Caminheiro é música que compus nos tempos de adolescente para o histórico Festival Nacional de Arte Colegial do Colégio Estadual do Paraná de 1968. Inspirada no livro Sidarta de Herman Hess, foi uma das vencedoras ao lado de Há Sol nos Meus Olhos, de Alberto Rafael Tavares.  
Em 1987, inclui Caminheiro entre as músicas do LP Todas as Pessoas, minha primeira gravação.  Todas as Pessoas foi lançado em show no Teatro Guaira, naquele ano, e o texto do audiovisual que apresentou o show em telões no palco do Auditório Ferrante - Pessoas São Músicas, Você Percebeu? -  acabou ganhando vida própria, inspirando, anos depois, o nascimento do projeto Caixinhas de Atitude.

Caminheiro tem arranjo e guitarra de Ricardo Saporski, Denis Belik no baixo, Belmiro na bateria, Teclados de João Roberto de Camargo e percussão de Marcão Tubetes.

Todas As Pessoas

Caminheiro (José Oliva)

Cidade de Pedra é um jingle criado para a Paranatur, empresa do Governo do Estado do Paraná, que patrocinou metader da produção do LP Todas as Pessoas de José Oliva.  O outro patrocinador foi uma loja de confecções brasileira, com lojas no Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul, de nome Paulistana, veiculando seu jingle Prazer de Vestir. Os dois jingles foram criados por José Oliva em dois diferentes momentos.

Cidade de Pedra tem a participação de Reinaldo Godinho no violão e voz, Marinho Brasil nos teclados, Cuco no Baixo, Carlos Freitas na bateria e também no vocal Mara Fontoura, Rosa Lidia, Angela Molteni e José Oliva.

Cidade de Pedra (José Oliva)

Composição de José Oliva com letra de Paulo Vítola, Frevo da Borracha nasceu durante as apresentações do Movimento Atuação Paiol, - o Mapa, que reuniu os compositores de Curitiba na década de 70. Incluída no LP Todas as Pessoas, teve arranjo, violão, guitarra e teclados de Pollaco Oliva, baixo de José Boldrini, bateria de Mauricy, Tumpetes de  Geraldo Eli e Tatá, Sal Alto de Hélio Brandão e voz de José Oliva

Frevo Da Borracha (José Oliva e Paulo Vítola)

Guri é uma das primeiras parcerias de José Oliva e Zeca Correa Leite. Composta para o LP Todas as Pessoas, tem arranjo, violões e guitarras e Ricardo Saporski, Denis Belik no baixo, Belmiro na bateria, Alfreli Amaral na harmônica, Marinho Brasil no piano acústico, percussão de Marcão Tubetes e o vocal de Patrícia Machado, Carolina, Eduardo e Fábio Vollrath Oliva sob direção de Selma Baptista.

Guri (José Oliva e Zeca Correa Leite)

Há sol nos meus olhos foi um hino para muitos adolescentes da minha geração no Colégio Estadual do Paraná nos anos 1960. Foi uma das vencedoras sob arranjo e guitarra de José Oliva, aos 15 anos, com interpretação do autor Alberto Rafael Tavares ao lado de Tonica Chagas.
No LP Todas as Pessoas, primeira gravação de José Oliva, em 1987, tem arranjo e guitarras de Ricardo Saporski, baixo de Denis Belik, bateria de Belmiro, Geraldo Eli e Dauto, sax alto de Hélio Brandão, sax tenor de Orlando Balmel, trombone de vara de Rocha, percussão de Marcão Tubetes e back vocal de Selma Baptista.

Há Sol Nos Meus Olhos (Alberto Rafael Tavares)

Sol nasceu de uma carta enviada pela nascente poetisa Laura Zacura Oliva, ainda adolescente, ao seu padrinho José Oliva. Encantado com a carta, viu nela o ritmo, o tema e o clima para a parceria. 
Já gravada por outros intérpretes, Sol foi incluida no LP de estreía de José Oliva, o Todas as Pessoas, em 1987.

