Sons de grimpas ao fogo... delícia de momento!

Matero (Du Gomide)

Talvez se eu for à sua casa
Te levar para a chuva e deixar seu corpo em brasa
E a gente sobe aos céus criando asas
Pra chegar muito longe onde nunca foi a NASA

Deitar aos pés da natureza
E entender que é no pouco que se encontra a  grandeza de viver
Por mais estranho que isso possa  ser

Não pode dizer que eu não tenho riquezas
Pois tudo que tenho é você e a natureza

Entrar na mata derradeira
Se banhar no gelado da queda da cachoeira 
Amar aonde for que a gente queira
Transbordar os limites e viver sem eira nem beira

Sem luz e sem TV a cabo
Que se acabe o progresso, senão sou eu que acabo de viver
Pois não terei direito de morrer

Não venha dizer pra eu botar na balança
Pois tudo que tenho é você e a esperança

Uns dizem  que isso é pecado
Tanta coisa que ouço que não dá pra deixar calado
Se a gente nem conhece o vizinho ao lado
O que dizer de alguém que vive a vida inteira pelado

Eu sei, talvez seja loucura
de viver uma vida que aprendi sem a luxúria
Mas tem um eu que cabe em mim e em mais ninguém




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Ana Flávia Bueno

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