MUDANÇA DE ESTAÇÃO
(Paulo Leminski)

Álbum duplo LEMINSKANÇÕES
Listen/download (Ouça/baixe)
leminski.com.br

Mudança De Estação

É DURO TER CORAÇÃO MOLE
Alice Ruiz e Estrela Leminski
BR-TE0-17-00009

por favor não me aperte tanto assim
tome cuidado pega leve, olha onde pisa
isso é o meu coração
isso é o meu ganha pão

instrumento de trabalho, profissão
meio de vida meu arroz com feijão
meu passaporte para qualquer parte
meu passaporte para qualquer arte

preciso do meu coração para me levar a Marte
sem sair do chão

tome cuidado
eu vivo disso
poesia, sonhos e outras canções

A letra de Alice era pro Nêgo Dito, que não fez (ou pelo menos não mostrou). Dizem por aí que até Bob Dylan se candidatou pra terminar essa música. 


Estrela Leminski - voz
Téo Ruiz - voz, violão e kazoo
Fernanda Cordeiro - trombone
Thiago Braga - baixo
Richard Neves - teclados
John Ulhoa - teclado e assovio
Glauco Mendes - bateria

Produção musical de John Ulhoa

Tudo que não quero falar sobre amor

É Duro Ter Coração Mole

BLUES DO ENCANTO
Luiz Rocha e Téo Ruiz
BR-TE0-17-00004

a voz que canta
pode não ser a mesma que encanta
pode dizer o que canta
mas nem sempre canta o que diz

o que diz que encanta
pode não ser o que canta
pode vir de um canto qualquer
ou não ter um encanto sequer

a voz que canta
pode dizer que o que canta é seu
enquanto canta
guarda o encanto de ser o que diz

o que diz quando canta
pode não ter um balanço
um descanso, uma pausa
pode passar sem espanto
pode ficar sem espaço
a voz que canta
pode mudar o compasso


Quem canta seus males espanta mesmo? Na Mercearia São Pedro em São Paulo, Téo e Luiz desencantaram essa parceria. 

Estrela Leminski - voz
Téo Ruiz - voz e guitarra
Du Gomide - guitarra
Rodrigo Lemos - teclado e samples
Thiago Ramalho - loops e efeitos
Rodrigo Chaves - baixo
Luís Bourscheidt - bateria
Denis Mariano - bateria

Produção musical de Rodrigo Lemos

Blues Do Encanto

A VIDA NÃO É JUSTA
Estrela Leminski, Líria Porto e Téo Ruiz
BR-TE0-17-00010


a vida não é justa 
é plissada, franzida, godê 
e é curta 
mas ser feliz nunca é démodé 
 
a gente sai da linha 
a gente pinta e borda 
a gente sai da casinha 
se o amor costura pra fora
 
a gente encara cada barra 
que às vezes nem dá pra crer
tá estampado na cara 
e não há como desfazer

a gente vira do avesso
aparando as arestas 
vê por outro viés 
quando espera uma festa

sempre dá pano pra manga 
e não dá ponto sem nó 
só  tem modelo exclusivo
a vida é uma só 

às vezes meio caído
meio art noveau
querer ser prafrentex
também é meio retrô

mesmo tudo em haver
a gente corre o risco
ou segue a risca
mesmo sendo tão clichê

A palavra texto vem da palavra tecido. Assim como na vida todas essas partes pra ser o todo. Dessa forma. Linha. Verso. E ponto.

Estrela Leminski - voz
Téo Ruiz - voz e violão
Thiago Braga - baixo
Richard Neves - teclados
Rafael José  - guitarra
John Ulhoa - programações e backings

Produção musical de John Ulhoa

A Vida Não É Justa

GOSTÁVEL
Estrela Leminski, Lívia Lakomy, Rogéria Holtz e Téo Ruiz
BR-TE0-17-00011

eu tava num cemitério, era um momento sério mas lembrei de você
eu tava num engarrafamento e teve um momento que eu lembrei de você
eu fui separar o lixo, saiu um bicho e eu lembrei de você
fui correr atrás das pombas na praça, fiquei sem graça e lembrei de você
					
eu tava na fila do banco e pro meu espanto lembrei de você
fui limpar meu nome no serasa, o pensamento bateu asa e era você 
fui lavar a louça de domingo e no respingo lembrei de você
fui estacionar no centro num dia útil, que inútil, lembrei de você
					
você é pé no peito é meu defeito irrefutável 
meu vício e, por isso, irremediável
a culpa é sua se te esquecer é inviável
você é que é uma pessoa tão gostável
					
eu tava destrinchando um frango cantarolando um tango lembrei de você
eu tava limpando o ralo, me deu um estalo e lembrei de você
e na reunião de condomínio até o seu Plínio me lembrou de você
fui trocar o pneu do carro, me atolei no barro e lembrei de você
					
eu tava declarando imposto, que desgosto lembrei de você
fui tirar a cárie no dentista e a anestesia me lembrou você
fui limpar o espelho do banheiro, vendo meu desespero lembrei de você 
eu tava cortando a grama e o vizinho reclama, me lembra você
					
Vinho (sempre). Mesa, violão e multa de condomínio. Clipe de Serial Killer. Disco lançado. Quem sabe os nossos vizinhos passem a gostar mais da gente agora? 

