Helton Moura/ Olívia Fancello 



Para todos os nós 
	

E quando eu pensei em teus braços chorar e dizer que é o fim
Ouvi dos olhos teus como acalentar o meu pranto maior sem deixar 
Que a dor tomasse conta de mim e a lágrima intercalaria o olhar 
Caindo dos meus dedos em vão... 
Sem saber o porquê de chorar.  


SEI QUE A DISTANCIA O COMPROMISSO OFUSCOU 
FELICIDADE COISA BREVE
NUM DESCOMPASSO, ESPAÇO E TEMPO EM QUE VOU 
PRA SOLIDÃO DE UM BEIJO LEVE

JÁ NÃO QUERO TENTAR 
ENCAIXAR UM JEITO UM BEIJO UM OLHAR
PARA TE DAR UM POUCO MAIS DE RESPEITO
EU QUERO É MAIS NOUTROS BRAÇOS 
ME ENVOLVER NOS DESEJOS DO AMOR

SEM VOO LIVRE O CANSADO POUSOU 
ENTRE QUATRO PAREDES 
NUM AMBIENTE PERMISSIVO
ENTRE A VISÃO E O INVISÍVEL 
TRANSPARENTE E COLORIDO SEM COR  

JÁ NÃO QUERO ENQUADRA 
OUTROS NÓS REFLETIR, ESPELHAR
EU QUERO MAIS REPARTIR 
REJUNTAR, REDIGIR E ENTÃO DILUIR 
NOUTROS BRAÇOS 
ME ENVOLVER NOS DESEJOS DO AMOR  

NUM QUARTO HIBRIDO O INDIVIDUO PENSOU
SOFISTICADO E TERRENO
DO PRECIPÍCIO UM SUBMISSO
COM RAZÃO E INDECISO
UM CORAÇÃO DO COMPRIMIDO SALTOU 



Para todos os nós

Versão lo-fi para música Andarilho do LP Estrada, Zeto e Bia Marinho - 1989
Poesia e música: José Antônio do Nascimento (ZETO)
Interprete: Helton Moura
Foto: Camila Nascimento 
Demo gravada por Ambulante Nacional, Arcoverde - 2006  


ANDARILHO 

Vou cantar com total atrevimento
Imitar os ciganos andarilhos
Percorrer os caminhos dos trocadilhos
Vendo louro inventar um novo invento
Misturar poesia e andamento
Construir uma estradeira
Ter um sonho normal numa esteira
Numa noite no lindo Moxotó
Caminhar nas estrelas vendo o pó
Das passadas da glosa derradeira

Imitar o pavão com suas cores
Vou vestir colorido em minha vida
Tratarei como sábio esta ferida
P’ra lembrar a loucura dos amores
Pois os loucos os grandes sabedores
Dão ao lúcido a loucura do real
Pra mostrar que o bem intencional
Faz morada em lugar bem diferente
Qualquer cor, qualquer dor é sempre gente
Sugerindo a paixão o seu aval

A tarefa é não ter nenhum caminho
P’ra encontrar o caminho do não ter
Ser irmão do bonito amanhecer
Ser agulha seguindo o seu alinho
Encontrar multidões quando sozinho
Colocar tom menor no violão
Ser maior entoando uma canção
Perceber quanto tempo falta ainda
Colocar no cabelo a fita linda
Como fosse uma estrofe de canção. 
 

Andarilho (DEMO)

Está no ar o single SINGELA, que faz parte do projeto Círculo. Ouça e compartilhe entre os amigos. 

Ficha técnica: 

Helton Moura: Voz, Violões Aço e Vocais
Alex Guterres: Ukulele (com cordas de aço e slide)   
Emanuel Epaminondas: Baixo 
Vertin Moura: Guitarras 
Antônio Carlos Neto: teclados 
Programação de bateria: Helton Moura e Danilo Gonçalves

Mixado por Danilo Gonçalves 
Produzido por Helton Moura

Letra e música Helton Moura

Abril de 2015

Singela - Helton Moura

Está no ar Canção, segundo single do projeto Círculo. Ouça e compartilhe entre os amigos.

