Vagner Cunha - Violinos I e II, Viola
Alexandre Dihl - Cello
Walter Schinke - Contrabaixo

Gravado por Gustavo Breier, na Loop Reclame, Porto Alegre, RS, primavera de 2013.

O texto que inspira esse tema, que o motiva, é essa maravilha:

VOCÊ É TÃO SIMPLES E EU GOZEI
por Juliana Frank

Enlanguesci insuportavelmente, daí que tive a ideia de escrever para você essa carta respiratória.

Martin,

Vou te contar como se você fosse meu pior inimigo. Porque você é. E a vodega que você esqueceu aqui me prende na parede como mariposa.

Três goles depois de um tropeço e já sei exatamente o que devo te dizer. Não quero falar do sentimento, ele que foi o cavalo de troia da nossa separação.

Eu não me lembro bem por que você foi embora. Quase não me recordo de nada além de seu sorriso de foder. Meu bem, só você sorri fodendo. Bom, depois que você foi jurando não voltar (como são feias e indignas as juras que não se traem), você não voltou. Martin, você traiu a natureza. Gosto de imaginar que morreu afogado, ébrio em uma boa poça d'água. Pois então, eu tive que preencher meu tempo abrindo as pernas e dizendo seu nome rindo, mentindo que já não sou. É que você gozava na minha boca sem prometer o impossível. Inclusive, nunca soube seus predicados além da pica febril e a grande vontade de foder. Fodíamos até minha boceta ressecar e seu pau sangrar. E eu gozava porque você era simples. Um pau sem fabricação. Pra que começar as formulações?

Depois que publiquei um livro relatando nossas fodas como se você fosse o pau hierático e eu a vagina insofismável, virei verdade. Martin, desculpe. Mas você deve estar exausto de ouvir falar de mim. Esse meu nome ficou gravado nos orais e anais da literatura. Meu nome era indispensável, nas livrarias ele esteve em destaque. Virou fábula avessa, absoluta!

Faz doze meses que você se foi. E dez meses que eu não escrevo uma vírgula. Mas vírgulas são coisas abstratas. E escrever é fácil, é só usar poucos advérbios, muitos verbos, alguns adjetivos, amarrar tudo com a ajuda das palavras e experiências vividas ou adivinhadas. Sempre a mesma ladainha que alguns sonham deixar para a posteridade. Difícil, meu amigo, é fazer nosso invejado candelabro italiano. Como eu disse, a questão é que esse livro virou verdade. Mais ainda que o pequeno príncipe. Não sobrou espaço para bulas e bíblias. E a literatura, que serve bem para cagar e dormir, dependia de mim. Ora fui sonífero, ora laxante. Constipação anal, nunca mais na humanidade. O segundo problema, bom, é que todos queriam viver este livro na carne. E me ofereceram muito em troca do meu literobocetismo. E eu aceitei tudo. Brindei à minha grande existência mal paga, mas bem comida com uísques mais velhos que meus amantes.

Sempre expulsei cada um deles antes de pegar no sono. Porque considero dormir junto muito pornográfico. Quando eles iam embora, gostava de sofrer fingidamente para mim mesma uma saudade canhestra dos gestos hipnóticos destes homens que espantaram minhas ideias como moscas. Canônicas ideias de uma escritora mal alfabetizada.

Se te interessa saber, me mudei para um modesto apartamento que tem vista para nada. Uma vista malfadada. A minha melhor vista sempre foi você. Como foi curto o nosso amor, como é longo o esquecimento. E minha literoboceta faz questão de pulsar e falar, e falar seu nome em verso repetitivo. Cala a boca, boceta falante, grito para ela. Ela responde: é saudade do Martin e do cio dos gatos.

Meu dia a dia seguiu sem orgasmos surpreendentes. Conheci alguns escritores de cabelos e mpoeirados e cheiro de livro velho que não me excitaram absolutamente. Eles tentaram me salvar do literobocetismo e disseram frases impublicáveis tais como a terrível variante: você é uma escritora! Não, sou literobocetista! Você é uma escritora! Não, sou literobocetista, reluto. Oh, escritores, não se iludam comigo. Mas deixemos os escritores para lá, eles não têm culpa de seus delírios.

(Segue, mas não cabe aqui)

Você é Tão Simples e Eu Gozei (Arthur de Faria) - da peça "Puzzle", de Felipe Hirsch (2013)

Trilha do curta "Que Importa O Sentido Se Tudo Vibra", de Gustavo Tissot (2014).

