Este áudio foi criado a partir de recortes e sobreposições de elementos que foram se desdobrando, a partir de um fragmento poético retirado do livro "Verbalizações do Amor em Transe" (Fê Luz 2010), gravado em alemão. Partindo disto, foram utilizados alguns recursos diferentes para composição sonoro-poética, tais como leitura pelo arquivo em pdf; reversos e escritos dos reversos. Resultando numa videoinstalação sonoro poética, criada com a artista Lela Martorano, o projeto foi selecionado em 2015 para o Espaço 2 da Fundação Cultural Badesc (Florianópolis /SC).

Instalação Sonora "Caos na Margem"

sussurros

sobreoazul

Narração de Marina Moros em grego e reversos. Fragmentos do pré-fácil de "Verbalizações do amor em transe" (Fê Luz 2010). Solos de violãocelo distorcidos. 

Fragmentos-Greg-Cello

trilha sonora de 30 minutos, criada para performance de monica siedler, com trechos na voz de sandra alves. realizada em florianópolis, no teatro armação, nos dias 29 e 30 de abril de 2016. 

Paisagem Sonora para espetáculo de dança "pior de mim" de Mônica Siedler

Criada para solo de dança contemporânea de Egon Seidler, em julho de 2016. Florianópolis-SC-Brasil.
assista o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=RHPFVlZclHo

Paisagem Sonora para Espetáculo de dança "aurora" - de Egon Seidler

Uma instalação sonoro-visual. 
Investiga as relações entre palavra-objeto-imagem-som no espaço externo. Propõe pensar a poesia atuando para além do papel. 
São perguntas e respostas em movimento. Pretende provocar sensoriais estados, onde o tempo em cada um dissolve memórias e subverte lógicas internas, possibilitando acessos desativados ou esquecidos, trazendo à tona questões ancestrais e futuristas no tempo presente, questionando o sistema em que vivemos. 

O primeiro módulo “Estamos vem-sendo?”, questiona significados e resignificações da linguagem como possibilidades de leitura e vivência. Foi apresentado na "II feira flamboiã" em Florianópolis, no jardim do Museu Cruz e Souza, com curadoria de Gabi Bresola e Marcos Walickosky. outubro de 2016.

vozes: Bárbara Andrade e Fê Luz. 
poema: Fê luz.

Instalação Sonora - "Conectivos"

Paisagem sonora criada para a exposição "Longe. Estado Indefinido" da artista Lela Martorano, que experimenta as possibilidades de manipulação, construção e apropriação da imagem fotográfica, questionando a materialidade, a unicidade da obra, a noção de autor, de originalidade e a própria especificidade do meio. Galeria Pedro Paulo Veccetti, Florianópolis 2016 e Galeria Antinoo, Málaga 2017 e Espai Souvenir, Barcelona 2018. Poema, Edição de áudio e Título : Fê Luz. Vídeo Lela Martorano. assista aqui https://www.youtube.com/watch?v=peWVoX0Ldmo&index=13&list=PLE9dU89jBju_jAAfFIKqwsQ_FJ0veWf9Q e veja o site da artista: https://lelamartorano.com/obras/longe-estado-indefinido/

Paisagem Sonora para videoarte de Lela Martorano "longe. estado indefinido"

Trilha sonora criada para intervenção de dança contemporânea, nos lançamentos do livro "Pequenas Quinquilharias para Colecionadores Precoces". Com autoria e produção geral de Fê Luz; produção musical de Daniel da Luz e Sérgio Sant'Anna; narração de Marina Lima e performance de Marcela Reichelt. De 2002 a 2007 em Florianópolis, Porto Alegre e Rio de Janeiro. 

Marina Lima narra "Pequenas Quinquilharias Para Colecionadores Precoces" livro de Fê Luz

chuva no labirinto do sorriso

Paisagem Sonora para Espetáculo de Dança "Farpa" - Grupo Ronda (trecho cena 1)

O vento é uma destas margens do tempo
Disfarce das manhãs
Quando em frestas moram 
Elas entendem que a linha contínua é fragmentada pelas linhas que se cruzam
Toda linha guarda o caos da tempestade 
Toda tosse guarda o vento da paisagem
Corpo alonga a vida
Escreve com ruídos; dança com ruídos
O corpo fala aonde a palavra não chega

