Depois de intensas composições onde no início Gladir, Fabrício e eu já havia nascido canções como Uirapuru, Sumaúma e Velho Ribeirinho. Gladir trouxe a maravilhosa presença do Mário Valladão, nos trazendo uma nova textura de canções e a primeira que surge nessa parceria em trio foi Semeador Beija-flor, falando dessa pequena ave que para o tempo, o vento e o pensamento. Houve uma primeira gravação da música e após dois anos, o Mário resolveu re-gravá-la dando uma tonalidade mais suave que tornou essa canção ainda mais linda.

Semeador Beija-flor (Thiago Azevedo, Mário Valladão e Gladir Cabral)

Letra Thiago Azevedo
Música Marcus Américo

Rendeiras da Estação (Thiago Azevedo e Marcus Américo)

Pé de Palavra
Thiago Azevedo
Mário Valladão

Canções  que “avoam” no céu
nascem em pé de palavra
em bico de pássarinhos,
verso livre e na lavra... 
E nas margens do tempo
dançam arando a terra
cantam  soltas ao vento
livres ao pé da serra...
Chama do sol distante
olha a velha semente
é luz que vem de longe
palavra nasce e sente.
Vida segue adiante
flor e pé de palavra
pé de todo caminho
som de toda jornada

24/06/2014

Pé De Palavra (Thiago Azevedo e Mário Valladão)

Caipora

Caipora poeta
marejado olhar
olhos de guaraná
ama como a régia

e à luz do beijo
no leito de rio
ele deita e sonha
doce sabor do luar

navega seu rumo
nesse velho Guajará
amor sem prumo
Na flor do rio Guamá

Sua poesia vai
Pra onde? Já não sei
pra onde chamar
coração caipora

Thiago Azevedo e Marcus Américo
Belém / Brasília
Julho/2014

Caipora (Thiago Azevedo e Marcus Américo)

Assim como vamos experimentando os versos, as músicas também surgem como corredeiras de rios que possuem um curso dissonante e cheio de mistérios.

Bebendo nessas referências, junto com o Mário Valladão, fizemos uma canção que são fluidas como a dança do rio de nossas vidas...

O mistério das águas
Thiago Azevedo
Mário Valladão

Tenho um rio em mim
O mistério da águas
Brotando como semente
Que canta na velha cascata

Guardo livre em mim
Minhas doces lembranças
E no agito das águas
Refletem a velha infância

E nas corredeiras do tempo
A vida desenha seu curso
É nascente que alimenta
A raiz em seu pulso

Segue vivo em mim
Um desejo de beira-mar
Ondas que quebram sem fim
E águas que vem me encontrar

04, 05, 06 de agosto 2014

O mistério das águas (Thiago Azevedo e Mário Valladão)

Ao mesmo tempo em que o Mário Valladão e eu experimentamos nossa poesia e música com letras e melodias mais complexas, também invadimos o mundo infantil, deixando fluir em nós o espírito da criança, nos permitindo brincar e criar absurdos que se tornam nossas melhores canções, Água de Brincar é uma delas e tudo começou com uma simples pergunta: Como a gotinha de rio pode adoçar o mar?

Água de Brincar

Como a gotinha de rio
pode adoçar o mar?
Pra onde é que vai a água
depois que cansa de nadar?

Quem pintou 
de azul o mar
cachoeira é um chuveiro
engraçado de se banhar

O Igarapé, 
é um pé que de água encheu?
o rio tem uma mãe
pra nascer igual eu?

Água boa pra beber
água boa pra banhar
Água boa pra viver
Água boa pra brincar.

Água Pra Brincar (Thiago Azevedo e Mário Valladão)

Uma gravação caseira de uma música que nasceu de uma entrevista pra minha pesquisa de doutorado com o professor Ernani Chaves, ele me contou um evento que acontece na região de Soure chamado Suspiro da Cobra Grande, achei lindo e profundo seu significado e essa ideia martelou em minha mente e surgiu essa canção em parceria com um amigo de doutorado e professor da UFPA José Maria Bezerra.

