Joca

Álbum: Domingueiro

Qualquer Uma
(Rodrigo Bauer / Joca Martins)

Pode tocar qualquer uma desde que traga bem viva
A velha chama nativa que em minha estrada inda ruma
Que em cada nota resuma esse destino altaneiro
Se for assim meu parceiro pode tocar qualquer uma

Eu não escolho nenhuma, milonga, xote ou vaneira
Sendo gaúcha e campeira pode tocar qualquer uma

A minha alma se apruma quando a guitarra ponteia
O coração incendeia e a mágoa se desarruma
Eu não escolho nenhuma milonga, xote ou vaneira
Sendo gaúcha e campeira pode tocar qualquer uma

Qualquer uma que me faça sentir aquela fragrância
Da madruga da estância, olor de campo e fumaça
Que nela meio por graça a nossa querência taita
Na voz antiga da gaita cante os encantos da raça

Mate bem gordo de espuma na madrugada de inverno
E um pai-de-fogo no cerno vai fumaceando uma bruma
A cabriúva perfuma o meu galpão feito incenso
Eu ligo o rádio e já penso "pode tocar qualquer uma"

Qualquer Uma - Joca Martins

Luiz Marenco - Quando o verso vem pras casas

Jipão Campeiro - Joca Martins

(Rodrigo Bauer / Joca Martins)
Interpretação: Joca Martins, César Oliveira, Cristiano Ferreira, Cristiano Quevedo e Rogério Mello.

Do jeito do Felipão 

Encilha o pingo crioulo, 
alça a tua perna e galopa, 
que a Seleção Brasileira
tá atropelando na Copa.

Um gaúcho no comando,
desse jeito vai ou racha...
É a Seleção Brasileira
que está de bota e bombacha!

Brasil muito mais Gaúcho, 
do jeito do Felipão, 
passa a bola a campo fora,
mais um gol da Seleção!

Brasil 2014: 
vamos mostrar nossa raça...
A gauchada faceira
vai "cevá" um mate na taça!

Na cidade e na campanha,
num estádio ou no galpão,
o Rio Grande “tá” torcendo
pro Brasil ser campeão...

É futebol e vaneira, 
fazendo esse grande show...
O sul, de verde e amarelo,
no mesmo grito de gol!

Do Jeito do Felipão (Joca Martins)

(Gujo Teixeira e Luciano Maia)

Eu ouvi pelo rádio, o anúncio de um baile, na Estrada do Povo 
E encilhei de novo meu pingo franjudo, que eu tinha soltado
me esqueci o compromisso, firmei a espora, num trote chasqueiro
que um pingo estradeiro, conhece o caminho, e onde mora o pecado...

Eu atei o meu mouro, na porta da sala, bem junto a ramada
inda de cola atada, de cincha bem frouxa e os pelego virado
Já ouvi de longe o Maneco na gaita, um violão e um pandeiro
E pra entrar no entreveiro, eu disse ao porteiro que vinha, apressado.

Foi então que o Maneco abriu bem a gaita, e eu abanei o pala
e ele anunciou pra sala que o cantor do baile, chegou atrasado
eu me fui lá pro palco, ajeitando a melena e o chapéu com poeira
e na mesma vaneira, eu abri bem o peito, nuns verso rimado...

Fui cantando o Gildo, o Walther Morais, o Marenco e os "Monarca"
e floreando outras marcas, que a gaita pedia, um pandeiro surrado
ajeitei minha estampa de índio campeiro, de pala no braço
e estendi um vistaço, cuidando a morena na mesa do lado...

Não é fácil paisano, seis horas de baile, na fanta com canha
pra um peão de campanha, que lida com potro e banho de gado
pra ajudar no salário, nos fim de semana "se péga" de artista
e a segunda tá vista, é ressaca, e os cavalo de lombo inchado...

Mal deu fim no fandango, amuntei no meu mouro, ali na ramada
dei de rédea na estrada, e o dia clareando, com um sol desbotado
esse pingo que eu falo, conhece na volta uns atalho bem lindo
e eu fui quase dormindo, lembrando a morena, do baile passado...

- Não é fácil, na volta os olhos vem pequenininho
E o coração deste tamanho...

VANEIRA DO CANTADOR | COMPARSA SUREÑA

A GUERRA QUE NÃO PERDEMOS - JOCA MARTINS
Letra: Rodrigo Bauer
Música: Joca Martins / Negrinho Martins

Que povo canta com garra o hino do seu estado?
E que rebrota mais forte em cada guri pilchado?
Se alguém venceu uma guerra, se vê naquilo que traz,
Nem mesmo ganhar a guerra nos vale mais do que a paz!

