A nave Cabana do Som esteve longe por algum tempo, visitando tribos galáticas e intergaláticas, saboreando os diferentes sons que o imensurável Universo pode emitir. 

- "Confessamos, o poder da relatividade não foi calculado corretamente, atrasamos alguns anos-luz. Contudo, tivemos muito tempo para aprender e degustar todos os sons que pudemos ouvir, limpar os ouvidos e criar nosso próprio disco. Agora chegamos e estamos prontos".

Fixa técnica:

Violões - Gustavo Maurício; Murilo Ribeiro.
Baixolão - Pedro Bandeira.
Teclado - André Bressan.
Pulmões - André Bressan; Gustavo Maurício; Murilo Ribeiro; Pedro Bandeira.

Estúdio e Mixagem:

Rafael Ribeiro (Tubarão, SC).

Fotos:

Boi-Cabeça-de-Lua por Pedro Bif
Edições/Colagens por Valéria Braga
Fotos Gerais por Filipe Silva


Disco da Lua

Vou desenhar
O mundo inteiro vai ver
Vou mergulhar
No vento que é você 
E plainar

Vou me debruçar
No fundo dos teus olhos, ver
Se teu zelo pode me livrar
De eu calar o amor em você
A Iaia
Tu espreguiça em mim um amor tão bonito

Deixa entrar 
Não precisa bater
Se o anjo me escolheu
De novo eu pago pra ver
Eu não posso parar

A casa eu vou achar
O vento vai me trazer
O sol eu vou esperar
Um adeus no amanhecer
Jura me acorda pra ver
Teu colo é o mar


Eu não pude cantar
Fui em qualquer direção
O passo do teu caminhar
Me ensinou que não devo temer
Eu devo voltar

A pintura que te escondeu
Não pode me trazer
O céu escureceu
Os trovões vão cantar pra você
Quero tudo mas não te perder
No banho do olhar!

O Anjo da casa de vento

Quando ela me vem
largo a mão de ser alguém
mas tudo que é bom tem seu preço, seu valor

pegue o que faz bem
e não deixa ninguém ver
não põe a desdem, pecado é não viver feliz

Fui requisitado no balcão do amor
preta india me chamou
Vai abençoar 
nossa cabana com calor

Vou juntar tijolo
reconstruir meu coração
Levantar parede
revestir com emoção

Tens a cara do samba
a gente bamba
fico são à te querer

vou sair com um trocado
e volto avulso
sem você.

Balcão Do Amor

Eu vou pra casa e sigo, tudo bem
o dia vai quando a noite já não vem
mas, oh minha deusa Lua, do teu brilho sou refém

Eu faço um verso sem inspiração
o tempo bom carregou meu violão
e eu já não alcanço mais, qual é o tom do coração

Alguém veio me perguntar
o que me restava pra falar
disseram que eu não sou só mais um
então, ''mintenda'', venha me dizer quem sou

Eu tenho notas de insatisfação
pela garagem, na cozinha e o violão 
foi-se com o tempo, digo, vento
de mãos dadas com a canção...



As notas que me faltavam

Rua
Que vira lua
Que abre a pedra
Pra eu passar

Lua 
Que vira ela
Que junto dela
Faz o luar

Eu não sei 
De que céu você é
De que estrada ou estrela

Nua
Que vira lua
Que junto dela
Faz eu olhar

Crua
Eu sou só sua
Fez o espelho
Imaginar

Eu não sei
De que cor você é
Mas te chamo de preta

Cura 
A minha luta
Radio patrulha
De se espantar

Vua 
A grana suja
Faz o importante
Admirar 

Eu não sei
Mais o que você quer
Eu só falo besteira

Eu esCOLHO o que você plantar
E quando é que o tempo vai passar
Pra eu voar

Chuva
Que vem de onde
Alguém se esconde
Amedrontar

Muda 
Quando, por onde
Alguém aPONTE
Pra eu passar

Eu não sei
Mais o que você é
Eu só tenho certeza

da dun don tetéreréum tum tummm...