Essa foi originalmente composta pra peça "Solos Trágicos", do Roberto Oliveira. Foi sendo improvisada nos ensaios junto com a Fernanda Petit, que fazia a bailarina sem um pé que dançava essa valsa (im)possível. Depois da temporada da peça, o Pezão fez uma terceira parte, singela, em tom maior, pra espantar a melancolia da primeira e da segunda. A música entrou pro repertório do show "Música de Cena" e fazia ela volta e meia em shows. O Tissot ouviu a gravação de um deles e montou esse curta com ela de trilha. Aí foi moleza: só regravar em estúdio. :)

Arthur de Faria - Piano, Acordeom, Piano de Brinquedo e Glockenspiel

Gravado e mixado por 4Nazzo na Loop Reclame, em abril de 2014

Pra quem quiser ver o curta > http://vimeo.com/92044576

Valsa da Bailarina (Arthur / F. Pezão)- do curta "Que Importa o Sentido se Tudo Vibra", Tissot(2014)

Lá vamo nóis de novo! Mais uma peça desse "Puzzle" que a Ultralíricos tem montado com tanta paixão. Depois de duas músicas "instantâneas" esboçadas e desenvolvidas no primeiro ensaio de que participei, Felipe encerrou os trabalhos (de 12 horas...) dizendo: - Bom, Arthur, então pra amanhã de tarde você escreve uma abertura no nível das outras, tá?
Tá, né? Que que eu vou dizer?
Pior: adooooooro trabalhar sob encomenda, e na pressão.
Gravamos ao vivo, eu e o Gustavo, em 10 minutos, já no palco do Sesc Santos onde a peça estrearia em algumas horas. Gustavão mixou na seqüência.

Arthur de Faria - Piano, Acordeom, Guitarra.

Gravado e mixado por Gustavo Breier, no Teatro do Sesc Santos, em agosto de 2014.

Puzzle D (Arthur de Faria) - Da peça "Puzzle (D)", de Felipe Hirsch (2014)

Violinos - Vagner Cunha
Caixinha de Música - Luciano Mello 

Composto, arranjado e produzido por Arthur de Faria. 
Gravado, mixado e masterizado por Gustavo Breier no Transcendental Estudio, Porto Alegre, RS.

Liuba e Vladimir (Arthur de Faria) - de "Insolação", de Daniela Thomas e Felipe Hirsch (2009)

A mesma música tinha de soar com a cara da época de cada episódio.
Taí: começa anos 1920, um schottisch, depois vai pros anos 50, com aquela cara de samba de conjunto melódico.
Foi composta e gravada para a abertura da série "Porto Alegre: 100 Anos de Música", dirigida pelo Renê Goya, e escrita pelo Daniel Dode eu.

Vagner Cunha - Violino
Arthur de Faria - Acordeom, Guitarra, Ukelele, Coquinhos, Derbak, Surdo, Bateria de Brinquedo, Samplers de Piano, Vibrafone, Tuba, Baixo Acústico e Bateria.

Gravado e mixado por Bruno Mad, no Kiko Ferraz Studios, Porto Alegre, verão de 2014.

Porto Alegre: 100 Anos de Música (Arthur de Faria) - da série de Renê Goya (2014)

Da trilha de "A Última Estrada da Praia", longa de Fabiano de Souza.

Gravado e mixado por Fernando Efron e Augusto Stern, no Bunker Studio.

Remixado por Tiago Bello.

Nei Lisboa - Voz
Zé Flávio - Guitarra
Mateus Mapa - Flautas
Julio Rizzo - Trombones
Arthur de Faria - Violões, Baixo, Piano e Meia-Lua
Bebeto Mohr - Bateria

A Palo Seco (Belchior) - c/ Nei Lisboa, do longa "A Última Estrada da Praia", de F. de Souza (2011)

Marcelo Piraíno - Clarone
Antonio Carlos Borges-Cunha - Acordeom
Clóvis Boca Freire - Baixo Acústico
Guenther Andreas - Bateria

Gravado e mixado por Marcelo Sfoggia

Free do Camus (Arthur de Faria) do curta "Um Estrangeiro em Porto Alegre", de F. de Souza (1999)

Felizes os que na vida não provaram o mal,
Pois uma casa, quando a abalam os celestiais, 
A loucura nunca a deixa, avança pela prole inteira,
É assim como o vagalhão que, soprado por ventos trácios,
Varre o pélago noturno,
Ele revolve as sombras sobre o mar,
Ergue do fundo as areias negras,
E as costas, castigadas, a gemer ecoam.

Desde o princípio, nas casas de Lábdaco
Dor sobre dor vejo tombar em destroços e detritos:
Prole após prole passa sem redenção e um Deus as precipita sem resgate.
Agora, sobre a última raiz, incide a luz nas casas de Édipo
E as esgota o pó mortal das divindades da morte
E a fala sem prumo e a sanha dos sentidos.

