Dentro da música paraense não é difícil encontra artistas expressando suas paixões pelo futebol. A Cravo Carbono acelera a sua versão a famosa marchinha do Paysandu.

Cravo Carbono - Marchinha do Paysandu

Dentro da música paraense não é difícil encontra artistas expressando suas paixões pelo futebol. A La Pupuña fez sua versão guitarrada o hino do Clube do Remo.

La Pupuña - Hino do Clube do Remo

Música Doce & Medo ilustrando a história de REDDIT do usuário Lespa3253 
https://www.reddit.com/r/Psiconautas/comments/1k5z9dq/por_que_nunca_mais_dropei_um_relato_sincero/

Sinceramente, nem sei por onde começar. Talvez o melhor seja contar sobre a minha primeira experiência. Em 2015, experimentei LSD pela primeira vez, acredito que era chamado de "Superman", mas até hoje não sei ao certo se era LSD ou NBOMe. Foi, sem dúvida, uma das melhores experiências da minha vida. O visual era incrível! Eu estava na praia com alguns amigos que havia acabado de conhecer por lá, e todos pareciam estar na mesma sintonia: rindo, trocando olhares e descobrindo juntos aquele universo sensorial.

Depois disso, fiquei com vontade de repetir a experiência. Usei outras vezes, na segunda e terceira, e embora eu não soubesse exatamente o que estava tomando, também foram ótimos momentos. Nessa fase, eu ainda não associava a experiência com música, o que me encantava era o visual da noite, o céu estrelado, a brisa do mar e a conexão com as pessoas ao meu redor.

Com esse “mochilão” de vivências nas costas, resolvi dar uma chance ao doce em um contexto completamente diferente: uma rave em 2016. Até então, nunca tinha feito isso em uma festa, muito menos associado o doce a nenhum tipo de som. E foi aí que tudo desandou. Tive a pior bad trip da minha vida.

Fiquei preso em pensamentos negativos dos quais não conseguia escapar. Onde quer que eu olhasse, sentia vontade de chorar. As pessoas me pareciam estranhas, distantes, e a sensação de estar sendo observado o tempo todo só aumentava o desconforto. Não consegui aproveitar o rolê em quase nenhum momento, só queria que aquilo acabasse. E, como muita gente sabe, quanto mais você tenta fugir da bad, mais ela te engole. O efeito parecia se intensificar quanto mais eu pensava em sair daquele estado.

Depois disso, nunca mais tive coragem de usar nenhum tipo de alucinógeno. O medo de viver aquilo de novo sempre falou mais alto.

Hoje, passados nove anos dessa última experiência, sinto uma certa curiosidade em reviver o que senti nas primeiras vezes: aquele visual mágico, a conexão com o corpo, com o ambiente e com as pessoas ao redor. Queria me sentir bem e seguro de novo, mas, ao mesmo tempo, não sei por onde começar, o que fazer, qual o caminho mais seguro ou como evitar que minha mente se desestabilize.

Acho que o medo ainda mora aqui, porque sei o quanto foi difícil naquela última vez. E repetir isso seria reviver algo muito pesado.

Enfim, espero que o que escrevi não tenha ficado confuso. Agradeço de coração a quem leu e compreendeu.

DOCE & MEDO

Uma música sobre o inseto mais cabuloso de todos. O louva Deus. 

[Verse 1]
Era manhã, lá em casa
Cheiro de café
Pousou o louva deus
Ajustou a asa com fé
Que bicho matreiro!
Arrasa, com jeito faceiro
Pendurado, oscilante
Sobre as pernas gigantes
O louva-deus açougueiro
Decepa cabeça dos amantes

[BRIDGE]
Calma, seu Louva Deus
Abaixe as foices
Avisa ao clã,
Me poupem, sou fã

[Chorus]
Insecta Mantodea
Ceifador de ateus
Vivendo a epopéia
(Insecta Mantodea)

[VERSE 2]
Inseto fantasma
Periculoso sem veneno
Ameaça qualquer pequeno
Enfrenta qualquer desgraça
Sabe pescar, voar, nadar
Primo da barata
Hardcore até pra trepar
Transa pra depois matar

[Chorus]
Insecta Mantodea
Ceifador de ateus
Vivendo a epopéia
(Insecta Mantodea)

[FINAL CHORUS]
IN
SEC
TA
MAN
TO 
DEA
Louva-Deus (Louva Deus)
oh-yeah, uh-wow
Louva-deus, louva-deus, louva-deus

[instrumenntal epic solo]
[abrupt end after scream and chaos]

