UNIVERSIDADE POPULAR - SABER PARA TODOS // CONVERSAS COM SEVERINO NGOENHA

Convidada: Eva Trindade (apresentadora de TV "Nós Mulheres")

// A LONGA MARCHA DOS DIREITOS DAS MULHERES //

No âmbito das celebrações do Mês da Mulher, a Universidade Popular de Março é também dedicada à Mulher. Nesta sessão, Eva Trindade, a apresentadora do programa de televisão “Nós Mulheres”, à conversa com Severino Ngoenha introduz-nos a “Longa Marcha dos Direitos das Mulheres”.

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Uma iniciativa da Embaixada de França em Moçambique

UNIVERSIDADE POPULAR: A Longa Marcha dos Direitos das Mulheres

"CARAS DO FRANCO – Entrevistas com David Bamo" é uma série de conversas com diversos actores culturais sobre as suas memórias e vivências a volta do Centro Cultural Franco-Moçambicano. O espaço procura recordar momentos marcantes e compreender a relevância do CCFM em todo ecossistema das artes da cidade de Maputo e do país no seu todo. Passam pelo CARAS DO FRANCO artistas, activistas e sobretudo guardiões da diversidade e criatividade que também ajudaram a consolidar a visão e os ideais do Franco. Bem-vindos!

Episódio #2: ROBERTO CHITSONDZO
Roberto Chitsondzo (1961) é natural de Xai-Xai, província de Gaza. A par da sua carreira de professor, educador, activista social e deputado, é membro da emblemática banda moçambicana Ghorwane, formada em 1983, e em actividade até aos dias de hoje. Já percorreu quase todo o país a cantar e a contar histórias tendo emprestado a voz aos Ghorwane desde longa data. Com a banda dos “bons rapazes”, como Samora Machel lhes chamou, percorreu também o mundo, passando por vários palcos europeus. Em 2017, com a edição da sua obra de estreia “Kwiri”, sedimenta a sua carreira a solo, abrindo espaços para expor as diversas dimensões do seu percurso. Com "Kwiri", Chitsondzo pretende dialogar de forma íntima com o seu público e oferecer as suas melodias. Tal como Mia Couto descreveu: “Roberto é um cantor que não apenas nasceu em Moçambique. Moçambique está nascendo dele, do talento de alguém que nos canta e celebra os lugares e os nomes que temos sem que o soubéssemos antes”.

CARAS DO FRANCO - Entrevistas com David Bamo // #2 Roberto Chitsondzo

UNIVERSIDADE POPULAR - SABER PARA TODOS // CONVERSAS COM SEVERINO NGOENHA

Convidado: Mestre José Tivane (Jornalista)
Jornalismo de Paz é a temática de mais uma conversa com Severino Ngoenha desta vez com o jornalista Mestre José Tivane.

// JORNALISMO DE PAZ //

Jornalismo de Paz é a temática de mais uma conversa com Severino Ngoenha desta vez com o jornalista Mestre José Tivane.
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Uma iniciativa da Embaixada de França em Moçambique

