Farol Velho

Com Lírio nos Olhos                       

jurada de morte,
eu hei de fazer-te 
um arranjo de flores
bem desidratadas!
jurada de morte,
 a rasga-mortalha
anuncia tua sorte

arrisco minha vida
fazendo injúrias,
ataques, calúnias,
chantagens que o dia
me obriga a fazer

jurada de morte
respiro o alívio
daquela batalha
bem mal sucedida

que alma tão forte! arrisco minha vida...

Refrão:
[quem disse que o grande barato das coisas
é vê-las viver rodeadas de flores?]

jurada de morte,
eu trago a notícia
da tua desgraça
num doce sorriso
que tarda e não passa
morte merecida!
há cravos e rosas
arranjos de lírios...

arrisco minha vida
fazendo injúrias...

lá vai o cortejo
bem desanimado
com prantos de lentes
e rosto corado

a fingir despedida...
que falta de sorte!

(Refrão)

arrisco minha vida
fazendo injúrias...

jurada de morte,
eu trago crisântemos 
bem coloridos
morte merecida!
	
que alma tão forte!
arrisco minha vida...

(Refrão)


Lyrics and Lead Vocals: Keila Monteiro 
Bass: Príamo Brandão 
Guitar and Backing Vocals: Bruno Rabelo 
Drum programming, samples and effects: Raniery Pontes 
Production and mixing: Raniery Pontes and Bruno Rabelo 
Mastering: Audio Animals and Ivan Jangoux (Quarto Amarelo) 
Label: Inv REC

Com Lírio nos Olhos

Entrevista e apresentação de três canções em versões acústicas do Cais Virado na Cultura FM, programa Conexão Cultura em Belém do Pará no dia 11.02.2015. 

Apresentação do programa: Sammliz
Produção: Osvaldo Bellarmino
Fotos: Camila Lima

entrevista Cais acústico na Cultura FM Programa Conexão Cultura  11.02.2015

Bruno Rabelo (guitarra)
Keila Monteiro (vozes e letras)
Príamo Brandão (baixo)
Raniery (Bateria)

Gravação: Estudio Ataque da Baleia
Produção: Diego Fadul e Cais Virado

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Sobrenome    (letra: Keila Monteiro   música: Cais Virado)

Hoje eu resolvi sair
Passar por cima da gramática
Pisar na vértebra da rua
Mergulhar num chá 
De xaxado forte

Eu tô nesse entre-lugar
Tentando entender 
Porque passei mil quilômetros da minha vida
Discutindo com a Vontade 
Reclamando meio tarde
Esperando merthiolate 
para curar
Essa tal de ansiedade

Hoje eu quero empinar 
A linha do horizonte
E eu não quero me chamar
Deixo que outros me chamem

Eu sou a dona que caminha...

Dona Merecida
Dona Já Fazia
Dona Me Esculacha
Dona Já Sabia
Dona Não-te-Mete
Dona Agradecida
Dona Jura 
Dona Net 
a Dona que caminha..

Sobrenome

Versão acústica


Keila Monteiro: voz
Bruno Rabelo: violão
Raniery: percussão
Príamo: nesse dia no Marajó trabalhando!
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Carta  (letra: Keila Monteiro  música: Cais Virado)

Replugue o seu raciocínio
Desplugue o racionamento
Um fio nunca está sozinho
Nem serve pra passatempo

Tira-me a estante
Joga a ideia fora
Limpa a minha fronte
Diz que eu fui embora

Livra-me das teclas
Puxa-me o fio
Perde o meu controle
Mede o vazio

Só não me desconecte do meu verso!

Pronto colo uma carta
Para me explicar
Vou viver pra minh’alma
Se assossegar!

Só não me desconecte do meu verso!



Cais Virado - Carta acústica ( Programa Caleidoscópio - Cultura FM)

Guitarrada experimental com ecos da soukous africana , Aldo Sena, Mário Gonçalves, Barata e Oseas e Novos Baianos

Sem Ilhas

Príamo Brandão (baixo)
Keila Monteiro (vozes e letras)
Bruno Rabelo (guitarras e violão)
Raniery (Programações)

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Mal Moderno (letra: Keila Monteiro música: Cais Virado)


Utopia pra calar a minha boca
Vai me desacostumando
E me espera descansar

Me perfura com esse teu segredo insano
Com esse aluguel sem roupa
E cala pra me destroçar

E quando eu tava definhando
Tu te lembraste de cuidar
Do nosso altar com poesia
Do mal-moderno
Pra me acalmar

Vai
Te consolar
Com teu amor
E me faz cantar!