Insecta Mantodea - Ceifador de Ateus

[Verso]
A alvorada clareia seu despertar
Oh alma se mareia ao viajar
Não há grilhão nem cadeado
Para o pássaro prateado

[Verso 2]
Meu vibrato ressoa sem sufoco
Desfrute o padê arranca qualquer toco
Tele Ona Re com ajuda dos cabôco
Segue seu caminho

[Refrão]
Quem hoje rasteja amanhã gorgeia
Todos juntos em harmonia
Taioba Jurema Peregum
Obaluaê Xangô Oxum

[Ponte]
Nos campos de Malva Rosa
Seja bem vindo filho de Olorum
A vida é só uma prosa
Dançamos no terreiro sem sono

[Verso 3]
Nas ondas de Oxalá
Eu sinto o mar cantar
Olorum nos guia sempre
Com fé a gente vai levar

[Refrão]
Quem hoje rasteja amanhã gorgeia
Todos juntos em harmonia
Taioba Jurema Peregum
Obaluaê Xangô Oxum

Blues do Filho de Olorum

Essa é a música sobre os Awawa, mais conhecido como Hirax. 

[Verse 1 - crescendo]
Não é rato, nem cachorro é o brabo
Nem coelho, nem lebre, que febre
Rumina que nem vaca, e ataca
Detesta jararaca, awáwa
Uma jóia rara, das cara
Carinha de capivara
Mas não é nada, nada disso…

[call to beat drop]
Lança o beat

[beat drop]

 [Heavy chorus - Voz aguda e estridente]
Prrrrr
Awáwa - ah 
Prrrrr
Awáwa  - ah

 [Bridge - uplifting]
Parece um saquinho de gordura
Fofura e feiúra em um ser só
Pequenininho sem envergadura
Criatura pura com jeitinho de bosó
 
[Verse 2 - melodic]
Todas as manhãs se expõe ao sol
ao sol
Quando vê um predador, que dó
que dó.
É um hirax, marronzin
Um animal, engraçadim (hirax)
Pelin encrespadim
Mei gordin, mei dig din (hirax)

[verse 3 - fast flow]
Carái biri din, Carái biri din
É fei e fofo, É fei e fofo 
Um rebosteio, De tão feio
Com dentin, encavalado
Javali atarracado  (awáwa)
E um focinho anasalado
É fofofeio, muito engraçado

[Bridge]
Nos Galanteio prrr
Escamoteio  prrrr
Um rebosteio prrr
Um Fofofeio,  prrr
Um Fofofeio prrr
awáwa (ahhhhh)

[chorus - Voz aguda e estridente]
É um hirax
É um hirax  (awáwa)
Awáwawa, Awáwawa
É um hirax
É um hirax (awáwa)
Awáwawa, Awáwawa

[beat drop]

Awawa: The Fofofeio Song

Agora uma música sobre um cãozinho velho grisalho e resignado que encontrei por ai

[VERSE]
Dog solar, grisalho demais
Era o dog mais que bonitinho
E teu olhar era belo demais
Você é a luz dos meus olhinhos

[bridge]
Se for latir não lata não
é só lerdeza
Não quero te assustar
Cãozinho doido
Te dou ração pra comer
Bom dia, como vai você? 

[chorus]
Cara caramelo pelos dourados
Você ainda quer brincar comigo? 
Um caramelo da cor do seu cabelo

[bridge]
Se eu latir não foge não
é só loucura
é seu latido cor de mar
Ainda moro nesta melodia
Como vai você?
Você vem? 
Ou psss vai vai? 

[violin deep dramatic instrumental]
[piano, fast uplifiting ]

[verse faster syncope]
Mudo e grisalho, desgrenhado
Seu olhar opaco do mundo cão.

Quem dera alguém te dê um bom agrado,
Torço pelo afágo macio da bondade,
E incdeie essa torcha, teu coração.

[chorus 2 ]
Meu cãozinho velho, resignado,
De noite na rua sem sono,

Dog Solar

[VERSO 1]
bati o ponto, cê tá ligado — mó ilusão
chefe moscando, alma no chão
pedi demissão, feitiço na mão
grrrr! falei “foda-se o patrão”

saí da firma, tipo: “tchau otário”
entrei no mato com um blunt lendário
capuz cobrindo o olho vermelho
tatoo no rosto, aperto a ponta

mana sussurra: “tu é cabuloso!”
eu digo: “sou a porra do bruxão” - (Sou a porra do bruxão)
corre no beat, encanto no sample
Minha rima é bam! (BOOM) venenoso!

