eu quero te manter nesse lugar bonito que é o mundo

às vezes eu me esqueço que moro numa peninsula (ou numa ilha), e sempre chego no mar

kareoke da desgraça de si mesmo

daqui pra frente todo mundo vai mudar

transporte

atente-se

#1 DigMelody - ícaro pras arvores

meu acido ta diminuindo

Tu é forte
e sabe o que faz
tua sorte
é querer bem mais

pois é, bebê
quero te ver na vida-a
quero te ver trampando-o
quero te ver no topo-o
pois, é minha preta-a

não se assuste
se eu desejar
que tu seja
a joia mais rara
do sorriso mais lindo
com a voz que acalma
todas as noites

verse 2

tu é forte
e sabe o que faz
tua sorte 
é querer bem mais
 
quero te ver na vida
quero te ver amando
quero te ver no topo
voa, minha preta-a

Pra Luiza [demo]

Raio de Sol

Prólogo Ambientado:
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Como um enorme rochedo no meio do oceano, lá estava o corpo.
Os ouvidos já não escutavam mais os ruídos sórdidos da cidade escura.
Paredes brancas observam.
Caído o corpo, imóvel no chão de uma sala que abriga pesadelos em suas paredes esbranquiçadas.
Um corpo insólito diante do tiquetaquear divinal do relógio, que parece até, diminuir o ritmo dos ponteiros a cada novo minuto.
À cada novo minuto as paredes lançam um novo olhar para o corpo estirado. 
As suas mãos imóveis servem de leito lobulado do silêncio.

Todo o peso das paredes e o teto aplica-se diretamente para o corpo.
Retorce-lhe.

Apenas o silêncio ocupa as memórias.
Algo novo acontece.
Uma memória (ou mais um breve silêncio?)
Os sons de uma noite abafada, sem luzes na rua.

O som se torna uma música.
Algo intimamente familiar;
Talvez;
não?
Uma música?

Aos poucos o som novo ganha forma, ritmo.
Uma música sim, que navega entre os corredores e chega até a sala, onde, o corpo estático, permanece.

As paredes fazem com que o corpo se comprima contra o chão.
Retorce.

O corpo que antes condenava o movimento
faz um esforço sobre-humano, tenta se esquivar do afeto do solo.
Notável;
mas não é o suficiente.

A música aumenta.


Inquieta perturba as memórias do pobre corpo.
A música aumenta.

Se deixa levar pelo som familiar ritmado pelos ponteiros do seu inimigo que se projeta acima dele.
A música ritmada é frustante
e confortante ao mesmo tempo.

Agora o tiquetaquear do seu-tempo atiça as memórias.


- Tique -

A música acaba repentinamente.
Deixando clara a fluidez com que ela se desenvolvia, tão natural.

A maré desce;
Uma sombra atravessa o relógio.

Se inclina para o corpo e sussurra algo.

O corpo ri e desaba-lhe a cabeça,
que é aparada com apreço pelo solo.


Transfiguração dos Pirilampos dos 80's

Irvyn Ricardo

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