kind of me

primeiro registro da canção . minutos depois de a ter escrito . desafinações . work in progress . à flor da pele . um quarto escuro . muito sono . tristeza

Névoa 
letra e música por Ana Larousse

deus, me ajude eu já não posso nada por mim
deus, me ajude eu já não posso nada por mim

chega dia desses quando a névoa desce o chão
e eu grito da janela que me salve o coração
alguém que me ouça, vem me pegue pelas mãos
puxe forte, eu ando presa, tão mais presa que botão

quando chega dia desses tão difícil carregar
esse abismo que encontrei já cavado por meus pés
eu, que tão coração de ateu
nesses dias tão de névoa, da janela eu sou quem berra

deus, me ajude eu já não posso nada por mim
deus, me ajude eu já não posso nada por mim

a janela me seduz eu não sei se é a névoa ou se é meu corpo fraco
que acredita alçar um voo ao pular, ao pular, ao pular
tanto fiz, tanto chorei, tanto me esperneei, tanto vi, tanto morri, meus sentidos se cansaram

deus, me ajude eu já não posso nada por mim além desse
adeus. adeus . ninguém mais pode nada por mim
deus, exista por favor, que eu já não posso nada por mim
a não ser pular, pular

dar o salto mais bonito
e tingir toda cidade
deixar tudo colorido
como se eu plantasse flores
minha mãe, não se preocupe
já não sou nada por dentro
esse voo é meu alento
minha última canção
pra esgotar o que sobra
e fazer do meu alívio
minha última e mais bela obra.
minha mais bela obra.

deus, me salve
adeus, alguém me salve

Névoa ou quando a gente se mata numa canção

quarto . madrugada . registro ansioso . porque todo mundo pousa uma dor no criado-mudo antes de deitar . hoje, eu pousei esta .

A menina e o vulcão
letra e música por Ana Larousse

Sou alguma coisa entre medo e explosão
Acho que de carregar algo com um furacão
Dentro de mim moram asas doidas pra me aventurar
Mas rodeiam sem descanso nesse meu jeito vulcão
Sou essa menina que tem medo de avião
Que chora sempre ao decolar mas cantarola pra nunca cair

Se canto baixinho é por medo de assustar
Já que grito no meu canto sempre antes de deitar
Que todos os dias sou barulho por demais
Deixo pra quando eu cantar
Algum sossego só pra eu respirar

Que toda essa pressa que me acorda de manhã
Dentro aqui do meu compor venha reduzir poeira em flor
Que toda essa briga que bagunça o coração
Voe longe voe longe alto a cada palco que me carregar

Só me desculpem se nem sempre eu sou canção
Sei que posso machucar é muito medo é muito furacão
Quem me dera ser suave assim com cada amor que em mim passar
Acho que é um pouco por isso que eu me namoro sempre a solidão

É que sou alguma coisa entre medo e explosão
Já que grito no meu canto sempre antes de deitar
Que todos os dias sou barulho por demais
E dentro ali do meu compor eu venho reduzir poeira em flor

A menina e o vulcão

amores antigos . gravação caseira . madrugadas . paris . composição fresca . ainda em processo . montmartre 



A Colecionadora e A Garçonete ( ato I )
letra e música por Ana Larousse

numa tarde dessa em que o sol já se cansou
numa rua dessas em que tropecei
na boutique um rock inglês pra convidar o verão
e escondia no balcão a desenhar
a mulher mais linda
meu cinema, meu filme francês

lá do fim da rua eu via o cemitério onde deitou truffaut
entre as ruas de amélie e entre os bares dos "bobos"
ela que vendia antiguidades e eu servia chá pra meia-idade
quando a gente era vizinha ali da mesma solidão

com um olhar de quem há tempos se cansou do amor
me assistia como quem não vê mais porque 
se apaixonar se no fim restará só dor
e eu que nunca tive medo de chorar
me apaixonei
ela era linda demais pra eu fugir 

Eu a garçonete que vivia a Argélia ao norte de Paris
e ela a colecionadora do que o tempo já não quis
eu fugindo da geografia à falta de um país mais meu
e ela enganando os anos com objetos já senis

quando a gente escolhe se entregar ao que vier
e a gente deixa derramar cinema 
e esquece do cinismo do filme europeu 
pra acreditar no amor que diz sentir aquele tal romeu
quando tudo ao lado dela vira cena
com direção de arte e um roteiro bom
todo dia a gente se escrevia histórias
e eu escrevia a espera de um final feliz

entre os chás de menta que levava a ela só pra distrair
ela dessas miniaturas e eu dos pratos de couscous
e a gente falava de quadrinhos e das brigas de paris
logo ao lado o moulin rogue fez cenário e eu compus 

doce jeito de se destravar da fuga enfim
ou de assumir a fuga ao lado dela
e ela que fugia tanto, fugia de mim
mas a noite de montmartre fez da moça um beijo em mim

e eu garçonete que vivia ela ao norte de paris
e ela colecionadora dos carinhos que lhe fiz
eu fugindo pra geografia do coração ao lado meu
e ela enganando os anos nos dizendo que paris duraria pra sempre, como eu duraria pra sempre sempre sempre ao lado seu

