Ventos do Oriente Médio.
A história se passa em uma civilização antiga, que com o tempo, foi enterrada pelas areias no Oriente Médio.

- Personagens:
* Nikkal (Princesa) 'Deusa dos Pomares' na mitologia Canaan
* Khirkhibi (Rei do Verão) Pai de Nikkal
* Idris (Profeta)
* Yarikh (Alaúdista) 'Deus Lua' 
* Kundalini (Serpente) 

I - Pilares do Luar 'O orvalho noturno irrigará os pomares secos do deserto'
Nikkal, princesa herdeira do trono de Ugarit, antiga cidade situada no Oriente  que sofria uma terrível seca, teve uma revelação certa noite, quando a lua estava cheia e iluminava quase todo o deserto. Na visão turva, um local com grandes pilares cercavam uma fogueira, e em frente, a silhueta de uma pessoa que parecia estar fazendo um ritual, com uma espécie de instrumento de cordas nas mãos. Então, uma melodia é ouvida... 
Uma serpente olhava fixamente para a silhueta, e em seguida, dirigindo-se a Nikkal, e a comunicou que deveria se abdicar de seu reinado e seguir a melodia para que encontrasse o fruto proibido, que forneceria o 'orvalho noturno' e faria chover em seus pomares ressecados, acabando assim com a terrível seca que assolava seu reino.

II - O Fruto Proibido
A visão acaba, e sentindo o seu corpo pesado, deita-se na cama e começa a indagar o seu destino, percebe que algo dentro dela mudou. Sentia um desejo inexplicável pelo homem na visão, sentia uma paz profunda quando se lembrava da profecia.
Seu pai havia promovido um casamento com um príncipe da família do reino vizinho, para que a união das terras pudesse enriquecer ainda mais as famílias, mas ela estava disposta a largar tudo e seguir o destino que foi lhe dada em sua revelação. Teve cuidado ao sair da cidade antes do amanhecer para que ninguém a visse, e deixou um bilhete dizendo que não suportaria a vida que seu pai escolhera pra ela, e que faria uma jornada para salvar seu povo, saindo assim do castigo da seca, mas que talvez ela não voltasse para casa...

III - Tempestade de Areia (Miragem)
Sua jornada começa, e seguindo a melodia em sua mente, dirige-se a Leste. No perigoso deserto, caminhava sem parar, e com o seu corpo cada vez mais eufórico com muitas incertezas, percorreu uma enorme distância sem mesmo se dar conta. Não pensava em voltar atrás, apenas em seguir a melodia. Mas seu corpo foi desidratando, e sua mente foi ficando cansada. 
Avistou algo ao longe além de areia, e correu ainda mais para chegar, mas era apenas uma miragem, que aliada a sua percepção delirante, desviou-se do curso, e se deparou com uma enorme tempestade de areia. Pensou que ali seria seu fim, sem conseguir fazer muito esforço para se proteger, acabou desmaiando em meio a tempestade, que engoliu seu corpo em meio a ventania do Leste.

IV - A Dança das Espadas
Nikkal acorda em uma jaula de mercadores do deserto, que traziam outras jaulas com o que pareciam ser escravos que seriam vendidos. Os mercadores chegaram a uma vila, e fariam uma disputa entre os presos para saber quais valeriam mais, em um duelo de espadas. Ela escolheu a menor espada, pois as outras eram muito pesadas para seu frágil corpo.
Mas Nikkal sabia manipular lâminas, pois seu pai, exímio guerreiro, sempre fez questão de ensinar a arte da guerra de seus ancestrais a ela. A cimitarra era mais ágil e cortante, enquanto as outras pesadas eram mais pesadas, pois precisam de força para perfurar. Estava bem confiante nas disputas e pensava em sair logo dali. Nas primeiras lutas, se saiu bem, mas na 3° batalha, se sentia mal por causa do calor e não foi bem, o que lhe rendeu uma forte pancada no tórax com o pomo da espada do adversário, ficando sem ar e perdendo a disputa, fazendo com que ficasse entre os escravos de menor valor. Descansou um pouco, e começou a arquitetar um plano para fugir logo dali.
Conseguiu esconder a pequena cimitarra junto ao seu corpo por dentro da roupa e esperou o momento certo para atacar o líder dos mercadores, distraído com sua disputa. Esgueirando-se entre as jaulas, chega por trás do guarda-costas e corta-lhe a garganta, junto de outro golpe certeiro no coração do líder. Correu em direção a um dos cavalos, enquanto outros guardas a cercavam.
Mas os escravos, percebendo a situação, atacaram os guarda-costas que estavam em menor número. Nikkal cortou a corda que prendia um dos cavalos a carroça e rapidamente montou e seguiu adiante, aliviada por quase ter morrido duas vezes. Seguiu triunfante em direção a melodia que antes não conseguia mais ouvir...