UNIVERSIDADE POPULAR: Jornalismo de Paz

CARAS DO FRANCO – Entrevistas com David Bamo é uma série de conversas com diversos actores culturais sobre as suas memórias e vivências a volta do Centro Cultural Franco-Moçambicano. O espaço procura recordar momentos marcantes e compreender a relevância do CCFM em todo ecossistema das artes da cidade de Maputo e do país no seu todo. Passam pelo CARAS DO FRANCO artistas, activistas e sobretudo guardiões da diversidade e criatividade que também ajudaram a consolidar a visão e os ideais do Franco. Bem-vindos!
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David Bamo é jornalista cultural e apresentar de televisão. Actualmente edita e apresenta programas culturais na Televisão de Moçambique e na RTP África; é co-apresentador do Músicas de África, autor e editor da série Fora de Cena.
Coordena o Seminário de Jornalismo Cultural, uma plataforma que tem estado a redefinir o espaço/presença dos conteúdos de arte na comunicação social em Moçambique; com debates, programas de estágios internacionais e workshops. Como empreendedor, fundou a agência de comunicação SóArte Media.
Em 2020 foi vencedor do Prémio África Ideias atribuído pela RTP África.
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Paulo Chibanga é um jovem empresário director geral da Khuzula Investments, uma empresa focada em eventos, comunicação, edição de livros e soluções de distribuição digital. Alguns dos destaques incluem, mas não se limitam, à realização do Azgo – festival anual internacional de artes, que acontece há mais de 10 anos, à Modigi - Moçambique Digital, que distribui conteúdos para mais de 300 artistas moçambicanos em todas as principais plataformas digitais, e à Telkos, através da edição de livros, destacando, entre outros “Fany Mpfumo Songbook”, o primeiro livro de partituras produzido e publicado em Moçambique.
É também um dos fundadores da plataforma OTHAMA, vice-presidente da ADEPPE - Associação dos promotores de eventos, e membro do conselho de direcção da AIMO - Associação Industrial de Moçambique.
Paulo é ainda músico, produtor musical e membro fundador das bandas 340ml, que assinou o seu primeiro álbum pela icónica discográfica Sony Music em 1999, e Tumi and the Volume, com quem teve a oportunidade de participar de diversas digressões mundiais, partilhado palcos com artistas de renome internacional. Enquanto produtor musical, para além de co-produzir os álbuns das suas bandas, destaca a produção dos álbuns Kwiri, primeiro álbum a solo de Roberto Chitsondzo, e o Umlilo o primeiro álbum do sul-africano Bongeziwe Mabandla.
Paulo Chibanga acredita que não há nada no mundo que não se possa aprender e que não devemos ter medo de mudanças ou desafios; confiar no processo é uma obrigação e as quedas tornam as pessoas ainda mais fortes.

CARAS DO FRANCO - Entrevistas com David Bamo // #12 Paulo Chibanga

Ngonani mu ta wona (“venham ver”, em língua chope) é um convite para revisitar a I Exposição Colonial Portuguesa, realizada na cidade do Porto, em 1934.
Trata-se de um evento de exaltação da pretendida grandiosidade do antigo império, ante os olhos curiosos dos cidadãos da então metrópole. Entre outras atracções, a Exposição destacou-se pela exibição pública de pessoas oriundas das antigas colónias, apresentadas em simulacros dos seus meios sociais e culturais “originais”.
A presente exposição apresenta quinze fotografias produzidas e divulgadas no contexto da realização do evento, particularmente, da presença de pessoas trasladadas de diversos pontos do então território colonial de Moçambique. Deste grupo de indivíduos, destacam-se os chopes da zona sul de Moçambique que, com a exibição da sua Timbila, atraíram significativamente a atenção do público.
A estas gentes, somaram-se outras gentes levadas de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Goa, Macau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e, eventualmente outras, numa longa jornada de três meses em que “viram e foram vistos” nas alamedas do Palácio das Colónias, construído exclusivamente para o efeito.
O material aqui apresentado é, em si, um testemunho literalmente ocular do papel desempenhado pela fotografia na construção simbólica que se pretendia em eventos desta natureza: a materialização de um determinado imaginário contido na propaganda do regime político então vigente.
Agradecemos, assim, aos arquivos portugueses – nomeadamente, o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, o Arquivo Histórico Municipal do Porto e o Centro Português de Fotografia - pela gentil cedência de parte de um vasto acervo fotográfico que constitui um importante património documental da experiência histórica de Moçambique, dos moçambicanos e da sua cultura.
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Organização: Marílio Wane
Créditos da fotografia: Câmara Municipal do Porto/Arquivo Histórico. Identificador 692698
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No âmbito do Ciclo de Debates sobre "Restituição e reparação na identidade pós-conflito"
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Exposição patente até 10 de Dezembro 2021, nas grades exteriores do CCFM e CCMA
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Mais informações: https://restituicao-mocambique-2021.webnode.com/

