O Jardim Secreto de Sophia  (Composed by Binho Rodrigues)

Libélula Landing (Composed by Binho Rodrigues)

“Alvorada”
(Composed by Binho Rodrigues)

Eu não sei mais qual a nossa surpresa 
pois são sempre as mesmas palavras 
nossas almas são simples presas 
dessa guerra não declarada 

Nossos sonhos são tristezas 
tocadas pela alvorada 
pois somos águias de asas cortadas 
caídas na estrada do amanhã 

Onde a guerra e a paz na Terra 
seguem em singela união 
Sonhos e ilusão serão a solução 
para a sensação de uma bala fria 
decidindo os nossos dias 

E para as promessas vazias 
de quem um dia mudaria 
o sangue frio dos répteis humanos 
que semeiam nossos campos? 

Nossa esperança crucificada 
segue calada ao som da balada das rajadas 
E os versos daquela poesia chamada alegria 
se queimaram nas chamas da hipocrisia 

Que orgulhos? Que triunfos? Que razões? 
Quais vitórias? 
se vivemos os dias 
na esperança de um só dia 

Se vivemos a vida 
na esperança de uma vida 
me diga 
Quais sermões converteram nossas almas? 

Eu não sei mais qual a nossa surpresa 
pois são sempre as mesmas palavras 
mascaradas pela frieza 
desse teatro de cortinas fechadas 

Meus olhos já estão cansados de ver 
minha mente está cansada de tentar esquecer 
Que somos peças de um jogo 
que sempre iremos perder 

Se ficarmos calados tentando entender 
o porquê 
De sermos escravos 
do nosso próprio poder.

Alvorada (Composed by Binho Rodrigues)

“No calor dos teus braços” 
(Composed by Binho Rodrigues)

Seu beijo toca o meu rosto
E agora eu vejo o quanto tudo mudou
Nesse momento eu penso em cada angústia
Que a tua presença devorou

É quando me perco no passado
E vejo que o tempo sempre esteve ao meu lado
Pois toda dor e solidão morreram
No primeiro toque dos teus lábios

No calor dos teus braços
Nas palavras de amor
Eu descobri em cada pedaço
Uma razão que me ensinou

Cada detalhe dos teus traços
Seus sussurros, teu sabor
Cada saudade que você criou

É uma verdade que me libertou
De um triste passado
Sem o seu amor

E o despertar é o maior sonho
Que essa vida poderia me dar
Pois já não há
mais tempos sem sorrisos

Quando me perco
em seu olhar.

No Calor dos Teus Braços (Composed by Binho Rodrigues)

“Discretamente” 
(Composed by Binho Rodrigues)

Você vivia dizendo 
Que eu não te entendia 
E mesmo assim eu conseguia 
Te amar todos os dias 

Com suas palavras frias 
E suas emoções vazias 
Mas toda essa monotonia 
Parece ter devorado 

Os últimos pedaços 
Da nossa alegria 

Então hoje, derrepente 
Você se arrepende 
Pelo tempo que gastou 
Com inutilidades frequentes 

Pois discretamente 
A pintura no espelho envelheceu 
Julgamos o tempo, mesmo sabendo 
Que ainda há tempo e que nada morreu 

Mas derrepente 
Sou eu quem não te entende 
O suficiente pra seguir em frente
Com tudo tão diferente 

Olhe nos meus olhos 
Pois é difícil de dizer 
Que eu não encontrei palavras 
Para explicar a você, o porquê 

De tudo ter mudado 
E te transformado 
Em algo tão abstrato 
Pro meu coração.

Discretamente (Composed by Binho Rodrigues)

“No Luar do Sertão”
(Composed by Binho Rodrigues)) 

Meu canto caboclo 
Ressoa da mata 
No meu brado há o céu 
E no céu uma brigada

Que cantam o amor
Entre as estrelas e a terra  
Uma canção de chamas 
Que transborda esperanças 

Nos campos e nos ares
Meus olhos buscam
um mistério profundo
 
No luar do sertão
Reluz o peito do azulão
E o piado do inhambu na serra
Que fazem vibrar o coração

Da morena que me aguarda
Em seu canto, de pé no chão
O amor alimenta minha alma
E fortalece o meu coração

Me diga 
qual o homem que viveu teus cheiros
ou amor que cultivou canteiros
na tristeza de seus medos? 

