Não dá para entender como isso tudo é para você

Perdido na fumaça carbonizando desgraça
Não há riqueza no mundo que os contente
Que lhe faça gente igual a gente
E não lhe deixe doente
Em sua hipocrisia decorrente

Não dá para entender como isso tudo é para você

Alucinado sendo ameaçado
Pelo seu medo de ser julgado
E por aquilo que é atormentado
E pelo erro que lhe foi dado
E pelo medo de ser condenado

Não dá para entender como isso tudo é para você

"aceitar o que você não é aceitar a sua condição. filhos da nação que se preocupam aonde sua pátria vai passar a noite, se está frio, se ela levou o casaco, se tem dinheiro pra voltar. com quem ela anda ou vai andar. é triste quando um filho não sabe para onde a sua mãe está indo. mas a revolta de vários irmãos faz com que tudo se mova para um novo norte. mas não se deve apenas contar com a sorte. deve-se apenas contar com cada um que aceita a missão."

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1- InabituaL  - D'crítica

Meu Povo vive é de sacrifícios
Rosto suado e mãos calejadas
Aguento pela vida, morro pra ter a paz
Aonde está o meu valor (e não importa a sua cor)
Meu caminho já foi traçado
O destino sempre existiu
Cegas às pessoas! Surdas essas outras
O que é meu vai acabar

Respire... Para continuar
Pense e faça!
Torne a Historia menos triste e o futuro mais tranquilo
Respire... Para continuar
Pense e faça!
Torne a Historia menos triste e o futuro mais tranquilo

Meu Povo vive é de sacrifícios
Rosto suado em mãos calejadas
Aguento pela vida, morro pra ter a paz.
Aonde está o meu valor
Meu caminho já foi traçado
O destino sempre existiu
Cegas às pessoas! Surdas essas outra
O que é meu vai acabar

Respire... Para continuar
Pense e faça!
Torne a Historia menos triste e o futuro mais tranquilo
Respire... Para continuar
Pense e faça!
Torne a Historia menos triste e o futuro mais tranquilo

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2- InabituaL - Termine

Construa, destrua, encurte a sua maneira de pensar
Raciocínio lento não critique muito e veja aonde vamos parar
Alegria de um povo que sua história querem apagar
Colonizando a sua cultura e seu jeito de raciocinar

Aprendizado embalado vendido e exportado
Pra alguém que não importa se é certo ou errado
Se perdendo em intrigas e baixarias
Nos revelam uma existência mal vivida

Legislaram tudo de novo
Roubaram o que era meu
E você realmente não se importa
Com sofrimento que viveu

Nos prendendo na evolução e vivendo em escravidão
Exibida pela TV e sua programação
E não sabendo o que fazer da vida
Com suas metas e idéias esquecidas

Poder para o povo que de novo quer lutar
E seus planos querem realizar
Mesmo sendo massacrado e oprimido
Nunca deixa ser corrompido

Legislaram tudo de novo
Roubaram o que era meu
E você realmente não se importa
Com sofrimento que viveu

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3- InabituaL - Legislado

O som que vem do silencio e ecoa em um mundo tão frio
Mensagens são empregadas como nosso maior desafio

Pessoas morrendo com sangue nas mãos
Carrascos governam e cospem no chão 
E dizem que só existe uma solução
Nascer, viver, morrer, na alienação.

Sórdidas intenções (x4)

Humanos se tratando mal morrendo em fila de hospital o descaso pela educação
È uma atitude fatal arquitetos de uma escravidão
Enterram  em nosso coração a esperança da nação 
Verborragia atualizada verdade desgarrada 
Nessas sórdidas intenções que não valem nada.

Sórdidas Intenções (x4)

Vejo propagandas matando a inocência das crianças
Assim perdemos a nossa infância em troca da tolerância
Pela ganância que atinge a nossa ignorância. (2x)

Sórdidas Intenções

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4- InabituaL - Sórdidas Intenções

Ajude-me por favor
A sair deste pesadelo
Estou começando a me desesperar, o que acontece no mundo eu não sei explicar
A noite eu ouço tiros
Será que isso não vai acabar?
Ou vou fingir que esta tudo bem para não crer no que está acontecendo lá?

Quanta dor para esse povo
Que já cansaram de sofrer
Só querem a sua ajuda e sua mão você vai ter que estender
Pare com isso
Nossas mãos foram feitas pra ajudar
Você deveria pisar em suas minas, vamos ver se irá gostar.