Que vira(á)

Garoáz

Lampejo - (André Bressan; Gustavo Maurício; Murilo Ribeiro; Pedro Bandeira)

Quantos poetas irão ser calados
Pela escuridão
Quantas saudades irão ecoar
Pelo chão

E quantas fabricas vão faturar
E quantos segredos irão ser falados
Em vão

E qual o soldado que vai guerrear
Com todo prazer
Lembrando que a vida pergunta em silêncio
Mas ele não sabe responder

E quantos sorrisos irão "avuar"
E quantas certezas virão explicar
O que é o sonhar

Quantas paredes irão desabar
Com o vento da dor
E quantas verdades irão me tocar
Batendo tambor

E quantos barcos irão ancorar
E quantos piratas irão se afogar
No mar da paixão

E quantas cadeiras irão dar acento
Prum "hombre" chorar
Vê se me explica, se pode, se entende
O que vem do teu falar

Em quais os recantos eu vou desaguar
Encontrar o teu pranto no meu olhar

Não
Não me chame de balão
Caio só na mão de quem me quer
Vou à viver

Meu cavalo
Joaquina
Celestina
Lá do campo

Lampejo

Garoáz - (André Bressan; Gustavo Maurício; Murilo Ribeiro; Pedro Bandeira)

Será que ela usa o meu amor pra se vestir
Para se enfeitar
Toda noite pra sair

Meu bem eu sou o sol
E você talvez a lua
Tão doce quando flutuam
Os teus olhos sobre os meus

A janela quase cai
No meu braço debruçado 
Penduro o calendario
Poesia do amor

Na montanha em que te encontro
Encontro milanos atrás
Minha cama, teu sapato
Violão não vejo mais

Pé de cana
Abacate minAMORA
Feijão na mesa
Vai chamar dona Tereza

Notas, a canção - (André Bressan; Gustavo Maurício; Murilo Ribeiro; Pedro Bandeira)

Eu vou pra casa e sigo tudo bem
O dia vai quando a noite já não vem
Mas, óh minha deusa Lua
Do teu brilho sou refém (x2)

Eu faço um verso sem inspiração
O tempo bom carregou meu violão
E eu já não alcanço mais, qual é o tom do coração?

Alguém veio me perguntar
O que me restava pra falar
Disseram que eu não sou só mais um
Então me entenda 
Venha me dizer quem sou

Eu tenho notas de insatisfação
Pela garagem, na cozinha e o violão
Foi-se com o vento, digo o tempo
De mãos dadas com a canção 

Notas, a canção

Que vira - (André Bressan; Gustavo Maurício; Murilo Ribeiro; Pedro Bandeira)

Rua
Que vira lua
Que abre a pedra 
Pra eu passar

Lua 
Que vira ela
Que junto dela
Faz o luar

Eu não sei
De que céu você é
De que estrada ou estrela

Nua 
Que vira lua
Que junto dela
Faz eu olhar

Crua  
Eu sou só sua
Fez o espelho
Imaginar 

Eu não sei
De que cor você é
Mas te chamo de preta

Cura
A minha luta
Radio patrulha
De se espantar

Vua 
A grana suja
Faz o importante 
Admirar

Eu não sei
Mais o que você quer
Eu só falo besteira

Eu escolho o que você plantar
E quando é que o tempo vai passar
Pra eu voar

xxXXChuva
Que vem de onde
Alguém se esconde
Amedrontar

Muda
Quando por onde
Alguém a-ponte
Pra eu passar

Eu não sei
Mas o que você é
Eu só tenho certeza

Que Vira

E quando eu abro a minha porta
É dó pro sol que vai chegar
A vizinhança 
Levantou 

E quando eu sento la na sala
O cheiro bom me faz lembrar
Do vento forte
Que soprou

Raiou

E chegou sem direção
Desfez as malas
E sorriu

Deitou na cama
E disse “oi”
Para uma "xicra" de café
O seu abraço
Me cobriu

Nanaiê
Nanaiá 
Nanaiê
Nanaiê
Nanaiá 

Lúcida

Não conseguiu sintonizar seu radinho de pilha? Não tem problema. Ta aí um trecho da Cabana do som na rádio 102 FM de Porto Alegre. PAZ!

Cabana do Som

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