Faixa intitulada Alfaiate, criada para o disco Kalango O Preto Livre   primeiro Álbum de         Edy X.
Música em homenagem e releitura da música Costura da vida, do  Sérgio Pererê
Que teve em sua construção o pandeirista: Glaison Junio e Carlos Felipe,
Beat maker: Dj Sense 
Melodias e arranjos: Sérgio Pererê
Captação de voz, produção, mixagem: Celson Ramos masterização: Vassão
Letra de: Eduardo DW , Sérgio Pererê e Edy X

Alfaiate - Edy X - Part. Eduardo DW - Feat Sérgio Pererê

Projeto MaObra
Música: Soledá
Letra: Eduardo Dw

Na Guaicurus  neguinho ou num Cancã em Moulin Rouge
O que vai ser há de ser no apagar da luz
Traz Uísque pro meu gelo mais sonho pro pesadelo
Mais coxas pra minha boca mais seios pros meus dedos
Traz cabelo sarará que é pra eternizar o momento
Nem adianta rezar pra que Odin ordene o vento
Ela te ignora mas pra mim vem sorrindo 
Sandra Sá falou pra ela escutar “dá um tempo e vai saindo”
Ela me flertou como fez a vida toda
Olhar de profissional mais com vibe de amadora
Sedutora como poucas, ambiciosa como todas
Tipo senhorita cruz com as cores de Almodóvar
Confiante como sempre k.o bem resolvido
Palavras calculadas bem no pé do meu ouvido 
Teu corpo se mostra frio seu paladar é quente
Debruçou se encostou corpo alma, alma e mente.
Meio rouca, meio louca, meia luz, meia roupa.
Me senti um cordeiro abocanhado pela loba
Agora não dá mais são fluidos corporais
Conheço a sensação vem de outros carnavais
Sinais da atmosfera que ocupa om lugar
Sem mais vem cá dançar vem pra cá Soledá

Soledá vem pra cá vem dançar um tango 
Coração ainda sangra vem curar meu banzo
Soledá vem pra cá mesmo em falsa maravilha
Faz o  fel virar um mel neste céu de baunilha


A pele que habito ainda tem seu ritmo
Seu cheiro seu desespero e a sensação do ilícito 
Ainda me sinto só nesse solo semiárido
O peito que corta em nó tem vocação pra sádico
Nem vem com essa de dó pra não se encher de si
Sublimar não vai dá saudade me prende aqui
Num cativeiro cinza onde lembranças são escombros 
Amando a solidão síndrome de Estocolmo 
De como sai o sol ou de como chega ao sono 
Em Noites mal dormidas de horas entregues a Cronos
E ao caos que prometeu estrelas 
Mas se o amor não real é melhor não tê-las
A tristeza é senhora sem hora de ir em bora
Esperança balança mas nesse porto ancora
Pois metade de mim ainda te espera sublime
Mas a outra metade  fazer ser fechado  o regime
Dessa saudade que invade interpela abre a porta 
Outra parte  ignora fingindo que não se importa
Por que metade de mim é passional é paixão
E a outra metade é racional é razão
Que em vão fica de pé nesse ringue pra lutar 
Se metade de mim é solidão a outra é Soledá.


Soledá - Beat Dokttor Bhu

O Ditador Quer Flores - Beat Dokttor Bhu -

Música do disco Apologia à Leveza - Grupo A Corte.

Noiz in Zion - Part. Eda Costa/ Monge Mc

Música inspirada no Mestre Noel Rosa.



Voz: Eduardo Dw
Baixo: Leonardo Ramos
Guitarra: Heberte Almeida
Cavaquinho: Marcos Chagas
Percussão: Manu Ranilla 
Cajon: Gleison Junior
Pandeiro: Anna Lages
Scrats: Dj Giffoni


Letra "Com que Roupa"

Eu vou de ouro eu vou de cobre vou de sentimento nobre
Eu vou vestido com as roupas e com as arma de Jorge
Vou com a farda de Fidel ou com os óculos de cartola
Eu vou de "aba reta calça larga e tênis bola" 
Com a camisa do meu time e ideal de Luther King
Com orgulho no peito pra dizer I have a Dream
Vou de verde amarelo com a cor da pátria amada 
Vou com Ed.Mun parceiro pro rap só de toalha 
Eu vou me vestir com a resistência de zumbi
Os dreads de Bob Marley e as luvas de Mohamed Ali
Eu vou de vulgo e codinome vou com tudo no meu nome
Eu vou de rastafári Black e nos punhos o microfone
Mas não se vista de style se tua atitude some
Já vi homem fazer roupa mas nunca roupa faz homem
Eu vou com os beat vou com a corte e seu convite
Eu vou construir com deus e desconstruir com Nietzsche
Eu vou de luta de rua de maioria justa 
Mas nunca vou vestido com verdade absoluta
Vou de moda de viola bater um dedo de prosa
Vou cantando a vida e é o amor que canto agora
Se Noel vai de rosa a pergunta não se cala
Com que roupa que tu vai quando for sair de casa

Agora eu te pergunto com que roupa tu vai tá
Se atitude é essa e de que lado vai ficar
Agora eu te pergunto com que roupa vai colar
Se for pro bem vem também, pois aqui é seu lugar