Tua potência Zeus, que transgressão humana a pode suplantar?
Nem a vasta rede do sono nem os divinos meses incansáveis o abatem!
Imperecível no tempo, rico os resplendores reténs do mármore olímpico!
E valerá para o agora, para o antes e o depois esta lei:

Que na vida dos mortais nada de vasto se arraiga sem insânia e praga.
Pois se a esperança, andarilha errante, para tantos homens é amparo, é logro do desejo esvoaçante para outros.
Penetra o homem cego até que abrase o pé no fogo ardente
Pois o saber de alguém revelou estas célebres palavras:

"O mar será visto um bem sempre por quem a mente Deus precipitou no desvario. E pouco tempo passa sem os desvarios".

Corifeu: Arlete Cunha

Sopranos: Vivian Schäfer, Vanessa Longoni e Deisi Coccaro 
Contraltos: Cláudia Braga, Áurea Baptista e Lívia Dávalos 
Tenores: Mateus Mapa, Leandro Maia e Marcelo Delacroix 
Baixos: Rodrigo Siervo, Rodrigo Scalari e Paulo Fernandes

Direção do coro: Marcelo Delacroix

Rafael Lima - Sax Barítono 
Angelo Primon - Sitar
Marcelo Corsetti - Guitarra 
Ricardo Arenhaldt - Percussão de Orquestra

Tradução do grego: Lawrence Pereira.

Foto: Flávio Wild

Do CD com a trilha da montagem feita por Luciano Alabarse, em 2004

Gravado e mixado por Gustavo Breier na Tec Audio, Porto Alegre
Escrito, arranjado e produzido por Arthur de Faria

Hino à Felicidade Frágil (A. de Faria, sobre Sófocles) - da peça "Antígona", de L. Alabarse (2004)

Corifeu: Arlete Cunha

Sopranos: Vivian Schäfer, Vanessa Longoni e Deisi Coccaro 
Contraltos: Cláudia Braga, Áurea Baptista e Lívia Dávalos 
Tenores: Mateus Mapa, Leandro Maia e Marcelo Delacroix 
Baixos: Rodrigo Siervo, Rodrigo Scalari e Paulo Fernandes

Direção do coro: Marcelo Delacroix

Rafael Lima - Sax Barítono
Angelo Primon - Guitarra Semi-Acústica
Marcelo Corsetti - Guitarra 
Ricardo Arenhaldt - Percussão de Orquestra

Tradução do grego: Lawrence Pereira.

Do CD com a trilha da montagem feita por Luciano Alabarse, em 2004

Gravado e mixado por Gustavo Breier na Tec Audio, Porto Alegre
Escrito, arranjado e produzido por Arthur de Faria

Hino a Dionísio (Arthur de Faria, sobre texto de Sófocles) - de "Antígona", de L. Alabarse (2004)

Adolfo Almeida Jr - Flautas Doces 
Arthur de Faria - Kalimba e Jewish Harp
Paulo Inchauspe - Guitarra
Ricardo Arenhaldt - Pandeiro e Bateria

Gravado e mixado por Paulo Inchauspe, no Liga Música Estúdio.

Drum´n´limba (A. F / A. A. Jr)- do esp. de TV "Poa de Quintana", de F. de Souza e G. Vargas (2006)

Nossa tentativa de emplacar no pagode evangélico. Escrito especialmente pro longa (em plano-sequência) "Ainda Orangotangos", do Gustavo Spolidoro. A gravação é a de cena mesmo, que a trilha era feita ao vivo. 
Aqui o Seu Conjunto era:

Sérgio Karam - Sax Alto
Julio Rizzo - Trombone
Marcão Acosta - Voz e Guitarra
Arthur de Faria - Coro e Chocalho
Giovani Coelho - Baixo
Luke Faro - Bateria

Sai Capeta, que Jesus vai te Pegar (Marcão Acosta / Arthur) - c/ Marcão Acosta, do longa "Ainda Orangotangos", de Gustavo Spolidoro (2008)

Entrei no estúdio e improvisei o acordeom em cima do filme. Sobrepus o bombo legüero. Chegou o Adolfo e improvisou em cima, sem ouvir antes, como se estivéssemos juntos. Daqui saiu, em edições variadas, todo o material musical do filme. Nunca tinha feito desse jeito. Adorei.

Adolfo Almeida Jr - Fagote
Arthur de Faria - Acordeom e Bombo Legüero

Gravado por Marcelo Fruet no Estúdio 12 Experiência Sonora.

"Mulher do Pai" (Arthur de Faria / Adolfo Almeida Jr) - do filme de Cristiane Oliveira (2016)

Com o subtítulo de "Pinhal, Argel, 1949", foi composta para o curta "Um Estrangeiro em Porto Alegre", rearranjado e gravado no disco "Música pra Bater Pezinho", do Arthur de Faria & Seu Conjunto. É esta gravação, que se ouve aqui, que entrou na trilha de "Insolação", de Felipe Hirsch e Daniela Thomas.

