A inspiração da arte e da música 'O Valor Da Cobertura vem das consequências da evolução urbana desordenada retratada pela letra da canção. Na música, esse crescimento desordenado leva Cabral a se questionar sobre as vantagens de ter descoberto praias que agora são cobertas por concreto. Esse pensamento flerta com a ideia de consciência pesada de Morcego. Depois do tormento, se mede o peso das consequências, outrora limitadas à consciência. A ilustração, Peso, mostra o pós-consciência pesada, quando o peso das consequências levam à destruição. 

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O Valor da Cobertura 

O Brasil é o país da riqueza 
É o país da riqueza, 
É o país da beleza, 
Futebol e carnaval... 

Mas adoece quando o assunto é segurança 
E ao ver a discrepância 
Entre as classes, passa mal 

Desde o descobrimento 
O português já pôde ver 
Que o que aqui plantasse 
Ia dar, ia nascer 

A fauna e a flora são vastos 
De cultura eu não reclamo 
Mesmo não tendo a sorte 
De nascer Pernambucano (2x) 
E a riqueza não é 
Somente Material 
Mais rico que o rico 
É quem não vende a Moral (2x) 

Mestre Ambrósio me disse 
Que Cabral demonstrou 
Uma certa inquietação 
Com o fim que o país levou 

E resmungava agitado 
Para todo o seu povo 
Que o Brasil que descobriu 
Queria cobrir de novo 
E resmungava agitado 
Para todo o seu povo 
Que o Brasil que descobriu, queria... 

Com isso me perguntei 
Se também comungava 
Com a ideia que passava 
Na cabeça de Cabral 

A fim de relaxar 
Fui até ponta negra 
Para ver se a beleza 
Me ajudava a pensar 

Fiquei alegre mas também me entristeci 
Com a paisagem que vi ao chegar perto de lá... 

As águas que beijam as praias 
Não mais abrigam sereias 

E as areias do Careca 
já estão perto de acabar 

Sufocadas pelo asfalto, 
Tijolo pedra e cimento 

Que assombram mais que o tormento 
Das tormentas lá do mar... 

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Arte: Marília Soares Lins 

Bateria e Órgão: Ariel Clyde 
Contrabaixo: Guilherme Bezerra Monteiro 
Guitarra e Vocais: João Moura Lima 
Guitarra: Bruno Narciso 

Letra: João Moura Lima 

Arranjo: Ariel Clyde, Bruno Narciso, Guilherme Monteiro, João Moura Lima 

Mixagem: João Moura Lima e Ariel Clyde 
Gravação: Arduíno Contra O Bando

O Valor Da Cobertura

A música "Morcego", baseada na poesia homônima do escritor Augusto Dos Anjos, pode ser sintetizada por um de seus versos que diz ser a consciência um morcego que a todos persegue. O morcego é a inquietação da consciência pesada. A ilustração, "Tormento", representa a agonia e confusão da consciência de alguém que coloca a cabeça no travesseiro para dormir, mas não tem sucesso. 

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Morcego 

Chegando do escritório o meu descanso era certo 
Mas apareceu dando voltas, tentando me morder 
Esse morcego, que ronda sozinho no teto 
Eu luto contra ele, na espera de vencer 

Já faz semanas e tentei de tudo 
Levantar parede e subir o muro 
O morcego é teimoso, me surge como um olho 
Que não me deixa dormir 

Estive na padaria conversando com os camaradas 
E parece que nessa cidade o safado veio pra ficar 
Puta, santa ou mal amada 
À noite espere o morcego, que ele vem para te assustar 

De hoje ele não me escapa 
Esse morcego da peste vai ter o que merece 
Hoje ele vai até na bala, pr'outro lugar que não seja aqui 

Não importa o que eu faça 
Conviver com o bicho é o meu destino 
A nossa consciência é o morcego 
Visita padre, papa, ladrão e assassino

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Arte: Marília Soares Lins 

Bateria e Órgão: Ariel Clyde 
Contrabaixo: Guilherme Bezerra Monteiro 
Guitarra e Vocais: João Moura Lima 
Guitarra: Bruno Narciso 

Letra: Tobias Bezerra 

Arranjo: Ariel Clyde, Bruno Narciso, Guilherme Monteiro, João Moura Lima 

Mixagem: João Moura Lima e Ariel Clyde 
Gravação: Arduíno Contra O Bando 

Morcego

Principalmente em tempos de colégio, quem nunca passou pela situação de ter que suportar um legítimo perna-de-pau no seu time somente em razão dele ser o dono da bola? Mais que isso, alguém que se acha na capacidade de resolver tudo sozinho só por ser o dono da bola? E que acabe atrapalhando tudo no final? 

Esses figuras demoram a entender que, tanto no jogo quanto na vida, prezar pelo coletivo, passando a bola para o amiguinho livre, é o melhor a ser feito. Alguns deles, entretanto, ficam velhos e não aprendem. Outros casos mais especiais são dignos de merecerem, para o resto da vida, o posto de destaque naquela brincadeira de toque de bola, a roda de bobinho. 

E é justamente essa rapaziada não tão gente boa que a Arduíno Contra O Bando ironiza no deboche do Dono da Bola, nosso mais novo single.

lyrics
Na pelada da escola 
O dono da bola 
Só quer jogar 

Ele não passa e nem ajuda 
Ele não marca e faz firula 
Assim é foda de ganhar 


Me diz por que você 
Não passa a bola 
Não vê que assim 
Você é quem é 
O bobo na roda 


Ele vai na ponta direita 
Ele é o falso 10 
O último escolhido 
Do par ou impar 

Ele vai na ponta direita 
Ele é o falso 10 
Que bate o escanteio e corre pra área 
Pra cabecear 

Me diz por que você 
Não passa a bola 
Não vê que assim 
Você é quem é 
O bobo na roda
credits
released 16 August 2015 
Bateria: Ariel Clyde 
Guitarra: Bruno Narciso 
Baixo: Guilherme Monteiro 
Guitarra e vocal: João Moura Lima 
Letra: Marcello Uchôa Wanderley 
Arte: Filipe Marcus 

Gravação: Arduíno Contra O Bando 
Bateria, guitarras, baixo e vocal gravados no estúdio MaMute. 
Mixagem: João Moura Lima

Dono Da Bola

Seis amigos que procuram, através da música, retratar a visão que têm da sociedade. Arduíno possuí um estilo singular, procurando mesclar suas influências que passam desde o Manguebeat até o Stoner Rock, num som envolvente, recheado de riffs pesados e, ao mesmo tempo, swingados.

Six friends that use music to portray the vision we have of the society. Arduíno has a unique style, by merging their influences that pass since the manguebeat until the Stoner Rock, a surround sound, filled with heavy and melodic riffs.

Arduino Contra o Bando

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