Arranjo de Pollaco Oliva, Ricardo Saporski e Fernando Montanari, tem José Oliva na voz e violão, teclados de Jeff Sabagg, baixo de Denis Belik, bateria de Mauricy, guitarras de Ricardo Saporski e Pollaco Oliva, sax alto de Hélio Brandão, sax tenor de Jamur Fressato, tru,petes de Geraldo Eli, trombone de vara de Rocha, e flauta transversa de Zélia Brandão

Sol (José Oliva e Laura Zacura Oliva Alon)

Todas as Pessoas nasceu da poesia de Zeca Correa Leite, que José Oliva musicou. Dá titulo à sua estreia em disco com Todas as Pessoas, em 1987. 
Tem arranjo, baixo e guitarra  de  Sérgio Bianchi, violão e voz de José Oliva, Touro na bateria, Jeff Sabagg no piano acústico, Hylea Ferraz na flauta transversa, Orlando Baumel no sax tenor e percussão de Marcão Tubetes.

Todas As Pessoas (José Oliva e Zeca Correa Leite)

Bar do China foi, ao longo do tempo, uma das músicas que mais marcou o meu trabalho de compositor. E isso graças à atitude de Euclides Cardoso, um dos mais importantes nomes da história do rádio do Paraná. 
Eu a compus nos anos 70, tempos do Movimento Atuação Paiol - Mapa, que reunia no Teatro Paiol, em Curitiba, compositores da música popular brasileira do Paraná em muito bem sucedidas temporadas de mostra da composição local.

O bar do Teatro Paiol,
Bar do China era como o bar do Teatro Paiol, era conhecido, nesse tempo, uma vez que era dirigido pelo músico China, integrante de um dos mais importantes grupos da música popular brasileira do Paraná, o Ogum. O bar era local onde os compositores estavam sempre mostrando uns aos outros seus trabalhos e colocando a conversa em dia.

Um dos maiores nomes do rádio no Paraná
Euclides Cardoso, então diretor da Rádio Iguaçu, de Curitiba, uma das mais inovadoras do seu tempo, percebendo a movimentação dos compositores da cidade, teve a visão iluminada. Decidiu investir em alguns que estavam se destacando no movimento e bancou a gravação de suas músicas no Sir Laboratório, de Percy Tamplim, E, claro, as incluiu na programação normal da emissora, criando um mercado novo para os compositores e gerando sucessos. Bar do China foi gravada pelo conjunto Choro e Seresta, de Tortato, contando, naquela época, com a participação de Janguito do Rosário, um dos maiores nomes do choro entre nós.

Sucesos Locais
Músicas que entraram na programação da Iguaçu integraram o repertório de novelas outras acabaram tocando em emissoras de rádio do Rio de Janeiro e São Paulo e outras tornaram-se muito conhecidas por aqui.
Uma dessas foi Bar do Chinha que me trouxe reconhecimentos surpreendentes na época. 
Lembro de quando o compositor Antonio Adolfo em Curitiba para lançar seu projeto Feito Em Casa,, proposta de produção independente de seus discos, me convidou para dividir com ele uma apresentação no Taatro Guaira, no lançamento do primeiro LP da série.  Certo dia, divulgando, com ele, o showm, na cantina da Reitoria da UFP, fiquei  tocado quando,  mostrando Bar do China, vi a plateia dos frequentadores da cantina cantando comigo a música toda.  
 
Casamento com Bar do China
Muitas outras histórias me marcaram,, naquela época, pelo reconhecimento que Bar do China  recebeu graças à audiência da Rádio Iguaçu.  O disco era procurado nas lojas, mas não existia o disco.  Mais emocionante ainda foi o dia em que fui procurado por uma admiradora que me presenteou com uma fita cassete gravada da programação da Rádio Iguaçu que havia sido tocada em seu casamento. Ela e o marido se conheceram  e namoraram, e elegeram Bar do China como música do casal. Soube até que Bar do China ganhou versou em inglês naquele tempo, quando era tocada nos encontros dos estudantes de fachuldade de engenharia, 

Outras gravações.

