Sonhos Lúcidos

Sonhos Lúcidos

Longe & Sem Direção

Rio das Pedras

Chuva Das 6

Shiva

Por Quê Você Não Vem Comigo?!

Adeus

Enquanto Eu Caio

Tá tudo bem minha amiga
Não tem por que chorar
Eu já vou seguindo em frente
E quero que você também vá
Não me importo com os erros
Não tem por que conversar 
não tem quem culpar
Sem motivos ou lugar
A chuva vem inundar 
O seu e o meu coração  
Logo mais o sol vai brilhar 
E a estrada abre pra trilhar 

Vou e não olho pra trás 
Vai e não pense em voltar
Só quero caminhar
No meu tempo e devagar

Esquece tudo que vivemos
Até pode se lembrar
Cuidado pra não se afogar
Na melancolia 
Esse é o meu lamento 
Sem questão de ouvir 
Só quero extrair 
A dor do deixar ir
Meu último adeus
Obrigado por tudo
Foi conceito, ou deu pau?
Eu não quero mais saber

Ir e voltar não tem mais graça 
Me cansei na estrada 
Me odiei por essa alegria
Jogar já não consta mais
Seu olhar tristonho já não me dói mais

Vem, que eu vou morrer
Antes de você
Vem me ver
Antes deu morrer

Foi num sonho
Sonhado ao seu lado
Não havia salvação
Pros meus pecados
Tentei conversar com deus
Mas ele virou as costas
Subi a serra e gritei aos céus
Mas nem o universo ouviu 

Vem, que eu vou morrer
Antes de você
Vem me ver
Antes deu morrer

Cuidado com a cidade
Minha criança
O redo macabro 
Morreu atropelado 
Por um carro funerário
Sua cabeça rodou até a praça
E ninguém pareceu se importar
Vendados seguindo rumo ao mercado
Vender suas almas e trocar por carne por aí
Chegar em casa dormir e repetir 

As folhas mais vivas da cidade
Me lembram que um dia tudo morre
O céu é sempre cinza por aqui
E as histórias se repetem

Procissão

Existem barreiras no espaço
Que não me deixam pensar
Barreiras no espaço
Que não me deixam pensar
Eu me preocupo em não hesitar 
Eu me preocupo em pensar 

Existem barreiras no espaço
Que não me deixam amar 
Barreiras no meu peito (ambiente)
Que não deixam o ar passar 
Barreiras em formato de gente 
Barreiras em formato de concreto (gente)

Existem barreiras no espaço 
Que não me deixam pensar
Existem barreiras no tempo
Que não me deixam andar
Existem barreiras no tempo
Que não me deixam passar

Barreiras N.2

Acordar 
Escovar
Me banhar
Sair
Trafegar 
Trabalhar 
Reclamar 
Almoçar 
Angustiar 
Trabalhar 
Defecar 
Hora de vazar
Trafegar 
Engarrafar 
Chegar
Me banhar 
Alucinar 
Jantar 
Sonhar

E tudo isso só esperando o carnaval chegar 
E tudo isso só por um fim de semana sem azar
E tudo só esperando alguma coisa mudar

De Lá Pra Cá / Trafegar

Presença / Saudade (Vila Velha, Janeiro 2020)

Pode conversar
Essas coisas voltam
É o fantasma elétrico 
Rondando seu rosto
A sua Joana
O meu Anjo Gabriel

Espiritualizando o presente
Com amores do passado
Formando o futuro
Distorcendo o tempo
Isso é ser humano
É o afeto afetar

Deixar chorar
A cachoeira de emoções 
A cidade confunde 
Os outros olhares
Outros pensares 
E é assim

Amor & Fantasmas

Vou afundar
Logo mais eu vou voltar
Essa certeza é só um momento
Viro o jogo no segundo tempo

Tempo, Após Um Contratempo

Tempo, Ápos Um Contratempo

Barreiras N.1

Me Dê, só mais um dia
Me dê, a agonia
Me dê, só mais um beijo
Me dê, tudo menos amor
Me dê, seu frio calor
Me dê, seu confuso sabor
Me dê, toda sua dor
Me dê, só assim vou esquecer 

Me abri pra você
Ganhei o silêncio
Grudei em você
Agora danço na solidão

Paro
Reparo
Olho
Me envolvo
Vou embora 
Sou solto

Eu tive medo
Me perdi no meu desejo
Ah, vamos ver
Quem sabe
Quem sabe
Ah, mas vamos ver
Quem sabe
Quem sabe

Agonia

Vem
pro meu mundo mágico
prova
meu sabor letárgico
é tão devagar
poder te amar
e é tão difícil
me fazer funcionar
e eu sei
que cê vai vazar
vai me deixar louco
mais do que eu já sou
mas no final
a culpa foi dos dois
eu sou bem tranquilo 
você é tão frenética

me desculpa
eu sou tão letárgico
tudo do meu lado
passa tão devagar
te desculpo 
por não saber desacelerar 
esse fogo entre a gente
bem que podia ir mais devagar 

tarde cinza
um dia rosa
transmutação
em seu coração
o tesão
volta então
você quer me ver
e eu quero você

então vamos
aceitar
que somos um para o outro
talvez até o fim
então vem
embora daqui
nosso fio vermelho
já se cansou

Letargia

Minha última solidão
O Silêncio tomou conta da minha casa
Silêncio, de manhã logo cedo
Vazio, corta o tempo em que vou passar
Desamor, durante a madrugada
Tristeza, me mata devagar
Eu sinto a morte em qualquer lugar
Não adianta caminhar vou tropeçar

Te torturam logo ao sair de casa
Tiram sua esperança com a confusão
Mas guarde suas dores pra você
Seu coração aguenta muito mais ate cansar 
Ou pode estourar e uma mancha no tempo deixar
Mas sem esquecer que vão fazer de tudo pra apagar
Seu pensamento é oblíquo 
Torto é seu grito de desespero 
Enquanto tudo afunda 
Seu pescoço contorce por salvação 
Vá sofrer, vá beber, vá chorar
E depois no eterno silêncio ficar

A Última Solidão

Muita pouca coisa vai mudar
Num curto período de tempo 
Esse é só mais um momento 
Antes dum próximo instante 
Que não vai ser tão diferente 
De outros tantos que passaram

Agora me dê licença 
Preciso muito de dormir 
Meus pensamentos já se tropeçam 
Minhas falas se confundem 
Vou aproveitar a chuva que vem
Como desculpa pra não sair

Daqui do meu quarto
Que é tão escuro
Do jeito que eu gosto
Minha atenção já foi pro saco

Hoje é segunda meu amor
A tristeza é presente  
Essa canção já ficou bege 
Tem gosto de carnaval do interior 
Me lembra a casa da minhas tias
E as paredes da minha escola antiga
O ano era 2012
E todo dia era cinza 
Isso não é muito agradável 
Vou terminar por aqui
Antes de começar a chorar

2012, o Ano Bege

2012, O Ano Bege

Bem-Vindo (Vila do Calango)

Born and raised in Belo Horizonte, Arthur Melo has been on the Brazilian scene since 2016 when he was 18 years old. Since then he has released the 2017 EP 'Agosto' and three albums, the newest is 'Adeus', available now.

Arthur Melo

Popular tracks