Eu vou do jeito que quiser embornal trago rapé 
Com meu chapéu de palha nunca falha minha fé
De Gonzaga e seu baião pro céu no arrasta pé
Pro sertão que tem cordel Patativa do Assaré 
Vou filosofando a vida, microfonando os cantos
E globalizando a arte em memória de Milton Santos
Vou defendendo os meus, tipo um lobo em alcateia.
Refém de meus amores e nunca de minhas ideias
Cada vez menos machista nessa luta de ousadia
Com as puta ocupo a rua na marcha das vadias
Com de beauvoir nos versos como é bom voar com os versos
Revolução que poetiza ninguém ficará imerso
Eu não esqueço onde estou pra não tropeçar flow
Com que roupa que tu vai te mostro com qual que vou
Vou de babylonby Gus ou de política em politica
Com clássico dos clássicos Athaliba e a firma
Então o Hip Hop inspira e só fortifica os elos
No fone tem Arezona “O crime não é Marshimelo” 
De sapato bicolor com os malandros de verdade
Com o quarteirão do Soul eu vou pro baile da saudade 
E com a força de um gigante em prol da delicadeza
Vou com quarteto que faz em apologia à leveza


Agora eu te pergunto com que roupa tu vai tá
Se atitude é essa e de que lado vai ficar
Agora eu te pergunto com que roupa vai colar
Se for pro bem vem também, pois aqui é seu lugar

"Com Que Roupa?"-  Projeto ManObra

Quem Falô? Eduardo Dw/ Eazy Cda

Música Mixada e Masterizada por Dokttor Bhu.

O chão que piso 


Deste lado da cidade o Rap chega e quebra a cerca
Sem limites no pensar vendo o mundo sem fronteira
Aqui só centroavante feito em campo de poeira
Preparem seus ouvidos os moleques são aroeira
MPC e Coletivoz que pra mim só tem os prós.  
Os contra é os vacilão e isso não cabe a nós 
É só a questão da voz que ecoa na boa
Do moleque mais novinho aos tiozinhos mais coroa 
Do Hip Hop as lutas das tradições mais cruas
É da cultura da z.o os clássicos eventos de rua
Essência se mantém pura com a força da persistência 
Fazer dá oeste Zion por terra e resistência 
Controle e paciência de tijolo por tijolo
Sem pagar de Jeremias que faro oeste num é caboclo

Mesmo céu mesmo CEP: A Corte/ CDR
Mesmo céu mesmo CEP: A Corte/ CDR
Mesmo céu mesmo CEP: A Corte/ CDR
Mesmo céu mesmo CEP: é o Rap Zona Oeste

Eu amo o chão que piso meu caminhar daria um livro
Sossegado na questão e nesses corres não estou sozinho
Representei em todas oportunidades cada qual tem seu valor 
E zona oeste eu amo de verdade
Simplicidade morô pelos caminhos que passei
A origem do meu som representa os malucos que colei
Os grupos que participei, eu sei, as parcerias que firmei.
Nos morros nas quebradas CDR respeitou as caras 
E a cada oitava cantada inspiração da alma
Eu não colo em manifesto pra ser pop star
Fecho com os linhas de frente em qualquer lugar que eu vá
Sem fraquejar, pra não atropelar.
Se A Corte Convida CDR chegou pra somar
Em altas quebradas eu desembolando
Trocando de mil com os coroas veteranos 
No tempo dos campos nas antigas no barreiro
Estúdio 94, Black Machine e o movimento negro.
Eu vi terreiro, samba de roda e roqueiro.
Uma pá de maloqueiro quando Rap estava cheio
Somei cantei nos movimentos que eu vi Wu-Tang
Conteúdo ideológico entre nós é o que mais tem
Nem por quem nos palcos fez sua história
Nos morros onde cantei fixaram na memória 
As vezes contraditória mas nítidas evoluções
Zona oeste tem o Rap e o Rap tem suas contradições

Mesmo céu mesmo CEP: A Corte/ CDR
Mesmo céu mesmo CEP: A Corte/ CDR
Mesmo céu mesmo CEP: A Corte/ CDR
Mesmo céu mesmo CEP: é o Rap Zona Oeste

Do Cabana até as ruínas quem conhece  vai vendo
Comédia aqui não atravessa aprendi desde pequeno
Daqui que vem as gírias e o vento bom pra soltar pipa
Avisa lá a Dona Maria que é pra segurar suas cria
Assim se junta a sigla  A.C.D.R família
Sem essa de acusar de formação de quadrilha 
Desse chão, nasceu minha vida assim é periferia.
Pra subir panturrilha pra descer carinho de guia
É o futebol de várzea só assim me sinto em casa
É os doidinhos de role com o "zoinho" tipo brasa
É as filas no portão pros que crê pro que não
São as balas e as pipocas pra São Cosme e Damião 
São barraco e porões ruas e suas tradições 
E o batuque do samba aquece os corações
Pros que passaram no crivo é feliz só de tá vivo
Eu respeito a sua quebra por amo o chão que piso
O meu solo é coletivo fruto do seu próprio em empenho
Quer saber quem eu sou? Vai ter que saber de onde eu venho!    



O chão que Piso/ Eduardo Dw/ Mano Bill/Beat T.U

Eduardo Dw é agitador cultural da cidade de Belo Horizonte, poeta do Coletivoz Sarau de Periferia, Slam Clube da Luta e Mc da banda de Rap Projeto ManObra e  do grupo A Corte, além de suas produções de postais poéticos com a coleção do [Manual do amor Ex-tranho] Dw também é proponente da oficina Palavreando onde trabalha a música popular brasileira como gatilho poético para saborosas criações na escrita.

Eduardo Dw

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