MISS CLIMA
(Lázaro Magalhães/Bruno Rabelo)

De costas para o Rio Branco
Esnobando o Acre inteiro
Garota do tempo encoberto por nuvens
Eu quero ser o Rio de Janeiro

Pousando seus dedos de chuvas esparsas
Sorrindo para o litoral inteiro
Garota do sol claro durante todo o dia
Eu sou Brasil de fevereiro

( Eu Sinto um frio na espinha e não é à toa
É este furacão que se forma à minha costa
Meus pés estão gelados, geladas as minhas mãos 
É que está nevando agora dentro da televisão )

Eu vou dançar até chover
Na minha cama

Se vais e voltas máxima
De 32 graus azuis brejeiros
Garota não dás a mínima
Prá dois milhões de olhos secos
Pode a chuva me queimar
Pode o atlântico congelar
Garota, se hoje o sol não sair
Quem vai se importar?

( Setembro e agosto
Me encharcam a camisa
O sorvete se derrete
Antes de chegar à barriga
O sorvete se derrete
De forma besta e indecisa
O sorvete se derrete
Nos lábios de miss clima )

Eu vou dançar até chover
Na minha cama
Eu vou andar até secar
A minha lama

Miss Clima - Cravo Carbono

KAJAL (Marco Tuma - Bruno Rabelo)

se não souber de onde veio 
aproxime os olhos 
da sombra mordendo nos pés 
sua sombra irá deixá-lo só

escolha outra voz 
ouça então espalhe 
ao redor dos olhos  
 
tudo ao redor dos seus olhos
ouça então espalhe
tudo ao redor dos seus olhos
ouça antes que
desapareça na areia 
assim que nem a saudade 
 
se não souber do horizonte 
arranque esse espelho da garganta 
repare e verá nele outro espelho 
que reflete só o que quer 
escolha outra voz 
ouça então espalhe 
ao redor dos olhos 
 
tudo ao redor dos seus olhos
ouça então espalhe
tudo ao redor dos seus olhos
ouça antes que
desapareça na areia 
assim que nem a saudade 
 
ainda é só depois de ontem 
e mal dou conta disso 
mal consigo estender a mão 
fazer o que digo 
saber o que fiz 
 
debaixo do sol 
aí vêm os fantasmas 
estão nus 
as mãos espalmadas 
contra o meu coração 
talvez queiram segurá-lo 
antes que caia comigo 
desapareça na areia 
assim que nem a saudade



Kajal - Maquine

Uma lambada diferente. 

 A bateria é um loop de um site free.  

Na Oriental Do Mercado

Instrumental do tempo do Maquine (2010-2012)

bateria mid: Raniery
o resto: eu

Foto: Pamela Gomes

Olhando o Rio Sujo

Música que fiz pro Maquine. Gravada em casa.

Ata Me (Reverb 1000)

Sobrenome do Cais Virado na sua versão inicial.

Foi usada como trilha sonora na  Amazônia Fashion Week de 2011 a convite da produtora Tainah Fagundes, para a coleção da loja feminina Da Tribu.

Melancolia na segunda parte.

Sobrenome instrumental (original ) - Cais Virado

Música: Bruno Rabelo.
Programação: Raniery.

Foto: Gabriel Dietrich

Trombetas e Marombas

Mais de cem ilhas circundam Belém do Pará.

Foto: Gabriel Dietrich

Sem Ilhas

Sobrenome (letra: Keila Monteiro música: Cais Virado)

Hoje eu resolvi sair
Passar por cima da gramática
Pisar na vértebra da rua
Mergulhar num chá 
De xaxado forte
Eu tô nesse entre-lugar
Tentando entender 
Porque passei mil quilômetros da minha vida
Discutindo com a Vontade 
Reclamando meio tarde
Esperando merthiolate 
para curar
Essa tal de ansiedade
Hoje eu quero empinar 
A linha do horizonte
E eu não quero me chamar
Deixo que outros me chamem
Eu sou a dona que caminha...
Dona Merecida
Dona Já Fazia
Dona Me Esculacha
Dona Já Sabia
Dona Não-te-Mete
Dona Agradecida
Dona Jura 
Dona Net 
a Dona que caminha..

Sobrenome -  Cais Virado

Tem 44 anos. Natural de Ourinhos- SP, mora em Belém do Pará desde 1988. É guitarrista, pesquisador e servidor público. Formado em Educação Artística (habilitação Música) pela Universidade Estadual do Pará (UEPA 1998), atualmente faz pós-graduação "Pesquisa em Música" na UEPA (2019). Foi integrante dos grupos Mohamed (1994-98), Cravo Carbono (1998-2008, com 3 discos lançados) e Maquine (2010-2012). Fundou em 2013 o conjunto musical Cais Virado, o qual lançou em 2018 o álbum "Amor em Tempos de Agora" (selo Ná Music). De 2014 a 2016, integrou a banda de Mestre Vieira na função de guitarrista base para a turnê nacional do disco, "Guitarreiro do Mundo". Criou em 2017 (juntamente com o músico André Macleuri) o blog/canal "Lambada das Quebradas", onde periodicamente lançam textos sobre músicos e obras musicais paraenses dos anos 70  a 90 vinculadas a guitarrada, lambada, carimbó, beiradão e brega. O guitarrista é também o atual coordenador do Clube da Guitarrada, um coletivo de Belém cujas funções são fomentar, pesquisar e difundir o gênero guitarrada. Iniciado em 2017 (por Félix Robatto), o Clube já realizou 29 eventos/shows.  Bruno Rabelo produziu em 2019 a música “Rei do Banjo” do guitarreiro Aldo Sena, assim como o show de lançamento em março. Atualmente, está na pré-produção do seu primeiro álbum solo previsto para ser lançado no início de 2021

Bruno Rabelo

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