lauro, ô lauro
eu não queria não dizer
que a sorte, a sorte
não conta com a sorte

lauro e tem mais
tem mais:
raul já tá grandinho pra saber

quantos cigarros você fuma
e quantas minas tão na sua
e que as vezes só não basta prometer

e quando a não sonoridade do seu nome
virar piada no cartório quando a morte
anunciar bem assim:
aqui jaz lauro, o sem sorte

lauro, sem sorte (d)

marca de óleo,
vê se não demora a sarar
tranca meu riso e me esconde
dentro da sua casca

que meu bracinho foi queimado
pelo choro quente que escorre da sua córnea

marca de óleo, 
você sempre soube sangrar
e me fazer querer sangrar também
eu te apertei por engano
mas queria te levar

e se eu moro onde moro
era melhor quando você podia estar

lllucas

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