Bar do China teve a primeira gravação com o grupo Choro e Seresta, depois gravada por mim no CD Agora Paré, da Caixinha de Atitude "Abra para ouvir e cantar. Leia para se tocar",  mais tarde por Jazomar Rocha e depois por Selma Baptista em seu CD Choro Encantado.

BAR DO CHINA
Quem sabe o bar não feche mais.
Estou certo que portas abertas sempre vão chamar, trazer
As conversas de bar, os amigos do peito,
Ainda é cedo, não peça a conta , não!

Repare só que é bem melhor 
Ficar aqui sentindo a vida como ela é no bar.
Nessa mesa sentou um boêmio que fez
Da dor de cotovelo, um novo poema de amor

O Bar do China não pode fechar,
Viola e samba não devem calar.
Aquele ali vem de quando em vez
Pendura a conta já faz um mês
Mas não esquece de batucar
Caixinha de fósforo,faz para se alegrar 

Quem sabe o bar não feche mais.
Estou certo que portas abertas fazem reviver, brilhar
Pif-pafs no bar, vira-viras de amor, pandeiro, madrugada,
cervejas e recordação, que ele fique assim pra sempre
pra que não faltem canções.

Agora Paré

Bar do China

Não é Proibido (Arnaldo Antunes, Marisa  Monte e Carlinhos Brown) em interpretação de Nina Oliva.

Não é proibido.mp3

Essa música tem histórias lindas, tanto no nascimento da parceria com Zeca Correa Leite,, na preparação do show Paré, em 1983, que marcava uma retomada no nosso trabalho nos palcos, outra vez vez no Teatro Paiol,, como no projeto de gravação para o CD Pessoas São Músicas. E o lindo desse momento foi o arranjo de Mário Conde, que nos supreendeu - a mim e à intérprete Rogéria Holtz, pela levada jazzista que a música ganhou e pela condução da gravação que levou Rogéria a revelar que se sentiu na gravação como se fosse em um show ao vivo.  O arranjo transmite isso. E o resultado me deixou imensamente grato.

Outra Vez (José Oliva e Zeca Correa Leite)Interpretação Rogéria Holtz

Essa música é muito importante pra mim. Trata-se de uma composição de Plínio Oliveira a partir do texto Pessoas São Músicas, que escrevi originalmente para apresentar o show de lançamento do meu disco Todas as Pessoas e que depois inspirou o nascimento do projeto Caixinhas de Atitude. Foi gravada agora para compor o CD Pessoas São Músicas na Caixinha de Atitude "Abra para reconhecer.Leia para ouvir e se conectar" que trata da atitude do 
reconhecimento, destacando a importância de reconhecer as pessoas que fazem diferença em nossas vidas. Esse texto Pessoas São Músicas é marcante em minha vida. Assim  como Plínio Oliveira é um desses caras que fazem a diferença. Sou grato imensamente por essa parceria.

Pessoas São Músicas

Música integrante do CD Pessoas São Músicas, da Caixinha de Atitude "Abra para reconhecer. Leia para ouvir e se conectar", foi gravada por Rogéria Holtz e grupo Na Tocaia, sob arranjo do guitarrista Mário Conde.

Outra Vez (José Oliva & Zeca Corrêa Leite)

Essa é uma composição de  Jazomar Vieira da Rocha com Fernando Alves de Oliveira Filho, conhecido e chamado carinhosamente por Fenando Loko, um dos mais importantes compositores da música popular do Paraná. Gravada no CD Pessoas São Músicas da Caixinha de Atitude "Abra para reconhecer, Leia para ouvir e se conectar", sob arranjo de Henrique Mhaô, com interpretação de Chico da Luz e José Oliva. Olha o timaço que participa: Henrique Mhao na guitarra, Renato Martins na bateria, Manah Mariano no contrabaixo, André Collini no piano, Evandro da Rosa no sax tenor, Juliano Vieira de souza no trombone e Diego Bispo da Silva no trumpete.

