você se uniu, cedo demais, aos meus desejos
Fez da casa seu espelho
Sem permissão dos azulejos

Você se esforça apressadamente
Infeliz do passado, faz laço em nós atados

You

Não deixe o medo
Que te prende ao chão
Te rastejar

E nem o medo
Que te treme as mãos
Te enganar

Não deixe o medo que te nega o sonho
Não deixe o nego que te nega o sono
Te impedir de sonhar

...

"Não deixe o medo" fala sobre luta!
Fala sobre não aceitar as coisas calado
Fala sobre a luta interna de cada um por seus sonhos e
acima de tudo,
Sobre um grande adversário: 
O medo,
Esse que treme e te rasteja
E não te deixa ser
Então, não deixe de lutar
e muito menos
Que o medo te impeça de sonhar!

O áudio gravado pelo celular...

Não Deixe O Medo

A cena existe, no underground sobrevive
O mainstream entra no ouvido de playboy sem vaselina

A cena é nova, a lisergia é toda a mesma
Até hoje eu tomo doce ouvindo Hendrix tocando chapadão

Banda brasileira, três contra o mundo
Ter banda independente é tipo ser vagabundo
Nosso som toca na rádio do diabo
E a faixa preferida do inferno é meu trabalho

"A Cena fala sobre o cenário musical atual: a música como mercadoria. As pessoas compram o que exposto, e faz sucesso quem representa o mercado. As ideologias ficaram de fora deste cálculo. A música independente traz consigo uma carga de sentimentos e de representações, expressões simbólicas e culturais da subjetividade humana. Quem rejeita o mercado não constrói produto, faz música."

A Cena

Então deixa eu te olhar
Então queira estar além do que foi
Depois do breu, o brilho brilha as retinas
Depois do fogo a cinza esfria

Tem que mudar todo dia
Tem que mudar todo dia
Todo dia tem que mudar tudo

Letra: Alan de Faria 
Melodia: Filipe Castro

"Todo dia queima e deixa cinzas
Mas tudo muda
Todo dia escurece e embaça
Mas tudo muda
O brilho aparece a cinza esfria
Tem gente que esquece
Tem gente que fica
E tudo tem que mudar mais um dia."

Depois Do Fogo A Cinza Esfria

Nesse rio de caos e confusão
Já se vão tantos anéis e dedos
Tantos sonhos desfeitos
Tantos planos e medos

Todo dia um sonhador mastiga 
Nacos de carne e suor
Sua mão, sua ideologia
Colheradas de agonia

Uma desgraça segue o passo de outra
Tão próximo ela vem 

E as notícias e os jornais
Falam de boca cheia
E atordoado me deito
De olhos rasos e meias
Carrego comigo a certeza que sou mais um trouxa

Na abstração nacional
Colocam um filho da puta
Teleguiando minha conduta
Enriquecendo com a labuta
Na direção do meu destino

Uma desgraça segue o passo de outra
Tão próximo ela vem

Jogo Sujo

(em processo)
Depois Do Fogo a Cinza Esfria é uma música composta pelo Alan e musicalizada por mim pela nossa banda OBRA. Esse foi um dos processos de gravação da música que ainda está incompleta, mas fica aqui pelo registro mesmo assim.

Letra: Alan de Faria
Música: Filipe Caldeira Castro

Depois Do Fogo A Cinza Esfria - OBRA

Zero Vírgula

Apenas Um Take é um projeto que busca mostrar como as músicas são criadas em sua essência. Dizem que um escultor enxerga sua obra ainda na estrutura bruta — com a música, não é muito diferente. As composições também são esculpidas: conteúdos latentes tornam-se versos, melodias, concertos...

Acontece que, nesse caminho entre talhar e modelar, tocar e gravar, parte dessa representação inicial se perde.

Apenas Um Take tem por essência retomar o encanto do rudimentar, representar a arte antes de seus acabamentos. Aqui, as músicas são caneta, violão e gravador — tudo em faixa única, sem cortes, sem mixagens, sem edições.

É a expressão substancial da origem criativa.

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