UDEVIR
Alex D'Castro

Sumo fluxo te divago:
“Je Vous Salue Marie”?
“Blue Moon” Verve, Elvis?

Y despierto do teu lado 
que flui, se move mallarmaico 
e flui enquanto ouço vago:

Your dream doesn't have an expiration date.
Dreams doesn't have an expiration date.

Ose Rêve!

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Voz: Genessi Bastos 
Becking Vocal: Glaucia Freire 
Violão de nylon: Kenji Yonezawa
Guitarra: Milton Cavalcante 
Baixo: Inês Fernandes 
Bateria: Daniel Pinheiro
Trompete: Eliezer Reis
Percussão: JP Cavalcante 



Udevir

CUBA LIBRE
Alex D'Castro

 
Nem é pra rir tampouco pra chorar. 
Nhem-nhem-nhem, 
Lá-ra-lá-ra ou laiá-laiá. 
Tá tudo bem. 
Nem olhe bem. 
Por que vai questionar? 
Bebe aí! Vira tudo! Quem vai brindar?
Meu desabafo cansou de tentar confessar; 
De querer compensar minha dor.

Por favor, o jogo como terminou? 
Teu vizinho casou? 
Meu trabalho só dobrou. 
É. Eu acho também. 
Porém o natural é que o banal seja normal.
Léro-Léro. Blá-Blá-blá. Vá-vá-vá...
Quem é aquela ali? 
Aquela de batom vermelho, 
Flor no cabelo, vestido grená?
Tava na praia andando logo cedo; 
Para-sol, lume, cachos ao vento, um olhar...

Feliz é quem tem o que compartilhar; 
Dar de si por se gostar (mergulhar).
Quem não tem eis aqui o lugar! 
Pode vir não medir, se jogar! 
Muito aquém ou além tem o mar 
De quem vê, sem temer, quanto alto quer saltar.
Lará-Léro-Léro, Blá-Blá-blá! Vá-vá-vá...


Nem é pra rir, tampouco pra chorar. 
Nhem-nhem-nhem, 
Lá-ra-lá-ra ou laiá-laiá. 
Tá tudo bem. 
Nem olhe bem. 
Por que vai questionar? 
Bebe aí! 
Vira tudo! 
Quem vai brindar feliz é quem tem o que compartilhar; dar de si por se gostar (mergulhar).

Quem não tem eis aqui o lugar! 
Pode vir não medir, se jogar! 
Muito aquém ou além tem o mar 
Que vem do amanhecer. Vê!

E mude de novo que o povo tá vindo... 

TRÊS, DOIS, UM...

Olha os fogos explodindo...
Vão ao alto colorindo a escuridão.

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Vozes e Becking Vocals: Alex de Castro, Glaucia Freire e Genessi Bastos 
Violão de nylon: Kenji Yonezawa
Guitarra: Jimmy Góes
Baixo: Inês Fernandes 
Bateria: Daniel Pinheiro
Trompete: Eliezer Reis
Percussão: JP Cavalcante 




Cuba Libre

CAMBRAIA
Alex D'Castro

Tenho chorado de medo, mas, faça o favor, não conte a ninguém, tá bem? 
Tem gente que não vê porque prefere não enxergar, mas reclamar...
Venho levando... vivendo a relevar. Problema todo mundo tem, 
Mas quem tem algo a ver com isso?

Quem um dia já morreu de amor e viveu pra contar
Viu que juras terminam em culpas.

Então pé no chão e mãos nas nuvens:
Tenha quem ou o que amar, 
Mesmo que nenhum amor lhe escolha pra dançar.

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Voz: Alex de Castro
Becking Vocal: Genessi Rodrigues 
Violão de nylon: Kenji Yonezawa
Guitarra: Jimmy Góes
Baixo: Inês Fernandes 
Bateria: Daniel Pinheiro
Trompete: Glaucia Freire
Percussão: JP Cavalcante   




Cambraia

PÁGINA EM BRANCO
Alex D'Castro

A minha namorada, toda enfeitada me puxou pra chegar. 
Nem o embrulho a Tuca abriu pra olhar. 
Botou no jeans o que escondeu de mim. 
Percebi pela cara que, de fachada, ria pra ocultar. 
Toda enfeitada, mas errada de ar. 
Sei não. Mas foi assim:

Na ida, eu fui gentil ao indagar. Cai. 
Acreditei. Até prometi deixar fluir. 
Foi onde errei. Lerdo, bobo pra agradar.

Fui entrando na farra play hype super cult, pra variar.
Gente vintage, gente de All Star. 
Virou: – Um segundinho? – Peraí?
Salvo pelas geladas, fumava e já falava sobre Godard, 
e ela num passar batom de morar, voltou mal, zen, enfim...

Lembrei a vez que pedi pra ela parar. 
Daí me prometeu, repetiu pra eu relaxar. Taí. 
Já tem um mês. Na segunda, vai largar. 
Sexta, volta a pirar.

Problema meu, seu filósofo de bar. 
De mim, bem cuido eu sem ninguém pra me cortar. 
Seguir conselho teu? Ora, vai te enxergar!

Tuca era Anna Clara. 
Chegava em casa iluminando o lugar.
Simples e doce. Fácil de se lidar. 
Mudou... Não mais a vi.