A colecionadora e a garçonete | Ato I

Changes (Phil Ochs)

Parcerias madrugueiras com Ana Larousse =)

Sala de projeção
letra . luiz ops e ana larousse (irmã linda)
música . luiz ops

Foi no auge do cinema
Que jogado nessas telas
Contornei um sonho teu
Eu era aquele mocinho de romance
Que guarda o fim num beijo
Ou um herói de bangue-bangue

Me fiz logo teu cotidiano
Nunca mais trilha sonora
Desmontei teu cinema americano
Que me espreme em linha reta do início ao fim

Não venha me assistir se em mim quer se livrar do mundo e então
não ousou me viver de verdade
Porque a verdade foi sincera demais
Não vá adormecer se quer despertar num beijo macio
Não ensaiei pra encenar na tua lei
De fazer que toda cena seja cena de cinema

E eu, tão roteiro realista,
Te deixei cinema mudo
Pois não mudo meu cinema
Na matinê
Te vi ali tão só
Na poltrona mais mofada
Que te atrai mais que eu

E a gente logo tão cotidiano
Nunca mais eu sendo o teu herói
Sem cenário, dei a me vestir de humano
Te arrisquei a experimentar o jeito meu

Não venha me assistir se em mim quer se livrar do mundo e então
não ousou me viver de verdade
Porque a verdade foi sincera demais
Não vai acontecer todo dia despertar num beijo macio
Fui teu menino que fugiu da tua mania
De querer que toda cena fosse cena de cinema

E eu, tão roteiro realista,
Te deixei
Pois não mudo meu cinema
Na matinê
Te vi ali tão só
Na poltrona mais mofada
Que te atrai mais que eu

Sala De Projeção

Use Somebody | Kings of Leon cover

Pega a melodia e engole - Part. Arnaldo Antunes
Luiz Rocha e Julia Branco

Engraçado: o coração devia doer. 
Melhor: deveria sangrar. 
Depois de tanta crueza, de tanto murro em ponta de faca, 
Tudo deveria desmoronar. 
Não mais: deveria quebrar. 
Pra quê? Não sei. Pra onde? Pra lá. 

Engraçado: as coisas deveriam ser mais difíceis. 
Melhor: deveriam ser tristes. 
Depois de tanta maldade, 
De tanta saudade gasta em vão, 
Tudo deveria explodir. 
Não mais: deveria cair. 
Por quê? Sei lá. Por quem? Por ti. 

Engraçado: deveria demorar mais pra chover. 
Melhor: deveria parar. 
Depois de tanto cansaço, de tanto grito oco no ar, 
Tudo deveria morrer. 
Não mais: deveria sumir. 
Pois não? Cansei. Pra mim? Passou.

Julia Branco – Voz
Arnaldo Antunes - Voz
Luiz Rocha – Guitarras, slide, arco, violões e wurlitzer 
Thiago Braga – Baixo
Adriano Goyatá – Bateria


Pega A Melodia E Engole - Part Arnaldo Antunes (Single)

We are excited to share our first single 'Stargazer', taken from our debut EP, 'Girl'.

Download 'Girl' EP from iTunes: https://itunes.apple.com/gb/album/girl-ep/id1029557047

Buy 'Girl' EP on limited edition 12" vinyl: http://www.beatnikcreative.com/label/island-girl/

Listen on Spotify: https://open.spotify.com/album/3DabKb0G4ZRrT3gb5P6AJS 

Management: ali@beatnikcreative.com

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www.beatnikcreative.com

Stargazer

gravação caseira . primeiro registro . celular . inédita . ansiedades madrugueiras

Passarinho (música e letra: Ana Larousse)

como eu queria
que fosse amar
tão passarinho
como se libertar

fossem as grades
pés-de-mamão
pra gente usar 
no café da manhã

por mim seria 
a solidão
também companhia
pra dançar uma canção

ah amor
porque acabou assim?
foi como espantar
o cheiro de capim
ah amor
se prender
por medo de se desprender
fez nos perder
trancado o amor não venceu

como eu queria
que se casar
não fosse o mesmo
que possuir
nem que tratados de paz
nem acordos formais
nem só para servir
os contratos sociais
muito menos fugir
de encarar
um quarto vazio de manhã

ah amor
porque acabou assim?
foi como espantar
o cheiro de capim
ah amor
se prender
por medo de se desprender
fez nos perder
trancado o amor não venceu