Álbum desconhecido (28/09/2016 17:12:34)

Só Alegria (Fernando Alves de Oliveira Filho e Jazomar Rocha)

Essa foi a primeira música que compus com o poeta Antonio Thadeu Wojciechowski. Nasceu de ter lido no facebook o poema que ele publicou. Disse que a ele que iria musicar e rolou a parceria. Foi aí que entrou no repertório do CD Pessoas São Músicas da Caixinha de Atitude "Abra para reconhecer, Leia para ouvir e se conectar", interpretada por Rodrigo Barros Del Rey. Durante a música, Antonio Thadeu faz leitura poética do poema Sou Feito de Curitiba, onde reconhece Pessoas que São Músicas pra ele.
O detalhe fundamental dessa gravação é o arranjo de Henrique Mhaô que deu essa riqueza de roupagem para "O Poema...". O arranjo mais a participação de cada músico: o próprio Henrique Mhaô nas guitarras, Endrigo Bettega na bateria, Manah Mariano, no baixo, André Collini nos teclados e Rogério Leitum, no trompete.

O poema como eu quero (José Oliva e Antonio Thadeu Wojciechowski)Rodrigo Barros Del Rei

Lá um dia estávamos Zeca Correa Leite e eu na casa de minha mãe Marina, quando decidi curtir o piano do Pollaco Oliva que estava lá. Comecei a fazer acordes, criar harmonias e disse ao Zeca: "Isso está me parecendo música francesa". Papo vai, papo vem, lembramos do filme Um homem, uma mulher, de Claude Lelouch. Zeca começou a escrever e fui seguindo com a melodia e naquela tarde nasceu essa imagem que a gente considerou como sendo a última cena do filme. Ouça pra ver.  No CD Pessoas São Músicas ela cresceu com o arranjo de Pollaco Oliva e com a interpretação de Selma Baptista. E olhe quem mais:
Hélio Brandão no contrabaixo e sax soprano, Maria Ester Brandão, no 1o violino, Alexandre Brasolim no segundo violino, Marcio Ferreira Rodrigues na viola e Maria Alice Brandão no violoncelo. É mole?

Última Cena
(José Oliva e Zeca Corrêa Leite)

Você sempre chegava quando o sol se recolhia
E tingia todas as águas e as ondas se quebravam mansas
Nas praias desse nosso amor, tinha fogo no horizonte. 
E um cão enorme, farejando conchas, desenhava a paz.
Eu só me lembro do seu vulto e do sol, 
do céu incendiado. E suas mãos no meu pescoço,
nunca mais.

Última Cena (José Oliva e Zeca Corrêa Leite)Interpretação Selma Baptista

Música que Sandra e eu compusemos por ocasião de um festival realizado pela Rede Globo e que teve as prévias, estado por estado, coordenadas no Paraná pela RPC.  O resultado nos deixou bem felizes e eu incluí no CD Agora Paré, da Caixinha de Atitude "Abra para ouvir e cantar".

O arranjo, violão base e violão de 12 cordas são de Alvaro Ramos, Glauco Solter no violaixo, Mario Conde no cavaquinho e bandolin, Alessandro Kramer no acordeom, Ricardo Janotto na percussão e o vocal de Mara Fontoura, Rosa Maria Michels Fontoura, Xanda Lemos e Juju Fontoura
Luz da Manhã
(Sandra Avila e José Oliva)


Sempre quando o sol clareia, a manhã	
é o seu olhar que me faz crer no dia que ainda vem.
Fonte que jorrar ou bicho que correr,
flor que nascer, ave a  voar, onda batendo,
Ah sempre estará  se revelando em seu olhar
Mas pra você ver, vai ter que fechar os olhos 
e ouvir o coração.

