Name: Oh chuva - Falamansa by Lucas Cabral
Duration: 3 min 12 s
Description: Versões de músicas de chuva em português

sem nome #1

_fora/dentro: silêncios sonoros de fundos do mar (fundos rasos – fundinhos), utilizando um gravador digital (Zoom H6) e hidrofone (15m)
_registro fotográfico de Aline Dias (com a presença de Irene Dias Rayck)

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o projeto silêncios costeiros [trechos – praia da solidão etc.], em curso desde janeiro de 2023, consiste na continuidade do processo de uma coletânea/compilação/coleção de silêncios, desenvolvida desde 2007. envolveu escutar, gravar, armazenar e escrever-desenhar silêncios costeiros em passagens ou extratos de sonoridades da praia da Solidão (também denominada praia do Rio das Pacas), localizada na região sul da ilha de Santa Catarina (Florianópolis), voltada ao mar aberto e sendo a última praia ao sul com acesso por carro. 

as saídas para as realizações de gravações de campo foram feitas uma vez por mês (12 saídas), sempre no último dia do mês, nos fins dos dias (entre 17h e 19h). contando com o apoio e acompanhamento de amigos/as, a quem propus o registro da ação-experiência, em fotografia/vídeo/áudio e/ou texto (registros que compõem parte do projeto). após as gravações, foram escritos textos breves (listas, relatos, ensaios), esboçando-se também notas-desenhos de/para escuta (em processo de edição).

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projeto (em processo) vinculado à pesquisa de pós-doutorado "Situações de escuta e processos de escrita-sondagem, sob silêncios costeiros e mar paradoxo", no Programa de Pós-Graduação Estudos Contemporâneos das Artes - PPGCA, na Universidade Federal Fluminense - UFF, com supervisão de Giuliano Obici, junto ao Laboratório e Grupo de Pesquisa SOMA – Som nas Artes (CNPq/UFF).

silêncios costeiros [trechos - praia da solidão-etc.] - fora/dentro - 31/01/2023

Versões de músicas de chuva em português

Oh chuva - Falamansa

Agradecimentos especiais à Michelle Pucci, atenta, sensível, amiga, que dispôs seu tempo, cantou comigo, e me ajudou a entender minha própria canção, e também ao Guilherme Silveira, sempre querido, disponível, amigo, gravando, mixando, masterizando, gratidão.

Que as promissões não sejam só promissões.

Letra, música, piano e voz: João Davi Kluber
Gravação, mixagem, masterização: Guilherme Silveira, no Estúdio Portátil

Vou...! eu vou ir-me embora.
Decidi-me agora
ir-me de uma vez.
Vou insultar a flora,
pisotear a amora
e esfregar na tez
da vil chã que mora
na litosfera e se escora
nela mês após mês.

Vou resenhar a vida,
me jogar na grama
como sempre quis.
Vou perceber doída
e lamentar ferida
como sempre fiz.
Sonharei escondida
de minhas dores e, puída,
serei muito feliz.

Vou me banhar na chuva,
me queimar na praia
e ignorar quem sou.
Vou procurar verdades 
e enxergar maldades
onde ainda não fui.
Vou encontrar o mundo,
emancipar meus olhos
e ter mais amor.

Vou compor sobre afetos
e os jargões prediletos
não irão faltar.
Vou abraçar crianças,
me entupir de pipoca
junto ao Netflix.
Vou falar besteiras
e pedir desculpas
sem me arrepender...

Vou ler teus poemas,
vou ler meus poemas
e vou rir de nós.
Vou tocar meia-lua,
tocar escaleta
e desafinar.
Vou me imaginar mais alta,
vou me imaginar mais velha
e quiçá agradecer.

Vou sonhar contigo,
acordar com raiva
e tomar café.
Vou gravar um disco
em 2017
você vai ver...
Vou compor um hit,
odiar esse hit
e vou me culpar... 

Vou... vou... vou...

Promissões

Obras de Poeta (Chitãozinho e Xororó)
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Asa Branca (Luiz Gonzaga)
+
Jeito de Mato (Paula Fernandes)
+
Paciência (Lenine)
+
Travessia (Milton Nascimento)
+
Feelin' Good (Nina Simone)

Gravado com Zoom H4n Pro no dia 21/07/2017.
Piano e voz: João Davi Kluber

Pot-Pourri - Mostra A Tua Cara

"Vitrifiquei vários dos vícios e os tornei visíveis no vazio. Vantagens das tuas ávidas vítimas. Vi valentia nos espaços vândalos e nas varandas vívidas. Tentei validar-te dos meus vibrantes vitrais e mais: tudo o que há por detrás. Vírus Vulcão Vulgar. Você me encarava feito eu fosse vitrine. Comentei dos vértices e das valsas, dos vales e das vendas. Visão e voz sob a luz âmbar dos postes, dobrei as virtudes e o vento. Fomos feito foice no falho farfalhar das fileiras. Falei do conhaque e dos comprimidos. Das missões cumpridas e das estradas compridas. Nos vasilhames mais infames da conduta, montei alicerces duradouros e ascendi às velas. Perdidos por entre os veementes vernizes, o vapor dos degraus varria os vestígios. Fomos feito foice no falho farfalhar das fileiras. Eu te encarava feito fosse vitrine."

Letra: Leonardo Carriel
Música: Lucas Cabral

Lucas Cabral - Vibrantes Vitrais

Odisseia.

Canção sobre um momento fatídico da minha vida.

"Tô ansioso pra me equivocar
Igual a vez em que pulei na trave
Eu não consigo mais parar de errar
Desde meados de 2009

Talvez tudo o que eu precise seja
Bater a cabeça mais uma vez

Como é bom ficar desacordado
Não precisar pensar em nada nem ninguém
Como é bom ficar desacordado
Grama e terra na cara
Tá tudo bem

Alguém me arranja um colar cervical
Que a minha vontade é de ficar inerte

Talvez tudo o que eu precise seja
Bater a cabeça mais uma vez

Tão certo quanto o Vasco cair pra série B
É a minha vontade de não viver

Como é bom ficar desacordado
Não precisar pensar em nada nem ninguém
Como é bom ficar desacordado
Grama e terra na cara
Tá tudo bem

Lampions League

Lampions League (ou "Rafael em: Traumatismo Craniano na Escola")

Cover porco de uma das minhas favoritas dos Smiths.

Half a Person

Half a Person (The Smiths cover)

Amor Alambrado: Juiz Prevento.

Teus desenhos na pele
Distorcem na capital
E o meu jeito malandro-cigano
Até brinca de não se importar
Meus cigarros me abraçam
Até você voltar 

Compro um novo isquero
Um cinzeiro, uma bala halls
Deixo fogo em concreto
Eu visto meu terno e o chapéu panamá
Pra encontrar teus pinguins
Na calota polar

Escalando orelhões
Pra fazer ligação local
Nosso amor tão Caetano
Tão interurbano, tão íntimo do azar
Saudade do meu Rio Grande
E do rio Cuyaba

Teu amor alambrado
Me obriga a ser pontual
Escorre no desengano
Por baixo do pano até me acostumar
Já que eu sou seu guri
Em segundo lugar

Eu sou a febre
Você: ventilador
Eu sou a fera
Você: elevador
Seja em Pariquera
Pelotas ou Salvador
Me deixa ser
O seu guri
O seu amor

Oh chuva - Falamansa

Lucas Cabral

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