Moeda
  (Marcoliva/Bruno Kohl ) 

 A minha fala tá muda
 A minha muda na mala
 A moda mata e transmuta
 Transmite fama e descarta
 Não tenho carta nem time
 Se o filme queima na lata
 desata o nó e desiste
 Essa moeda tá gasta!
 O gosto não se define
 o fim é auge da festa
 o que nos resta é crime
 Bala no meio da testa
 O santo tá meio surdo
 o absurdo na estante
 Estamos vivos mais tempo
 torcendo pra morrer antes

 Estamos vivos
 mais tempo
 torcendo
 pra morrer antes

         A nata foge do leite
 O dente foge da fada
 do nada sou imprudente
 se dou a mão escondo o tapa
 O que escapa é resumo
 do suprassumo do certo
 ainda não me acostumo
 com que consumo e desprezo
 Eu rezo depois do sono
 Eu como antes da fome
 Meu nome hoje é o dono
 da grana que me consome
 quando compramos formiga
 a preço de elefante
 Estamos vivos mais tempo
 torcendo pra morrer antes

 Estamos vivos mais tempo
 torcendo pra morrer antes

Moeda ( Música: Marcoliva/ Letra: Bruno Kohl)

Sete céus 

                                                                   (Bruno Kohl e Marcoliva)

Quando a água cor de jambo
Sobe no mocambo do meu coração
Toda a esperança esgota, olho em conta-gotas, pinga em meu vulcão

Quando a hora empoçada
Chama a passarada para o alvorecer
Todo sentimento aflora e meu olho chora assim sem querer

Quando desse rio me encharco
Aporto o barco , ancoro em teu atol
Todo amor coadjuva, me seca na chuva e me inunda de sol

Quando o chão da minha rua
Ilumina a lua pra se envaidecer
Todo coração baldio deixa o sofrimento vil pra bendizer e querer
Todo coração varia com certa taquicardia para encontrar o prazer

Para varrer a incerteza em minha casa
Para estancar a lágrima vizinha
Exagero,  extravasas, és sol

Para varrer a tristeza em minha casa
Para estancar a lágrima vizinha
Exagero , extravasas – sois sóis!
...
E me concede a sede pra que o céu desabe
pra que tudo acabe ou possa caber
E me concede a sede pra que o céu desabe
pra que tudo acabe ou

Sete Céus ( Música: Marcoliva / Letra : Bruno Kohl) Intérprete : Marcelo Mudera

Prisma (Bruno Kohl)

Eu Me assusto com as palavras 
que aqui te escrevo
quando passo o sentimento
todo no papel
a mão parece de alguem que não conheço
Há pensamentos que não sei se guardo ou tenho
esqueço muitas vezes do que aconteceu


Eu me assusto com as lágrimas
que molham o verso
quando a sombra do grafite
se transforma em dor
naquele que no espelho teima em ser criança
e tudo que foi dito volta pra garganta
a casa inteira me pergunta quem eu sou.


Eu sou a luz do sol que quis dispersar
nesse prisma que é teu olhar
pra que a cor possa estar no que eu escrevo
e perder o medo


Prisma (Bruno Kohl) - Arranjo: Carlos Bauer

REGRESSOS
	( Letra: Helio Pequeno e Bruno Kohl/ Música : Bruno Kohl)

Não me diga o que eu trago no peito
agradeço a sua omissão
se a loucura não te diz respeito
quem sou pra te dar a razão

Outra vez o espelho quis partir
Mal direi quantos são meus pedaços
Maldizendo que és parte de mim

não faça julgamento do meu caso
se nem sei porque faço o que eu faço
como posso saber se é ruim?

O espelho que avisa do tempo
Não reflete o que a mente escolheu
Quando eu olho pra aquela imagem
Já não sei se o que vejo sou eu

Onde andei não existe mais nada
e pra todos efeitos confesso
da partida o que me resta é só regresso.


