Kuan Yin | A Bodhisattva da Compaixão s2

Overture

3 Saudação a Omolú

Contemplação da Beleza

Get down with the "Bionic Boogie" 🤖💃

This irresistible electrofunk offering fuses futuristic synth melodies, pulsating rhythms, and funk-infused grooves to create a dance floor-igniting sonic experience.

The track bursts open with a burst of cybernetic energy, as serrated basslines and glitched-out percussion lay down a foundation of infectious momentum. Retro-futuristic synth stabs and modulated vocal samples then weave a tapestry of funk-tinged refrains.

As the "Bionic Boogie" unfolds, the interplay of man and machine intensifies, with the human and the synthetic elements intertwining in a hypnotic synergy. Shimmering arpeggios and hyper-kinetic drum patterns propel the listener into a state of euphoric dance trance.

Surrender to the synthetic soul and robotic rhythms of the "Bionic Boogie". This electrofunk odyssey melds the organic and the electronic, creating a sound that is both futuristic and timeless, both cerebral and visceral.

Immerse yourself in the cybernetic confluence of "Bionic Boogie" - a track that bridges the gap between the dance floor and the transhuman frontier.

#electrofunk #electronicfunk #electro #newrelease #dancemusic #funkmusic #cyberpunk #transhumanism #futuremusic

Bionic Boogie

(Música e letra : Ernani Fornari) Bateria, baixo e violões : Hari Fornari / Voz e percussão: Ernani Fornari.
Gravação e mixagem: Hari Fornari

Liberdade

Faixa 05 do segundo CD solo da cantora: Manto dos Sonhos

Na Janela Do Dia

LETRA EM DÉCIMA: NUMA CIRO
MÚSICA: SOCORRO LIRA 

1
Pra cantar desafio estou contigo
Oh poeta que temo e admiro
Estatura não tenho mais prefiro
Ser o anjo que afasta o inimigo
A morada do amor é meu abrigo
O desejo da rima é combinar
O sentido do mote está no ar
Quem pegar na palavra diz o seu
Quem pensar que eu não canto escute o meu
É com ele que vou me apresentar

2
Sou o vôo do desejo no horizonte
Sou o riso da criança desejada
Sou Lisboa, em Pessoa, visitada
A verdade beijou a minha fronte
Sou a Dolce Vita de uma fonte
Sou a taça nas mãos do vencedor
Sou o peito que acolhe o perdedor
Sou a brisa da sorte na desdita
Sou a crença daquele que acredita
No projeto de paz de um sonhador

3
Sou a voz que atravessa a escuridão
Origamis de acenos em louvor
Sou calunga de louça e negra cor
A conversa que esquenta o coração
Sou boneca de pano de algodão
Imitou-me a rainha de Sabá
Do sermão eu soletro o bê-á-bá
Pelos meus belos olhos um império
Conquistou os recintos do mistério
Sem meu canto esse mundo o que será

4
Sou o susto da paixão inesperada
Sou o beijo na bela adormecida
A valsa de Strauss em nossa vida
Quando o frevo revela a mascarada
Com a varinha de condão sou essa fada
Sou a mão que recebe o visitante
Sou a casa que acolhe o habitante
E a certeza do pão de cada dia
Eu não posso viver sem harmonia
Sou Chiquinha   Gonzaga   e Almirante

5
Sou-o-chi-ne-lo-ve-lho-pro-can-sa-ço
A pausa no mundo que tem pressa
O carrinho na escada de Odessa
E a silhueta do velho Encouraçado
Sou a água que chove no roçado
E o sol que desponta na Sibéria
Utopia que acaba com a miséria
Sou a noiva no altar do casamento
Sou a dor que caiu no esquecimento
E o remédio que mata bactéria.