Ficha técnica:

Helton Moura: Voz, Violões Aço, Nylon, 12 cordas, guitarra e Vocais
Alex Guterres: Ukulele (com cordas de aço e slide) 
Emanuel Epaminondas: Baixo 
Antônio Carlos Neto: Escaleta 

Foto: Camila Nascimento 

Mixado por Danilo Gonçalves 
Produzido por Helton Moura

Letra e música Helton Moura

Agosto 2016

Canção - Helton Moura

Primeira versão da música Coeviacá (HELTON MOURA E O CAMBAIO / Maquete Sonora) 
Gravada por Ambulante Nacional
Olinda/PE  
Setembro de 2007 

Capa: Arte sobre foto de Felipe Ferreira.  

Preces ao Coeviacá

Ficha técnica:
Letra: Poesia de Ângelo Bueno
Música: Helton Moura
Helton: Voz e violões 
Alberone: Voz, rabeca, percussões e adereços  
Ângelo Bueno: Voz retirada do CD Babau em outros 500 
Gravado, editado e mixado Por Dan Sharp
Imagem: Arte sobre foto de Roberta Guimarães (Reisado das Caraíbas)  
Arcoverde - 2004 

Bandeira de São Sebastião

CÍRCULO (Helton Moura / Olivia Fancello)
Helton Moura: voz, violão nylon, violão aço, violão de 12 e vocais
Juana Leal de Moura: voz
Dado Nascimento de Moura: voz
Emanuel Epaminondas: baixo
Antonio Carlos Neto: escaleta
Coro: Dado, Juana, Maíra, Danilo, Vertin, Camila e Helton
Danilo Gonçalves: captação, edição e mixagem
Produzido por Helton Moura

CÍRCULO

SINGELA (Helton Moura)
Helton Moura: voz, violões Aço e vocais
Alex Guterres: ukulele (com cordas de aço e slide) 
Emanuel Epaminondas: baixo 
Vertin: guitarras 
Antonio Carlos Neto: teclados 
Programação de bateria: Helton Moura e Danilo Gonçalves
Danilo Gonçalves: captação, edição e mixagem
Produzido por Helton Moura

SINGELA

Pra Juju (Helton Moura)
Helton Moura: voz, vilão nylon e vocais
Vertin Moura: violões de 12 cordas
Danilo Gonçalves: captação, edição e mixagem
Produzido por Helton Moura

Pra Juju

CANÇÃO (Helton Moura)
Helton Moura: voz, violões Aço, Nylon, 12 cordas, guitarra e Vocais
Alex Guterres: ukulele (com cordas de aço e slide) 
Emanuel Epaminondas: baixo 
Antônio Carlos Neto: escaleta
Danilo Gonçalves: captação, edição e mixagem 
Produzido por Helton Moura

CANÇÃO

Helton Moura: vozes e guitarra, invertidas  
Danilo Gonçalves: captação, edição e mixagem
Produzido por Helton Moura

OGISNOC OÃN UE EUQ A

Helton Moura é um cantautor autêntico. Nascido no sertão pernambucano há 35 anos, seu percurso já é tão extenso quanto vastos são seus campos de atividades dentro da arte. Sempre transpassado pelos cenários e movimentos artísticos desta e de outras épocas, Helton traz a essência trovadoresca que redimensiona sua poesia lírica, seu protesto, seu gesto sonoro e o faz acima de qualquer coisa um performer. Arcoverdense, radicado no Recife há 10 anos, permaneceu atento ao despertar dos holofotes da mídia para sua cidade-natal, mas não se pautou somente pelas influências locais. Helton é um agregador de mentalidades, sua música uma errante. Seu estilo é ser capaz de sentir-se confortável em ritmos inúmeros. Não se trata de definir. A melodia soletra o poema confessional que ele compõe, ela também é fala. Helton é um autor à moda antiga; o que o inspira é somente a sua verdade. E ela é intensa.

HELTON MOURA

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