O Assalto Jazzpion

DUGERA
(Neemias Cândido e Vítor Espindola)
Paulo Henrique: Vocais e Flauta
Gustavo Daldegan: Guitarras
Marcus Cecão: Bateria
Guilherme Pugas: Baixo
Caio Couto: Teclados
Vitor Espindola: Violões e Guitarras

DUGERA

O teu olhar tão doce, fez o dia andar mais lento.
Seus lábios com cerejas. Invadiu meu pensamento, meus sonhos ingênuos.
Seus cabelos contra o vento.
A sua mão sobre a minha mão, conspirando para o amor e contra mim.
E eu que não queria amar, vi meu jovem coração a mil.
Eu quero estar mais perto.
Tanto pra sentir seu cheiro.
Pois esta dor aguda de saudade, só se acaba com seus beijos, seu corpo inteiro.
Se você não quer me ver, eu me perco em desespero.
Seus olhos são como um norte para mim.
E eu que não queria amar, vi meu jovem coração a mil.
O amor é coisa séria, compõe a alma do seus condenados.
É inquietante a sensação no peito desta simples sorte rara.
Para seus afortunados.
Vem confirmar este mistério. Que faz arder sem se consumir.
Vem mostrar com sua boca para mim.
Pois agora eu quero amar, com meu jovem coração a mil.

Dugera Jazzpion

ANDARILHO
(Gustavo Daldegan)
Paulo Henrique: Vocais e Flauta
Gustavo Daldegan: Guitarras
Marcus Cecão: Bateria
Guilherme Pugas: Baixo
Caio Couto: Teclados

ANDARILHO

Olhou pra frente e viu o caminho, no seu passo lento segue sempre sozinho.
A cabeça quente e os pés no asfalto.
O olhar a frente pronto para um salto.
Na pequena mala um pouco de comida.
Leva as pequenas coisas de uma grande vida.
E quando chegar a hora de partir.
Não vai sobrar nada do que tinha aqui.
Já são meia noite atrás da montanha.
E quem nunca perde, também nunca ganha.
E todo dia as noites são iguais, pega suas coisas e no mundo se vai.
E quando sonha que está pra chegar.
A vida as nuvens, mudam de lugar.

Andarilho  Jazzpion

ESTRADA ESCURIDÃO
(Vítor Espindola)
Paulo Henrique: Vocais
Gustavo Daldegan: Guitarras e Viola Caipira
Marcus Cecão: Bateria
Guilherme Pugas: Baixo
Caio Couto: Teclados
Vitor Espindola: Guitarras

ESTRADA ESCURIDÃO

A muito tempo eu peguei essa estrada rumo a escuridão.
Sem querer pensar no tempo, olhando longe e seguindo a canção.
Então me perguntaram por que eu queria viver assim.
E muito calmo eu respondo "amigo você tem que me ouvir.
Se eu sigo em frente por outros caminhos, não é por opção.
Sempre me perco na multidão.
Ando sozinho na escuridão e sem olhar pra trás.
O meu roteiro a vida faz"
Eu joguei tudo pro alto, depois que fui entender.
Que o tempo é rápido, mais pra mim que você.
Isso me deixou pirado, mas não me deixa esquecer.
Que mesmo sozinho pra ser feliz, basta viver.

Estrada Escuridão Jazzpion

SERES ESTRANHOS
(Gustavo Daldegan)
Paulo Henrique: Vocais e Flauta
Gustavo Daldegan: Guitarras
Marcus Cecão: Bateria
Guilherme Pugas: Baixo
Caio Couto: Teclados

Eu vi seres estranhos no meio do caminho.
Esses dias eu entrei numa casa que me deu medo. 
Esses dias eu entrei no meio de um buraco negro.
Esses dias eu entrei na caixa de pandora.
E vi todos meus medos e mais tudo que me apavora.
Eu vi a nuvem negra pousando no telhado.
Vi o corvo livre, e me senti numa gaiola.
Preso e amarrado, não poderia ir embora.
Fui acorrentado, por todo este pavor.
Perdi minha consciência.Não sei dizer quem eu sou.
Eu vi a sua sombra me perseguindo.
Hoje eu acordei com uma sensação estranha.
Que toda aquela coragem quase sempre me engana.
Foi quando eu percebi que todo este meu medo.
É de ver a morte lenta, perseguindo em segredo.

Seres Estranhos Jazzpion

PROFECIA
(Vítor Espindola, Paulo Henrique, Gabriel Menezes e Gustavo Daldegan)
*Música incidental: Cervantes (Jairo de Lara)
Paulo Henrique: Vocais e Flauta
Gustavo Daldegan: Guitarras
Marcus Cecão: Bateria
Guilherme Pugas: Baixo
Caio Couto: Teclados
Rhodes Madureira: Violões e Guitarras

Você.
Não perca tempo, não espere o tempo esvanecer.
Pois se você espera, a morte do seu lado e você não vê.
Saber.
A hora certa, talvez não vá chegar.
E o tempo que se espera, nunca chegará.
Esquecer.
A alma amarga, insiste em acompanhar.
E os passos do caminho, você deve apagar.
Porquê.
A profecia pode se concretizar.
Encare o seu destino, pois o fim irá chegar.
E o tempo que se perde nunca voltará.

Profecia Jazzpion

RABITELORE
(Paulo Henrique Jaspion)
Paulo Henrique: Flauta
Gustavo Daldegan: Guitarras
Marcus Cecão: Bateria
Guilherme Pugas: Baixo
Caio Couto: Teclados
Rhodes Madureira: Violões e guitarras

Rabitelore Jazzpion

CONTRADIZENDO
(Vítor Espíndola)

Hoje acordei com o pensamento.
De que meu tempo passa, a cada passo seu.
Ontem aceitei o teu apelo, daí me perco e esqueço os erros que já sei.
Se você passa eu quero é ficar.
Talvez a gente volte a se encontrar.
Quando te ter na minha frente, em minha mente o prato raso devo esquecer.
Por mais que eu tentei, fiquei descrente.
Porque tem gente que não vive sem você.
Se você passa eu quero é ir também.
Talvez a gente possa ir mais além.

Contradizendo Jazzpion

SER (TÃO) DENTRO DA GENTE
(Gustavo Daldegan)
 
A seca cega no centro do sol, 
onde o rio acaba em pingos de suor.
A boca seca de ser tão ardente, 
um fogo frenético dentro da mente.
Um redemoinho no meu coração, 
veja o diabo queima em meio o sertão.
Enquanto o mundo gira no mesmo lugar, 
o diabo vem me atentar.

A terra racha com meus pés no chão, 
feito lava quente, feito um vulcão.
Vejo a encruzilhado , o beco do destino. 
Vejo um homem sério em meio o caminho.
Sigo a correr para o outro lado, 
fica mais difícil o coração pesado.
Enquanto o sertão queima no mesmo lugar. 
O diabo vem me atentar.

Uma inquietação sertão dentro da gente, 
a terra cospe o gosto da semente.
Perigo lua cheia lá do outro lado, 
promessa celestina de um diário amargo.
Em passos lentos sigo o meu caminho, 
escolhendo a dor de só viver sozinho.
Enquanto o sertão queima no mesmo lugar, 
o diabo vem me atentar.

Banda Jazzpion