Toda manhã dá a luz a um novo dia, 
mas é você quem faz nascer a alegria. 

Tudo que os bons ventos trazem 
sempre está em seu olhar a iluminar 
o dia que ainda vem.	
Sonhos que sonhar, desejos que tiver
toda mudança, toda esperança da vida
Ah sempre estará  se revelando em seu	
olhar.
Mas pra você ver vai ter que fechar os	
olhos e ouvir o coração:	

Toda manhã dá à luz  um novo dia,	
mas é você quem faz nascer a alegria
e tocar

Luz da Manhã (Sandra Avila e José Oliva) Interpretação Sandra Avila

Amorosa foi composta especialmente para a gravação do CD Balangandãs. Ganhou um arranjo pra lá de suingado de Henrique Mahõ, uma interpretação pra lá de maravilhosa de Giseli Canto e ficou bonito desse jeito.

Amorosa 
(José Oliva)

Vai ver, vai ver você não lembra que me deixou
Vai ver, vai ver sonhou que era uma letra quando cantou
Que entre nós já não havia nada, tinha encontrado o grande  amor 

Agora volta e meia bate a porta 
e vai ficando, diz que estava passando,
subiu pra ver como é que estou!

Vai ver você nem percebeu o que eu senti 
Vai ver nem vê quanto eu ganhei quando o perdi.
Eu era só a sua estrela. Hoje ilumino quem vem me ouvir.

Agora volta e meia bate a porta
e vai ficando, diz que estava passando,
subiu pra ver como é que estou!

Olha, estou bem, mais linda ainda,
Sinto a lida  mais bem vinda com a vida em minhas mãos
Olha me acho até vitoriosa, creio que mais amorosa quando canto uma canção

07 Amorosa  (José Oliva)Interpretação Giseli Canto

Essa música demorou uns 12 anos para nascer. A ideia da letra surgiu na mesma época em que produzia o disco Todas as Pessoas. Mas nada de eu conseguir criar o duplo sentido com a densidade que desejava.  Cheguei a criar um texto publicitário para ser enviado, num cartão, no dia de aniversário dos clientes da Nange Confecções, de Itajaí,  dona da marca Angel. Tanto que foi emocionante atender, um dia, bem mais tarde, em minha banca das Caixinhas de Atitude, na Feira de Artesanato, no Setor Histórico de Curitiba, uma  família cuja mãe afirmava que aquele cartaz do texto Toda Sua não poderia ser de minha autoria porque ela já o conhecia há muito tempo.  Como eram de Santa Catarina, desconfiei que eram clientes da Angel e contei toda história, que ela confirmou. Foi então que ela pediu para filha de 13 anos declamar o texto do cartão de aniversário que ela havia declamado na festa de aniversário de sua escola. Imagine a emoção. Um texto que havia escrito para um cartão de aniversário, tratando da vida e da felicidade, declamado pela garotinha no aniversário de sua escola. O fato é que Toda Sua, enfim, nasceu para a gravação de Agora Paré, o CD da Caixinha de Atitude "Abra para ouvir e cantar. Leia para se tocar", que trata da atitude da felicidade.  E tudo ficou mais que lindo com o arranjo de Mário Conde e a baitíssima interpretação de Norma Cecy. Ouça pra ver Mário Conde na guitarra acústica, Endrigo Béttega na bateria, José Antonio Boldrini no baixo, Jefferson Sabbag no piano, Paulo Branco no sax alto e tenor, Oscar Ferreira Junior (Cuca) no sax barítono e Jorginho do Trompete nos trompetes.

Toda Sua
(José Oliva)

Ainda que o tempo passe e você ache que nunca mais, 
eu vou ser toda sua. Ainda que não lembre meu gosto
e não reconheça meu rosto, ainda que evite pensar.

