MC LIVINHO -VAI QUERER ME DA, MAS VAI SER TARDE [PEGA NUNCA]

AGARRA NO CABELO DELA E TACALHE O PAU [ DJ'S YAGO GOMES & JHONZINHO 2013]

O Que Eu Quiser
(Lázaro Erê/Rone Dum Dum/X)
	
O que eu quiser 
Consigo com a força da canção
Eu tenho Axé
Mesmo se você me diz que não

Guerreiro e tanto, não me confunda com santo, meu encanto
Pela felicidade, amor pelo acalanto
Yorubano, sou Sudanês e Banto
Minha guerra é pela paz, por isso estou de branco
Ergo a cabeça e não há pose pra quem me enfrenta 
É na dificuldade que a minha força aumenta
Intimidade com a verdade do começo ao fim
É tanta intimidade que a verdade vem a mim
A pele preta, a roupa branca reluzindo o dia
Minha vitória é iminente, não é utopia
O meu exército é grande, de carne e osso, só eu
Filho de Zambi, filho de Olorum e de Zeus
A força é tanta, espero que minha alma suporte
Não me puxa! Eu venci a bruxa que trouxe a morte
No corpo e na mente cicatriz de batalha
A armadura é meu amor que superou minha falha
E nessa luta eterna entre razão e emoção
Quem sai vitoriosa é a minha canção
Até no nome o Axé sempre está comigo
Natal, vital como o meu umbigo
Quando recita, ele me cita no seu verso
Me coloca dentro, no centro do seu universo
Afasta o espírito perverso
Me dá o que eu preciso mas não esquece o que eu peço

(refrão)

Em situação de paz
A guerra vai tentar nos escolher e mais
A gente vai tentar se esconder demais
A vida vai mostrar que sabe o que faz e do que é capaz
Não estou à venda
Se você quiser me ajudar, entenda
Se você quiser me derrubar, aprenda
Se não tem coragem pra lutar, se renda
Mas não olhe pra trás, não se arrependa
Sempre forte como um super herói do gueto
Com sorte pra não levar na caixa dos peitos
Com jeito, de jeito, estar sempre pronto
Um mês inteiro com um salário de 500 conto
Um sonho 
Não se vende, não se troca
Não se rende, não sufoca
E não perde a validade
Proponho
Que a gente chegue junto
E não mude de assunto
Quando encara a realidade
Verdade
Quando está do nosso lado
A gente fica abençoado 
E age com confiança
Vontade
De mudar o nosso mundo
De viver a vida a fundo
E não perder a esperança
Quem sente o toque e leva o choque na mente
Há quem provoque mas não sufoque o que sente
Contas no pescoço, calor no corpo, é o fogo
Suor no rosto, é o homem, é o moço, é o jogo

(refrão)

O atabaque soou, o vento para, o corpo estremece
O guerreiro se apresenta, até o ar se aquece
Aquele que protege e guia os passos
O imbatível senhor, músculos de aço
Me mostra o caminho, guarda minha morada
Não perde demanda, senhor das estradas
Gigante invencível, seu braço é a espada
Ressurge da terra e topa a parada
Olha pelos filhos e não dá as costas
Nunca deixou um sem resposta
Peço reverências aqui na canção
Àquele que faz o menino virar leão
Salve, salve! Máximo respeito
Salve, salve! Então é desse jeito
Abutre nenhum vai tirar minha fé
Continuo de pé, coberto de axé
Vou caminhado no vale dos mortos
Vejo sangue cérebros e ossos
Respeito! Peço um bom abrigo
Sem medo, ele ta comigo
É Câmbio Negro na parada
Ceí, Salvador, todo amor à quebrada
X, nêgo veio, mandingueiro, venenoso
O som é assim mesmo, veio, é cabuloso
O som manda energia e contagia
Meu braço corta o espaço e irradia
O que eu quero ta na força da canção
Eu tenho axé, mesmo que digam que não