Migodo de Zandamela @Ngonani mu ta wona

CARAS DO FRANCO – Entrevistas com David Bamo é uma série de conversas com diversos actores culturais sobre as suas memórias e vivências a volta do Centro Cultural Franco-Moçambicano. O espaço procura recordar momentos marcantes e compreender a relevância do CCFM em todo ecossistema das artes da cidade de Maputo e do país no seu todo. Passam pelo CARAS DO FRANCO artistas, activistas e sobretudo guardiões da diversidade e criatividade que também ajudaram a consolidar a visão e os ideais do Franco. Bem-vindos!
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David Bamo é jornalista cultural e apresentar de televisão. Actualmente edita e apresenta programas culturais na Televisão de Moçambique e na RTP África; é co-apresentador do Músicas de África, autor e editor da série Fora de Cena.
Coordena o Seminário de Jornalismo Cultural, uma plataforma que tem estado a redefinir o espaço/presença dos conteúdos de arte na comunicação social em Moçambique; com debates, programas de estágios internacionais e workshops. Como empreendedor, fundou a agência de comunicação SóArte Media.
Em 2020 foi vencedor do Prémio África Ideias atribuído pela RTP África.
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Chico António nasceu em 1958 no distrito de Magude, Província de Maputo, no sul de Moçambique, e cresceu no internato de S. José de Lhanguene. Aos 9 anos de idade torna-se solista de um coro de Igreja constituído por 50 pessoas, ao mesmo tempo que se inicia na aprendizagem do trompete e solfejo.
Fez parte de grupos musicais tais como Grupo Instrumental N-1 de música ligeira, Grupo RM (Rádio Moçambique), Orquestra Marrabenta e Asaga.
Em 1990, ganha o prémio RFI (Radio France International) e recebe uma bolsa para estudar técnicas base de piano, arranjos e captação de som em estúdio.
Em 1991, grava o seu primeiro álbum intitulado “Amoya” (que significa vento, espírito, alma) com o apoio da RFI e da Maison des Cultures, França. Grava o seu segundo álbum “Memórias”, em 2014.
Participa na gravação de trilha sonoras nos documentários de Licínio Azevedo, Sol de Carvalho, Camilo de Sousa, Isabel de Noronha, Gabriel Mondlane, Karen Boswel e Zego, entre outros.
Trabalhou em projectos com Madala Kunene (África do Sul), Grèn Sémé (Ilha da Reunião), Trânsito, Madonda (Moçambique e Madagáscar) e Maputo Electrónico com o franco-tunisino Smadj.
Há cerca de um ano e meio que se encontra em residência de criação em Inhambane, a trabalhar com músicos residentes no estúdio “Bom Dia” a produzir o seu terceiro álbum.

CARAS DO FRANCO - Entrevistas com David Bamo // #14 Chico António

O debate sobre eventuais Restituições de bens culturais retirados de África no contexto colonial – artefactos, documentos, arquivos, fotografias, entre outros – é uma das questões do pan-africanismo que nunca foi resolvida, desde os idos anos 50.
Em 2018, entretanto, com a apresentação do Relatório produzido pelo Economista Senegalês, Felwine Sarr, e a Historiadora de Arte Francesa, Bénédicte Savoy, encomendada pelo presidente Francês, Emmanuel Macron, o assunto voltou ao centro da esfera pública. É nesse contexto que Mbenga – Artes e Reflexões começou a produzir reportagens, notícias e artigos de opinião sobre a temática.
Um ponto quase unânime nas entrevistas era, embora se estivesse de acordo com o debate internacional, pensar como é que está a ser feita a gestão do património que temos nos nossos museus nacionais e instituições similares. O propósito desta mesa é justamente reflectir à volta de como estamos “cá em casa”.

