para a trilha sonora da websérie "Olho Grego"

William Fedrizzi e Flangos Bangos

Corpo E Alma

Da Chuva

Oseu

Subversos

Antes de morrer, temos direito sonhar
temos direito ao prazer
temos direito de experimentar

Antes de agir, somos capazes de pensar
somos capazes de distinguir
o bem e o mal tanto faz no final

tudo que eu penso eu penso é minha conta
não devo nada a ninguém 
preciso de muito pouco
pra ficar além

Antes de morrer você deve se permitir 
a todas as loucuras, farturas 
que te oferecem aqui
no cardápio de hoje, alegrias e amarguras
problemas de sobra, de verso e prosa
e CAVIAR

Em volta da fogueira, novas histórias
problemas de violão, com  a afinação
derramaram cana no chão

tudo que eu penso eu penso é minha conta
não devo nada a ninguém 
preciso de muito pouco
pra ficar além

Ovas de esturjão

De vez em quando eu vejo, segunda de manhã
no movimento é um recomeço
o que é que vai mudar, meu irmão?

Já sei, não sinto nada 
pelo pai tio ou avô
cão de praça encara: 
"eu te vi cantar por favor"

Eu vim dizer boa noite
pra quem não quer problema
lua é pra quem se ilumina
dorme quem tá cansado de tanto
trabalhar toda hora
cobrar-se de toda forma
caralho eu quero uma folga
desse jogo eu não pedi pra jogar

Tudo vira farsa mas, nem tudo vira farsa mas

Meu isqueiro sem gás não dá nem pra fumar
as bancas todas fecharam e o posto tá longe demais
meu bem, é que hoje de noite não sei se vou jantar
só tem pão e farinha
nenhuma cerveja eu posso matar



7.17

você só não quer ver
não quer acreditar
mas o que eu posso fazer
se o que eu quero é fumar?

eu não vou te bater
só quero um pouco de paz
mas o que eu posso fazer
se o que eu quero é fumar

e eu não vejo realmente nada demais?

Faça-se a cachaça,
faça-se também do verde
não sei porque um dia
proibiram um desses

se não lhe apetece o cheiro
diga eu dou uma afastada
só não tenha preconceito
com a porra da fumaça

porque eu não vejo realmente nada demais



A Farsa

O sereno alagou o gramado
amanheceu tão sujo e era a mão de um dia
porque ninguém me acordou? acordei tão tarde, amor
e agora já nem quero arcar com a mão de um dia

Me deixa na cama veja que mañana eu vou resolver
sorvete eu prometo no parque eu desejo estar com você

antes das duas da tarde não deixo o galo cantar
ele começa as cinco horas mas eu chuto ele pra fora
eu tenho mais com que me extressar

Segunda na figueira minha mão tá na carteira
vendo as pitanguerias que lá estão
a me esperar
elas estão pelo posto
luz vermelha perfume pescoço
pra isso eu tô disposto a arcar com
a mão de um dia

me deixa na lama veja que me engana pra não resolver
sorvete eu insisto no parque eu preciso estar com você

essa minha mocidade não tem muito a dizer
preguiça é uma consquista, produtividade irrita
meu estilo de viver

A mão de um dia

O vento leva o tempo pra longe quando arrebento em ode
ao seu rabugento do são bento
e caminho encurvado tomado pelo relento
que cerca, envolve e causa alegria
quando se acende um cigarro numa noite fria 

O tempo leva o vento pra longe, em ode arrebento aonde?
ao são rabugento do seu bento
o caminho encurvado tomado pelo relento
que causa envolve certa alegria
eu acendo um cigarro numa noite fria

Atoa

Giram dois aros, treme o guidão
levanto do banco passando em estrada de chão
de terra e areia
impasse livre quiser buzine, eu não ligo
também tenho que chegar lá
na beira da estrada beirando a calçada
a sinaleira então me pára, o freio falha
vacilo mas não caio e até pedestre me xinga
mas eu tenho o carinho dela, pedal livre em descida
e o vento acelera
o transito mesmo um inferno
cruzamento e saída de prédio
ficar esperto tem que ser ligeiro, mas eu vou sem medo
eu vou de bicicleta

Se eu posso relaxar
e pedalar proutro lugar
Les bike libre ahora
e se não for a cidade pára

Jeremias passava na rodovia
do centro ao sul da ilha, onde morava família
a mulher dele insistia mas ele sabia
três pila a viagem é caro demais, e além do mais
a vista é linda na baía sul, antes do túnel
quando o sol nascia a gente se divertia
numa estrada vazia de um domingo, "bem-vindo"
mas foi na boca do viaduto que jeremias tomou
o seu último susto

de certo viu a luz crescer
rapido demais pra perceber
dessa vez não passa na tv
o motorista era a tv

Foi triste, como muitas coisas são
já não sei mais se sigo essa canção
talvez mais um verso no improviso dê certo
se mexa, o que pode acontecer?
acredite 
mais do que você vê na internet do que na T.V
Nós passaremos, tudo passa
vamos ocupar a praça
com a galere mesmo sem dinheiro 
vamos pra onde queremos
vamos de bicicleta

Pedalei até o mar
na subida resisti
e se quiser me derrubar
te pego no tango até cair


Les Bike Libre

Grito: Menos arma, mais guitarra, cidade mata
A arte salva, a arte salva
Malabares na faixa, descansa na
sombra da praça
A chuva ainda basta pra molhar as massas
A chuva ainda basta pra molhar as massa

Todo mundo sabe do triunfo da vantagem, 
desde cedo se aprende essas verdades
Eu ouço a rua

Um brinde a mim
Um brinde a ti
A todo mundo
Que quiser ir
Reajangada

Vamos todo mundo eu quero ver vocês
chega mais faz a frente agora é nossa vez
olha todo mundo, eles celebrar a má vontade
dessa gente em se levantar

Grito: menos muro mais graffiti, dá tendinite
na travessa um samba bonito
vez em quando piro na tua saia amarela
viva a bicicleta salve salvem cambirela

eu quero a ana
eu quero a ana

pros nóia a paulada, disfarça na
cortina de fumaça

a chuva ainda basta pra molhar os nóia
a chuva ainda basta pra molhar os nóia

Reajangada

Sente ou dance e levante
mas curta de qualquer maneira
Flangos Bangos provavelmente
não quer dizer nada. 
Vamos matutar isso juntos.

Flangos Bangos

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