 METRÓPOLE CARIOCA

Por onde passo, 
Vejo o reflexo do espólio da corte.
Por onde passo, 
Vejo lixo humano de dia e de noite.
Metrópole cabisbaixa
Saqueada secularmente,
Por hipócritas desalmados,
Bandidos indecentes.

Metrópole carioca, um lixo colossal, 
O lado patético do descaso social. 
 
Um choro de tristeza,
uma morte anunciada,
Um castelo corroído,
Várias lágrimas derramadas, 
E muito sangue escorrido 
Pela fronte dos desfavorecidos. 
Imaculados pagam pela ganância
Da corja ilustre de bandidos.

Metrópole carioca, um lixo colossal, 
O lado patético do descaso social. 

Um paraíso adormecido, 
Entorpecido pelo medo.
Uma gente tão gentil 
Acorrentada acorrentada 
Por mentiras e segredos.
Um vazio nessas mentes, 
Vagueando sem destino,
Sem uma gota de esperança,
Sem um pingo de fascínio.

Metrópole carioca, um lixo colossal, 
O lado patético do descaso social. 

Essa gente, brava gente, 
Está jogada ao meio-fio,
Numa morte anunciada, 
Pelos avarentos sombrios.
Essa gente, brava gente, 
Tem caído constantemente,
E ainda insiste em se levantar
E dizer que segue em frente.
Apesar de maltratada, 
Essa gente, brava gente,
Esfacelada pelo tempo, 
Ainda exprime um sorriso comovente. 

Metrópole carioca, um lixo colossal, 
O lado patético do descaso social. 
Metrópole carioca, um lixo colossal, 
O lado patético do descaso social. 

Metrópole carioca, um lixo colossal, 
O lado patético do descaso social. 
Metrópole carioca, um lixo boçal, 
O lado patético do descaso moral. 

Autores: Lucio Souza Gonçalves  
                Erick Galdino Ishan Thakur Das 


Metrópole Carioca

A LIRA E A LUZ

Se choro vem logo Lara
Pra dizer que aquela flor
Apesar de quebrada
Ainda cura a minha dor.

O Luan diz que as mortes 
São nada pro amor.
Que nem as guerras insanas
Me impedirão de compor. 
   
(Refrão) A lira é a Lara
A luz o Luan
Uma mistura que acalma
A minha manhã

O azul do mar e do céu,                                                                                                                        Que gerou Luan e Lara                                                                                                                                      São fontes sagradas de vida?                                                                                                                         Tomara Deus, Tomara!
A lira que vem da Lara
E a luz que vem do Luan
São bárbaras sementes de vida,                                                                                                        Em toda bárbara manhã!
 (Refrão) A lira é a Lara
A luz o Luan
Uma mistura que acalma
A minha manhã.                                                

Autor: Lucio Souza Gonçalves


A lira e a luz

Entulhos humanos

Cadeia pros imundos,                                                                                                                   Os que sujam esse mundo.                                                                                                                             Cadeia pros ladrões                                                                                                                                  Do nosso sonho mais profundo.

Os déspotas e seus covardes                                                                                                                                            Não sabem quem eu sou.                                                                                                                                       Um grito de liberdade                                                                                                                                         Trará a luz que já brotou. 

As guerras são insanas lutas,                                                                                                                                          Por domínios e mais bagulhos.                                                                                                                                                 As vidas não valem nada,                                                                                                                            São apenas pedaços de entulhos.

Históricas perdas e danos                                                                                                   De um mundo deplorável,                                                                                                Onde os hipócritas repartem o ouro                                                                                             Ficando migalhas pro miserável.

A cortina que oculta a verdade,                                                                                                A cada dia costurada,                                                                                                            É uma fumaça de podridão                                                                                                   De uma sociedade supurada. 
       
As guerras são insanas lutas,                                                                                                                                          Por domínios e mais bagulhos.                                                                                                                                                 As vidas não valem nada,                                                                                                                            São apenas pedaços de entulhos.

Autor: Lucio Souza Gonçalves


Entulhos humanos

LÁGRIMAS DO BRASIL
  
Nas minhas lágrimas, carrego a angústia,
Um grito humano uma doença social,
Uma incerteza do futuro dos meus filhos,
Uma desordem e o vácuo institucional.
 
Nas minhas lágrimas, carrego a desesperança
Desse anacronismo educacional,
Uma corrosão do conhecimento prometido,
Uma falta de interesse intelectual.

Por isso choro em berço esplendido.
Eles me chamam de Brasil!
Agonizo sem socorro,
Nesse mundo tão hostil.

Nas minhas lágrimas, carrego o desejo
De extinguir os meus reais usurpadores,
De seguir um rumo novo,
E produzir belos amores.

Nas minhas lágrimas, carrego a certeza
Que caminharei muito mais adiante,                                                                                   Minha coragem e força que ostento,                                                                             
De um dia ser uma estrela brilhante.
 
Por isso choro em berço esplendido.
Eles me chamam de Brasil!
Agonizo sem socorro,
Nesse mundo tão hostil.
 