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Rafael Mouzinho inicia a sua relação com as artes, frequentando o curso de Cerâmica na Escola Nacional de Artes Visuais em Maputo e mais tarde uma formação superior em Artes Visuais no Instituto Superior de Artes e Cultura, em Maputo (2009-2012). Tem conciliado as actividades de artista plástico, de curadoria e da escrita. Tem publicado alguns artigos com destaque para “Atitudes e tendências estéticas”. É curador na Colecção de Arte/Galeria da Universidade Eduardo Mondlane e docente de Atelier de Curadoria no Instituto Superior de Artes e Cultura (ISArC).
Fez parte do conselho científico para a publicação “Atlantic: Contemporary Art from Mozambique and it’s Diaspora”, Hangar Books (2020), Lisboa, Portugal.
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Rui Laranjeira nasceu em 1971, em Maputo, tendo crescido e estudado na mesma cidade. Tem uma licenciatura em História pela Universidade Eduardo Mondlane, com a tese: “A Marrabenta: sua Evolução e Estilização, 1950-2002” e um Mestrado em Gestão de Património Cultural pela Flinders University, Austrália. Presentemente, encontra-se a fazer o Doutoramento em Estudos do Património na Witwatersrand University, na Wits School of Arts (WSOA). É investigador e Director do Centro de Estudos e Recursos (CER), no Instituto Superior de Artes e Cultura (ISArC). Foi curador do Museu Mafalala e realizador do inventário sobre o património cultural do bairro.
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Leonel Matusse Jr. é licenciado em Jornalismo, tem interesse de pesquisa no campo das artes, identidade e cultura, estando neste momento a testar a influência (ou contaminação) do Renascimento Negro de Harlem no surgimento da Arte Moderna Moçambicana. É co-fundador da Mbenga Artes e Reflexões e coordenador do website da referida plataforma. É assistente do Msc. Isaías Fuel, na Escola Superior de Jornalismo. Além de matérias jornalísticas, tem assinado crónicas, crítica literária, alguma dispersa de cinema e de música. Tem um conto, intitulado “Dívidas Ocultas”, publicado na colectânea “Crónicas e contos para ler em casa”, coordenada por Mélio Tinga e Eduardo Quive. Durante quatro anos (2016 – 2020) foi jornalista no Jornal Notícias e actualmente é gestor de comunicação da Fundação Fernando Leite Couto.
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Organização:
Oficina de História - Moçambique
Mbenga - Artes e Reflexões.
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Apoios:
Centro Cultural Franco-Moçambicano
Centro Cultural Moçambicano-Alemão
Goethe Institut Kenya
Africa No Filter
Campanha Raise up! Mozambique (GoFund)
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Agradecimento especial:
Karl Kugel, pela amável cedência de direitos das imagens fotográficas utilizadas para a comunicação do evento.

Debate #2: Arrumar a casa?

CARAS DO FRANCO – Entrevistas com David Bamo é uma série de conversas com diversos actores culturais sobre as suas memórias e vivências a volta do Centro Cultural Franco-Moçambicano. O espaço procura recordar momentos marcantes e compreender a relevância do CCFM em todo ecossistema das artes da cidade de Maputo e do país no seu todo. Passam pelo CARAS DO FRANCO artistas, activistas e sobretudo guardiões da diversidade e criatividade que também ajudaram a consolidar a visão e os ideais do Franco. Bem-vindos!
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David Bamo é jornalista cultural e apresentar de televisão. Actualmente edita e apresenta programas culturais na Televisão de Moçambique e na RTP África; é co-apresentador do Músicas de África, autor e editor da série Fora de Cena.
Coordena o Seminário de Jornalismo Cultural, uma plataforma que tem estado a redefinir o espaço/presença dos conteúdos de arte na comunicação social em Moçambique; com debates, programas de estágios internacionais e workshops. Como empreendedor, fundou a agência de comunicação SóArte Media.
Em 2020 foi vencedor do Prémio África Ideias atribuído pela RTP África.
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Panaibra Canda nasceu em Maputo, teve sua formação artística em teatro, música e dança. Recebeu formação adicional em dança contemporânea em Lisboa, através de programas de intercâmbio e formação desenvolvidos em parceria com Danças na Cidade em Lisboa. Começou a desenvolver os seus projectos artísticos desde 1993. Em 1998, criou a CulturArte e desenvolveu vários projectos artísticos, desde criações, mostras e projectos de formação local com objectivo de estimular o desenvolvimento da cena de dança contemporânea local, destacando-se a realização do 1°Estágio de Dança Contemporânea de Maputo, que culminou com a realização da 1ª Plataforma Internacional de Dança Contemporânea de Maputo, hoje Kinani, a 1ª formação de dança inclusiva (IN)Dependência que culminou com a realização do programa IncluArte. Algumas das suas obras foram premiadas em França, em 2006, nos Encontros Coreográficos de Paris com o espectáculo "Dentro de Mim Outra Ilha", um Prémio de patrocínio ZKB em Zurique com o espectáculo "Mafalala2" (2008), e com o espectáculo "Tempo e Espaço: Os Solos da Marrabenta”, recebeu o Prémio Cultural Sylt Quelle para a África Austral 2009, pelo Goethe Institut da Alemanha. Ainda foi considerado o melhor espectáculo de dança em Portugal no ano 2013 e, em 2015, foi premiado melhor performance em Sarajevo (MESS Festival). Também em 2015, Panaibra foi eleito a "personalidade artística do ano 2015" pela Rádio Moçambique, e , em 2017, foi distinguido como um dos 30 influentes e esperança para a dança no mundo pela revista alemã Tanz. 
Em 2018, com apoio da Pro Helvetia lançou o 1° Simpósio Internacional de Dança “Kanda Yetu”, uma rede de reflexão sobre a criação e intercâmbio artístico na África Austral e, em 2019, lançou a primeira rede para formação e criação artística em dança contemporânea nos PALOP- Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, através da plataforma RIR-PALOP, com apoio da Fundação Calouste Gulbenkian (Portugal) que, em 2021, se realiza como mostra de resultados em parceria com o CCFM e Kinani.