A Semana Farroupilha, de novo, acende essa chama...
Nossa Cultura está viva, pois essa gente lhe ama!
A vitória, dia-a-dia, é nossa é nós merecemos;
Por isso comemoramos a guerra que não perdemos!

Quem diz que nós festejamos
Uma guerra que perdemos,
Não vê que, nela, ganhamos
A identidade que temos!

Dez anos peleando juntos de uma história vitoriosa;
Impondo o próprio respeito que garantiu paz honrosa!
O gaúcho ergueu a espada porque o Império o feriu,
A mesma espada que há tempos já defendia o Brasil! 

A juventude gaúcha renova a nossa paixão,
Vai se afastando do vício quem gosta da tradição...
Criamos os nossos filhos do jeito que nós crescemos,
Alicerçando os valores da guerra que não perdemos!

A guerra que não perdemos - Joca Martins

Versos: Marcio Nunes Corrêa
Melodia: Joca Martins
Intérprete: Joca Martins
Arranjo: Luciano Maia
Produção Musical: Luciano Maia
Gaita: Luciano Maia
Baixo: João Marcos Negrinho Martins
Bateria: Gelson Ribeiro
Violões: Luciano Fagundes
Gravação, Mixagem e Masterização: Estúdio Scheer


Declamado:
Quem me vê dentro da pista já sabe a cor da bandeira,
pois depois que peço porta eu nunca faço porqueira.
Levanto a armada de oito que é o meu mapa do Rio Grande
e meto o sovéu nas aspa em qualquer lugar que eu ande!

Nas Campereadas que fui...no Alegrete ou Livramento
gastei o braço em disputa lustrando em guampa o 6 tento.
Foi lá na Santa Maria... que eu me vi quase loco,
e botei um corta rastro num zebu que era só uns toco!

No Rodeio de Osório depois de trinta cerradas,
carquei de volta perdida numa baita pataquada.
Mas foi lá em Gravataí que eu fui parar no jornal,
quando ofereci uma armada pras linda da Capital...

Refrão:
Se largo num sobre-lombo o laço sabe o parador,
que sou o campo a cavalo...por vocação, Laçador.

No Marau e em Passo Fundo botando a corda em charola,
e na Lagoa Vermelha só ouvindo o tilim da argola.
Na gaúcha Soledade que eu ganhei um laço pago 
pra lá no Marciano Brum bailar e tomar uns trago.

O azar anda me costeando igual  varejera em touro...
e tô sempre beliscando o troféu Braço de Ouro.
Quando não salta uma armada, igual foi na Vacaria,
a argola vira ou emperna e estraga a fotografia!...

Refrão

Declamado:
Ainda compro um marcado e vou lá no Crioulaço
depois medir noutro estado, Brasil afora meu braço....
Por Lages e Araranguá...nas duplas lá no Praianos,
laço equipe em Rio Negrinho...e no Fecastchê noutro ano!

Laçador (Joca Martins)

Composição de Gujo Teixeira e Juliano Gomes que integra o Álbum "Folclore&Cantoria", álbum que registra o dueto de Joca Martins e Juliana Spanevello, dois artistas da música regional gaúcha.
Saiba mais em www.folcloreecantoria.com.br

Ficha Técnica:
Pandeiro, Lua Redonda (Chamarra)
Letra: Gujo Teixeira
Música: Juliano Gomes
Arranjo instrumental: Luciano Maia
Arranjo vocal: Cícero Camargo
Violões e Baixo Acústico: João Marcos “Negrinho” Martins
Acordeon e percussão: Luciano Maia
Pandeiro: Rogério Melo



Joca Martins e Juliana Spanevello - CD Folclore & Cantoria - Pandeiro, Lua Redonda

CD Cancioneiro do Rio Grande do Sul - vol. 1

César Oliveira & Rogério Melo - Homem Feio e Sem Coragem, Não Possui Mulher Bonita

O Último Tirão - Kiko Goulart

De Flor e Luna

No Rastro da Gadaria

Letra: Felipe Brasil
Musica: Henrique Abero
Interpretação: Henrique Abero e Julio Froz
Violões: Pedro Terra

Qualquer Uma - Joca Martins

Joca Martins Oficial

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