Suspiro da Cobra Grande
José Maria Bezerra & Thiago Azevedo 

Será que ela dorme?
o que sonha
debaixo do lençol-rio,
Será que ela dorme?
quando a floresta canta
e Mãe'Dágua lhe vem ninar?

Canoeiro tome cuidado!
Quando o suspiro
virar bocejo,
Canoeiro tome cuidado 
tudo que passa, ela engole,
levando pro lar dos segredos.

E até que voltes a dormir sossegada,
a floresta calma canta,
Mãe'Dágua apareça e te cubra
com o estrelado manto da noite
"Até o próximo suspiro, 
durma"...

Álbum de José Maria Bezerra

Suspiro da Cobra Grande (José Maria Bezerra & Thiago Azevedo)

Poesia Catavento

Queria escrever uma canção
Mas o que me aflige é esse não
|: Que sufoca o samba
De um pobre bamba
De iludido coração. :| 

Quem sonha, parece, vive em vão                                 
Qual folha que muda na estação
|: Vai levando a vida
Quase que perdida
Quer a paz numa canção. :|

Prefiro ser um sonhador
Voar conforme vai o vento
Arando a aurora 
Do vão momento
Da poesia desalento
Arando a aurora
Do bom momento
Da poesia catavento


Thiago Azevedo & Gladir Cabral

Poesia Catavento (Thiago Azevedo e Gladir Cabral)

Cartas de amor
Letra: Thiago Azevedo/ Mário Valladão
Música: Mário Valladão

Quem nunca escreveu
Uma carta de amor
Aprendeu a tocar violão, 
pra tentar
Um bom samba compor

Quem nunca amou
Amor só de papel
E perdeu a cabeça de vez, flutuou
E vivia no céu

Quem nunca sonhou acordado
Com aquele beijo roubado
Quem nunca sonhou com um amor assim
Ai de mim!

Quem nunca escreveu com tristeza
Poemas de amor  ah  princesa!
Quem nunca sonhou com alguém assim
Ai de mim!

Quem nunca escreveu
Uma carta de amor
Que voltou! E o seu violão
 Se calou
Nenhum samba tocou

Quem nunca amou
E um dia sofreu
E perdeu o amor que sonhou
Terminou
Os seus dias ao léu

Quem nunca sonhou acordado
Com aquele beijo roubado
Quem nunca sonhou com um amor assim
Ai de mim!

Quem nunca escreveu com tristeza
Poemas de amor a uma princesa
Quem nunca sonhou com alguém assim
Ai de mim!

Quem nunca escreveu
Uma carta de amor
Aprendeu a tocar violão, 
pra tentar
Um bom samba compor
Um bom samba compor
Um bom samba compor...

26 de dezembro de 2012







Cartas de amor (Thiago Azevedo e Mário Valladão)

Letra/Música: Ivan Melo
Voz e Violão: Ivan Melo

Velhas Novas Historias (Ivan Melo)

Há sempre um rio (José Maria Bezerra & Thiago Azevedo)

Ciranda do Vento (Thiago Azevedo)

Poeta e o sabiá
Letra: Thiago Azevedo
Música: Ivan Melo
Voz e violão: Ivan Melo

Com uma pena na mão
Passeando no papel
Tecendo verso-a-verso
No infinito do céu

Uma breve poesia
De poeta e sabiá
No ninho deste mundo
Quer motivo pra cantar.

Leve em tuas asas
Meu singelo sabiá
O derradeiro verso
Que tenho a entregar.

Cante ao meu coração
Que ficou longe de mim
Leve minha solidão
Que parece não ter fim.

|:Quisera eu ter
Asas pra voar
Pra qualquer recanto
Tal qual Sabiá.

Sair pelo mundo
Ter onde pousar
Um lar, um ninho
Um sonho pra sonhar.:|

azevedothiago81

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