O Que Eu Quiser (part. X)

ta preparada para ser devorada pelo monstrao

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Alguns brasileiros que fazem fortuna com a Copa foram destaque da imprensa semana passada. Além da dinheirama que as instituições do futebol arrecadarão este ano, há um séquito de pessoas físicas que vão se dar muito bem com a competição. Para elas, pouco importa se o resultado final vai dar Brasil ou Argentina: elas já venceram com contratos milionários de publicidade e venda de um leque infinito de produtos. Fico olhando algumas personalidades milionárias lançarem-se gananciosamente nessa corrida. Querem a todo custo aumentar seus fabulosos patrimônios.
A maior ilusão do ser humano é achar que alguma coisa material do mundo lhe pertence. A maior ilusão é apropriar-se do mundo. Parece que todos padecemos deste mal. Todos queremos algo do mundo pra chamar de “meu”. A noção de propriedade é alguma coisa inata do ser humano. Todos os bebês passam por essa fase, quando reivindicam a propriedade de tudo que lhes é importante no seu universo. Nessa faixa etária, talvez um necessário exercício de autoafirmação. Mais tarde, porém, uma ilusão que precisa ser policiada.
Nada no mundo nos pertence, exceto os alimentos que consumimos. E, assim mesmo, em parte. Por mais ricos que aparentemos ser, toda riqueza material é algo completamente estranho à nossa natureza. O escritório pastoral onde trabalho foi construído há mais de quarenta anos. Os antigos donos já dormem. Vez ou outra, digo àquelas paredes: “Olhem só, como vocês são fortes! Antes de vos conhecer, e vocês já estavam aí firmes, e talvez prevaleçam depois de mim.”. Mas, depois, acrescento em tom de ironia: “Também, apesar dessa firmeza, vocês não pensam nem têm alma, enquanto Deus plantou em mim a eternidade.”.
Na verdade, quando nascemos, não perguntamos se as paredes da casa eram nossas ou de terceiros, se eram próprias ou alugadas. Não. Isto era algo completamente dissociado do fato de viver e vir a este mundo. O mundo era para nós apenas respiração. Luz. Tato. Gosto. Ouvido. Cheiro. O mundo era apenas o abrigo onde acordamos. Todavia, com o passar do tempo, fomos pouco a pouco querendo nos apropriar do inapropriável. E, por causa disto, muito sofremos.
De igual modo, quando morrermos, nosso corpo não perguntará se o leito onde estivermos é próprio ou do governo. Não, não perguntará, porque os eventos vida e morte nada têm a ver com noções de propriedade. A única coisa que a nossa existência material reivindica é mesmo o alimento. Neguem o pão, e o corpo gritará. Neguem a água, e o grito virá mais cedo. Neguem o ar, e o clamor será ouvido em poucos minutos.
Sempre penso no instante seguinte à morte de pessoas muito ricas. Contas bancárias continuam exibindo saldos fabulosos. Mansões. Empresas. Frotas de carros importados na garagem. Luxo a perder de vista. Porém, nada pode ser levado à sepultura. Do todo material, só havia mesmo um corpo, um ser vivo caminhando sobre a face da Terra. Nada, de verdade, pode ser elevado à categoria de propriedade. O mundo ficou. Permanece o mesmo de tempos do nosso nascimento. Largamos a mão do que nunca nos pertenceu. Deixamos para outrem o que também jamais será deles.
Nossa passagem por este mundo consiste num constante arrumar e desarrumar. Olhe agora à sua volta. Toda construção resulta desse trabalho incessante. Cavamos o chão e fazemos tijolos. Depois, carregamos isto para outro lugar. Mais tarde, demolimos a casa e aterramos um terreno baldio, onde outro vai edificar sua moradia. Temos um pouco de formiga. Materialmente, o nosso trabalho é arrumar e desarrumar o planeta, principalmente desarrumar. Transportamos pedaços do mundo de um lado para outro e, nesse processo, vamos chamando de nosso o que nunca foi nem jamais será.
Toda noção de propriedade é estranha ao corpo. Desconhecida pelo fígado, pelo estômago e pelos rins. Visceralmente não somos ricos nem pobres. Visceralmente, somos todos iguais. Toda noção de propriedade é somente uma ideia, portanto, mental. Materialmente, o ser humano precisa apenas de alimento, roupa e algum abrigo, tudo para o corpo. Boa parte do direito civil existe apenas para convalidar uma ideia.
Não queira ter um mundo pra chamar de seu. Ele não tem dono neste plano. Somos todos comodatários, isto é, pessoas que moram de graça numa propriedade alheia. Vamos aproveitar nossa breve estada e fazer o bem, repartindo com outros, juridicamente, menos favorecidos. Veremos, mais tarde, que só era nosso mesmo o que pudemos compartilhar. O resto ficou intacto.
 
