"O absurdo em tempos de ódio", o episódio #6 do podcast Era da Pre(s)sa, avança nas questões sobre os dois vírus que se alastram no cenário brasileiro: o coronavírus e o vírus social. Nesses tempos extremos, escutamos, assim, vozes furiosas que nada dizem, que apenas repetem um discurso raso e de poucas palavras. O ódio, como bem nos lembra a psicanálise, é um mecanismo psíquico muito primário do qual nenhum sujeito escapa. E, quando estamos dominados por essa lógica, não sobra muito espaço para o pensar criticamente ou perceber o outro de modo empático, já que estamos sob efeito de uma espécie de "contágio mental". 
Aqui, nos encontramos com as peças "Estado Sítio" de Camus e "O Rinoceronte" de Eugène Ionesco, peça emblemática sobre o Teatro do Absurdo. Para nos acompanhar neste percurso, conversei com o ator, diretor e professor Chico Carvalho.
O episódio foi idealizado e escrito por Fernanda Fazzio. A edição é de Vinícius Feder. Nesse episódio, usamos  trilhas sonoras de Charles Raszl com a produção de Rafael Angra e também produções originais de Vinícius Feder. A atriz Laura La Padula participou das interpretações. A identidade visual foi criação de Ana Cristina Santos. Esse podcast usou audios de @desmentindobozo.


Para saber mais sobre o curso online pela USP chamado "Entre Freud e Camus: o ódio em tempos de peste" que será ministrado em Agosto por Caio Liudivk, Fernanda Fazzio e Juliana Martone, nos acompanhe nas redes sociais @eradapressa / @fernandafazzio ou acesse o site www.fernandafazzio.com.br 
Além dos textos de Freud "Psicologia das massas e análise do Eu"(1921) e das peças de Camus e Ionesco, os livros indicados e citados neste episódio são "O discurso da estupidez" do psicanalista Mauro Mendes Dias publicado pela Iluminuras e o excelente livro "Psicanálise e vida covidiana: desamparo coletivo, experiência individual", edição brasileira coordenada por Daniel Kupermann, publicado pela Blucher. Além desses livros, falamos brevemente do artigo "Da fragilização dos vínculos ao retorno do mito – algumas reflexões sobre a psicologia de grupo de Freud , democracia e a eleição de Jair Bolsonaro" escrito por Gustavo Dean-Gomes e do próximo lançamento de Vanessa Cheim chamado "Dimensões da Recusa", livro que também será publicado pela Blucher.

#6 O absurdo em tempos de ódio

Quando perdemos a capacidade de nos comunicar e os nossos comportamentos se tornam animalescos, podemos estar entre baratas e rinocerontes. Ou pior: talvez tenhamos nos metamorfoseado em algum deles. Nesse episódio, partimos das discussões dos livros “O discurso da estupidez” e “Entre baratas e rinocerontes” do psicanalista Mauro Mendes Dias,  fundador do Instituto Vox. 
O reconhecimento é necessário para a nossa constituição subjetiva. Pensar na obra A Metamorfose (1915) de Franz Kafka é mais do que atual para refletirmos sobre os efeitos danosos do não-reconhecimento que está nos transformando em animais. Na Era da Pressa, os sujeitos não reconhecidos em sua humanidade podem ter duas saídas: ou se transformam em bestas truculentas, os rinocerontes, ou se tornam baratas ao trazer à tona o pior dos esgotos. E, se você escapou da Rinocerontite, vamos mostrar como a Baratite também é extremamente contagiosa.  Nesse episódio, discutimos sobre o Desmentido, conceito do psicanalista Húngaro Sándor Ferenczi, para entendermos melhor sobre a Baratite em nossos tempos.
O episódio foi idealizado, escrito e apresentado  por Fernanda Fazzio. A edição é de Arthur Chagas. A Ana Cris cuida da identidade visual e da divulgação.

Ep#7 A Metamorfose - Uma introdução à ''Baratite''

Oi oi Apressados,

A aliança Baratas e Rinocerontes é um elo poderoso. A satisfação derivada  dessa ligação nos remete à possibilidade de deixar de lado as regulações sociais e nos entregar aos deleites das fantasias sem nenhum pudor. 