Passarinho

Changes (Phil Ochs Cover)

gravação caseira . primeiro registro . celular . inédita . antiga-nova . ansiedades madrugueiras

Se cuidasse mais de ti, menininha
(letra: Ana Larousse | música: Phill Veras )

Se cuidasse mais de ti, menininha
cuidaria mais de mim 
embora eu seja nada mais que tua menina
você não tem mais que a mim pro teu lugar

Se você cuidasse mais dos teus apegos
Se pra ti as juras de amor falassem mais
do que três minutos de amor de cinema
do que enfeites pr'uma mesa de jantar

Se você cuidasse mais do camarim
ah você poderia ter além de mim
alguém te assistindo nas noites insones
nas manhãs de briga e no teu jardim

Se você cuidasse mais dos teus apegos
não apagaria tanto coração
e eu me apegaria a ti sem mais ter medo
de guardar segredos teus numa canção

Se você cuidasse mais dos teus segredos
não teria tanto medo de dormir
coração avulso a conduzir o teu sonhar 
cansado de não ter ninguém quando acordar

Se você cuidasse mais do camarim
você poderia ter além de mim
alguém te assistindo nas noites insones
nas manhãs de briga e no teu jardim

E quando a noitinha esfria o teu quintal
me chega e me promete amar até o final
eu que cansei de ser boba agora sei
que é medo dessa solidão que quer crescer

Se cuidasse mais de mim, menininha
eu me apegaria a ti até o fim
se cuidasse mais de mim, menininha
Se cuidasse mais de ti
veria esse pânico de se encarar
tomado da leveza que é se acompanhar  














Se cuidasse mais de ti, menininha | Canção de Ana Larousse e Phill Veras

Produced By Chris Bond

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Love

Sit by my side, come as close as the air
Share in a memory of gray
Wander in my words, dream about the pictures
That I play of changes

Green leaves of summer turn red in the fall
To brown and to yellow they fade
And then they have to die, trapped within
The circle time parade of changes

Scenes of my young years were warm in my mind
Visions of shadows that shine
Til one day I returned and found they were the
Victims of the vines of changes

The world's spinning madly, it drifts in the dark
Swings through a hollow of haze
A race around the stars, a journey through
The universe ablaze with changes

Moments of magic will glow in the night
All fears of the forest are gone
But when the morning breaks they're swept away by
Golden drops of dawn, of changes

Passions will part to a strange melody
As fires will sometimes burn cold
Like petals in the wind, we're puppets to the silver
Strings of souls, of changes

Your tears will be trembling, now we're somewhere else
One last cup of wine we will pour
And I'll kiss you one more time, and leave you on
The rolling river shores of changes

Sit by my side, come as close as the air
Share in a memory of gray
Wander in my words, dream about the pictures
That I play of changes

07 - Migawari Jiji

registros matinais . iPod . garage band . sono . work in progress . mais caseiro que pijama velho

esse é o primeiro registro dela. a letra foi um pouco alterada depois disso:

What do you do with a happy ending?
letra e música por Ana Larousse

What do you do when you turn off the lights?
Waiting for someone to come
Wondering how you could sleep at night
When you know that no one will come in the morning

Well you have lived your whole life in the books
Dreaming about films and songs
Living your mind as if it was so real 
Writing about someone who comes in the morning
Just to hold you tight in the morning
Saying you won't be alone every night 

What do you do when you turn on the lights?
Noticing no one has come
You open the window to watch people's lives
Wondering if you're the only one who sees
That everyone is waiting for the one
Who will save them from the day
When they notice no one's there for them
For you 
For me
Oh, no one will be there
For us
 
But that's ok
I’ll find my way
Close to the sun
I’ll be on the road
Chasing beautiful days
I’ll find my way
All the days will be mine
And I’ll be fine
Cause no one
Will be there but me


What do you do with a happy ending?

registros madrugueiros sonelentos . zoom . garageband . coração de filme . work in progress . cozinha de casa 

Um rascunho pro nosso cinema
letra e música por Ana Larousse

Como é bom te ter aqui pra me acordar fazendo cócegas
E me beijar como quem diz que não vai mais sair
Como é bom te ter aqui e ja de manha falar bobeiras
E analisar os sonhos como quem quer se investigar 

Ainda mais e eu quero te desmontar cena por cena
e me misturar
pro nosso cinema nunca parar de rodar

Deita aqui e deixa tocar o disco todo e vem dançar teus dedos
na calma das minhas mãos
Olha pra mim e deixa tocar os nossos sonhos 
pra enfeitar nosso carinho
e descansar na mais bela trilha sonora

E ainda mais, eu quero te desmontar cena por cena
e me misturar
pro nosso cinema nunca parar de rodar


Sala De Projeção

Luiz OPS

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