CARAS DO FRANCO - Entrevistas com David Bamo // #15 Panaibra Canda

Os anos 60 ficaram marcados pelas independências africanas e por novas formas de pensar a história. Em Moçambique, em 1975, enquanto os políticos se engajavam na construção do Novo Estado Independente, os intelectuais voltaram-se para a oralidade como forma de edificar um saber descolonizado. A recolha de fontes orais foi implementada como arma epistémica para desmantelar o saber colonial e produzir uma nova versão da história contada pelo “Povo”. Campanhas massivas de gravação foram lançadas pelo Arquivo Histórico de Moçambique (AHM), pelo Centro de Estudos Africanos (CEA) e pela Rádio Moçambique (RM). Hoje esse material está a ser recuperado e organizado por parceiros moçambicanos e o Arquivo Mayibuye da Universidade do Cabo Ocidental (UWC) na África do Sul. Neste debate, os oradores irão trazer à superfície não somente os passos já dados nesta colaboração inter-institucional, mas também os contornos históricos da constituição destes arquivos sonoros, e as vozes empoeiradas e enclausuradas em fitas magnéticas. Os oradores irão sugerir ainda pistas de investigação pautadas por uma perspectiva de “longa duração”, onde se possa argumentar que o resgate técnico e epistémico destes arquivos do passado é crucial para o entendimento das razões históricas, antropológicas e sociológicas da insurgência em Cabo Delgado hoje.
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Carlos Fernandes é PhD em Estudos Africanos pela Universidade Federal da Bahia, Brasil. Foi pós-doutorado na Universidade do Cabo Ocidental, África do Sul (2012-2013), e na Universidade da Basileia, Suíça (2015). É Investigador Assistente do Centro de Estudos Africanos (CEA) da Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Os seus interesses pesquisa centram-se na área da sociologia do conhecimento em África e história intelectual de Moçambique.
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Paolo Israel nasceu em Roma, Itália. Estudou Filosofia na Universidade de Roma "La Sapienza", onde se graduou com uma dissertação sobre o estilo oral em narrativa tradicional italiana. Em 2001 inscreveu-se para estudos de doutoramento na Ecole des Hautes Etudes in Sciences Sociales de Paris, com foco na antropologia da arte e da performance. Desde 2002 tem realizado pesquisas no norte de Moçambique sobre temas ligados à dança, música, magia e história. O seu livro "In Step with the Times": Mapiko Masquerades of Mozambique (Atenas: Ohio University Press, 2014) traça a historicidade das mascaradas Makonde ao longo do século XX. Paolo está actualmente focado em dois projectos: um livro de literatura de não-ficção intitulado "The Magical Lions of Muidumbe", que explora o colapso do socialismo no coração da revolução moçambicana através da história da caça às bruxas; e uma micro-história do massacre de Mueda de 16 de Junho de 1960. No cerne dos seus interesses está a questão da escrita experimental.
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Simão Jaime é investigador, docente e chefe de Departamento de Investigação e Extensão do Arquivo Histórico de Moçambique. É licenciado em História pela Universidade Eduardo Mondlane, mestre e PhD pela Universidade Federal da Bahia – Brasil, em temas ligados a Estudos Étnicos e Africanos. Conferencista regular em seminários nacionais e internacionais, ele é autor de várias publicações onde estão reflectidas as suas investigações sobre aspectos culturais predominantes em Moçambique, nomeadamente a situação dos arquivos, usos da religião, o conhecimento indígena e, especialmente, a recolha e gestão da história oral em zonas de conflito ligadas ao período da Guerra Civil (1975-1992) e Guerra Colonial (1964-1975).