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Voz: Alex de Castro
Becking Vocals: Glaucia Freire e Genessi Bastos 
Violão de nylon: Kenji Yonezawa
Guitarra: Jimmy Góes
Baixo: Inês Fernandes 
Bateria: Daniel Pinheiro
Trompete: Eliezer Reis 
Percussão: JP Cavalcante   


Página em branco

SEGUNDO ATO
Alex D'Castro

 
De adornado Cernuno, 
vim pra gandaia da fé celebrar
gozar, profano, teso e augusto 
na massa doida exaltando suar

Tez, coxas, nalgas e bustos;
postas expostas em par. 
Tudo num drama volupto.

Salve, Evoé, Saravá!

Já eu de Vênus - um luxo 
vim lambuzada baiando ao luar 
num mar de movimentos astutos, 
sussurros, urros e beijos de arfar.

Viva o cortejo dos Bufos!
Viva o que odara cantar!
Flores e vinhos e frutos!
Bem-vindos ao nosso altar!

Quem adentrar 
que venha viver da nudez de amar. 
Para adorar dei prendas 
diante ao belo prazer de se dar. 
Pra viver da nudez de amar 
diante ao belo prazer.

Que essa oração te faça bailar 
e a desilusão já era! 

Viva o ensejo em conluio
onde o intuito ao rogar
vem te provar que sem julgo
pecado algum nenhum há!

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Vozes e Becking Vocals: Alex de Castro, Glaucia Freire e Genessi Bastos 
Violão de nylon: Kenji Yonezawa
Guitarra: Milton Cavalcante 
Baixo: Inês Fernandes 
Bateria: Daniel Pinheiro
Trompete: Eliezer Reis
Percussão: JP Cavalcante 




Segundo Ato

CINEMA ÓR
Alex D'Castro

Jusante ante o sol de iodo – ar de bicho triste.
Meu coração ressente o porto de onde tu partiste
e segue seu leito secular: ser porque existe.
Porém latino afetuoso, quando esplêndido eclipse 
e verte que é livre.

Rio a dentro...

Bendito seja o grande fogo que arde azeviche.
De laico, arcaico, insinuoso fez-se o olhar do tigre.
Batuque incenso, alguidar: baixa, ó flor do Chile! 
Facão, carcaça, grito oco e já não ouço a esfinge que em mim vive.

Nasci em São Miguel, Seu Moço. Ainda novo vim pra cá. 
Poeira, estrada, vento, rosto. Vibrante carpe diem solar. 

Meu ocidente reside onde te vivo de amar. 
Tempo, ó tempo, ensine; banha o que adejo cantar.

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Voz: Alex de Castro, 
Becking Vocals: Glaucia Freire e Genessi Bastos 
Violão de nylon: Kenji Yonezawa
Guitarra: Jimmy Góes
Baixo: Inês Fernandes 
Bateria: Daniel Pinheiro
Trompete: Eliezer Reis
Percussão: JP Cavalcante    


Cinema Ór

O PESO DA LUZ
Alex d'Castro

E aí me vi aceso
Estado de batucada 
Jongo de São Maagé
Folguedo imenso mar 

Te ouvi te ouvi lampejo 
Aba Tupi dê asas aba da 
Minha fé! Que avenho 
Adentro cá devir.

Calunga de Lampião Marfim Leão, 
Arruda que vim aqui por meu irmão. 
Zabumba alumiará que até devir tudo 
Adentro há de avir. Se avir...

Sá minha fulô d’oiá tem fé no vento: 
Fala de Santa Olaia e acha que a vida 
É um circo intenso. Vá?! 
Já quis, bem quis um tempo... 
Nega não é mulata! Foi avisá 
José que venha há tempo...

Não é não! Ilunga avisô que não! E é não!
Ilunga é brinquedo não! E é não! Ilunga na
Multidão eu vi e aí ouvi (o vento nas folhas).

Medo do medo, o feio do medo, o medo do feio, o medo virá! 
Retumba do medo o feio do medo, o medo do feio o medo que dá! Retumba o aterro, aterro vermelho, o medo vermelho. Anhangá, dô! E o barro vermelho, o festejo vermelho, o festejo, o festejo chegô!

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Vozes: Alex de Castro, Glaucia Freire e Genessi Bastos 
Violão de nylon: Kenji Yonezawa
Guitarra: Milton Cavalcante
Baixo: Inês Fernandes 
Bateria: Daniel Pinheiro
Trompete: Eliezer Reis
Percussão: JP Cavalcante

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Produzido pel'A República Imperial e Estúdio Livre Records
Gravado, mixado e masterizado no Estúdio Livre
Engenheiro de som: Raphael Ishak


O Peso da Luz (single)

A República Imperial é uma banda paraense fundada por Alex D'Castro e Genessi Rodrigues em 2013 com o objetivo de mesclar ritmos hispano-americanos, brasileiros e afrocaribenhos num flerte entre variedades musicais contextualizadas na América Latina. Outras influências da banda estão na esfera teatral, na literatura e, principalmente, no cinema.

A República imperial é: Alex D’Castro (vocal), Genessi Bastos (vocal), Glaucia Freire (vocal) e Inês Fernandes (baixo). 
Músicos Convidados: JP Cavalcante (percussão), Daniel Pinheiro (bateria), Milton Cavalcante (guitarra), Wendel Raiol (violão) e Anderlene Figueiredo (Trompete). 

Contatos para shows:
(091) 981069149 e (091) 3263-2810

E-mail: arepublicaimperial@outlook.com
Sound: https://soundcloud.com/arepublicaimperial
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Site: www.arepublicaimperial.com

A República Imperial

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