pluviosa

ALELUIA..

Ë como tinta de cajü..
Cai na roupa e nem o fogo tira..
Reviver a resistência das guerreiras e guerreiros dessa lida..
Desna as antiga que se sabe de qual bolso vem a sanha assassina..
Coragem, amor..
Ao lado teu rompem sementes que derrubam os canhões..
..ALELUIA..
Berraram que viriam nos matar..
E nös cantamos que não iremos morrer..
Sabem os sonhos de lutar que os pregos não crucificam a primavera..
De cruz em cruz nöis a ressuscitar..
De mãos em mãos venceremos qualquer guerra..
..AMEM..
,,ALELUIA..
Perdoai os cegos de cifrão..
..ALELUIA..

Cantautor: Ayam Ubräis Barco
Guita: Ismera Rock
Baixo: Danilo Ornelas
Bateria: Nathiara Iukelzon
Teclas: Anderson Ribeiro
Percussa: Petry Lordelo
Gravado no Estüdio 878, 1003 e Canoa Sonora..
Mixado e Masterizado no Estüdio Canoa Sonora

Aleluia..

VIII - Mundo pequeno

II - Torto

angst

A Barca: 

Cantautor: Ayam Ubrais Barco..
Vozes: Juliana Paim, Laísa Eça, Thainê Calheira..
Guita: Gabriel Barros..
Baixo: Gabriel Moreira..
Bateria: Gabriel Moreira
Teclas e percussão: Adilson Vieira..
Violão: Ayam Ubrais Barco..
Participação Especial: Orquestra Sinfônica da Terra de Insanos..
Produção: Marcel Hohlenwerger, Thainê Calheira..
Gravado: Estúdio 878 (Itabuna) e Gira Som (Ipiaú)..
Mixado e Masterizado: Estúdio 878..
Foto capa / contracapa: Flávio Rebouças..
Foto canções: Daniela Dias..


1. ROCEGAR.. 

Já me cansei de falar sem tu, sem teus sinais..
Já me voltei contra esse eco encantado dos meus ais..
Queria te ter ao meu lado..
Pra tu ver que o meu destino..
Era envelhecer mais tu..
Sendo menina.. Sendo menino..

Eeeeu..

Depois que tu partiu sem partir meu coração..
Me condenou a um horizonte..
E eu tão cego de solidão..
Voei nas asas.. Revoadas..              
Vi relampeios.. Te amo grande..
Mas ainda eu não sei como partir sem me despedaçar..

Eu ainda não sei voar..
Eu ainda não sei..

2. QUERENAR..

Eis que a vida deles velhinhos na varanda..
Com o parque à frente pras crianças..
Não existiu por fim..
É que a vida doía por ser um sonho só..
A vida não cabe num sonho..
As vezes nem cabe em si..

¿Onde foi morar a tua imensidão?

Elas nasciam..

Filhas das águas mar adentro..
Nadando entre as mães e os pais..
     
Como eram tão plenas lá..

E tempestavam..
Um pai partido.. Um pai promessa..
Calcado entre o céu e a terra..

¿Pra onde iria em paz?


Ao fundo do mar onde o lar não é vão..

Querenar..


3. TRIMAR.. 

Andando numa terra cinza e só..
Um sol no meu peito aperreado..
Ela sabe incendiar..
Na solidão tem sol..
Ela que acende o sol do meu peito..

Ela que vai incendiar..
O sol no peito aperreado..

Assunte que eu nunca sonhei..
Que ela de longe lá..
Uma flor retada incendiando certeira..
Um sol tão só aqui..
Embora sempre a brilhar..
As sombras sangravam a cada tropeço..

Ela que vai incendiar..
O sol do meu peito alumiado..
Por ela..
Meu girassol..
É ela..



4. ORÇAR.. 

O mar não foi feito pra o cais..
O caos é pra criar
O amor.. A paz.. O pão..
Só se lutar..
Quem navega a contramão..
Não vai parar..

Até que a paz seja pra todos
Até que o pão seja pra todos..

Rumar..
Tão simples feito o céu..
Armado pra chover..
Cair de pé e ser enxurrada..

Feito pajé de sete fôlegos..
A vida é uma correnteza..

Bem pra além que as nossas certezas..
Convém quebrar todas as represas..

Mudar o amor e ao mar, amar mudado..

Mudar o amor e amar mudado..
Mudar o amor e amar, amar...

Querenar

Nascido em 01 de maio na cidade de Salvador e criado em Ipiaú, Ayam Ubráis Barco fez-se gente e cantautor escutando canções indígenas, pregações espirituais, cantador@s de movimentos populares e expoentes do roquenrol mundial trancafiado no quarto e em naveganças pelas estradas do país. 
Trabalhador da arte, além de cantautor, é artista plástico, trilheiro de filme, ator aventureiro e escrevedor de poemas de encontro e despedida.
Começou a tocar e compor sabe-se lá quando não soube o que fazer com uma dor insuportável alojada em seu peito por assuntos de amor e quando seu avô o perguntou se já havia feito o pacto:
- ¿Que pacto, vô? ¿Aquele lá do diabo?
- ¡Não, seu bestaiado... ¡Aquele lá do Gongolô!

E assim fez e assim foi e assim é e assim será...

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Born on May 1 in the city of Salvador and raised in Ipiaú, Ayam Ubráis Barco made himself being a songwriter and singer, listening to indigenous songs, preachings spirituals, singers of popular movements and exponents of rock & roll world locked in the room and trips around the roads of the country.
Worker of art, beyond a songwriter, is a plastic artist, adventurous actor, makes soundtrack for movies and writes poems of meetings and farewells.
He began playing and composing when did not know what to do with unbearable pain lodged in his chest for love affairs and when his grandfather asked about the pact.
- ¿ What pact, Grandpa? ¿ The pact with the devil?
- ¡No, your silly! ¡The pact with Gongolo!

And so he did and it was so and so is and so be ...


Aleluia..

Ayam Ubráis Barco

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