6
Sou o dom de ler a mão de uma cigana
De Beethoven  a nona sinfonia
Sou a noite que separa o dia-a-dia
E o domingo entre os dias da semana
Sou o fogo que alimenta a velha chama
A natureza duradoura do amor
A violeta do olhar de Liz Teilor
Sou o fio que desmancha o labirinto
Eu só falo o que penso e o que sinto
Sou a boca carnuda de Bardot

7
Madalena confessou foi meu pecado
Carla Perez roubou a minha bunda
Dos meus sonhos a beleza é oriunda
A história nasceu do meu passado
Meu destino pelo verso foi traçado
Sou o sopro de Deus na criação
Sou o Bumba-meu-boi do Maranhão
No cordel sou a rima das sextilhas
Sou Alice no País das Maravilhas
E as sete cataratas do sertão

8
Sou na festa de Babete o apetite
Sou a bola na cesta do basquete
Sou as coxas perfeitas da vedete
E a forma do belo em Afrodite
Sou a cor da cabrocha de azeviche
Sou o raio de Iansã da Conceição
Vaidade aberta em leque do pavão
Sou as águas de março em abril
E a mistura de raças do Brasil
Sou a força dos cabelos de Sansão

9
Só se fala atualmente em internete
Endereço eletrônico  navegar
Comunica quem aprende a sitiar
Uma bomba que não mata  mas impede
A conversa cara a cara sem confete
Pois eu acho esse papo muito sério
Manuscrito já perdeu o seu império
Sobre isso escrevi sem nostalgia
Pra não ter o atraso de um dia
Eu mandei-o para Bráulio por e-méio

10
Aprendi com minha avó, desde menina,
A fazer da cantoria vocação
Assistindo  Retalhos do Sertão
Na rádio Borborema de Campina
Zé Limeira confirmou a minha sina
James Joyce com Homero foi casado
Guimarães Flor Lispector encantado
Eu não posso viver sem escritura
Se transforma em criador a criatura
Quando eu canto martelo agalopado

DÉCIMAS - SOCORRO LIRA e NUMA CIRO

Marcelo Bernandes - flute, sax, clarinet, drum
Irineu Barse - guitar

Omolu, Omolu
You were here when the world was young

Rei Exu open the way
For Omolu to come through
Rei Exu opens the way
For Omolu to heal you

Steen Mountains, Oregon 2010

mp3 LUMIAR MASTERS

10 Omolu

Filho de Xangô

A chuva que caia, 
de sandália na mão eu vou, 
sou filho de Xangô.

Lá na favela onde mora, 
de madrugada ele acorda, 
trovoada desce do céu e morre no mar.

O lamento da alma,
na onda que cala,
engole a mágoa, filho de Xangô.

Pelo caminho profundo, 
nesse país desigual,
caminha no escuro do mundo,
num imenso abismo tropical.

Ê filho de Xangô.

Fevereiro tem carnaval,
quarta-feira de cinzas para filho de Xangô.
Ogum, Oxum, Iemanjá chama Xangô!

Na lapinha de Baden,
um luxuoso avião,
vê o guerreiro que arde,
a fome da nação.

Sob os olhos de Ogum,
agoniza o Guaicurú,
outro irmão que a corda enforco,
era filho de Xangô.

________________________________________________________________

Ficha Técnica

Música: Filho de Xangô
Composição: Erick Barem e Danilo Nuha
Produção Musical: Sarravulho 
Engenheiro de gravação e mixagem: Anderson Rocha 
Masterização: Anderson Rocha (Estúdio 45) 
Arte: Franciele Comparin 
Fotografia: Fernando Antunes 
Direção de arte: Erick Barem 
Gravado, mixado e masterizado no Estúdio 45 em Campo Grande-MS (nov 2011 - mai 2012) 
Estúdio 45: +55 67 9933 9354

Músicos

Voz e violão: Erick Barem 
Bateria, percussão e programações: Chico Simão 
Contrabaixo: Bruno Moser 
Guitarra: Leandro Perez
Guitarra: Anderson Rocha

Todos os direitos reservados © Sarravulho. 
Proibida comercialização deste material sem autorização do compositor.

3 Saudação a Omolú

Guga Stroeter

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