"Antigamente as nações podiam tomar decisões, as nações eram fortes. Depois as empresas multinacionais, os Conglomerados Econômicos cresceram tanto que o governo das nações não tem grande influência nas decisões nessa coisa que passou a se chamar guerra sem fisionomia.

Por exemplo, o Brasil está em guerra, nós estamos em guerra. Nós pagamos soldo diariamente. Quando o leite sai da vaca de Minas Gerais e chega na padaria, já chega com uma marca multinacional. Quando você bebe um copo d'água que saiu da fonte de Caxambu ela já chega na coisa com alguma propriedade de algum dinheiro que vai parar no exterior.

Isso é o que os senhores da guerra descobriram que não precisam invadir pra manter um povo sobre a tacanha de pagar soldos, etc. Eternamente pagando como se a nação estivesse invadida. Nós estamos tão invadidos quanto a França estava em 1943."

Fala de Tom Zé

Fala de Tom Zé - Lâmpada Elétrica

10/06/2015 - Nelson Pretto sobre o Raul Hacker Club em Conexões, Rádio Educadora

Poesia feita por mim (Man Filho), musicalizada e cantada pelo gigante Péricles Oliveira, ou seja, a música é nossa e de todo mundo que se identificar um tantinho =)

Letra:
Fecho os olhos pros jornais.
Não mais morte ou pandemia,
acordei pra mais um dia!
— Produzir e ser sagaz!

Tento e falho, por demais.
Culpa surge em entalpia,
frustração e rebeldia.
Impotente, incapaz.

Tantas vidas em seus finais...
— Ignore, à revelia!
Como uma máquina faria?
— Produção! Cada vez mais!

Ah, urgências tão banais...
Espantalhos da alegria,
Ilusões, alegorias...
Existência tão fugaz!

Abra os olhos pros sinais!
Quantas vidas vão vazias?
Desprovidas de euforias.
Viver é pedir demais?

Cifra:
D6/B   Bm/A   Bm6/G#  G7M

Man Filho

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