Mistura o sangue da poesia 
À romaria do teu pesar
Prepara o ato, arruma a mesa
Deixa a certeza te devorar!

Mal Moderno

Cais Virado

Keila Monteiro - voz e letras
Raniery - bateria
Bruno Rabelo - guitarra
Príamo Brandão - contrabaixo


Cais Virado – Release

Formada em dezembro de 2012, a banda Cais Virado reúne uma multiplicidade de referências dentro do universo da música popular autoral. Em suas canções com letras poéticas, o grupo transita desde a guitarrada e rock à multifacetada música africana. O nome da banda remete à relação de negação e afirmação entre Belém e os rios que a circundam. Cais também sugere a ideia da fluidez dos rios, a qual tem surgido na composição das canções.

Bruno Rabelo, o guitarrista, é um ex-membro da banda Cravo Carbono, grupo que foi referência na retomada da guitarrada como gênero musical relevante na Belém dos anos 2000 e atualmente também integra a banda base de Mestre Vieira, o criador da guitarrada. Na bateria, Raniery Pontes ( ex-Delinquentes) experimenta novos ritmos com vigor de um aficionado por metal matemático e música eletrônica. No contrabaixo, Príamo Brandão é um músico de carreira consolidada, tendo participado inclusive da última edição  do elogiado espetáculo Terrua Pará em 2013. E Keila Monteiro, vocalista e principal letrista, já transitou no rock experimental, no punk e na pesquisa acadêmica em música. Integra também o grupo punk-poético –experimental Coisa de Ninguém. 

O quarteto disponibiliza desde 2013 uma série de canções para streaming e download gratuito em sua página no soundcloud (https://soundcloud.com/caisvirado) e no site bandcamp (https://caisvirado.bandcamp.com) .  Entre essas canções algumas foram lançadas oficialmente como singles virtuais: Sobrenome (2013) – Zouk/lambada experimental que que obteve boa execução nas rádios Cultura FM e Unama FM de Belém; “Mal Moderno (2013) inspirada nas levadas africanas de Thomas Mapfumo ; e “Com Lírio nos Olhos”/ “Farol Velho”  (2014). “Com Lírios...” é uma lambada com influências do Ijexá , afrohouse. Na letra Keila versa sobre um relacionamento conflituoso. Apesar de retratar a morte, é uma letra irônica inspirada na canção “À Beira do Pantanal” de Raul Seixas. Já “Farol Velho" é um instrumental  com influências afro-eletrônicas, synths e guitarras reverberadas com a bateria inspirada no carimbó estilo Pinduca. 

Dentre os shows de maior destaque do grupo, vale citar sua participação nos festivais  Rock Rio Guamá 2013, Seletivas Se Rasgum 2013 e Virada Cultural Belém 2014.
Ainda em 2014 o grupo conquistou o primeiro lugar entra mais de 100 bandas no festival/concurso CCAA Fest.  Como premiação, o grupo obteve o direito de gravar o seu primeiro disco (formato físico e digital) pelo selo Ná Music (Loja Ná Figueredo https://www.facebook.com/nafigueredoloja), cujo o lançamento está previsto para agosto/setembro de 2016  com produção do produtor do disco de estreia de Gaby Amarantos,  Félix Robatto (ex- La Pupunã).

“A música Sobrenome é um dos melhores singles de 2013”
(Marcelo Damaso, jornalista, produtor cultural e idealizador do festival Se Rasgum)

Contatos:
Email: caisvirado@gmail.com / brsza@yahoo.com.br / keilamail@yahoo.com.br / raniery.pontes@gmail.com
Fones: Bruno Rabelo – (91) 99642-0049 / Raniery Pontes – (91) 98163-8989
Facebook fanpage: http://www.facebook.com/caisvirado

caisvirado

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