Privilegiando o enfoque animal na literatura, Franz Kafka escreve A Metamorfose, obra que problematiza o entrecruzamento entre humanidade e animalidade. Ao mostrar o espelho disforme da animalidade, Kafka desestabiliza o antropocentrismo: há um outro animalesco que nos habita e que, a qualquer momento, pode tomar posse de nós. 

No episódio #8 "A Praga de Kafka" do podcast Era da Pre(s)sa veremos como uma metamorfose abrupta acontece quando a nossa parte animalesca toma conta de nossas falas e ações humanas. Nesse episódio, contextualizaremos a obra A Metamorfose de Franz Kafka, voltando a Praga do in. do sec. XX para compreender como a baratite se alastra feito praga, nos transformando em insetos repugnantes. Nos acompanhe nesse percurso com trechos do livro "Entre Baratas e Rinocerontes" de Mauro Mendes Dias. 

O episódio foi idealizado, escrito e apresentado por Fernanda Fazzio. A edição é de Arthur Chagas. A Ana Cris cuida da identidade visual e da divulgação.

Ep#8 - A Praga de Kafka

O humor sempre existiu na cultura. O riso tem uma função essencial na sociedade e, não por acaso, sempre esteve presente em toda a história da humanidade. 
Os artistas do riso são muito atentos às dores do mundo, e ajudam na difícil tarefa de aproximação daquilo que não conseguimos entender de forma clara. Na Era da Pre(s)sa, em tempos de suspensão da vida comum, qual é a função do humor? 
A entrevistada do episódio é a atriz, cantora e humorista Fafy Siqueira. 
***Ficha técnica: Idealização, roteiro e apresentação: Fernanda Fazzio. As atrizes Fafy Siqueira, Fernanda Lorenzoni, Beatriz Kovacsik, Laura La Padula, Marília Machado e o ator Vinícius Feder participaram e ajudaram na criação desse episódio. 
A edição e trilha sonora ficou por conta do Estúdio Bahsamori. 
As sugestões de leitura são: "Ousar Rir" de Daniel Kupermann e "O palhaço e o psicanalista" de Christian Dunker e Cláudio Thebas.
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#2 Rio, logo existo?

No nosso terceiro episódio “O Clown: a escuta na Pre(s)sa”, vamos olhar com uma lupa para a menor máscara do mundo: o nariz do clown (palhaço). Na Era da Pre(s)sa, em tempos da COVID-19, as máscaras têm feito parte do nosso cotidiano. Saímos de casa com os rostos cobertos, quase irreconhecíveis. E isso tem afetado o modo como nos olhamos, como falamos uns com os outros e como tentamos nos reconhecer. Pessoas que encontrávamos diariamente se tornaram estranhos mascarados. E como o estado de presença e estranhamento do clown podem nos ajudar a enfrentar essa rede simbólica esgarçada e frágil que estamos vivendo na Pandemia? Para falarmos sobre máscaras teatrais e a sua função social na Era da Pre(s)sa, entrevistamos a atriz e palhaça Bete Dorgam. 
***Ficha técnica: Idealização, roteiro e apresentação: Fernanda Fazzio. As atrizes Fernanda Lorenzoni, Beatriz Kovacsik, Laura La Padula e Marília Machado participaram e ajudaram na criação desse episódio.
Edição e sonoplastias de Vinícius Feder. 
Música da vinheta: O Guarda Chuva da cantora Rhaissa Bittar.
As sugestões de leitura são: "Ousar Rir" de Daniel Kupermann, "O palhaço e o psicanalista" de Christian Dunker e Cláudio Thebas e “O Corpo Poético” de Jacques Lecoq.

