Canção-poema composta por Mêjú 
com os versos finais feitos por Fella.

Guaiúba é um experimento de percepção de espaço externo e interior, aludindo minha cidade com o meu eu em uma espécie de pêndulo entre o município Guaiúba e a capital Fortaleza, me aceitando e duvidando do meu lugar nos espaços que frequento.

Letra

Eu sou um pargo de cauda amarela
Me chamam por outro nome
Cresci num açude em que nunca estive
Açude da corte
Corte pronta pra me executar
Açude pronto pra me afogar
Eu fui trago até aqui pelos mesmo barões que levaram os frutos da serra

Hoje só busco afeto pela alegria
Não mais pelo sacrifício 

Também nunca fui isso que você acha que eu ainda sou
Sem receio de acabar 
Eterno movimento
Na beira de qualquer canto
Fogo de esquina
Metropolitano inseguro
Descobrindo com quantas faltas se faz um vício
Lutando contra a garganta
A cidade me botando pra dormir
Solidão no quarto que não é meu
Solidão na multidão
Uma pra que a gente possa sobreviver 
Sempre se arriscando

Sou transeunte entre muitos calores e muitos sonhos

É noite de lua cheia
Sombra quieta se desfaz
Chama, bora me alumeia
Labaredas

Mêjú

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