Sérgio Karam - Sax Alto
Adolfo Almeida Jr - Fagote
Julio Rizzo - Trombone
Guenther Andreas - Vibrafone e Xilofone
Arthur de Faria - Acordeom
Marcão Acosta - Guitarra
Clóvis Boca Freire - Baixo Acústico
Ricardo Arenhaldt - Bateria

Gravado e mixado por Gustavo Breier, na Tec Audio, Porto Alegre, RS.

Música Pra Bater Pezinho

Suíte Do Estrangeiro I (A. de Faria)do curta "Um Estrangeiro em Porto Alegre", de F. de Souza (1999)

Com o subtítulo de "Clube dos Caçadores", foi composta para o curta "Um Estrangeiro em Porto Alegre". O Julio Rizzo escreveu uma segunda parte,  rearranjamos e gravamos no disco "Música pra Bater Pezinho", do Arthur de Faria & Seu Conjunto. 

Julio Rizzo - Trombone
Arthur de Faria - Piano
Clóvis Boca Freire - Baixo Acústico
Ricardo Arenhaldt - Bateria
Giovanni Berti - Bongôs, Congas e Clave.

Gravado e mixado por Gustavo Breier, na Tec Audio, Porto Alegre, RS.

Suíte Do Estrangeiro II(A. de Faria / J. Rizzo)de "Um Estr. em P. Alegre", de F. de Souza (1999)

Corne Inglês - Paulo Calloni 
Piano e Acordeom - Arthur de Faria 
Violinos, violas - Vagner Cunha 
Cellos - Alexandre Diel 
Contrabaixo - Walter Schinke

Composto, arranjado e produzido por Arthur de Faria. 
Gravado (por Gustavo Breier e Leo Bracht), mixado e masterizado (por Gustavo Breier) no Transcendental Estudio, Porto Alegre, RS.

Zoica (Arthur de Faria) - do longa "Insolação", de Daniela Thomas e Felipe Hirsch (2009)

Arthur de Faria - Vozes, Acordeom, Violão, Piano, Baixo
Diego Silveira - Bateria

Gravado e mixado por Gustavo Breier na Tec Audio

Cada episódio foi assinado por um diretor diferente. Esse é do Fabiano de Souza.

Unknown Album (6/4/2009 19:46:50)

Seuls Ceux Qui Perdent la Téte (Arthur de Faria), da série de TV "4 Destinos" (2008)

Essa eu escrevi em 1992, dentro de uma ideia que era pensar como seria uma valsa como "Branca", do Zequinha de Abreu, se fosse composta nos anos 1990, e não nos 1920. Cheia de acordes dissonantes, linhas de baixo nada óbvias, mas com uma melodia que soasse como se fora daquela época. Acho que deu. :)

A introdução era originalmente de "A Morte Acidental do Anarquista", minha primeira trilha para teatro, escrita em 1986.

A gravação daqui, usada nesse filme e em outros, é a do "Música pra Gente Grande", meu primeiro disco.

Arthur de Faria & Seu Conjunto aqui era:

Sérgio Karam - Sax Alto
Fabio Mentz - Fagote
Julio Rizzo - Trombone
Marcão Acosta - Bandolim
Arthur de Faria - Piano
Clóvis Boca Freire - Baixo Acústico
Guenther Andreas - Bateria

Gravado e mixado por Marcelo Sfoggia, ao vivo, no Salão de Atos da PUC, em 1995.

Produzido por Arthur de Faria e Fabio Mentz

Branquinha (A. de Faria) - de "Porto Alegre Meu Canto no Mundo" (Cícero Aragon e Jaime Lerner, 2007)

Julio Rizzo - Trombone
Arthur de Faria - Baixo, Guitarras
Bebeto Mohr - Bateria e Percussão

Da trilha de "A Última Estrada da Praia", longa de Fabiano de Souza.

Gravado e mixado por Fernando Efron e Augusto Stern, no Bunker Studio.

Mergulho (A. de Faria / Julio Rizzo) - do longa "A Última Estrada da Praia" de F. de Souza (2011)

Arthur de Faria - 4 Acordeons

Da trilha de "A Última Estrada da Praia", longa de Fabiano de Souza.

Gravado e mixado por Fernando Efron e Augusto Stern, no Bunker Studio.

Vai Falar (Arthur de Faria) - do longa "A Última Estrada da Praia" de Fabiano de Souza (2011)

Arthur de Faria - Acordeom, Baixo, Piano, Caixas de Folia

Gravado e mixado por Gustavo Blank na Radioativa Produtora de Audio.

Inverno de 2017.