Mundo dividido por ódio cultural
O que você mais deseja é o que causa a sua destruição
Mísseis de 400 milhões, que poderiam estar caindo em seu quintal
Quando encosto a minha cabeça na travesseiro
Ouço apenas soluços e lágrimas
Não foi por causa do seu desenvolvimento
Mas sim por causa de sua estupidez trágica.

Quanta dor para esse povo
Eles já cansaram de sofrer
Só querem a sua ajuda e sua mão você vai ter que estender
Pare com isso
Nossas mãos foram feitas pra ajudar
Você deveria pisar em suas minas, vamos ver se irá gostar.

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5- InabituaL  - Faixa nove

Eu grito para o meu país que vive  em corrupção 
Em sua maneira mais burra de reprodução
Quem ao sabe escolher quem governara com o coração 
Em um mundo perdido pela destruição 
Onde a  manipulação vem em forma televisionada corroendo mentes alienadas
Que em troca de suas idiotices são martirizadas.

Fome e miséria, essa é a nossa divida externa  
Criamos um mundo de mentira e epopeia
Fome e miseria, essa é a nossa divida interna
Criamos um país de falsas terras.

Eu choro para o meu país que não é mais nação 
Em sua discórdia discutem atitudes em vão
Sua educação deixada ao chão desregula o desenvolvimento padrão 
Isso nos leva a recordar do sertão e de toda a sua indignação
Por só serem respeitados em época de eleição.

Fome e miséria, essa é a nossa divida externa  
Criamos um mundo de mentira e epopeia
Fome e miseria, essa é a nossa divida interna
Criamos um país de falsas terras.

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6- InabituaL - Discórdia

Enquanto a multidão corre pro abate
Procurando o que não os preenche 
Cegos tentando caminhar sozinhos corações frios e cabeças quentes 
Acabam com a vida em alguns instantes 
Destruindo o que foi difícil ser criado 
O seu egocentrismo não pode ser contrariado.

Agora o que sobrou? Apenas ódio restou 
O que você plantou perdido na multidão ficou
Eu sei que você errou eu sei que você fugiu
Eu sei que você chorou eu sei que se oprimiu.

Pare e pense se realmente vai valer a pena
Como se você pode fazer a diferença se sua alma ainda é pequena?
Como de ante de todas as diferenças você consegue ser tão indiferente? 
Quantas migalhas de pão teremos que pegar para essa fome termos de cessar?

Pare e pense, quais são as respostas? 
Para o seu teorema?

Agora o que sobrou? Apenas ódio restou 
O que você plantou perdido na multidão ficou
Eu sei que você errou eu sei que você fugiu
Eu sei que você chorou eu sei que se oprimiu

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7-InabituaL - Em massa

INABITUAL. Dezembro de 2004. Volta Redonda - RJ. Nascida sob os braços da enfumaçada “Cidade do Aço”, filha do sofrimento comum da privatização, a banda surge com o propósito de produzir arte na cidade da metalurgia. Assim como os arigós pretendiam fazer de Volta Redonda seu eldorado, estes quatro filhos de arigós sonham em fazer da música seu eldorado comum. “Levante, lute, mude, critique!"

A banda assume que todos os estilos musicais servem de combustível para inspiração e possibilidades diversas de composição. Em repertório autoral, tratando de assuntos como política, religião, desigualdade social e acontecimentos do cotidiano, alerta contra a passividade do indivíduo que, reduzido à condição de mero consumidor, por vezes, permanece indiferente ao que acontece à sua volta (“Em Massa” e “Legislado”).
A dor de conviver com as incertezas impostas pela atual condição do sistema capitalista (“Termine”) e a triste situação da educação jogada ao chão (“Discórdia”) representam no repertório o grito de uma população cansada de habitar no país das (“Sórdidas Intenções”).

EP “HOMEM COLETIVO” / Acreditando na revolução que a informação pode trazer através da música, a banda atualmente investe na finalização de seu primeiro EP – “HOMEM COLETIVO” – que é resultado de um trabalho em parceria com artistas de outros seguimentos, como design gráfico, fotografia e produção de vídeo. O EP apresenta 7 faixas, incluindo as cinco citadas anteriormente. Assim nasce o Coletivo “INABITUAL PRODUÇÕES”.


InabituaL

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