Chega de chinelo no boteco e pede um rum
Quente que nem fogo, no goró, num frenesi 
Sopra no silêncio pra pedir barulho algum
Quando quer dançar, tira o sapato e faz Saci

Pula feito pulga e finca o pé no abacaxi
Só que dói depois e o passo fica de robô
Pensa na cadência e vai e volta igual ioiô
Sabe que assim não sai de lá, não fica aqui

Sobe na cadeira e tira o pé pra dar zunzum
Tomba de cacunda na banheira e faz xixi
Quando quebra a cara, o urubu te faz cocô

Cheio de cachaça na cachola, assim não dá
Só quem come pedra é que o conhece o cu que tem
Teme a digestão e se lambuza antes do fim

POEMA: Julio Satyro
VOCAIS, PERCUSSÃO DE BOCA E EFEITOS: Julio Satyro e Bella Mendes

Poema Percussivo

Poema de Bella Mendes musicado pelo compositor Wilson Barbosa