Chuva
Os Sônicos 

O chão se entrega a chuva que se entrega ao mar
Entregue-se a mim, eu lhe devolvo amor
Não sei o que fazer, quando estou sem você
É inverno intenso numa montanha sem aquecimento
Traçamos a linha entre o céu e o mar
Um espelho noturno, um norte para conquistar
Não sei o que fazer, quando estou sem você
É inverno intenso numa montanha sem aquecimento
Não me deixe secar, use sua saliva
Deixe o prado mais verde, deixe a vida vingar
Sou um rio sem água e marginal
Me entrego a chuva, ao oceano afinal
O chão se entrega a chuva que se entrega ao mar
Entregue-se a mim, eu lhe devolvo amor
Não sei o que fazer, quando estou sem você
É inverno intenso numa montanha sem aquecimento

Cegos de Ideologia

01 - Chuva

07 - Surfsonic

Disseram... 
Os Sônicos

Disseram que eu era esquisito
Que roubei, que era fraco
Que não vingaria, que era um mito
Disseram o que era preciso
Na verdade, eu nem estava pensando nisso
Disseram por dizer
Disseram pra esquecer
Disseram por falar
Disseram sem pensar
Disseram que meu grave não era moderno 
Que as minhas virtudes eram diferentes 
Disseram que eu não seria eterno, que eu rangeria os dentes
Alegria do nascer do sol é tão intensa Quanto à melancolia de seu se pôr
Pra mim entre as duas ações não há diferença
Depende do momento que se sente a dor
Tocando a minha vida: um grande momento para viver 
Tocando a minha guitarra: um grande momento para morrer 
Disseram por dizer
Disseram pra esquecer
Disseram por falar
Disseram sem pensar
Dizer todo mundo diz
Dizem que é pederastra
Dizer todo mundo diz
Dizem que você não tem graça
Disseram que eu era esquisito
Que roubei, que era  fraco
Que não vingaria, que era um mito
Disseram o que era preciso
Na verdade, eu nem estava pensando nisso

06 - Disseram

Não há perdão
Os Sônicos

Sua beleza embriaga os amantes
Vulgaridade não importa nesse instante
Ninguém fica “olhando ela” brincar
Um dia foi criança só queria dançar
Não, não há perdão se a grana falar alto
Cinderela à meia noite não vai cair do salto
Lembra a inocência que existia talvez
Nunca chegava em casa depois das três
Sobreviver a isso ela tenta
Mostrando o paraíso sempre lamenta
Não, não há perdão se a grana falar alto
Cinderela à meia noite não vai cair do salto
Começa tarde o amor, termina cedo a pressão
Acostumou-se a bom senso e falta de educação
Alguém se apaixonou e a queria levar
Sóbria da vida, deu o telefone de um bar
Participava de festinha em matinês 
Só pra sair da rotina de quando em vez
Faz esquema noturno em táxi aéreo
Ébria de pessoas que não a levam a sério
Não, não há perdão se a grana falar alto
Cinderela à meia noite não vai cair do salto


03 - Não Há Perdão

Cegos de Ideologia
Os Sônicos

Levantar bandeira sem saber de onde vem e o que é
Anestesiado e de braços cruzados pela fé
A vontade de mudança se vai pela maré
Quando de frente ao espelho, não se sabe quem é
Para uma nova tentativa, um novo mundo se abre
Felicidade pode estar nas coisas que você sabe
Sem convicção, a dúvida de você é medo
Todo seu expressar segue o mesmo enredo
Daqueles que se dizem conhecer lugares ermos
Onde se escondem os seus piores desejos
É combustível da mudança a incerteza da dor
E se torna a prova de um novo sabor
Todo seu pensamento prejulgado
Destrói nova perspectiva do que foi forjado
Na certeza toda alma precisa de uma limpeza
Vejo o oprimido pela cruz e ofuscado pela luz
A qual você diz enxergar
Com os olhos de um novo líder do mar


12 - Cegos De Ideologia

A C’ideia produz capas de discos, cartazes, volantes, jingles, spots,  anúncios, diagramação de revista, jornal, livro e agora aposta na propagação da música autoral e se torna um pequeno Selo. O objetivo é divulgar as produções fonográficas e de áudiovisual, pela maneira mais simples e direta possível de músicas, artistas e bandas. Tudo de forma legal e com respeito aos direitos autorais dos artistas.

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