Palhaços tristes

Pintemos o rosto para encarar com humor
Essa vida vazia cheia de tanta dor
No picadeiro se encena o caos social,
Meras marionetes em crise existencial.

Pão e circo,
Laranja mecânica,
Pão e circo
Sobrevivência suburbana,
Pão e circo,
Selva de pedra,
Pão e circo
Onde o coronelismo impera.

Na corda bamba, na jaula do leão,
Admirável mundo novo, ano de eleição.
Enterrem meu coração na curva do rio
E que minha fantasia não sirva para meu filho

Pão e circo,
Fazenda, senzala,
Pão e circo,
Cartas marcadas,
Pão e circo,
Peões de xadrez.
Pão e circo,
Onde os fracos não tem vez.

Somos todos palhaços tristes...


Palhaços Tristes

Roleta Russa

Amar do seu modo é como brincar 
De roleta russa e esperar 
A arma disparar.

Lá vem você
Tocar minha dor com os dedos
Fazer do meu sangue amargo
Fazer-me igual por prazer.

Cortei os meus pulsos 
Mas só para ver,
Se você me ajudava 
Ou se iria me deixar morrer.

Lá vem você
Tocar minha dor com os dedos
Fazer do meu sangue amargo
Fazer-me igual por prazer.

Espero que a chuva venha lavar
Tudo que me fez chorar
Por ser um animal
Tolo e sentimental

Te dei meu coração,
Em troca, ganhei uma prisão,
Nas grades da sedução,
Você me tem nas mãos...

Yeahhh...

Lá vem você
Tocar minha dor com os dedos
Fazer do meu sangue amargo
Fazer-me igual por prazer.

Amar do seu modo é como brincar
De roleta russa e esperar
A arma disparar.

Roleta russa

Formada na segunda metade de 2013. Letras inteligentes, sonoridade agressiva, influências de bandas tupiniquins dos anos 80 e gringas dos anos 90.
A banda é composta pelos remanescentes da extinta Incesticida, que atuou no underground goiano de 2003 a meados de 2008. Depois de um hiato de 5 anos, retorna com novo nome e apresenta um som agressivo acompanhado de letras que carregam em si questões que vão desde criticas sociais, politicas e religiosas a inquietações e questionamentos do individuo que se sente imerso numa vida que as vezes (sempre) parece não fazer sentido.

VandalismoPoético