Autor: Lucio Souza Gonçalves.


Lágrimas do Brasil

PECADOS CONTRA MIM

Fatos invadem minha
Abalam e libertam minha mente
Desejos a me possuir
Tiro os meus pés do piso

Me jogo no anel de fogo
Queimo minhas mãos com o gelo
Crio amigos invisíveis
E bato um bate papo eterno

Me entrego a luxuria do mundo
Anseio pela gloria humana
Pecados contra mim, paixão mundana
Todos contra mim, toda semana

Desejo as mulheres do mundo
Peço conselho pro meu espelho
Peco contra o meu corpo
Fico louco do tempo inteiro

Quero ser idolatrado
Que falem de mim, mal ou bem
Todos mundo me invejando
Dinheiro eu quero bem

Me entrego a luxuria do mundo
Anseio pela gloria humana
Pecados contra mim, paixão mundana
Todos contra mim, toda semana

Autor: Erick Galdino Ishan Thakur Das


Pecados contra mim

BR 153

Blues em A

É DIFÍCIL DE ENTENDER

Há tantas coisas que eu não entendo
Há tantas coisas queria entender
Todos em volta estão morrendo 
E vivem como se fossem 
Para sempre viver 

Enquanto ficam enchendo o ego
Enquanto ficam enchendo a cara
Coisas supérfluas a gastar
Tem gente morrendo de fome
Tem gente que não sabe o que é comer 
um misero jantar

São tolos idiotas os corruptos
São tolos idiotas os gananciosos
São tolos idiotas os assassinos
São tolos idiotas aqueles que fazem
O povo sofrer
Mas se esquecem que em breve
Também vão ter que morrer

Nós Devíamos  concentrar
Em saber de onde viemos
Em saber para onde iremos
Ao invés de ficarmos ai pensando somente em brigar
Brincar e matar
quem é que vai pagar

Eu só quero o bem de todos
Alguns querem só o bem de si
Por não tiramos um mínimo múltiplo comum
Desta equação que a vida nos deu para resolver
Sem ninguém ter que sofrer

Não precisamos de nenhum consumismo
Não precisamos de nenhum exibicionismo
Não precisamos de nenhum comunismo
Nem precisamos de racismo e sem de especiecismo
Não vejo justiça nisso

Talvez a única opção que encontre
É se entorpecer com alguma substancia
Alcoolizar o seu sentido
Fingindo estar feliz e iludido achando graça nisso
Como um louco sem juízo

Eu não quero aqui idealizar
Eu quero aqui revolucionar
Eu só quero abrir as nossas mentes
Para a liberdade de poder ver 
A realidade
A pura verdade



É difícil de entender

DESIGUALDADE

Tem vida na América
E na África Austral.
Exploram essas terras
Pra metrópole central.

Tem morte e desordem
Nas colônias imperiais.
Capitalismo selvagem
São ideias de boçais.

Tem fome e tem miséria 
Nesse mundo desigual.
Ganância traz a guerra
Capitalismo industrial.

Riquezas concentradas,
Um privilégio social.
Imperialismo é política
Na periferia mundial.

Mercenários são bandidos
E demônios coloniais.
Derrubam esses homens
Nessa luta desigual.

Tem fome e tem miséria 
Nesse mundo desigual.
Ganância traz a guerra
Capitalismo industrial.


Lucio Souza Gonçalves


Desigualdade

Melancolia

O Que Resta de um Beijo

Palavras rudes e ofensas
Não deveriam ser ditas,
Mas às vezes são ditas,
Em um ato supremo,
Num momento de fúria,
Em discussões e debates,
Onde muitos vomitam
Seus preconceitos mesquinhos.

Palavras rudes e ofensas
Dilaceram as vísceras,
Põem pra fora os vícios,
E extravasam as lágrimas
Das angustias que eu sinto,
Muito tempo escondidas
Na representação em que vivo.

Palavras rudes e ofensas
São estupidez e arbítrio,
Insensatez dos bandidos
Que se intitulam amigos,
Mas que no fundo destilam
Uma incontrolável inveja 
Sem sentido do meu sorriso infinito.

Palavras rudes e ofensas
Não deveriam ser ditas,
Mas as vezes malditas
Em um ato supremo
Num momento de fúria,
Em discussões e lamentos,
Onde muitos vomitam
Seus preconceitos mesquinhos.

Palavras rudes e ofensas
São poderosas e traiçoeiras,
Quando partem dos lábios
De um amor verdadeiro,
Pois nos tiram do rumo,
De um caminho certeiro,
E retiram da alma
O que resta de um beijo.

Lucio Souza Gonçalves

O Que Resta De Um Beijo

Este projeto é uma parceria entre Lucio Goncalves (Letrista) e 
Erick Galdino Ishan Thakur Das (Compositor e Letrista). A pareceria chama-se "Projeto Contrabando Moral". A proposta desse projeto é fazer poesia e música (principalmente Rock)com conteúdo político e social.

Contrabando Moral

Popular tracks