Am
A cidade 
Dm7            E7  E7/G# Am C7M
Anda quente anda fria
F7M           G7        Am7 
Anda cheia anda vazia
Dm7         Bm7(b5) C C#º 
Aquecendo a economia.
Dm7          G#º             Am7 
Esfriando o coração da gente 
Dm7          G#º      Am7
Esvaziando noite e dia
Dm7                  G#º        Am7
Enchendo de orgulho o gerente
                 F7M             G7     (Am6 Aº F7 E7 D7) 
A-cor-ren-ta-dos da monotonia

(Am6 Aº                F7             E7     D7)
Maria às três da manhã já dá bom dia 
José às quatro já está de pé 
João às cinco pega a condução
Maria atravessa o enxame
 Para ir servir na casa da madame
                Am6                Aº         F7-Fº 
Que se incomoda com o odor
                      (Am6 Aº F7 E7 D7)
 Dos homens de cor.

João chega na construção às seis 
Para pagar as contas de fim de mês
                Am6                Aº               F7-Fº
 Veja que contradição não paga o que constrói
                 (Am6 Aº F7 E7 D7)
 Nem à prestação

(passagem)
Am6 G#º Dm7/9 G7 F7-E7

Favela, colmeia de migalha,
 Feita de papelão e palha 
Labuta, barro e navalha
 Formigas da democracia
 Acorrentadas à batalha 
Pisoteadas ao meio-dia 
Fazendo com que menos valha

Maria às três da manhã já dá bom dia 
José às quatro já está de pé 
João às cinco pega a condução
José, motorista e trocador
 Dando de trabalhar a quem trabalha a dor 
Dor o mês inteiro 
Domingo, missa, bola e pandeiro
      A5   B5              C5                           
Alforria da senzala pra favela
D5        E5            A5          B5              C5   
O que não mostrou o enredo da novela
          D      E      Am6 G#º 
 Que José Maria E João 
Dm7/9           G7 F7-E7 
Assistem todo dia           na televisão


A Cidade (DEMO)

Tabuleiro

Letra: André Martins
Com colaboração de André de Freitas.

Dilúvio (Profecia do cego João)

Pela W3 mais boemia do universo inteiro de todos os tempos, a famosa moça perdida agora se encontra na jogatina do desejo e prefere saber menos do poli e mais do amor. Ninguém é insubstituível.
Cantigas Boleráveis apresenta a sua primeira música criada pelo grupo agora para ouvir lavando louça ou chorando e clamando o amor-próprio.
O bolo lá de casa vem quentinho, e gostoso feito pelas mãos apaixonadas dos nossos queridos amigos bailantes do cerrado.
Produção: Circula Incubadora
Engenheiro de Som: Fernando Jatobá
Composição: Victor Carballar/Denver Moura
Arranjos: Cantigas Boleráveis
Percussão: Isabella Pina, Lorena Aloli e Pedro Mesquita
Sanfona: Lucas Rosado Muniz
Violão: Djallys Dietz e Mike de Brito
Violino: Káshi Mello
Baixo Acústico: Iuri Gules
Vocal: Victor Carballar
Vocal de Apoio: Íris Marwell, Bianca Ludgero, Tiago Mélo, Isabela Pina, Letícia Helena, Káshi Mello.

Foto: Retratos Baratos

O Bolo Lá De Casa

ODE À PRIMA
Laura Catarina/João Vitor Carlos Gomes Rocha

Medito enquanto soo
Pássaro em pleno voo
Na janela do amanhã
Aurora

Venha despertar a criança que nasceu
Ela é você
Você sou eu

Primavera vem
Chocar meu ovo
Me joga no seu, na sua
Lua cheia
Vem que o céu 
É casa de bater asa


Ode à prima

(deco&João)

eu venho duma estrada inquieta
onde o céu já escureceu
Atento ao tempo que acarreta
Cedo ou tarde, a luz no breu

em passos tortos e truncados
maltrapilhos meus irmãos
de pés descalços de cuidado
ávidos da contramão

peguemos firme, meu amigo
mas tolerantes com o porvir
que a cada acerto meu contigo
vou sabendo aonde ir

sinto um vento que nos leva
vezes pra luz vezes pra trevas
mas nunca para arrepender
Mas nunca pra se arrepender

Eu trago em mim a confiança
Flor da minha intuição
A doce voz dessa criança
Que me sopra a direção 

em passos tortos e truncados 
nas linhas tortas do bom Deus
Já não enxergo mais culpados
Pelo céu que escureceu 

sinta o vento que nos leva
vezes pra luz vezes pra trevas
Mas nunca pra se arrepender

Estrada Inquieta

registro caseiro.

DESENHO
(Laura Catarina)

Um desenho no papel
Testemunha um olhar
De onde linhas vestem céu
E outras coisas vem mostrar

Olhos pra enxergar aonde ir
Olhos ora enxergar aonde estou
E há tempo pra se conhecer
Plantar, nascer, crescer

Mil desenhos, um olhar
Que modifica, sem julgar, o que restou

São tantas cores pra escolher
Abrir os olhos
Perceber que dentro é fora
Que fora é dentro

Sob o mesmo céu 
As cores pra criar
Beleza alem do véu 
Beleza do olhar
Beleza de amar
Compreender

Desenho (Laura Catarina)

AMOR DE PAI 
(Laura Catarina)

Amor de pai 
me faz cantar
me faz sentir 
o meu lugar
 
a sua voz cantando em mim
mas de um jeito novo
que soa assim

meu pai 
sementes de uma vida espalhou
nas terras deste mundo onde plantou
hoje brotam flores
hoje brotam flores
deste amor que nos uniu em pai e filha
neste mundo e nesta família
que só faz feliz

:)

Amor de pai (Laura Catarina)

Segundo disco de Luiza Brina e o Liquidificador.
Produzido por Chico Neves no Estúdio 304.

6 - De Um Porto

05 Aurora

Dionisíacos belorizontinos pós-tropicalistas pré-socráticos vindos diretinho do Éden salvos pela arca antropofágica de um Noé brasileiro.

A Cidade (DEMO)

Dom Pepo

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