Se aí ao pé da serra 
eles enganam suas próprias vidas
nublando o céu de suas cidades
com vaidades em suas alegrias 

Os solfejos do vento 
Te levam minhas palavras 
Não há lamentos pela distância 
Pois tua presença é a lembrança
Que a flor do campo exala 

Teu beijo é terra molhada
No luar do sertão
Reluz o peito do azulão
E o piado do inhambu na serra
Que fazem vibrar o coração

Da morena que me aguarda
Em seu canto, de pé no chão
O amor alimenta minha alma
E fortalece o seu coração.

Demo

No Luar do Sertão (Composed by Binho Rodrigues)

"Todas as palavras da minha alma" 
(composed by Binho Rodrigues)

Na madrugada fria 
sozinho em meio às sombras da solidão 
eu penso em você e agora percebo 
o quanto eu sofri em vão

Discutindo por coisas sem sentido 
e procurando um sentido 
sendo que o sentido pra tudo 
era ter você comigo

Olhar nos teus olhos e entender
que você é a razão pra cada por quê 
E que o sol só brilhará novamente mais forte 
quando eu estiver com você

Queria fazer o tempo voltar e te dizer
que lutarei por você
até que o meu coração pare de bater 
e que quando os meus olhos se fecharem pra sempre

Saiba que estarei
pensando em você

Despertar todos os motivos 
ao tocar teus lábios 
e ver o mundo ganhar cor 
com suas palavras

Te beijar e sentir teu gosto 
corroer todas as dores 
das minhas mágoas
Ao te olhar no silêncio e sentir

a angústia de não ter a voz pra dizer 
todas as palavras da minha alma

Queria fazer o tempo voltar e te dizer 
que lutarei por você
até que o meu coração pare de bater 
e quando os meus olhos se fecharem pra sempre

Saiba que estarei
pensando em você

Pois a vida passa,
mas o amor é eterno 
e o mais importante a aprender nessa vida
é a amar.

Todas as Palavras da Minha Alma (Composed by Binho Rodrigues)

Semente”
(composed by Binho Rodrigues)

Nos porões escuros do meu peito
Teu sereno é semente do meu pomar
E todo meu sertão é desbravado
Pelo teu olhar

Toda falta de força
Se transforma em prontidão

Nos sabores puros do teu beijo 
Minha contemplação é água em harmonia a brotar 
E toda treva é devastada
Pelas falanges do teu ar

Do teu sol vem a luz 
Que espelha esta paisagem 
Da tua palavra uma prece 
Que dá ao destino sua passagem

E os jardins se tornam arte sob teus pés
Todos os ventos sopram leves 
Todas as folhas caem dormentes 
Tudo que é vivo mede abrigo no teu convés

E aquilo que eu aprendi agora é pensamento 
O passado de um tempo sonhado ao relento
Tudo que era tormento
Ficou ao revés

As veredas que escreviam o meu horizonte
Se romperam diante de nossas mãos
Quando juntos atravessamos a ponte
De almas atadas ao coração

E tudo que era brejo
Agora é redenção

O caminho da terra alumiou 
Os mistérios da vida agora 
são cantigas de poesia 
não escrita 

Da nascente agora sigo o rio
Que deságua no trecho mais bonito
E agora todo fio de chuva é um pingo infinito
Da boa lembrança que nos uniu

Nos porões escuros do meu peito
Há um sedento gosto de agradecimento 

Pois todos jardins se tornam arte sob teus pés
Todos os ventos sopram leves 
Todas as folhas caem dormentes 
Tudo que é vivo mede abrigo no teu convés

E aquilo que eu aprendi agora é pensamento 
O passado de um tempo sonhado ao relento
Tudo que era tormento
Ficou ao revés.

Semente (Composed by Binho Rodrigues)

Música de autoria própria. Todos instrumentos gravado e tocado por Fábio do Prado Rosso.

Libélula Landing (Composed by Binho Rodrigues)

Binho Rodrigues

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