Rosa da Maravilha (A de Faria) - de "Yerma ou Quanto Tempo Leva...", peça de G. Dienstmann (2017)

Violinos: Vagner Cunha
Cellos: Douglas Araújo

Gravado e mixado por Gustavo Breier, na Tec Audio, Porto Alegre
Produzido por Arthur de Faria

Vals (Arthur de Faria) - do especial de TV "Mistério Farroupilha", de Marta Biavaschi (2008)

Miss Jemima Kindersley foi a primeira mulher a escrever sobre o Brasil. Inglesa, esteve aqui com seu marido em 1764, aos 23 anos.
Várias dessas cartas, escritas a uma amiga, foram publicadas em  1777, sob o título "Letters  from  the  Island  of  Teneriffe,  Brazil,  the  Cape  of  Good  Hope,  and  the  East  Indies".
Esta é a primeira delas.

"Baia de São Salvador, costa do Brasil, agosto de 1764

É com enorme prazer que sento-me agora para lhe contar que, depois de uma longa, perigosa e incômoda viagem desde Tenerife, finalmente alcançamos em segurança a baía de São Salvador, também conhecida como Bahia, na costa do Brasil, e que temos a esperança de, em breve, desembarcar.
(...)
A minha impaciência para desembarcar aumenta em decorrência da vista da cidade, que à distância de onde estávamos pareceu encantadora. A parte que avistávamos está situada sobre a encosta de uma montanha escarpada, tem ruas de casas brancas que parecem estar umas sobre as outras, intercaladas com pequenas plantações de cana de açúcar, as quais, com a iluminação solar e o céu sem nuvens produziam um efeito belíssimo. Talvez o fato de ter sido privada da vista de terra por um bom tempo tenha dado mais charme ao que vi, todavia, na ocasião, realmente acreditei nunca ter estado diante de uma paisagem tão bonita."

Bay  of  St.  Salvador,  Coast  of  Brazil  August  1764

It  is  with  the  greatest  pleasure  in  the  world  I  now  sit  down  to  tell  you,  that  after  a  long,  dangerous,  and  uncomfortable  voyage  from  Tenerife,  we  are  at  last  arrived  safe  in  the  bay  of  St.  Salvador,  otherwise  Bahia,  on  the  coast  of  Brazil,  and  hope  soon  to  be  on  shore.  
(...)
My  impatience  to  be  on  shore  is  increased  by  the  appearance  of  the  town,  which  at  this  distance  looks  delightful.  The  part  we  see  of  it  stands  upon  the  side  of  a  steep  hill,  with  streets  of  white  houses  one  above  another,  intermixed  in  some  parts  with  small  plantations  of  sugar  canes,  which,  from  the  reflection  of  the  sun,  in  these  unclouded  skies,  have  a  very  beautiful  effect.  
Perhaps  the  having  been  deprived  of  the  sight  of  land  for  some  time,  may  add  to  its  charms;  but  I  really  think  I  never  saw  a  more  beautiful  landscape.

Crista Alfaiate - Voz
Adolfo Almeida Jr - Fagote
Arthur de Faria - Piano
Mariá Portugal - Tímpanos e pratos

Gravado ao vivo por Gustavo Breier, no teatro do Sesc Vila Mariana.

Kindersley I (Arthur, sobre carta de Mrs. J. Kindersley) - de "Selvageria", de Felipe Hirsch (2017)

Da trilha do filme "Severina", de Felipe Hirsch.
Música escrita e arranjada por Arthur de Faria

  - Emerson Kretschmer - Violino
  - Walter Schinke - Contrabaixo
  - Adolfo Almeida Jr – Fagote
  - Arthur de Faria – Acordeom e Glockenspiel
  Orquestra de Câmara da Ulbra regida por Tiago Flores

Gravado e mixado por Gustavo Breier para Instituto do Som
Produzido por Gustavo Breier e Arthur de Faria

Tema das Leituras (Arthur de Faria) - do filme "Severina", de Felipe Hirsch (2018)

Miss Jemima Kindersley foi a primeira mulher a escrever sobre o Brasil. Inglesa, esteve aqui com seu marido em 1764, aos 23 anos.
Várias dessas cartas, escritas a uma amiga, foram publicadas em 1777, sob o título "Letters from the Island of Teneriffe, Brazil, the Cape of Good Hope, and the East Indies".
Esta é a segunda delas.

"São Salvador, Agosto de 1764

Creio que não sou uma mulher muito perspicaz, pois, de outro modo, teria me apercebido de que as coisas nem sempre são o que parecem ser e teria evitado surpresas desagradáveis. Refiro-me à cidade de São Salvador, a qual, como certas coisas que nos causam prazer somente quando vistas à distância, quanto mais nos aproximamos, menos bonita aparenta ser. 
Logo que o bote ancorou, notamos que aquelas casas de um branco radiante a uma légua de distância não eram tão belas assim.
(...)
Para todo lugar onde vou, quando estou em terra, sou seguida e vigiada por um oficial e um soldado; a vigilância é tanta, que não posso ir de um cômodo da casa para o outro sem tê-los atrás de mim. Na primeira noite em que dormi em terra, os vigias dormiram no corredor próximo ao meu quarto. (...) Tentei ver-me livre dessa vigilância, mas em vão. Disseram-me que era uma deferência e que evitaria que me fizessem qualquer ofensa. Não foi necessário, contudo, muita perspicácia para perceber que queriam evitar que eu fosse a um dos conventos de freiras, dos quais têm muitos ciúmes, ou que travasse relação com qualquer de suas mulheres. O perigo que viam nisto está além da minha compreensão.
(...)
Bom Deus, o que não deve ser a vida sob tal governo! Essas coisas causam-nos perplexidade, a nós, que sempre ansiamos por mais liberdade."