Um certo ar torto-tonto me sorri
Escorregando pro lado do sim, flutua na verdade dessa tortidão
Me instiga, me deixa voar, para despretensionar o ruído do não
Faz de conta que sim, lembra do si, quer a verdade que eu sei
As névoas se adaptam
Carinhos estralam a noite
Sorrisos se perdem, no encontro do olho – desencontro da retina
Da essência – desconcordância desse tempo real
A vida: viela do sentimento
Labirintos táteis nesse ar tonto-torto
Tortidão que pega os braços e aperta o coração
Nostalgia do respiro

texto, voz e edição : Fê Luz (Florianópolis, maio de 2020)

'o vento, uma das margens do tempo ~

4electrosonicaósmica -

>vou descomunicar a eletromagnésia sensação. 
electrosônica-ósmica do infra-ser automático.
revelar sua condição de existência
para q nossos inimigos tenham pés e não nos alcancem. 
para todo o sempre, na cosmicidade da irrereverência,
do paralelo entre as estrelas automáticas do riso, 
estejam sempre entre nós! 
e que a última taça sempre nos salve, amém.
a mão aperta a orelha e sente o ruído do sangue correndo - a vibração do coração - a corrente sanguínea,
a descompassada melodia do dentro, vibra a era dessa mesma esfera.
vou delirando na coluna nas pairagens dos sossegos, 
das miragens , ao saber q nada podem.
em prever o tempo nobre. já confinam. 
seus milagres, seus mistérios tão selvagens. 
eu entre o acaso do sorriso e o anoitecer da fogueira... 
e que  a última taça sempre nos salve, amém!

Pós Poesia no Abismo Sonoro

Electrosonicaosmica

3 em tempos de acolher -

>estou prestes a decifrar criptos suspiros,
de uma nave que relate essa ago-nia. 
repousa amar-gos,
estralos de memória em tempos caóticos,
desordenada manhã.
tonteiam os verbos, 
que desesperados, esperam a rotina do tempo saudável

Em tempos de acolher

2 para tempos sombrios - 

>minha palavra busca respostas para tempos sombrios. 
minha poesia procura respostas para tempos sombrios. 
quero acreditar nessas palavras de cura. 
como corpo que abraça o medo dos outros, 
e resolve a matéria da minha carne envolvida. 
como coisa que abraça temores dessa pele encardida. 
como gritos escritos nos dizeres dos aflitos. 
como forma de aliviar essa nuvem vem-sida? 
pelo tempo, pelos ossos, pelas esferas,
dessa planta-semente adormecida (?)

Para tempos sombrios

1 elas dançam com ruídos : 

(*trecho do “Pós-fácil” do livro “elas dançam com ruído – palavras em risco”, na voz de Vitor Chucre - pg 60. Fê Luz, 2019. Poéticas Edições – coleção Poesia do Mundo, Portugal)
>estávamos certos de que 3 e 3 foram 6 a navegar. toda forma de controle foi caindo e derrotando o seu silêncio. era 5 da manhã desacordada; 5 pregos na parede enlouquecida; vezes 4 na montagem das camadas. eram folhas no jardim bem esquecidas. haviam chuvas de interrogação sobre ir ou não. 7 vezes ao contrário me pergunta: que horas são?

Elas dançam com ruídos

Is a Multimidia Poet. She Has been living and working in Florianópolis-SC, Brazil. Graduated in Fine Arts - with specialization in Painting and Printmaking –with Santa Catarina State University – UDESC – Brazil, 2002. She began her artistic career in 1997. her work proposes the intersection of all the arts and different media / and the research for poetry, practicing it as a form of hybrid expression. From a multidisciplinary practice she has developed individual and collective projects. Currently, she has been working more intensively with Urban Intervention, Video Art and Sound Poetry, developing texts, sounds and images. She also works with objects, painting (walls and screens) and design. She is the author of four poetry books, in which two of them have been awarded. Her work has circulated among the cities of Florianópolis, Itajaí, Blumenau, Joinville, Curitiba, Porto Alegre, Londrina, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Cuba, Granada, Barcelona, Málaga, Paris, Geneva and Lisbon.

Site https://artefeluz.wordpress.com/
Vídeos https://www.youtube.com/c/F%C3%AALuz
 Sounds https://soundcloud.com/feluz
https://www.facebook.com/featelieshop/

Fê Luz

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