A de brincar
B de combater
C de duvidar
D de escolher
F de f a z e r

F de fazer
A de não aceitar
Z de estremecer
É de se importar
R  de refazer

A de brincar
B de combater
C de duvidar
D de endoidecer
F de f a z e r

F de fazer
A de não aceitar
Z de estremecer
É de se importar
R  de refazer

F de fabular
U de azucrinar
S de socorrer
C de aproximar
A de arvorecer

Refazer.wav

Próxima jogada

Meus olhos flutuam no horizonte
Sou eu que ando pela ponte
por marginais desertas

Sou revistado por ventos de outras décadas
por metais pesados

Me agarro nos fios 
nas Ondas, nos rios
o meu peito eu deixo
com a porta aberta


Janelas iluminam meu rosto
Com luzes artificiais
Uma mentira ilumina outra
Na cidade camuflada que não existe mais..

estive em cada esquina 
desse jogo de luz e sombra
por muito pouco tempo
tive muito pouco espaço

fui mais visto do que visitado
mil folhas me abraçam 
sem nunca terem me tocado

Pra arrumar um rosto no varal
e encarar o dia que termina
guardo uma pintura cega
 quadros roubados de muitas idas e vindas
 uma sensação antiga

Cartórios não sabem meu endereço
Porque já fui longe demais
Uma saída ilumina outra
Na cidade camuflada que não existe mais..

Letra: Adeilson Dantas.

11. Metais Pesados

As vezes penso 
Se Não estou sendo usado
As coisas que não tenho
Querem me ter aprisionado
culpado

Como as moscas que 
Correram para luz
de noite, de di a
Ahhhh, ahhhh, ahhhh

Feras tem nome
Medo do escuro
Medo da chuva
Medo de caminhar pela rua

Feras tem nome
Medo de ficar sozinho
De sair do ninho
De ficar nua

Como as moscas que
ficaram presas
nos desejos
Entre os dedos
Um véu
Entre os olhos cansados, um nariz
entre o feitiche a festa
entre a fantasia e o que não interessa

Se eu largar esses objetos no chão
não vou cair
do tablado, do palco
gira "o mundo é um fiasco"

Posso usar minha voz
Fora dos estádios
correr na relva atrás dos pássaros

Posso usar minha voz 
como uma quilha
sair da ilha
desbravar meu mares
e amores bárbaros

O vento e o sol é meu farol
quem controlou a natureza
deixou a casa acessa

Papel Mata Moscas

Tempos estranhos
tempos malditos
Tenho dito
ninguém tem ouvido
São quatro anos no prego
quatro anos quebrando a cabeça
Ninguém ajeita
Ninguém suspeita
Atrás da porta uma escuta
Na mão uma bola de cristal que assuta

São longas horas de silencio no meupeito
essa coleira em minha garganta arranha, não tem jeito
Vida, tenho pedidos negados
ninguém reclama
nadamos na lama
reféns das tramas insuspeitas
pequenas mentiras
dinamitam as grandes verdades
vejo céu rachando, caindo os covardes

as regras do jogo mudam tão depressa
o réu confesso hoje faz a festa
o que era óbvio, hoje é complexo
o vira lata  voltou, com a bomba entre os dentes, um cemitério de gente quase inocente

caminhões são saqueados
cabeças rolando na frente dos condenados
batidas nas esquimas caem as roupas sobre crinas dos cavalos
a lingua cortada antes da ultima palavra
cadê o sonho?
na pia junto com as vanalhas

parede dóceis
vão crivando a madrugada 
daqui a uma semana não tenho mais nada
vou apertando o passo, a cinta e o
o abraço
tenho sonhado com meu retrato de lado
o algoz me acompanhando até o ginásio, cortam minhas mãos
mas minha imaginação é de aço

Decom