I'm gonna put in words now
What you're afraid to say
You don't wanna fall in love
You're not up for it
You don't wanna have your phone
Ringin' all the time
Now let me tell you something
You've gotta live your life

You've gotta hold your guitar and shout: Hey!
pararapapapa
pararapapapa
pararapa

I'm gonna put in words now
What you're afraid to say
There is a riff I heard, y'know
When I was only nine
I just can't explain you
How it blew my mind

You've gotta hold your guitar and shout: Hey!
pararapapapa
pararapapapa
pararapa

Advice

She stands up like an obelisk
Talks too much and there's a risk
Of tearing my ears apart
Tearing my ears apart

You're so cool, you're so cool, You're so cool... But I'll disagree with you

Everybody's got the eyes on her
She is a cat with a silky fur
She spilled poison in my heart
She spilled poison in my heart

She's Hypnotic

A palavra "crochê" tem origem no francês medieval croké, termo que designava um instrumento de ferro recurvado, uma espécie de gancho, que permitia suspender ou segurar alguma coisa. 
Ninguém tem a certeza de quando ou onde o crochê começou.  
A mais provável é a de que o crochê se originou na Arábia e chegou à Espanha pelas rotas comerciais do Mediterrâneo.
O que é válido é saber que é feito de uma linha e uma agulha, que se entrelaçam e constroem algo indissociável dessa união e o resultado é uma forma que orna, enfeita, detalha e permanece, por vezes sendo passada de geração a geração.

Havia uma mulher que tecia uma manta dessa forma ao dia e desmontava a noite. Pois a manta pronta era a certeza de que a moça também estava em ponto, para o matrimônio. 
O crochê era o gancho que a suspendia da realidade que tanto fugiu. O crochê pronto, foi enganchado no teto e resistiu ao pescoço da moça, que não podia concordar que alguém a pudesse usar como troca. 
Ela não era um produto de interesses familiares. Era uma artista, que teceu o seu fim em chochê. 
Sendo morta, não por sua vontade. Mas por achar enfim, a utilidade àquela arte que teceu minuciosamente, dias após dia, desteceu noite após noite e enfim partiu, sorte após morte. 

Crochê

Enfim, ela veio. Finalmente. 
A espera me deixava nervoso, preocupado. Por onde andava que não passava mais por aqui. Por vezes tinha notícias isoladas que me apertavam cada vez mais, pois a queria aqui, comigo. 
Ingratidão, foi o que pensava constantemente. Não tinha mesmo motivo pra voltar, a valorização so surgiu com a falta. Isso é natural do ser humano habituado a so ter e não perder. Sofri, como nunca antes. Ficou somático o processo. Trouxe malefícios e havia uma febre no ar que deixava ainda mais alucinado com a falta dela. Passaram dias, semanas e quando pensei que seriam meses. Fui me deitar e ela chegou, lá fora e molhou todo o chão.
Enfim, respirei aliviado e dormi mais aconchegado e só.
Afinal, a chuva caia lá fora e aquele barulhinho dela caminhando com mil passos por todos nos só me lembrava a onomatopéia que todos fazemos quando nos sentimos acolhidos. Hum....

Hum....

Innocence

Deixa entrar e bater pra ver
Que nada disso importa porque
O tempo vai e volta 
E cabe à gente perceber

Aquela luz que ficava lá no alto
Dando ordens para o resto do corpo
Lembrou-se do passado
Mal amado
Deixa o coração bater

Então que o cais ficou lá   pra trás
E nós já estamos distantes daquela porto
Solta esse sorriso torto
E vê se traz o seu dançar

Agora eu quero ser sua amnésia
Se não sou a solução dos seus problemas
Me fale e então queime seus dilemas
Depois fica pro jantar

Mesmo que sem sentido, eu quero querer
Porque depois da tempestade é você
Que pacifica
E alivia
E sabe perceber
Me deixa bem mesmo sem querer

O vento sopra bagunçando o seu cabelo
Indicando a direção do seu sorriso
Café e um copo de leite conciso
A lua e o sol no seu quintal

Dá um pulo aqui em casa
Tem uma pilha de LP pra gente escutar juntinho
Uma almofada e um tapete de linho
Amor, meditação e tal

Mesmo que sem sentido, eu quero querer
Porque depois da tempestade é você
Que pacifica
E alivia
E sabe perceber
Me deixa bem mesmo sem querer

Amnésia

Leo Foureaux

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