St.  Salvador  August  1764  

I  am  not  a  woman  of  much  penetration,  otherwise  I  should  have  known  that  things  are  not  always  what  they  seem;  and  I  should  have  been  less  surprised,  at  finding  that  the  nearer  we  came  to  St.  Salvador,  the  less  delightful  it  appeared;  like  many  other  things,  which  please  only  when  viewed  at  a  distance;  
(...)
Ever  since  I  have  been  on  shore,  I  have  been  followed  and  attended  by  an  officer  and  a  soldier,  so  much  that  I  cannot  walk  out  of  one  room  into  another,  without  being  followed  by  them;  the  first  night  I  came  on  shore,  they  slept  in  the  passage  adjoining  to  my  room. (...) I  am  told  that  it  is  a  compliment,  and  to  prevent  my  being  affronted:  But  it  does  not  require  much  penetration  to  discover  that  it  is  to  prevent  my  going  to  the  nunneries,  of  which  they  are  exceedingly  jealous,  or  becoming  acquainted  with  any  of  their  women;  what  danger  the  apprehend  from  it,  is  beyond  my  comprehension.  
(...)
Good  heavens!  what  a  government  is  this  to  live  under!  these  things  astonish  us,  who  are  not  satisfied  even  with  liberty.
Crista Alfaiate - Voz
Adolfo Almeida Jr - Fagote
Arthur de Faria - Piano
Mariá Portugal - Tímpanos e pratos

Gravado ao vivo por Gustavo Breier, no teatro do Sesc Vila Mariana.

Kindersley II (Arthur, sobre carta de Mrs. J. Kindersley) - de "Selvageria", de Felipe Hirsch (2017)

Carta da escrava Teodora da Cunha Dias para seu marido. (1866)

Meu Marido Senhor Luis
Muto heide estimar que esta va achar vocé esteije com saude 
que meu dezeijo você me mande contar para honde voçé esta morando.
Quem me arematou foi um moçó muito rico de campinas o homem chama
Marciano 
quina eu fis uma pormeça em comgo voçê nao esta lembrado da pormeca que voçé que eu fis 
voçé não esta lembrado que voçé pai vedeu voçé
para voçé se lembra da pormeça que me a visou de noite eu estava dormindo. 
Rainha tem companheiro de fazer pormeça e não compir e agora ella esta
persa no Imal. 
e poriço façillital com santos e poriço voçé veija que arainha e maior do mundo e esta persa no mal 
não pode se salvar porque São Bedicto perdeu ella no mar 
não podese ça1var e poriço eu não façilito com santos 
eu espero hinda compir ainda que esteja com cabelos braços 
sua senhor dice que desfarcado de dar carta de forria de ajuntar o carsar responcado tambem de ajuntar casar ganhou dinheiro 
pagar o Seu Senhor da carta de arfuria 
eu quero ocasar junto e para não ganhar dinheiro e dispois emtão ganhar dinheiro pagar minha pormeça dispos para pagar sua senhoria
senão fica como a rainha

Vozes - Blackyva e Isabel Zuaa
Rabeca - Thomas Rohrer
Fagote - Adolfo Almeida Jr.
Piano - Arthur de Faria
Bateria - Mariá Portugal

Gravado ao vivo durante o espetáculo por Gustavo Breier

Carta da Teodora 1 (Arthur / Teodora da Cunha)- de "Selvageria", de Felipe Hirsch (2017)

O texto é um trecho do Pinocchio, do Carlo Collodi. Achei que nada era mais perfeito pra colar na história do Fitarelli, o Gepeto protagonista desse longa delicioso do Boca.
A música deu trabalho pra achar. Eu mandava uma, achando que tava no clima, e o Boca devolvia: tá italiano, mas da outra ponta da Italia. Mandava outra e ele: tá perto, mas ainda não é isso. Aí finalmente chegamos nessa. Caro que tem um pouco de Paolo Conte. E daí, no arranjo, não resisti. Tem vários arranjos pra essa música, ela é o tema. Mas esse é o que eu mais me diverti, tocando quase tudo. Mas principalmente porque finalmente tive chance de ligar meu plug mental preferido de tocar guitarra: o SubMarcRiboter. :)


Arthur de Faria - Voz, Guitarra, Violão, Baixo, Piano
Joana Queiroz - Clarinete
Giovanni Berti - Congas

Gravado no Audio Porto por Rafael Hauck
Mixado por Gabriela Bervian

(foto: Bruno Polidoro)

Questo Legno (A. de Faria/ Carlo Collodi) - do longa "Pra Ficar na História", de Boca Migotto (2017)

O texto é um canto canibal tupinambá recriado pelo Montaigne, num de seus ensaios.