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Organização:
Oficina de História - Moçambique
Mbenga - Artes e Reflexões.
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Apoios:
Centro Cultural Franco-Moçambicano
Centro Cultural Moçambicano-Alemão
Goethe Institut Kenya
Africa No Filter
Campanha Raise up! Mozambique (GoFund)
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Agradecimento especial:
Karl Kugel, pela amável cedência de direitos das imagens fotográficas utilizadas para a comunicação do evento.

Debate #3: Vozes empoeiradas: oralidade, restituição e arquivos sonoros de Cabo Delgado

Na história do Continente africano, o capítulo colonial é longo. Porém, o conhecimento profundo do que foi o colonialismo histórico tem ficado adiado devido a vários fatores: enquanto disciplina baseada em documentos, a história de África foi posta em causa pelas nações que se constituíram através de Lutas de Libertação; deslocados os arquivos para a Europa, estes estão dispersos em razão das várias presenças coloniais que atuaram no tempo, ou em paralelo, no território. No caso exemplar de Moçambique, Portugal entregou grande parte do país - ao centro e ao norte - às Companhias Concessionárias, constituídas principalmente por capitais alemães, ingleses, franceses e sul-africanos. Então, para além do aspecto da inacessibilidade dos documentos e eventuais objetos retirados das regiões que os produziram, acresce o escasso conhecimento sobre a existência e extensão destes vestígios culturais no mundo global. Em suma, há um enorme trabalho epistémico que falta ser feito e que não encontra ainda resposta nos poucos gestos de Restituição, quando estes acontecem num contexto fortemente controlado pela política e pelos media. Neste debate, os oradores vão contrariar a propensão para gestos excepcionais e magnânimos das nações envolvidas. Em vez disso, irão ensaiar a ideia de uma campanha inclusiva, que se pode tornar um território para a investigação, arte e militância. Deste debate podemos esperar tanto a revelação de descobertas positivas como de limitações da partilha deste trabalho, desde ambos os lados da herança colonial.

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Organização:
Oficina de História - Moçambique
Mbenga - Artes e Reflexões.
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Apoios:
Centro Cultural Franco-Moçambicano
Centro Cultural Moçambicano-Alemão
Goethe Institut Kenya
Africa No Filter
Campanha Raise up! Mozambique (GoFund)
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Agradecimento especial:
Karl Kugel, pela amável cedência de direitos das imagens fotográficas utilizadas para a comunicação do evento.

Debate #4: Restituição como activismo: estudos de caso no Quénia e na África do Sul