Estrela Leminski - voz
Téo Ruiz - voz e guitarra
Dante Ozzetti - guitarras, baixo e programação
Guilherme Kastrup - bateria, percussão e programação

Produção musical de Dante Ozzetti

Gostável

EU, UÉ
Estrela Leminski e Téo Ruiz
BR-TE0-17-00006


meu ego está fora de si
me olhei, não reconheci
cê bota fé! Quem?
eu, ué!
sou o que é e não é
é tanto zen,
e ausência do eu
tudo que eu pensava que era meu
saiu, nem deixou recado
pensei, procurei no lugar errado

que desengano
liguei pra mim 
tava ocupado,
era engano

aquilo mais parecia um eco 
(ego, ego, ego...)
se o que eu pensava logo outro eu
pensava em seguida
eu tentava me centrar
não conseguia
mas como pode se a vida é uma só 
pra ser vivida

se tá confuso assim, sem saída,
eu vou chamar meu outro eu
se você duvida

fui conviver comigo
eu sei, isso é difícil
até eu me confundi
no início
eu é osso
eu é ócio
eu é isso
e foi virando vício

e assim que é
e vice versa
quem?
eu ué, eu ué!
pra início e fim de conversa

Eu ué: brincadeira com esse palíndromo, o espelho entre a auto-afirmação e a dúvida, entre o ego e o eco. Se tá confuso assim, sem saída, eu vou chamar meu outro eu se você duvida. 

Estrela Leminski - voz
Téo Ruiz - voz, guitarra e escaleta
Du Gomide - guitarra
Rodrigo Chaves - baixo
Rodrigo Lemos - guitarra e synth
Luís Bourscheidt - percussão
Denis Mariano - bateria
Sérgio Monteiro Freire - sax soprano, alto, tenor e barítono

Produção musical de Fred Teixeira

Eu Ué

USO DA PALAVRA
Bernardo Bravo, Estrela Leminski, Lívia Lakomy, Mayara Santarem, Renato Negrão e Téo Ruiz
BR-TE0-17-00001


vou dirigir a palavra mas não vou atropelar
porque a palavra é violenta é bifa, soco, chute 
no pé do seu ouvido

vou tentar ser mais suave momento de brisa no mar 
porque a palavra é vento 
é movimento da língua a ressoar

a palavra é navalha é meio e combustível
verbo é ferro e fogo no som e no sentido
a palavra é uma flecha rumo ao argumento
é faísca e incendeia o chão do pensamento

a sílaba é isca
se semeio o silêncio no ar
fica a palavra mesmo quando não está

a palavra é veneno se é loucura ou mentira            
mas é seu próprio antídoto se cura ou alivia
palavra cheia de tédio do chato que não tem remédio
palavra prolixa pra encher linguiça

Why don't you use your words
And try to build a better world?

"Eu gostaria de fazer o uso da palavra" dizem alguns como se já não estivessem usando palavras pra dizer isso. A parceria só podia ser com um bando sem papas na língua.

Estrela Leminski - voz
Téo Ruiz - voz e guitarra
Ricardo Prado - guitarra
Estevan Sinkovitz - baixo e guitarra
Guilherme Kastrup - bateria
Sérgio Monteiro Freire - sax soprano, tenor e barítono

Produção musical de Guilherme Kastrup

Uso Da Palavra

NOVELA DAS SEIS
Estrela Leminski e Téo Ruiz
BR-TE0-17-00008


talvez seja tarde
sentir com tantos artifícios e viver 
ao invés de assistir a novela das seis 
e seguir sem nenhum tipo de vício
face, shopping, backs, drops, chips, lobbys, photoshops
todos feitos pra gente esquecer
que a distância entre a razão e a sensatez
é a mesma da intolerância e da escuridão
que vai daqui até o Japão

entre a idade média e a idade mídia
fogueira das vaidades distraída
um argumento sem lógica
contando sempre a mesma história

como saber o que é verdade 
só com a manchete de uma capa de revista 
ou se vão manipular o nosso medo 
de ser mais uma estatística 
como saber o que dizer 
se a dignidade morreu no horário de pico 
atrapalhando o trafego 
morreu de ódio, stress, hipocrisia  

da onde vem a lógica 
de tudo que se vê
da onde vem a mágica
de sobreviver 


Muitos não lêem a notícia mas já formulam sua opinião pela chamada. Já passamos pela Idade Média e agora parece que chegamos na Idade Mídia. Vamos ter que substituir o termo "jornalismo" pelo "manchetismo"?


