Letra por Matheus Alves:

Você leva a vida em uma coleira
como se tivesse tempo pra tudo.
Assiste de óculos escuros,
de cima do muro, aquilo que chama de futuro.

Todos os dias anotando
em diário em branco
as coisas que deixou de viver
e não vive em paz, por ter pressa demais.

Diz que não tem tempo a perder,
mas perde todo o tempo no canal 12 da TV.
Diz que tem contas a pagar.
Não começa nada, não tem paciência para terminar.

Seus amigos desistiram de tentar.
Agora eles saem pra beber sem te convidar
e você, ocupada demais, não reparou no calendário.
Acabou esquecendo do próprio aniversário.

Diz que não tem tempo a perder,
mas perde todo o tempo no canal 12 da TV.
Diz que tem contas a pagar.
Não começa nada, não tem paciência para terminar.

Mais Ou Menos

Letra por Matheus Alves:

Não me leva a mal, mas
Acho uma perda de tempo que seja assim
Toda vez que eu desisto, ela sorri pra mim
E eu já pensei em coisas demais
Ela só quer minha atenção
Ela quer tudo na contra-mão

E ela não retornou minha ligação
Mas eu só quis me desculpar
Por deixar o tempo passar
Ter mantido a razão

Por outro lado eu me pergunto
Se afinal dependia de mim ou não

Não me leva a mal, mas
Eu já perdi muito tempo aqui parado
É curioso não ser como a gente quer
Sendo que de tudo que eu quis
Você sempre quis o contrário

E ela não retornou minha ligação
Mas eu só quis me desculpar
Por deixar o tempo passar
Ter mantido a razão

Por outro lado eu me pergunto
Se afinal dependia de mim ou não

Repete o drama
Eu nego, e ela diz que sim
Eu abro mão de tudo
Ela sorri pra mim

Ciclo

Letra por Matheus Alves:

Amanhã começo o dia sem despertador
Já sustento nos ombros a cabeça cansada
De mais de uma tonelada
Dos problemas de gente alterada

Amanhã acabo com essa dor
Assim que me livrar
Dessa carga pesada
De gente a quem nem devo nada

Quero fazer uma festa
Com tudo que não presta
O oitavo neurônio
É só o que me resta

Eu vou fazer uma festa
Só com o que me interessa
O oitavo neurônio
É tudo que me resta

Não invisto nas pessoas
Não me esforço pra ser legal
Um pouco de tudo ou nada
Escapei vivo, menos mal

Falaram por aí de ti
Me contaram, mas não entendi
Pra mim tanto faz
As notícias da semana passada
Ou de 15 anos atrás

Quero fazer uma festa
Com tudo que não presta
O oitavo neurônio
É só o que me resta

Eu vou fazer uma festa
Só com o que me interessa
O oitavo neurônio
É tudo que me resta

O Oitavo Neurônio

Letra por Matheus Alves:

Eu tô me perdendo
dentro dos meus próprios planos.
Pensei demais por tantos anos,
mas não levei tudo em conta.
Acabei esquecendo...

Isso não era pra ter acontecido.
Meus cálculos não previam,
era imprevisto.

Eu tô parecendo
um errante aqui dentro.
Perdi o foco por um momento
e me tornei um nômade
entre meus pensamentos.

Não quero me despedir agora.
Eu sei que são 4 da manhã,
mas não quero te ver indo embora.

Eu já devia ter enlouquecido
e talvez eu já tenha,
nunca vi nada parecido.

Eu devia ter pensado nisso.
Tive tempo pra isso!
Foi um mal entendido.

Eu tô parecendo
um errante aqui dentro.
Perdi o foco por um momento
e me tornei um nômade
entre meus pensamentos.

Não quero me despedir agora.
Eu sei que são 4 da manhã,
mas não quero te ver indo embora.

Eu tô me perdendo
porque acabei me esquecendo.

Me Perdendo

Letra por Felipe Flores e Matheus Alves:

Metodologia
é o que eu queria
pra poder fazer
letra e melodia

que ela vá gostar,
sem se cansar,
de tanto ouvir
a mesma voz

no seu rádio, (4x)

no seu rádio,
no carro
com os vidros levantados.
Os olhos fechados,
rindo sem saber bem o porque.

Aquela palavra
que eu não consigo pensar
pra se encaixar
como chico faz:

que não soe vulgar,
(seja boa como ouvir o mar)
ou até te faça chorar,
(lembrando do teu velho par)
mas não te faça querer voltar.
(quando vamos poder sair pra jantar?)

No seu rádio, (4x)

no seu rádio,
no carro
com os vidros levantados.
Os olhos fechados,
rindo sem saber bem o porque.

no seu rádio,
no carro
com os vidros levantados.
Os olhos fechados,
rindo sem saber bem o porque.

No seu rádio (5x)

Rádio

Letra por Matheus Alves:

Que sorte a minha,
o tempo não corre a meu favor.
Por pouco não perdi a linha.
O telefone tocou; e, que cabeça a minha,
parece até que o mundo acabou.

Se foi difícil pra mim,
pra ti eu sei que foi também.
Concordamos com caminhos inversos,
como se fosse nos levar além.

Meu próprio reflexo é um intruso no espelho,
e meu retrato de apenas 1 ano atrás ninguém reconhece mais.
Mas que azar, logo naquele momento,
deixei me passarem pra trás.

De mãos dadas com o infortúnio,
logo caminhei sozinho, nem olhei pra trás
quando descobri que, por falta de interesse, 
o filme da minha vida não reprisa mais.

Meu próprio reflexo é um intruso no espelho,
e meu retrato de apenas 1 ano atrás ninguém reconhece mais.
Mas que azar, logo naquele momento,
deixei me passarem pra trás.

Azar de Uma Vida Inteira

Letra por Rafael Pinter

Passo a passo pelas ruas do nosso tempo
sentido teu perfume empurrado pelo vento.
Agora que já não está mais aqui
o que me resta é lembrar o que vivi.

Todos os garotos não me entendem.
Os mesmos garotos da nossa rua não entendem
que algo igual jamais se verá
e aquela rua em pouco tempo se destruirá.

Que seja, eles têm sua vida,
seu dia a dia, ida e vinda,
o tênis da moda e as roupas da promoção,
mas nunca tiveram nada dentro do coração.

(Ligue mais tarde,
estarei bem longe.
Estarei morto, 
já cheguei ao fundo do poço.)

Todos os garotos não me entendem.
Os mesmos garotos da nossa rua não entendem
que algo igual jamais se verá
e aquela rua em pouco tempo se destruirá.

E num sono profundo já não vou mais sonhar,
pois não há motivo que me faça acordar.
O céu num tom escuro,
agora, é o que me faz estar seguro.

Difícil Entender (DEMO)

Trio de indie rock de Porto Alegre.

Felipe Flores, Matheus Alves, Matheus Borba

www.twitter.com/somoscanides

Canides