CARAS DO FRANCO – Entrevistas com David Bamo é uma série de conversas com diversos actores culturais sobre as suas memórias e vivências a volta do Centro Cultural Franco-Moçambicano. O espaço procura recordar momentos marcantes e compreender a relevância do CCFM em todo ecossistema das artes da cidade de Maputo e do país no seu todo. Passam pelo CARAS DO FRANCO artistas, activistas e sobretudo guardiões da diversidade e criatividade que também ajudaram a consolidar a visão e os ideais do Franco. Bem-vindos!
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David Bamo é jornalista cultural e apresentar de televisão. Actualmente edita e apresenta programas culturais na Televisão de Moçambique e na RTP África; é co-apresentador do Músicas de África, autor e editor da série Fora de Cena.
Coordena o Seminário de Jornalismo Cultural, uma plataforma que tem estado a redefinir o espaço/presença dos conteúdos de arte na comunicação social em Moçambique; com debates, programas de estágios internacionais e workshops. Como empreendedor, fundou a agência de comunicação SóArte Media.
Em 2020 foi vencedor do Prémio África Ideias atribuído pela RTP África.
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Chude Mondlane é cantora, compositora, intérprete e produtora musical. A sua viagem musical atravessa continentes desde África ao Japão, passando pela Europa e EUA, colaborando com músicos desde o Jazz e R&B até à AfroFusion e World Music, trabalhando ao lado de músicos lendários como Abdhula Ibrahimo, Hugh Masekela, Roberta Flack e Marcus Miller. Também tem colaborado com muitos músicos da cena musical tradicional e urbana moçambicana. Através da sua música, terá a experiência de ouvir a sua mistura única de Jazz, Bassanova e estilos musicais da África Austral e Moçambique.
Desde os anos 80 colaborou com músicos e artistas nas indústrias criativas em todo o espectro artístico de Moçambique. Chude inaugurou o auditório ao ar livre do CCFM com sua banda em 1995 e continua a participar em várias produções no CCFM ao longo dos anos, como "Mulher Asfalto" com Lucrécia Paco; “Homenagem a Lídia Mate” com a Banda LIKUTE; "Encontr’Arte" com Cheny Wa Gune e Xixel Langa, entre muitos outros.
Na última década, ela dedicou o seu tempo a promover artistas locais por meio da sua produtora Nkateko Productions, uma empresa de produção, distribuição, publicação e marketing de conteúdo digital de áudio e vídeo para mulheres músicas e artistas de Moçambique, África e da cena musical urbana. Resultou no “Festival Xingomane”, realizado em Gaza para celebrar grupos de dança tradicional e criar experiências de concerto para mostrar talentos locais da região e os “Acoustic Sessions” uma colaboração de produção de gravações audiovisuais com a missão de criar conteúdo para artistas femininas para distribuição nas plataformas digitais e redes sociais que representem de forma realista a musicalidade da artista, mantendo-se fiel à essência do seu talento.
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HONRAS E PRÉMIOS
Grande Prémio - Festival Internacional de Música da Coreia (1980); Prémio Prata - Festival Internacional de Música de Tóquio, Japão (1981); Artista do Ano - Rádio Moçambique (RM), Moçambique (1999); Figura Cultural do Ano - Rádio Moçambique (RM), Moçambique (2016).
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Redes sociais:
https://www.instagram.com/chudemondlane/
https://www.facebook.com/chudemondlane/
https://www.youtube.com/c/ChudeMondlane

CARAS DO FRANCO - Entrevistas com David Bamo // #16 Chude Mondlane

Em 1988, o grande escritor moçambicano Luís Bernardo Honwana escreveu o texto “A nossa cultura é apenas a sua metade”; Nesse texto, Honwana vivencia o paradoxo de aplicar à cultura nacional os instrumentos e conceitos deixados pelo Ocidente. Hoje, nos argumentos daqueles que defendem a restituição do património cultural, a imagem da cultura africana como uma cadeia de processos incompletos ou interrompidos também é repetidamente mencionada.
Neste encontro, o último deste ciclo de cinco debates sobre a restituição, partiremos do pressuposto de que já é oportuno falar de um futuro em que o pensamento e a cultura africanos encontrem um novo contexto de "reparação". Os oradores deste debate irão partilhar com o público uma experiência comum de trabalho em torno da preparação deste futuro, quais são os seus desafios e qual o seu impacto na história das políticas de memória africanas.
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En 1988, le grand écrivain mozambicain Luís Bernardo Honwana a écrit le texte "Notre culture n'est que sa moitié" ; dans ce texte, Honwana expérimente le paradoxe d'appliquer à la culture nationale les instruments et les concepts laissés par l'Occident. Aujourd'hui, dans les arguments de ceux qui défendent la restitution du patrimoine culturel, l'image de la culture africaine comme une chaîne de processus incomplets ou interrompus est également évoquée de manière récurrente.
Dans cette réunion, la dernière de ce cycle de cinq débats sur la restitution, nous supposerons qu'il est déjà opportun de parler d'un avenir dans lequel la pensée et la culture africaines trouvent un nouveau contexte de "réparation". Les intervenants de ce débat partageront avec le public une expérience de travail commune autour de la préparation de ce futur, quels sont ses défis, et quel est son impact sur l'histoire des politiques de mémoire africaines.
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Com/avec: Felwine Sarr, Bénédicte Savoy, Hamady Bocoum et Dércio Tsandzana

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Organização/organisation:
Oficina de História - Moçambique
Mbenga - Artes e Reflexões
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Apoios/soutiens:
Centro Cultural Franco-Moçambicano
Centro Cultural Moçambicano-Alemão
Goethe Institut Kenya
Africa No Filter
Campanha Raise up! Mozambique (GoFund)
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Agradecimento especial/remerciments:
Karl Kugel, pela amável cedência de direitos das imagens fotográficas utilizadas para a comunicação do evento.
Karl Kugel, pour l'aimable cession des droits sur les images photographiques utilisées pour la communication de l'événement.