Estrela Leminski - voz
Téo Ruiz - voz, violão aço e guitarras
Pedro Petracco: bateria e percussão
Jojô: guitarra
Felipe Kautz: baixo
Marcelo Fruet: efeitos especiais

Produção musical de Marcelo Fruet

Novela Das Seis

NOSSO LIVRO
Estrela Leminski e Téo Ruiz
BR-TE0-17-00012


você demorou tanto pra dizer
nem tanto quanto eu tentando perceber
que só a presença não basta
o amor é um achado e não se desfaz 
cada dia assim quando você sai 
e essa saudade que vem e não vai 

mesmo assim, sem ter sol
sem ter nada enfim
só você em mim
cantando lá pra me encontrar
eu vou transformar
meu canto em Gibraltar
minha prosa, meu poema sem rimar
no nosso livro de algum lugar

minha palavra vai e atravessa o mar
te esperando lá quando você chegar
pra não te deixar só
não importa nem onde estaremos
a nossa casa é o instante que vivemos
é nossa história, lá em Xingu, Shangrilá ou Xangai 

Essa música fez a gente parar no divã e abraçar uma árvore no Psicodália. Diretor de videoclipes psicanalista tem dessas coisas. 


Estrela Leminski - voz e escaleta
Téo Ruiz - voz, guitarra e synths
Guri - guitarra
Pupillo - bateria e synths
Sérgio Monteiro Freire - sax barítono
Raul Misturada - violão aço e programações

Produção musical de Pupillo

Nosso Livro

ESTILHAÇO
Letra: Téo Ruiz
Música: Renato Villaça

04 - Estilhaço

Lyric: Estrela Leminski
Music: Estrela Leminski and Téo Ruiz
Special guest: Anelis Assumpção
ISRC: BR-S3E-08-00056

Estrela Leminski and Téo Ruiz - Quirera

Só Mais Sim
(Téo Ruiz)

Sei 
Só 
Tanto que não sei 
Mais 
Esquecer o seu 
Sim 
A cada segundo vou 
procurar tuas palavras e 

Não 
Só 
Quero tanto ser 
Mais 
Sempre o que diz 
Sim 
Entre tantos nãos 
vou estar com tudo e com você agora 

De novo 
Até que o tempo não pare 
ou pare de vez 
De tanto 
se curar, se doar, sem doer 
e sem se esquecer  

Mesmo 
Só 
Não precisa ser 
Mais 
Sempre pense que 
Sim 
Posso escutar o que diz
e assim continuar tentando 


Mas 
Só 
Quero te dizer 
Mais 
Você tem o meu
Sim 
E todos os sims 
que eu sempre poderei te dar

De novo 
Até que o tempo não pare 
ou pare de vez 
De tanto 
se curar, se doar, sem doer 
e sem se esquecer  

Voz e violão: Téo Ruiz
Piano: João Klüber
Cello: Puppi
Programações e produção musical: Raul Misturada

SÃ³ Mais Sim

Só mais Sim

ESTRELA LEMINSKI E TÉO RUIZ

Nomes de destaque na nova MPB, Estrela Leminski e Téo Ruiz tem sido citados na imprensa nacional e estão em projetos como a Coletânea Re-Trato, com versões de músicas dos Los Hermanos organizada pelo site Musicoteca, e na coletânea Reversos da revista eletrônica Nego Dito, com quatro parcerias, entre eles com Tatá Aeroplano e Thiago Galego. O disco São Sons rendeu shows e festivais na Espanha e em Buenos Aires e também em várias cidades brasileiras, além da seleção para o Prêmio de Música Brasileira 2011 e fez parte da lista dos melhores do ano da Revista Manuscrita (Embrulhador). 

A dupla prima pelo conteúdo artístico das canções que, segundo os próprios compositores, sempre tem a preocupação de que as pessoas se identifiquem com o que está sendo dito. Para isso, se utilizam de uma série de elementos musicais, textuais e poéticos para rechear a canção do significado desejado. 

O show São Sons, registrado em DVD, apresenta agora músicas inéditas e uma proposta multimídia na qual as projeções não são imagens aleatórias, mas sim um complemento às canções, ao que se quer dizer para o público, formando um cenário participativo do espetáculo.

Sobre Estrela Leminski e Téo Ruiz:

“A síntese do que acontece com quem quer fazer música neste país cheio de música, mas tão exposto ao que chamam música de mercado” (Solano Ribeiro) 

“Crescem na poesia e na sonoridade, sendo sutil na variedade” (Lauro Lisboa)

Estrela Leminski e Téo Ruiz

Popular tracks