Ainda que nesse momento, você não se sinta capaz,
eu vou ser toda sua. Ainda que esteja sem força,  
água secando na boca, ainda que tema se olhar.

Queira, acredite, me aguarde, eu vou ser, ser de verdade
Ou eu vou ser toda sua ou não me chame...

Ainda que essa ventura pareça distante demais,
eu vou ser toda sua. Ainda que imagine dos outros,
prazer e alegria dos outros e maldiga a ora em que me desejou.

Queira, acredite, me aguarde: eu vou ser, de verdade.
Ou eu vou ser toda sua ou não me chamo 
Felicidade.

Toda Sua (José Oliva) Interpretação Norma Cecy

A história dessa música é muito legal. Originalmente se chamava "Boa Noite, Menino". Eu havia composto como se a letra fosse do meu pai com aquela conversa toda de que não dormia enquanto eu não chegasse em casa. A Giseli gostava da música e queria gravar. Eu argumentei que não ia bater a ideia da letra com ela cantando, Então fiz uma adaptação na letra, que passou a falar da mulher que fica aguardando o amado, músico, trabalhador da noite,  que sempre demora pra chegar.  O marcante é a interpretação da Giseli a partir  do arranjo delicioso do Henrique Mahô. E pra completar, dentre outros, a participação do mestre Orlando Comandulli no sax.

Boa Noite, Moreno
(José Oliva)

Moreno vai dizendo isso é hora de chegar.
Toda noite a mesma história não me deixa descansar.
você sabe que eu não durmo, que eu me inquieto, eu me arrumo
Acordada esperando por você.

Moreno vê se esquece essa vida irregular.
Você só vive à noite passa o dia a rodear.
Vem querendo meu carinho, vem pedindo meu perdão
Ô moreno, faz assim comigo não.

Eu sei que você leva a vida com seu violão,
mas veja que pra mim também existe um outro som.
Acorde em ré maior, canção que se completa
assim que você gira a maçaneta.

04 Boa Noite, Moreno (José Oliva) Interpretação Giseli Canto

Música composta a partir da iidéia de um poema de Edu Hofmann, que foi se desenvolvendo, se desenvolvendo já tendo em vista a música que decidimos fazer. Um desafio e ao mesmo tempo uma delícia construir a melodia com base nessa letra que foi citando diversos estilos musicais como metáforas para estados de espírito e sentimentos e aí, então, seguir as sugestões da letra mudando as levadas musicais. O arranjo fez toda diferença. É do maestro Vicente Ribeiro e tem a participação de 11 músicos, além de Vicente e eu: Endrigo Béttega, Tiago Duarte, Douglas Chlulio, Gabriel Schwartz, Victor Gabriel Castro, Silvio Spolaore, Marcio Rosa, Davi Sartori, Álvaro Ramos, Luis Piazetta e Eduardo Ramos.

Temperô (José Oliva e Edu Hoffmann) Interpretação José Oliva

Esse Choro ficou Contido por muito tempo. Creio que por uns 7 a 8 anos, que é quando nos encontramos Gerson Bientinez e eu num ensaio no Canal da Música e ficamos conversando. Lá pelas tantas, Gerson disse: "Oliva tem uma música que gostaria de compor contigo. Ainda não tenho a melodia e gostaria que fosse com uma letra sua. Uau. Aí ele emendou o título da música que ele gostaria e - Meu Deus!, que título! O título já era uma música. Imaginar um Choro com esse nome: Choro Contido.  Passou um tempão até que a oportunidade de compor acontecesse. E essa oportunidade foi a gravação do CD Choro Encantado de Selma Baptista, que me pediu uma música para incluir nesse projeto que, por sinal, ficou muito, muito, muito lindo. Foi quando pensei: tem que ser Choro Contido. E começamos a trabalhar. E quando pensei na letra, pensei num choro de alegria contido, um choro que não pudesse ser chorado porque só os dois sabiam da alegria do amor que tinha rolado e que ninguém mais poderia.  E quer saber? Não conseguimos terminar o Choro Contido a tempo. Na hora da gravação do CD de Selma esse nosso Choro continuou encantado. Tanto que ela gravou Bar do China, o que me deixou mais feliz ainda. E permaneceu encantado até chegar a hora da gravação desse 40 Anos de Música, do Gerson Bientenez. O Choro ganhou um arranjo especial de Lucas Franco, com a participação  dele no piano, mais Márcio Rosa,na percussão, Thiago Duarte no baixo, Fabrício Ribeiro nas flautas, Mário Conde na guitarra e a interpretação deliciosa de Ana Cascardo. E eu, grato toda vida, por participar desses 40 anos de Música, de Gerson Bienteniz. Sem choro!