Debate #5: O Museu das Civilizações Negras: políticas da memória africana

Quer seja política, económica, sanitária ou ambiental, uma crise representa sempre uma ruptura à qual um sistema deve adaptar-se e reinventar-se para alcançar de novo a estabilidade. A este respeito, momentos de crise também representam oportunidades para compreender os sistemas que nos rodeiam, para se reinventarem e reconstruírem em conjunto melhores futuros.
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La Nuit des Idées (A Noite das Ideias) é uma iniciativa do Instituto Francês em Paris, organizada pela Embaixada da França em Moçambique e Eswatini e pelo Centro Cultural Franco-Moçambicano. O tema em discussão "Reconstruir juntos: O que e como podemos construir juntos?" conta com um painel de convidados do mundo académico e da sociedade civil que virá partilhar conhecimentos e ideias sobre os desafios e condições da reconstrução após as recentes crises que afectaram Moçambique e as perspectivas do povo Moçambicano de se reunir em torno destas dinâmicas de reconstrução.
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Painel 1: União e co-construção: para além das crises
Este painel irá explorar diferentes crises em curso em Moçambique e analisar os recursos que foram implementados para lhes dar resposta. Utilizando o exemplo da protecção da biodiversidade, a ameaça do terrorismo ou a resposta ao Covid-19, os oradores apresentarão iniciativas e experiências que ajudarão a compreender os mecanismos em funcionamento no processo de reconstrução e os factores-chave para reforçar a resiliência de um sistema.
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Painel 2: Desafio dos / aos jovens para a co-construção de um mundo mais humano
Se a juventude é o futuro do país, é apropriado interessar-se pelo lugar ocupado pelos jovens nos processos de reconstrução da sociedade Moçambicana. Neste painel, veremos como os jovens Moçambicanos se estão a organizar para participar neste processo, como podem ser um vector de inovação e quais são os espaços de expressão e os meios de comunicação para a divulgação das suas ideias. Como podemos reinventar as formas de compromisso para uma maior participação dos jovens?
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MC / moderadora: Eva Trindade
Introdução e conclusão: Severino Ngoenha

Noite das Ideias - Reconstruir juntos

Com o apoio da Embaixada do Reino da Bélgica e da Wallonie-Bruxelles-International

Moderador : Laurent Perez-Vidal, Conselheiro de Cooperação e Acção Cultural na Embaixada de França em Moçambique

Conferência de abertura à distância do Prof. Jean-Marie Klinkenberg, membro da Academia Real da Bélgica

*Painel 1: Plurilinguismo no mundo do trabalho: ficção ou realidade?
-Prof. Albino Chavale – Professor na UPM, representante da AUF
-Sra. Maria Elisa Chim – Actor na área cultural
-Dra. Carol Nhavoto – Cardiologista no ICOR
-Sra. Maria de Lourdes Da Costa – Tradutora

*Painel 2: O francês nas Organizações Internacionais
-Sra. Narjess Saïdane – Representante permanente do PNUD
-Sra. Bérengère Boell – Representante do FNUAP
-Sr. Pierre Lucas – Director Adjunto do PAM (WFP)
-Sr. Paul Gomis – Director da UNESCO

Francofonia 2022 - Debate: O Francês no ambiente profissional

Inaugurado em 1995, o CCFM é um centro cultural binacional sob gestão da dupla tutela do Ministério da Cultura e Turismo de Moçambique e da Embaixada de França em Moçambique. Tem como principal vocação a promoção e a valorização da cultura moçambicana contemporânea e a difusão das culturas francófonas e da língua francesa em Moçambique.

CCFM

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