Quatro faixas do primeiro Cd do grupo - Contos de beira d'água.

Contos de beira d'água

04 - Contos de beira d'água (Filpo Ribeiro/Nilton Júnior)

03 - Chegue devagar (Filpo Ribeiro)

02 - Rabo de arraia (Filpo Ribeiro)

01 - Vazão (Marcos Alma/Filpo Ribeiro)

O projeto Filpo Ribeiro e a Feira do Rolo surgiu em 2014 por iniciativa do músico Filpo Ribeiro, dando continuidade à sua pesquisa sobre a rabeca, processo iniciado com o grupo Pé de Mulambo (2007-2014). Junto ao músico e produtor paulistano Marcos Alma (com quem já havia produzido os dois CDs do Pé de Mulambo) formou o núcleo deste novo trabalho. De lá pra cá contaram, nos shows e gravações, com os músicos paraibanos Guegué Medeiros (percussão e bateria) e Diogo Duarte (percussão e trompete); com o pernambucano Alisson Lima (percussão), além das participações de artistas como Zé Pitoco, Fi Maróstica, Fábio Leal, Mestrinho, Nilton Júnior, Sebastião Biano, Júnior Kaboclo, Nicolas Krassik, Janayna Pereira, Tião Carvalho e Junú.
O trabalho é essencialmente autoral, tendo ainda releituras de canções de domínio público e de artistas consagrados como Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Zé Ramalho e Alceu Valença. A sonoridade explora os timbres de instrumentos peculiares como a rabeca, viola dinâmica de 10 cordas, pífanos e marimbau, acompanhados por zabumba, triângulo e baixo. As composições e arranjos se inspiram em gêneros que marcaram a formação musical de Filpo Ribeiro, sobretudo  alguns ritmos nordestinos como o forró, coco, o repertório das bandas de pífano, samba de roda, e outros mais ligados à cultura caipira e caiçara do sudeste como o fandango caiçara, reiada (folia de reis), romaria do divino e lundus do norte mineiro. 
O primeiro CD Contos de beira d’água (Tratore - 2017) tem músicas de Filpo, Marcos e Guegué, além de parceiros como o paraibano Ricardo Ribeiro, o fandangueiro caiçara Vlad (Cananéia/SP) e o cantor e compositor recifense Nilton Júnior, do grupo Coco de Toré Pandeiro do Mestre. O disco foi contemplado pelo edital ProAc da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, resultando, além da gravação, em atividades como shows de lançamento e oficinas por diversas cidades. 
Em junho de 2018 o grupo se apresentou no Festival Forró de Domingo, em Stuttgart - Alemanha, que teve em sua programação nomes como Oswaldinho do Acordeon e a bandas residentes no exterior Forró de Ka (Alemanha) e ForróBamba (Inglaterra). Em outubro 2018 o músico Filpo Ribeiro realizou uma série de apresentações, gravações e oficinas no Japão, solo e ao lado do maestro Michio O'Hara (cravo), nas cidades de Tóquio, Nagoya e Osaka, divulgando a música da rabeca, desde a tradição medieval até a sua presença na música brasileira.  
O grupo se apresenta constantemente em lugares como Canto da Ema (São Paulo), unidades do SESC e em eventos/festivais ligados à cultura popular e ao ciclo junino. Desde 2015 Filpo e a Feira apresenta semanalmente no restaurante Canto Madalena o projeto Rabecada e Rubacão, que propõe em clima de ensaio aberto uma roda de forró aberta a canjas. O ambiente acolhedor proporciona uma relação mais estreita entre a “plateia dançante” e os músicos, e tem formado, ao longo dos anos, um público cativo. Do ponto de vista musical, um dos diferenciais em relação aos forrós é a liberdade para improvisos, arranjos e formação instrumental inusitada proporcionada pela presença de músicos de diversos estilos, entre cantores, instrumentistas e mestres da cultura popular. Passaram pela Rabecada artistas como Nelson da Rabeca e Dona Benedita (AL), Zé Pitoco (PE), Oswaldinho do Acordeon (SP), Nicolas Krassik (FRA), Mestrinho (SE), Lucy Alves (PB), Ricardo Hertz (SP), Carol Panesi (RJ), Salomão Soares (PB), Janayna Pereira da banda Bicho de Pé (SP), Trio Macaíba, Junú (CE), Sapopemba (AL), Tião Carvalho (MA), Dona Rosália do grupo Destaladeiras de fumo de Arapiraca (AL), Irene Atienza (ESP), Gabriel John Walsh (ING), Mestre Agnaldo do grupo Cavalo Marinho Estrela de Ouro do Condado (PE), Renata Mattar da Cia Cabelo de Maria (SP), entre outros.

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