Qu'ils viennent hardiment trétous, 
et s'assemblent pour disner de luy, 
car ils mangeront 
quant et quant 
leurs peres et leurs ayeulx, 
qui ont servy 
d'aliment et de nourriture à son corps : 
ces muscles, dit-il, 
cette chair et ces veines, 
ce sont les vostres, pauvres fols que vous estes:
vous ne recognoissez pas 
que la substance des membres de vos ancestres
s'y tient encore: 
savourez les bien, vous y trouverez le goust de vostre propre chair"

"Que eles venham todos sem exceção, corajosamente, e se reúnam para jantá-lo, pois comerão ao mesmo tempo seus pais e seus ancestrais, que serviram de alimento e sustento a seu corpo; esses músculos”, diz ele, “essa carne e essas veias são os vossos, pobres loucos que sois; não reconheceis que a substância dos membros de vossos ancestrais ainda está neles; saboreai-os bem, encontrareis o gosto de vossa própria carne”.

Voz e Piano - Arthur de Faria
Voz e Bateria - Mariá Portugal
Baixo - Pedro Destro

Grabado ao vivo no JazzB por Humberto Rmny

Des Cannibales (Arthur, sobre Montaigne) - de "A Comédia Latino-Americana", de Felipe Hirsch (2017)

"Yerma ou Quanto Tempo Leva Para Transbordar Um Balde". Direção Gustavo 
Dienstmann, baseado no texto do García-Lorca.

Arthur de Faria - Piano

Gravado e mixado por Gustavo Blank na Radioativa Produtora de Audio.

Inverno de 2017.

Prado de Mágoa (Arthur de Faria)- de "Yerma", peça de Gustavo Dienstmann (2017)

Essa canção foi escrita originalmente para a trilha de "A Tragédia Latino-Americana", de Felipe Hirsch. Depois entrou no filme "Severina", também no Felipe. Gravamos duas versões, muito diferentes, ambas maravilhosas. Uma com a Georgette Faddel, que é quem canta na peça. Outra, com a Liliana, que é essa aqui. Na hora de montar, fez mais sentido com o filme a outra. Mas como que a gente não ia mostrar isso aqui?
Sente o time:

- Liliana Herrero - Voz
- Hugo Fattoruso - Piano
- Popo Romano - Baixo Acústico
- Mariá Portugal - Bateria

Gravado e mixado por Gustavo Breier, entre Montevideo e São Paulo.

Primera Canción Tragica (Arthur / J.R. Wilcock) - Liliana Herrero + Hugo Fattoruso (2017)

Amal é um lindo livro baseado em histórias reais. Que também existe como um app, com audio, trilha e animação.
Um projeto da Isabel Malzoni e sua editora Caixote que chegou pra mim via Bunker. E eu amei muito fazer.

Arthur de Faria - Piano e vento do fole do acordeom

Gravado e mixado pelo Augusto Stern no Bunker Sound Design

Amal na Praia (Arthur de F.) - do livro-app "Amal", de Carolina Montenegro e Renato Moriconi (2019)

Arthur de Faria - Piano, Samplers, Oud Turco, Piano de Brinquedo, Glockenspiel.

Gravado e mixado pelo Augusto Stern no Bunker Sound Design

Amal (Arthur de Faria) - do livro-app "Amal", de Carolina Montenegro e Renato Moriconi (2019)

A gravação é ridícula: o play de uma partitura escrita em Encore. Mas, surpreendentemente, me agradou assim, maquininha. Um dia regravo com seres humanos.

Olha a ficha do espetáculo, que foi um sucesso de casa lotada em todas as apresentações...

Direção: Guadalupe Casal, Jezebel De Carli, Mário de Balenti e Marcelo Restori / Texto: Diones Camargo / Coreografia: Larissa Sanguiné / Colaboração cênica: Carolina Garcia / Elenco: Alice Maria Paiva, Ana Luiza Bergmann, Anna Júlia Amaral, Bia Noy, Carla Cassapo, Cris Bocchi, Camila Vergara, Carol Martins, Elison Couto, Filippi Mazutti, Fredericco Restori, Frederico Vittola, Gabriela Greco, Jaime Ratinecas, Lívia Perrone, Manuela Albrecht, Nátali Caterina Karro, Pedro Nambuco, Roberta Alfaya, Raissa PanatieriI, Rafael Becker, Thaiane Estauber, Viviana Schames e Valquiria Cardoso / Figurino: Daniel Lion / Trilha sonora: Arthur De Faria / Preparação de voz: Francis Padilha / Iluminação: Daniel Fetter e Fabricio Simões / Técnico de Som: Zé Derly / Fotos : Regina Peduzzi Prostskof / Produção Executiva: Luana Pasquimell / Realização: Porto Alegre em Cena /

Nelson Waltz (Arthur de Faria) - do espetáculo "Os Plagiários" (2013)

Felipe: - Em 45 minutos eu quero um Requiem tão bom quanto o do Mozart.

