Woner

Woner - A Lua fugiu sem mim/ Estragado

FlyLo instrumental of course
http://woner.bandcamp.com/album/cortes-da-cabe-a-cortada-coisas-que-o-boi-do-amor-faz

Woner - Elvis Foi Comprar Tabaco (e não voltou)

I don't own the instrumental... Necro does.
http://woner.bandcamp.com/album/cortes-da-cabe-a-cortada-coisas-que-o-boi-do-amor-faz

Woner - A Habitual Forma de Esquecer com Bebida, Fumo e Cenas Fixes

Odeio o mundo.
Estrago tudo à minha volta.
As memórias felizes 
já não me querem abrir a porta.

Deixem-me ao relento...
Vejam-me a desperdiçar o tempo.

Hoje o dia é frio.
A primavera dói
como as borboletas que não sinto,
esquece isso, e rói

no meu intimo, estou ávido
pelo mínimo, estou mal e tu?
Espero decidido no sítio 
onde sozinho tenho vivido

mas só aparecem 
sombras do que já foi...
Sou estúpido e finjo 
que o meu castelo de areia não se destrói.

Aviso, é crítico... O que sinto. 
Não me sinto capaz de me resolver…
o problema não é líquido.

Fico a contemplar as sombras
de onde já não pousas.
Olha para o sangue
na boca que já não beijas.

Imagens da noite passada
são um pouco foscas,
lembro vagamente
um soco e cervejas.

cigarros à mistura,
a minha pele está velha.
Era bom ser uma cobra,
nova pele, nova vida.

Queria tanto não ser eu...
Agora... mas olha...
Droga ajuda a esquecer,
é aproveitar a descida...

Bilhete só de ida…
a cair com estilo…
Junkie a fingir que o Grunge está vivo.

Triste, olhem pra mim.
Ui, pareço tão profundo…
(Nah) Eu sou lixo e só me quero desligar de tudo.

Sou um palhaço.
Repito: sou um palhaço.
A ver se me entra 
de uma vez por todas.

Não sei o que faço.
Não sei o que faço.
Já nem jeito tenho para escrever 
o que sinto em folhas.

É tudo preto e branco.
Só o nariz é vermelho.
Obcecado a ver cartas no correio

e se não chegar nenhuma tua...
Eu juro mato a lua,
ou pinto com latas o nada que trago 
na tua rua.

Vou guardar tudo bem fundo
e fugir deste mundo.
Vou pra onde a sorte me levar
e não me sinto sortudo.

Vou tentar não beber tudo,
Vou tentar mandar tudo
Foi tudo num segundo,
fico a fazer figura d’urso.

Mete-me um ponto final
para eu meter mais dois pontos.
Afunda-te comigo,
não tenho tempo prós encontros...

Nem tempo pra reaver o tempo
que gastei a esvaziar os bolsos...
Para poder picar os braços.

Sim, eu gostei de ti, Sílvia,
mas tu já tens outro,
e o "S" do teu nome coincide
com o não sinto o meu corpo.

"S" de sempre vazio,
estou sempre vazio
e juro, não sei o que fazer
para além de tomar comprimidos

e isso faz-me sentir lixo.
Estou farto de os tomar, admito,
só queria parar com isto…
Mas caio no abismo...

e sinto-me um cliché...
Porque falo neles em todas as novas músicas que escrevo...

Se calhar não fui feito para isto
tenho medo…
Sonhei ser um artista em palcos
criar muito e morrer cedo

mas isso não virá tão cedo…
Fiz um álbum e parecem estar cegos.
É só mais um ano bonito
com zero concertos.

Às vezes penso que me apetece
deixar de escrever.
A ultima música que fiz foi 
“A Habitual Forma de Esquecer...”

e só me apetece esquecer.
Não me sinto motivado,
criar mata-me,
e para as pessoas só existo quando o faço.

Vou queimar as minhas asas,
nunca consegui voar.
A minha arte é cair do precipício
sem ninguém notar.

Pergunto ao meu reflexo:
“Porque é que nunca mais sorriste?”
Porque as pessoas só gostam de mim 
quando escrevo cenas tristes…

(Pseudo-Improviso)

isto não é um som de amor
já estás esclarecida?
não faço músicas pra ti
visto que não és minha…

mas vá caga nisso,
a erva ajuda a suportar a vida,
enquanto dou o chill a comer donuts 
e a ouvir J Dilla.

Woner

Adorobolacha🍪