V - Noite Tribal 'O Ritual'
Na sombra de uma árvore, Nikkal espera  um pouco para que seu cavalo possa descansar e se refrescar nas aguas cristalinas do rio, enquanto reflete em tudo o que já aconteceu e tudo o que já passou até chegar ali. Será que valeria o esforço? 
Não queria demorar. Seguindo pelo Sul, descendo às margens do Rio Jordão, a melodia fica mais intensa, e seu coração bate mais forte. Ao final da tarde, Nikkal ouve de longe alguns tambores, vindos de um local distante. Desta vez, não era um delírio em sua mente. Já tinha ouvido falar sobre esse local antes em lendas contadas por seus pais, o vilarejo de Reah (A cidade da divindade lunar).
Aos últimos raios de sol , Nikkal chega ao local, que exalava um cheiro perfumado, convidativo. Percebeu também os pilares de sua visão, muito maiores do que imaginava. Sentia que estava em um lugar místico. Então, um homem velho e barbudo se apresentando como Idris dá as boas vindas á princesa, dizendo que ela chegou na hora certa. Ela mesma, sem entender exatamente o que o velho queria lhe dizer, não fez questão de questioná-lo, queria apenas estar ali, e aprender mais com o povo adorador da Lua.
Depois de se lavar e comer algumas frutas, o velho a convida a se sentar perto dos pilares, e disse que a hora estava chegando... Explicou que os tambores que antes ouvia era o chamado para o despertar de Kundalini. Idris explicou que quando a Lua atingisse a parte mais alta no céu, começaria a 2° parte do ritual.
Então, um grupo de músicos e dançarinas se aproxima... Quando ela olho para cima em direção a lua, imediatamente sentiu-se em sua visão. Os músicos começam a tocar a melodia que tanto dava desespero a sua mente, mas agora, era uma sensação de conforto. Olhou para baixo de novo e viu uma fogueira com chamas azul acesa em meio aos pilares. As dançarinas em transe, contornando seus corpos dentre o ritmo. 
Viu saindo da cabana um homem com um turbante vermelho, que aparentava ter a mesma idade que ela, acompanhando os músicos tocando seu Alaúde. Indo em direção a Nikkal, que logo percebeu que era a pessoa em sua profecia, por quem sentia um desejo ardente incontrolável.
- Meu nome é Yarikh, eu te trouxe até aqui. Quase te perdi, mas agora você é minha.
- Então é você! O homem que amei sem mesmo conhecer... 
Ela então se envolve na dança e participa junto á tribo daquele ritual mágico, até que os primeiros raios de sol começam a raiar. Ele a abraça, e a leva para dentro da cabana...

VI - Ventre Sagrado, 'Os Sete Véus' (Kundalini)
Dentro da cabana, ele coloca um colar de pedras azuis em seu pescoço e explica que a escolheu por ela possuir a fertilidade dos deuses em seu ventre, e por isso a fez ter a visão, manipulando-a a vir até ele. Explicou que só existia uma maneira de livrar o seu povo do sofrimento da seca. Só ela poderia completar a última parte do ritual, a ‘Dança dos Sete Véus’, um mantra que ao ser completado, abrigaria o filho do Deus Lua em seu ventre. Então Kundalini abençoaria os reinos mais secos com sete noites chuvosas, libertando assim, a terrível época em que sua cidade passava. 


VI - Ventre Sagrado 'Os Sete Véus' (Kundalini)

V - Noite Tribal

IV - Dança Das Lâminas

III - Tempestade De Areia (Miragem)

II - O Fruto Proibido

I - Pilares Do Luar

Julia's Song... Fall on You.

I'm falling on the edge of insanity                                                                                                                         Screaming without hear                                                                                                                                        Drowned on the Sea of Emotions                                                                                                      Whisper in my mind                                                                                                                                         Trapped myself in my body                                                                                                       Running without move                                                                           My heart stops beating, but I’m alive                                                                                                                                                                                                                       Close my eyes, I’ll fly

Would you cry, if I would die?                                                                                                                                        Would you lie, if were wrong?                                                                                                                                         Would you save me? I am not I!                                                                                                                  Tell me if it going on

Bruno Eller

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