Choro Contido
(Gerson Bientinez e José Oliva)

E eu que guardei esse choro comigo
A voz embargada de não poder cantar
Tanto tempo passado, o segredo selado
Feito rio represado para jamais virar mar

Guardei imaginando contido
Um amor que não quis se calar
Amor de um ardor bem vivido
Cuja paixão ainda brilha no olhar

Canto esse choro contido
Não dá mais pra guardar a intensa alegria,
poesia de nos encontrar

Nós dois hoje sentimos que andamos sim, perdidos,
querendo passageiro um amor definitivo
A gente jurou que esqueceria, mas chegou o dia
o dia de pra mim você voltar

Álbum desconhecido (08/08/2017 10:32:54)

Choro Contido (Gerson Bientenez e José Oliva) Interpretação Ana Cascardo

Música composta ainda nos tempos do Movimento Atuação Paio em parceria com Paulo Vítolal e gravada pelo Grupo Nymphas no CD Nosso Jardim, em 1993, com arranjo instrumental de Ricardo Saporski, arranjo vocal de Mara Fontoura,com Ricardo Saporski no contra baixo e violão de aço, Juliano Zanoni na bateria, Álvaro Ramos no violão elétrico e acústico, Zelinha Brandão na flauta e Dany Andrey Secco no violoncelo.

Interpretação Grupo Nymphas:
Mara Fontoura | Rosa Lidhia | Carmem de Bukker Silveira | Miriam Lau | Cristina Bukker | Rosa Maria Michels Fontoura e Soraya Tuma

Nosso Jardim

Garimpo (José Oliva) com o grupo Nymphas

Essa música compus na década de 80, no ano de 1987, se não me engano, para a Escola de Samba Imperadores Independentes de Curitiba. Nessa gravação, com a música apresentada em forma inicialmente de marcha rancho e depois marcha de carnaval, tive a oportunidade de contar com o baterista Carlos Freitas, que na época era responsável pelos estúdios do Sir Laboratório, em Curitiba. Ele tanto tocou bateria como cuidou da mesa e dos efeitos básicos que deram esse clima gostoso.  A música foi composta com base no livreto escrito pelo jornalista Jorge Norosniak para a Fundação Cultural de Curitiba sobre os carnavais da cidade.

Carnavais Do Zé Pereira (José Oliva) Interpretam José Oliva e Carlos Freitas

Música composta para o CD Agora Paré.  A idéia parte de imaginar um desenho animado construído a partir da linha do olhar, a linha do horizonte. E sobre essa linha, corre a canoa, duas meninas pintam a linha dos olhos, nascem o sol e a lua e os passarinhos pousam sobre a linha dos olhos. Claro que a inspiração vem de olhar os olhos dessa guria da foto.  Ganhou um baita arranjo e violões de Mário Conde; Com João Alfredo Charmack na bateria, Glauco Solter no violaixo, Mário Conde no violão de açõ, violão 12 cordas e bandolin, Alexandre Kramer no acordeom, Therciano Albuquerque no teclado, Endrigo Bettega e Ricardo Janotto na percussão. Eu no violão base e voz.

Popular tracks by joseoliva-1