Regressos (Bruno Kohl / Hélio Pequeno) ensaio

Para-raios (Bruno Kohl)
 
Por correr atrás
Por parar demais
Por ser vaso ruim

Por ter muito amor
Seja como flor
Seja ser afim

Por deleite e desencanto
Por especial espanto
Por recomeçar
O que não teve fim

Para confiar
Depois me vingar
Por estupidez

Para acalentar
Depois me afastar
Por querer de vez

Por não ter mais fé no outro
E não se enganar de fato
Por aqui um raio
Cai mais de uma vez

Sorriso que rasga no céu naquela nuvem cinza
a sorte vacila na gota e de repente cai
por mais que ela queira chover com sua alma viva
esquiva do meu coração e simplesmente vai

Para-Raios (Bruno Kohl) Ensaio

Refém do Acaso   (Musica Josinho e Bruno Kohl- Letra Bruno Kohl)

Não desisto de amar à revelia
nem espero de ti revelação
já é tanto pedaço no meu descompasso, 
assim despedaço o meu coração
todo momento
é gota de vida que faz transbordar
de vez em quando me pego bebendo 
uns goles de azar
refem do acaso
me afogo no raso do teu paladar

Antecipo um sorriso a cada dia
chega em mim em um sopro e vibração
já é tanto começo, e o fim do avesso
e assim agradeço por compensaçao
um sentimento
é rota de fuga a me aconselhar
me traz um acorde e um pouco sorte
pra me acompanhar
destino certo
se esse deserto um dia foi o mar

vou seguir um traço sóbrio
até o óbvio me expor
Meu amor seque seus olhos
nada em mim vale seu ódio
nem tampouco o seu amor

Refém do Acaso ( Josinho/Bruno Kohl)

Banho-Maria 
                          (Luciane Lopes/Bruno Kohl)

Quando fica perigoso tocar nos sonhos
a pele exala realidade crua
Cozinha-se em banho-maria.

as narinas,
as esquinas,
as fogueiras!
Bendito seja o fogo,

-Como vai?
- Eu vou indo à queima roupa...


Banho-Maria ( Música-Bruno Kohl / Letra -Luciane Lopes)

O Desacontecer das Coisas
			(Bruno Kohl)

Eu ainda ouço o mar
e o sobe desce do rolar das conchas
o vento vem pra me lembrar
do desacontecer das coisas
de um jeito bem particular
de um jeito que ninguem tentou contar

Eu ainda ouço o mar
o sobe desce do rolar das conchas
por isso vim te procurar
afinal de contas
a gente sonha um bem querer
a gente tenta ser feliz sem saber porque

Já não penso mais em discordar
se os olhos dizem sim
e toda pressa foi pra te mostrar
que o amor demora em mim



O Desacontecer das Coisas (Bruno Kohl)

Mise en Scène
					(Carlos Cesar e Bruno Kohl)

Sons do metrô, nós dois e a solidão de um Réveillon
Em sol maior ouvi o seu “Bom Jour”
Conhaque e Jazz, seu riso e um copo sujo de batom
E os meus pés a luz de um Abajour

Surge em mim o dia e o seu buquê
Nada em nós quer se perder.

Em meu chatô, o amor brincava de ser deja-vu
Feito um visom cobrindo uma avalanche
Um carrossel , no carnaval ser teu Pierrot
Em si menor dizendo “Bonne Chance”

A noite cai enfim num degradeé
E tudo em nós quer se perder.

Quando o metrô na estação chegar
mise en scène 
au revoir





Mise en Scène (Música:Carlos César / Letra:Bruno Kohl )

Andando sobre a minha sombra ( Josinho e Bruno Kohl)

Quem vive a vida , leva a vida bem contente 

e se despede veemente com torcida

E encarcerada eu vivia numa lida 

tocando o rumo de uma forma bem ferida

e vigiada, nos meus dias desiguais 

sabendo da inocência que eu deixei pra trás 

Nesses lugares tão rurais, bares urbanos 

Num beco lá no cais no centro por engano


Amo viver  e  sei que será bom pra mim

Tudo que é bom 

acaba ao começar sem fim


Andando sobre minha sombra percebi 

que as palavras no silencio mentem mais 

Dilacerar a minha história e ser capaz 

De abrigar rumores que  vão  existir

 o que me espera , emperra a alma e tudo mais

banhar o corpo para encontrar a paz

e assim saber que estou mais viva do que antes

na chama viva de um coração constante

Amo viver  e  sei que será bom pra mim

Tudo que é bom 

acaba ao começar sem fim

bkohl

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