[PONTE] [Female angry voice]
PRRR - sangue
GRRR - firma
PRRR - verbo
GRRR - fere
Sangue firma verbo fere
Grimório e trap! Grimório e trap! Grimório e trap!

[REFRÃO]
sou o MAGO que dropou da firma
capuz sujo, feitiço e esgrima
meu cogú alcança, tipo mistérios
tô conjurando prrrr sucesso sucesso sucesso!

O universo conspira a meu favor! Minha túnica transpira vapor!

Prrrr, grrrr, fala baixo
Prrrr, grrr to fazendo 
grrrrr meu encanto
prrr não atrapalha

Sou o mago cabuloso
não tenho boss, (não tenho boss)
Pratico magia,
Psilocibina
Novas conexões, mentais...
Imateriais, em cenários astráis
PRRRRRRR

[VERSO 2]
vivo num porão onde o beat é lôco
espelho trincado, enxergo o infinito
Invocando o golem 
Meu trap é bonito
PRRRR! — a entidade tá dançando
GRRRR! — minha rima vem rasgando

pó de osso, palo santo
Pé de macaco, um beat suado
Projeções mentais ? To sem estepe
Não pago boleto, minha grana é a mana
canto arcano,  grimório e trap!

não sigo trend, eu sou o glitch
sou o mago que engrossa o pitch
Sangue firma verbo fere
comigo não se mexe!
Caixa Federal, saco o meu F G T S [ele vai ele vai sacar]
[F G T S]

[PONTE]  [Female angry voice]
Cogú, cachu, cogú, cachu prrrrrr
meu feitiço é sujo, minha alma delira
nunca mais volto pro trampo
meu contrato é com o golém do trap

[REFRÃO]
sou o MAGO que dropou da firma
capuz sujo, feitiço na esquina
meu cogu revela segredos do universo
tô conjurando psilocibina

Prrrr, grrrr, fala baixo
não tenho mais registro oficial
não tenho boss, eu tenho pacto
conjuro um gólem do esculacho

[OUTRO] [Female angry voice]
PRRRR – tô flutuando
GRRRR – tô encantando
PRRRR – cadê cogú cadê cogú cadê cogú cadê cogú? 
Sou o mago ancestral
Sangue firma verbo fere
Sangue firma verbo fere
meu trabalho é tipo encanto
grimório e trap grimório e trap

GRIMÓRIO E TRAP - do bruxão

[VERSE 1]
Resignado. Sem fé.
Um vulto solitário
Vaga perdido
Nas decadentes vielas
Fantasma, o cão preto
Olhos  profundamente humanos.
Não há sentido viver no mundo.
No mundo cão. (Não)

[REFRÃO]
Daqui de longe vejo a campana
O bicho homem não me engana
Seus caminhos eu não percorro.
Calor humano, eu não mereço
Eu não confio, o bicho homem. 
Se envenenou
Se envenenou. (oh oh)

[instrumental impact]

[VERSE 2]
Fantasma se esqueceu 
do afago macio da bondade.
Pelos grisalhos
Feridas abertas
Comendo restos
Aos farrapos
com frio.

[REFRÃO]
Daqui de longe vejo a campana
O bicho homem não me engana
Seus caminhos eu não percorro.
Calor humano, eu não mereço
Eu não confio, o bicho homem. 
Se envenenou

Fantasma o cão negro

[lyric]
O vulto solitário
Vaga perdido
As vielas decadentes
Resignado. Sem fé.
Fantasma, o cão preto
De olhos  profundamente humanos.
Seu peito ainda pulsa.

[BRIDGE]
Fantasma desgrenhado,
Pelas vielas da indiferença
Não há sentido viver no mundo.
No mundo cão. (Não)

[REFRÃO]
Daqui de longe vejo a campana
O bicho homem não me engana
Meus olhos cansados já reconhecem
Seus caminhos eu não percorro.
Calor humano, eu não mereço
Eu não confio, o bicho homem. 
Se envenenou
Se envenenou.

[instrumental impact]

[VERSE 2]
Fantasma se esqueceu 
do afago macio da bondade.
Um fantasma invisível
Pelos grisalhos
Feridas abertas
Comendo restos
Aos farrapos
com frio.

[REFRÃO]
Daqui de longe vejo a campana
O bicho homem não me engana
Meus olhos cansados já reconhecem
Seus caminhos eu não percorro.
Calor humano, eu não mereço
Eu não confio, o bicho homem. 
Se envenenou
Se envenenou.


DOCE & MEDO

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