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candomble

"Em todas as escolas, as crianças aprendem mitologia grega com grande interesse por seus personagens e peripécias, mas sempre numa perspectiva distanciada e simbólica. Na verdade, no século XXI, ninguém consulta oráculos ou faz preces e oferendas para Zeus, Apolo ou Vênus. No entanto, no Brasil, boa parte da população pratica a fé nos orixás de maneira literal e cotidiana. E o que é ainda mais incrível: celebra-se cada orixá com um canto, uma dança, com toque te tambores. E nas cerimônias, entidades correlatas aos orixás encorporam-se em médiuns e prestam consultas e aconselhamentos. 
O álbum Xirê Reverb não afirma convicção religiosa, não é ritualístico. Mas é uma celebração respeitosa e criteriosa de um saber fundamentado na profunda relação do homem com a natureza." - Guga Stroeter

Guga Stroeter & Orquestra HB - Xirê Reverb: Canta Aloísio Menezes

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Guga Stroeter

Minhas músicas

Xire

Candomblé

xire reverb

Roda De Xango

Mulher da Costa
(Eduardo Brechó)

Vem do Gana, não se engana
Diverge de Verger
Do meu sotaque de araque
Dos almanaques, pra que?

Por que, mulher da costa? 
Que é que não gostas por lá?

Falei sério: império Ashanti
Elefante e Baobá...

Todo o meu papo maçante  
Nada que adiante contar

Por que, mulher da costa? 
Que é que não gostas por lá?

E a mulher da costa abriu uma coca-cola, exibiu um sorriso de ironia e disse:

Pra fábrica categórica
Folclórica, geométrica
Eurocêntrica e retórica
África é periférica 

A África é só teórica
Quem pratica a África?
A África é só teórica
Onde fica a África?

Pré-Histórica, histérica
Colérica e alegórica 
Tétrica, rica e pindérica
A África é fantasmagórica

A África é só teórica
Quem pratica a África?
A África é só teórica
Onde fica a África?

____________________________________________________________

Eduardo Brechó: voz, palmas, guitarra e agogô
Pipo Pegoraro: guitarras, palmas, viola e glockenspeal
Alysson Bruno: conga, bata, sabar, dunum, djembê e xequerê
Lucas Cirillo: gaita
Gil Duarte: trombone
Xênia França: voz
Filipe Gomes: bateria
Gabriel Catanzaro: baixo elétrico
Jairo Pereira: voz
Fernando TRZ - Farfisa

Alafia - Mulher Da Costa

Baixe gratuitamente o single Mais Tarde em:
https://itunes.apple.com/br/artist/alafia/id275361308

Mais Tarde 
(Eduardo Brechó / Lurdez da Luz)

Desde cedo já começa a agitar
Tá na hora de levantar
Pra varrer, espanar
Lavar com lavanda o avarandado
Abrir a janela, arejar
Pano, panela e bandeja
Olhando de banda pra arranjar

Nada nos faltará pra mais tarde

Trago a carne o condimento
Trago um trago, popcorn
Arrebento o orçamento
Mas tá tudo nos conforme
Tá dura traz seu charme 
Não vem só quem eu chamo
Aqui não se discerne
Se vem com quem eu amo é benvindo
Vai ser lindo
Nóis ouvindo George clinton
On and on
Se tá bem como me sinto
All Night Long
Deixa a casa aberta
Não se ouve o din don
Puxa o banco, afasta a estante
Arrasta o sofá
Tempera o frango, abre o espumante
Vou fazer farofa
Vou pedir pra alguém 
Já que limão tem
Ir buscar maracujá
Sabe o que cai bem?
Um bom kool and the gang
E a Kátia Flávia de Irajá

Nada nos faltará pra mais tarde
Nada nos faltará pra mais tarde

Deixa que eu encho teu copo
Deixa à vontade teu corpo
Tua cabeça no topo
Diversos os biotipos
Daqui tão cedo não saio
Li no horóscopo:
Noite boa pra rever 
E também pra conhecer gente

Nada nos faltará pra mais tarde 
Nada nos faltará pra mais tarde

___________________________________________________________

Eduardo Brechó: voz, queixada, palmas, MPC e agogô
Pipo Pegoraro: guitarra, palmas e programação
Alysson Bruno: conga, agogô e timbales
Lucas Cirillo: gaita, palmas e côro
Gil Duarte: trombone
Xênia França: voz e palmas
Filipe Gomes: bateria
Gabriel Catanzaro: baixo elétrico
Klaus Sena: baixo synth
Jairo Pereira: côro
Karla da Silva : côro
Luciana Oliveira: côro e palmas
Rafa Barreto: voz e palmas
Maurício Tagliari: palmas
Fernando TRZ: Mini Moog e piano elétrico

Alafia - Mais Tarde

Em Punga
(Eduardo Brechó/ Lurdez da Luz/ Jairo Pereira/ Raphão Allafin)

Só quem funga no faro
O cheiro raro da hora agá
Que ta em punga
Quem resmunga pra dar o fora 
demora a se adaptar

É preciso num estalo está-lo
Dispara o último cavalo
No páreo passa o ordinário momento do embalo
Punga apunhala o otário
O tempo sem punga escorre no ralo
Arapuca pro cuco
Abala o badalo
O tempo de punga da sempre no horário
Gira ao contrário o ponteiro
E o atrasa lado separa
Um pedaço do seu dinheiro
Pro bolso do Bolsanaro
E o proletário cabreiro
Que corre pra que não encare o cara
Dentro do armário
Não vai dormir no barulho 
Nem engolir salafrário
Se vai valer seu orgulho
Punga te espera no atalho

