Se eu acabasse morrendo tentando explicar o que eu sinto da vida eu diria: valeu sim. Diria que só precisei de um dia e tudo se fez entender como a falta de ar. Que o sol me abraçou muito cedo e meu corpo tremeu feito um raio de luz que supera a manhã. Acordei muito louco, gritando: acode pra ver. Corre, vem ver. Mas era o dia e só era o dia e ninguém viu, ninguém entendeu. Amarelei, quase caí, fiquei sem o chão e o sangue me veio nos olhos já quase fervendo. E lá, em outro lugar, eu sonhava que se eu escapasse de não pertencer ao que a vida me quis, se eu não acabasse fechado numa sala, sorrindo e feliz, levaria meus dias cantando: acorde pra ver. Corre, vem ver. 


de juliano gauche

produzido por tatá aeroplano e junior boca

voz-juliano gauche
violão-juliano gauche
guitarra-junior boca
baixo-meno del picchia
cello-peri pane
teclados-joão leão
bateria-gustavo souza

gravado no estúdio submarino fantástico por
otávio carvalho(ota) e ingo andré

mixado e masterizado no estúdio el rocha por
fernando sanches

www.julianogauche.com