45 minutos depois...

...taí o Requiem. Só não ficou bom que nem o do cara. Mas aí nem com 45 meses. 

Maria Beraldo - Soprano
Mariá Portugal - Contralto

Gravado ao vivo por Gustavo Breier

Requiem (Arthur de Faria) - do espetáculo "Fim", de Felipe Hirsch (2019)

Da trilha do filme "Severina", de Felipe Hirsch.
Música escrita e arranjada por Arthur de Faria

- Erick Endres - Guitarra
- Bruno Vargas - Baixo Elétrico
- Mariá Portugal – Bateria

Orquestra de Câmara da Ulbra regida por Tiago Flores

Gravado e mixado por Gustavo Breier para Instituto do Som
Produzido por Gustavo Breier e Arthur de Faria

Severina (La Vida Es Una Mierda) - do filme "Severina", de Felipe Hirsch (2018)

Tem também uma versão com letra, maravilhosa, de Pablo Katchadjian

Tum Toin Foin Banda de Câmara:

- Miriã Farias - Violino
- Gabriel Romano - Acordeom
- Ange Bazzani - Fagote
- Adolfo Almeida Jr - Fagote
- Julio Rizzo - Trombone
- Erick Endres - Guitarra
- Arthur de Faria - Piano
- Bruno Vargas - Baixo
- Guenther Andreas - Bateria
- Giovanni Berti - Percussão

Gravado direto do ensaio por Olímpio Jr. na Tec Audio, Porto Alegre, 2019
Mixado por Erick Endres

Todo Era Para Mi (Art de Faria / Pablo Katchadjian) - da peça "Hacer Hacer", da Compañía 12 4 (2019)

Espetáculo dirigido por Marcelo Restori, Mário de Ballenti, Jezebel de Carli e Guadalupe Casal.
A mesma gravação foi usada no filme argentino "Amando a Carolina", de Martin Viaggio (2018).

Doeu 
(Arthur de Faria)

Gm   D7            Gm   
Doeu, mas já passou.
G7                                              Cm
Doeu sim, foi difícil evitar esse amor.
D7                           Gm
Doeu, mas não chorei, eu não chorei:
Eb7                   D7                        Gm                    D7
Seria lhe dar alegria, alegrias não dei.

F7
Homem que é fraco não chora,
      Bb
Na frente de quem lhe causou.
    G7
A dor que arrebenta essa flor, 
               Db7 C7 
Com seu in  -  ço.
Eb7                      D7
Homem de fato ignora,
Gm                           Ebm7
Da hombridade o pudor:
        Bb       B°      Cm         Eb7    D7   
Que lhe disfarça a face em desamor.
       Gm                    F
Por isso serei teu amigo,
     Bb                            Ebm7
Te digo sem medo de errar:

        Gm                 Gb7   F7      Bb 
Que me perdendo só tens a ganhar.


Valquíria Cardoso - Voz
Arthur de Faria - Voz, Guitarra, Baixo
Marcelo Figueiredo - Sax Tenor
Giovanni Berti - Pandeiro, Udu e Ovinho
Luciano Mello - Loop

Gravado por Fábio Lentino na Radioativa Produtora de Áudio
Mixado por Fábio Lentino, Henrique Willasco e Arthur de Faria na Radioativa Produtora de Áudio, no Verão de 2012

Doeu (Arthur de Faria) - da peça "Os Plagiários" (2013) e do filme "Amando a Carolina" (2018)

Composta originalmente para o espetáculo, acabou que só usamos um trechinho. Então adaptei a música completa para minha banda atual, a Tum Toin Foin. Essa gravação é de um ensaio, mixada pelo Erick.

Miriã Farias - Violino
Gabriel Romano - Acordeom
Ange Bazzani - Fagote
Adolfo Almeida Jr - Fagote
Julio Rizzo - Trombone
Erick Endres - Guitarra
Arthur de Faria - Piano
Bruno Vargas - Baixo
Guenther Andreas - Bateria
Giovanni Berti - Percussão

FIM (Arthur de Faria) - do espetáculo "Fim", de Felipe Hirsch (2019)

Minha música de cena, para teatro, cinema, TV e dança. Talvez a coisa que eu mais gosto de fazer na vida. :)

Arthur de Faria - Trilhas

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