passadas as horas
ancorado em cais terreno
por que não poder dizer terrestre
que o cais que atraquei, ternura
e mesmo sendo o terceiro
ou quarto, quinto barco terno
me impeço de levar sereno
que o vento ‘vez que bate incerto
e me descobre do deserto
também me redescobre mudo
que os rios que esse cais domina
salgados de pensar besteira
correntes porque não contidos
são rios dessa natureza
e assim a singular beleza
do cais pequeno que domina
castanho cais de sutileza
atraca um braço, um conteúdo
que nem o parnaíba em cheia
se se dana a correr feroz
com a pressa de quem tem um bem
me move desse cais graúdo

Álbum de Ciro Farias

Cais Graúdo

FICHA TÉCNICA

Letra e música: Lipe Tavares

Lipe Tavares - voz, baixo, teclado e coral
Diego Bezerra - guitarra
Gustavo Leitão - guitarra
Telo - bateria
Ticiano D'Amore - coral (Participação especial)

Lançada em 2014, no disco “Chuva”, primeiro álbum de estúdio do Forasteiro Só.


Estúpido

A música "Morcego", baseada na poesia homônima do escritor Augusto Dos Anjos, pode ser sintetizada por um de seus versos que diz ser a consciência um morcego que a todos persegue. O morcego é a inquietação da consciência pesada. A ilustração, "Tormento", representa a agonia e confusão da consciência de alguém que coloca a cabeça no travesseiro para dormir, mas não tem sucesso. 

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Morcego 

Chegando do escritório o meu descanso era certo 
Mas apareceu dando voltas, tentando me morder 
Esse morcego, que ronda sozinho no teto 
Eu luto contra ele, na espera de vencer 

Já faz semanas e tentei de tudo 
Levantar parede e subir o muro 
O morcego é teimoso, me surge como um olho 
Que não me deixa dormir 

Estive na padaria conversando com os camaradas 
E parece que nessa cidade o safado veio pra ficar 
Puta, santa ou mal amada 
À noite espere o morcego, que ele vem para te assustar 

De hoje ele não me escapa 
Esse morcego da peste vai ter o que merece 
Hoje ele vai até na bala, pr'outro lugar que não seja aqui 

Não importa o que eu faça 
Conviver com o bicho é o meu destino 
A nossa consciência é o morcego 
Visita padre, papa, ladrão e assassino

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Arte: Marília Soares Lins 

Bateria e Órgão: Ariel Clyde 
Contrabaixo: Guilherme Bezerra Monteiro 
Guitarra e Vocais: João Moura Lima 
Guitarra: Bruno Narciso 

Letra: Tobias Bezerra 

Arranjo: Ariel Clyde, Bruno Narciso, Guilherme Monteiro, João Moura Lima 

Mixagem: João Moura Lima e Ariel Clyde 
Gravação: Arduíno Contra O Bando 

Morcego

I've got a pocket full of high 
And turn my backbone into dust 
When you climb that lie 
Just don't bother guiding me home 

You can't shut down my paranoid 
Can't see the bound but no one have won 

Oh, I lose track 
So lost ahead your eyes 
Your eyes 
Don't hold it back 
I haven't got that much left 
And I hide 

Break that mirror in your home 
And hope you find out now who's gone 
'Cause graceful was not on your side 
And I don't think you're so far from here now 

You can't shut down my paranoid 
Can't see the bound but no one have won 

Oh, I lose track 
So lost ahead your eyes 
Your eyes 
Don't hold it back 
I haven't got that much left 
And I hide, I hide

You just can't shut this one down

Backbone

Poderoso Chefão

Vocal- Female

https://theprint.in/opinion/treasured-tunes/gauhar-jaan-indias-first-record-artist-took-rs-3000-a-session-threw-party-for-her-cat/230906/

Gauhar Jaan - Dil dar dulara

Gonçalo era um cavaleiro solitário das montanhas, o mais feroz e selvagem dos 'arrieros', um desbravador nato! Nascido e criado no pé dos Andes em San José de Maipo, saía em suas caçadas e não temia! Até que subiu 'El Cajón' pela última vez para a maior de todas. Nunca mais voltou.

A última caçada de Gonçalo

gravadas de uma vez na casa do meu amigo léo, com sua bela cachorrinha tuta querendo muito participar, lo-fi and high.

Cais Graúdo

ciro guilherme

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