         
Rui Raiol é escritor (www.ruiraiol.com.br)
 

UM MUNDO PRA CHAMAR DE MEU

Math RJ - Destilado part. Sarah Becca (Fasol Prod.)
Beat: FasolProd
Produção: DaluaDezenove
M A R G I N Á L I A   R E C .
#DZPGANG #MARGINALIAREC

LETRA:

(Math RJ)

Fascinante, enquanto eu ouço um som
Olhar trocado, sorriso deixado, tudo muito bem, muito bom
Eu perto do balcão só observando
Linda, gostosa desce e sobe rebolando

Ai ai ai... pra chegar nela hein? Como faz?
Um drink pra já brindarmos pela paz
Conversa vem, idéia vai
Até que numa hora na minha rede ela cai

Entende meus sinais bem na hora de um sensual jazz
Nossa, nessa me amarrei da cabeça aos pés
Um beijo a vários decibéis, tira meu stress
Morena nota 10

(Sarah Becca)
Mas cê sabe como é... É o princípio desse nosso jogo
Novos lugares, ares, paladares
E agora aqui aflora, essa vontade ta pegando fogo
Novos olhares, pares que se encaixe

So catch a fire
E a malícia aumenta enquanto...

*Refrão*

Do meu destilado, ela bebe do meu lado
Besteiras no ouvido, o que ela tem eu cismo
Ela e eu chapado
Um pouco mais de calor a sua vida
Um pouco mais de calor a sua vida
Papo bom, all nice, intenções
Garota quente que fascina

Tem a ginga, sabe swinga
No começo faz cara de santa, no final é de safada
Jeito que excita, mina vivida, bandida
Rouba cena em qualquer pista

Os vacilão ela já risca
E eu com essa sereia na minha isca
Progresso de conquista enquanto avermelha minha vista
Já pensando no lugar depois daqui 

Estouro pro neguin, o boate vai sair
Calculista, mandona. Quer sempre mais 10 minutos de dança
Ela não descansa, não cansa, me chama, me puxa
O baile se esvazia e ela me pergunta:

"Pra onde a gente vai?"

Ahhh, vamo num lugar bacana?
Te mostro o céu e ainda de quebra uma cama
Se chama motel e lá tu acorda sem pijama
É tipo um carrocel e lá tu da moral pra quem te vanha


*Refrão*

Do meu destilado, ela bebe do meu lado
Besteiras no ouvido, o que ela tem eu cismo
Ela e eu chapado
Um pouco mais de calor a sua vida
Um pouco mais de calor a sua vida
Papo bom, all nice, intenções
Garota quente que fascina

Vai pro banheiro, se olha no espelho
Volta ela toda toda mexendo no cabelo
E eu digo: to curtindo essa vibe, ela diz também!
E nóis acaba com essa night no que nos convém

Faz bem feito, eu pego de jeito
No único lugar onde se perde respeito
Nóis dois chapado, malícia lado a lado
Tudo alterado ocupando o mermo espaço

Sacanagem a flor da pele, nada interfere
Faço tudo o que ela gosta, então já até me pede
"Fica mais um pouco amor"
Ahhh, logico que eu fico e eu vou que vou

A madruga num acabava e ela muito gostava
Era de frente, de quatro, de lado
Na parede, na cama ou em pé
Tapa de todos os lados, no banheiro ou no quarto, um prazer inacabável
UMA NOITE BOA... É

(Sarah Becca)
Mas cê sabe como é... É o princípio desse nosso jogo
Novos lugares, ares, paladares
E agora aqui aflora, essa vontade ta pegando fogo
Novos olhares, pares que se encaixe


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