#3 O clown: a escuta na Pre(s)sa

Oi oi! Nessa segunda parte do episódio #3 “O clown: a escuta na Pre(s)sa” (faixa bônus), escolhemos falar sobre a arte do clown através da experiência estética. Aqui, o convite que fica é para você colocar o nariz vermelho junto com a gente, mergulhando também nessa experiência lúdica. Vamos escutar o depoimento sobre a descoberta do próprio clown?
O clown (palhaço), a máscara da alteridade por excelência, entra no jogo da experiência. Se na Era da Pre(s)sa quase tudo nos chega de modo antecipado a apressado, o clown traz um olhar desacelerado para esse mundo que parece que “não pode parar”. Atualmente, somos constantemente direcionados a curtir, a comentar, a compartilhar e a comprar coisas que surgem em nossas telas dos celulares, e nos tornamos, assim, presas dos filtros invisíveis do mundo virtual. 
Na sua arte, que acontece entre o talento e o fiasco, o clown nos bagunça entre afetos e risadas e, quando nos damos conta, já não estamos mais naquele lugar conhecido, previsível e familiar no qual buscamos a tudo controlar. Nos despimos, assim, das pré-concepções, dos paradigmas e das antecipações. Vamos descobrir como isso acontece?
***Ficha técnica: Idealização, roteiro e apresentação: Fernanda Fazzio. As interpretações foram feitas atrizes Fernanda Lorenzoni, Beatriz Kovacsik, Laura La Padula e Marília Machado. A edição e as trilhas sonoras  são do Vinícius Feder. As sugestões de leitura são: "Ousar Rir" de Daniel Kupermann, "O palhaço e o psicanalista" de Christian Dunker e Cláudio Thebas e “O Corpo Poético” de Jacques Lecoq.

O clown: a escuta na Pre(s)sa (faixa bônus)

A gente não lida muito bem com o diferente. É por isso que buscamos padrões de semelhanças o tempo todo, abrindo espaço para a intolerância permear as relações. Afastando o que identificamos como estranho, nos protegemos raivosamente contra aquilo que mais tememos existir em nós. E nesse conforto da bolha da segurança, acabamos por empobrecer a nós mesmos em um mundo feito por iguais. Onde cabem as diferenças na atualidade? Na atual conjuntura da Era da Pressa, parece que o recalcado retorna com muita intensidade. O convite aqui é para refletirmos sobre os processos de intolerância como fenômeno psíquico que constitui uma forma de sintoma social. 
***Ficha técnica: Idealização, roteiro e apresentação: Fernanda Fazzio. As interpretações foram feitas atrizes Fernanda Lorenzoni, Beatriz Kovacsik, Laura La Padula e Marília Machado. A edição e as trilhas sonoras são do Vinícius Feder @estudio.bahsamori.
Sugestão de leitura: “Raízes da intolerância”, organizado por João  ngelo Fantini, publicado pela editora EDUFcar (2014). A música “Mãos” (trilha sonora) é da Amanda Maria e de Eduardo Belloni.
Para saber mais, nos siga nas redes sociais @eradapressa e @fernandafazzio

#4 A Intolerância na Pre(s)sa

Oi Oi! "A Indiferença: a peste na Pre(s)sa” (#5) , é o episódio inaugural da nossa segunda temporada do podcast "Era da Pre(s)sa: psicanálise entre esperas e extremos"! 🏃🏾‍♀🎙⏳

Nesse episódio, conversamos com o professor Franklin Leopoldo e Silva, que é doutor e livre-docente (USP)

“A Peste”, livro de Albert Camus, é a obra de referência para entendermos a situação atual. A peste se torna o dever de alguns, mas é um problema de todos. E, uma vez que a doença existe, nos deparamos com questões sobre liberdade e responsabilidade, evidenciando como todas as nossas escolhas afetam o coletivo.🐀🐀🐀

Idealização, roteiro e apresentação de Fernanda Fazzio (@fernandafazzio)

 A edição e as trilhas foram produzidas pelo Vinicius Feder no @estudiobahsamori. As interpretações do livro "A Peste" foram da atriz Laura La Padula. A identidade visual é de Ana Cristina Santos. O depoimento é da @crisresenhalivros

O episódio utilizou áudios do Albert Camus e da Rhaissa Bittar.

Sugestão de leitura: A Peste, de Albert Camus (Editora Record, 2020).

#5 A Indiferença: a Peste na Pre(s)sa

Entre esperas e extremos, precisamos nos ouvir. 
O objetivo desse podcast “Era da Pre(s)sa: psicanálise entre esperas e extremos” é promover um espaço para reflexões sobre psicanálise, arte e cultura em tempos que trepidam. 
Os episódios são escritos por Fernanda Fazzio, costurados também com depoimentos e entrevistas. 
Escutar uns aos outros e também o que os psicanalistas, artistas e pesquisadores dizem, fazem e produzem são recursos significativos para elaborarmos psiquicamente os momentos  excessivos e turbulentos da Era da Pre(s)sa.

Era da Pressa Podcast

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