Só quem funga no faro
O cheiro raro da hora agá
Que ta em punga
Quem resmunga pra dar o fora 
É claro demora a se adaptar

Corre corre um disparo é a lei 
Se soubesse o que eu sei
Nao estaria tão tranquilo assim
É o fim
Na quebrada o que há
Maldade no olhar 
Na guerra não custa ligar 
Xá pra lá
Fala fala Aláfia sem parar pra entrar na caxola e ficar
Não anotou quem conspirou
Quem atirou? Quem vacilou?
Na punjança em punga na militância
Quem define definha sem elegância
Pé de pato conspira a maldade é mato
Se soubesse o que eu sei não tinha perguntado
Eis o fato.
Estado de alerta programado
A poli-position possível ser pacato
Inapto, o desconhecido é assim:
Fala fala do meu nome mas num olha pra mim
To de boa tranquilo em punga lombrado
Na fúria de qualquer espreito abastado
Se soubesse o que eu sei não estaria assim
Reconheça o início e esqueça o fim

Só quem funga no faro
O cheiro raro da hora agá
Que ta em punga
Quem resmunga pra dar o fora 
É claro demora a se adaptar

Raphão:

Ei Brechó, sem B.O. na Z.O. vamo aí
Sem fugi, não durmi e vão me ouvir aqui
Num é paia, nóis vamo sem faia
Se o plano é da rabiola então nóis plana as raia
Allafin Aláfia, a grafia nas ráfia
Nas latitude longitude das quebrada, Máfia
Eu dou play e o Issac Hayes me ouve
Sou Black Moses e pra cortar os males da mente me trouxe
Ouve: penso torto bato asas e vôo
O rap num é aeroporto e me serviu de pouso
Nove porcento dom
Oitenta e nove esforço
E dois porcento de sorte, meu bom
A vida é um esboço

Lurdez:

Molenga só no molejo 
E nem quero tudo que eu vejo
Quero só o que desejo
E punga me leva pra onde eu almejo
Quem mexeu no meu queijo
Nem vem ao caso
Encher linguiça é pior que ser raso
Tudo tem prazo não deixa vencer
Antes de fazer vingar
É a lança certeira das suas léguas,
Ponta da língua, não a mironga
Num esquenta a moringa
Mas se num ta em punga mingua
A hora ginga, ce ta na pinga
Enquanto ce xinga ou ta de delonga
Limpando merda
Pegando em bomba
Mas na agá, punga te gonga
Vem com a gente nesse tum-tum-jacatunga
Aqui só tem real nada de songa-monga
Aláfia Máfia é assim sem lenga lenga
Em punga feito Zumbi e Ganga Zumba
Beat bate pesado pique El Kabong
No bang não bangue e é sem bang-bang
Aqui é na bolinha, fio, é ping-pong
É banca é bando é banda mas também é gang

________________________________________________________ 

Eduardo Brechó: voz e MPC 
Jairo Pereira: voz
Raphão Allafin: voz
Lurdez da Luz: voz
Pipo Pegoraro: guitarra e programação
Alysson Bruno: rum, rumpi, lé e agogô
Lucas Cirillo: gaita
Gil Duarte: trombone
Xênia França: voz
Filipe Gomes: bateria
Gabriel Catanzaro: baixo

Alafia - Em Punga

Chicabum
(Jairo Pereira)

Tudo começa com beijo 
Bocada boa na nuca 
Maluca domina a luta
Perfume louco que aguça
Ta ta ta quente aqui
Onde ta ta minha mão?
Quem começou foi você
Vamo de novo então
E ela se faz de boba 
Vem me domina o desejo
Dança danada no queijo
Mexe que mexe que eu mexo
Chupa chupão pra manchar
Maldade boa que dá
De lingerie leva a sério 
A arte de provocar

Boom! Boom!
É disso que eu tô falando
Boom! Boom!
Vem aqui com seu malandro
Boom! Boom!
Eu gosto de fazer 
Boom! Boom!
Tudo aquilo preta que te dá prazer

Na pele tem o que sou 
Sua boca me enfeitiçou
Lambe meu beiço molhado
Borrando com seu baton
Que louca vontade é essa?
Agora eu tô na segunda
Da quarta pulo pra sexta
Domingo quero mais uma
Quebra de braço deitada
Dentada louca aflita
Delícia que me excita
Como é gostoso esse clima
Champange, banho de espuma
Debaixo dágua te vejo
Te sinto e sinto o lampejo
Semeia os meus pensamentos
Sequer eu penso em parar
Parado eu puxo mais ar
E quanto mais eu te vejo
Fi-fi-fico sem ar

Boom! Boom!
É disso que eu tô falando
Boom! Boom!
Vem aqui com seu malandro
Boom! Boom!
Eu gosto de fazer 
Boom! Boom!
Tudo aquilo preta que te dá prazer

Me diz agora onde estou
Se meu coração parou
Ele voltou pra te pegar
Ma-ma-mas que coisa é essa?
Preta posso te esperar
Tudo bem: sei que posso viver assim
Contanto que você faça olhando pra mim
Não importa o que fizer mas hoje quero te olhar
Movimentos circulares te fazendo rebolar
Tudo bem: sei que posso não ser forte então.
Mas posso e esforçar nessa missão.

______________________________________________________

Eduardo Brechó: Côro e agogô
Pipo Pegoraro: guitarra e synth 
Alysson Bruno: dunum, sabar, conga, agogô e timbales
Lucas Cirillo: gaita
Jairo Pereira: voz
Gil Duarte: trombone
Xênia França: voz
Filipe Gomes: bateria
Gabriel Catanzaro: baixo

7. Ijexá -Oxum

Guga Stroeter II